Aprovado em 5° lugar no concurso da ALE RS para o cargo de Agente de Polícia Legislativa
Concursos Públicos
“Não espere por condições perfeitas para começar e nem duvide de sua capacidade só pela sua condição social, origem ou número de concorrentes. Mantenha-se em contato com pessoas que tenham o mesmo objetivo ou já trilharam o caminho […]”
Confira nossa entrevista com Alex Ribeiro Correia, aprovado em 5° lugar no concurso da ALE RS para o cargo de Agente de Polícia Legislativa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Alex Ribeiro Correia: Sou natural de Teresina (Piauí), tenho 29 anos. Cursei até metade da graduação em Engenharia Elétrica na UFPI, mas abandonei em 2017 para me dedicar aos concursos públicos. Depois me formei em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e também tenho Licenciatura em Matemática.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Alex: De início, não pensava na carreira policial. Na universidade estava mais preocupado com as perspectivas do mercado privado na minha área, pois via muitos veteranos qualificados ficando desempregados após a formatura. Detestava a ideia de depender de indicação e amizade com alguém influente até para conseguir empregos simples. O poder de conquistar algo pelo próprio esforço e ter uma remuneração digna, mesmo sem faculdade ou nenhuma experiência anterior, me fez escolher esse caminho sem olhar para atrás.
A partir de 2023, depois de anos como servidor da área administrativa nos cargos em que tomei posse, me vi insatisfeito com a rotina, que apesar de confortável e da remuneração boa, não me trazia mais nenhuma sensação de propósito nem de reconhecimento. Fiz alguns concursos na área de TI e de Controle buscando novos rumos e até fiquei classificado em alguns. Conversei muito com amigos que entraram na Polícia, outros na área Fiscal e de Controle, daí comparando relatos da rotina e atribuições da carreira policial era a única área que me empolgava. O direito de portar arma e as escalas de trabalho diferenciadas também pesaram bastante na decisão. Resolvi focar nas polícias institucionais do Poder Judiciário e Legislativo pois não precisaria abrir mão de uma boa remuneração e qualidade de vida, já que geralmente oferecerem condições de trabalho melhores que na PM ou PC e os concursos saem com mais frequência que os da PF e PRF.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Alex: Sim, em todas as provas que fiz conciliei a preparação com a faculdade ou trabalho e afazeres domésticos. Como sou servidor desde 2018 e me sustento sozinho, nunca pude parar de trabalhar para ficar só estudando.
Reservar um horário fixo do dia para estudar ajudou a ter constância, fazer a mente entender que era hora de estudar. Compensava com mais horas no final de semana. Nas pausas do trabalho, filas de banco, mercado etc. ou viagens longas, aproveitava para revisar questões anteriores ou reler leis e anotações, pois esses momentos não exigem tanto tempo e concentração como na hora de aprender conteúdo novo. Na época dos meus primeiros concursos, ainda na universidade, também aproveitava cada momento possível, como o trajeto de ônibus ou horários ociosos se algum professor faltasse.
Depois como servidor público, sempre priorizei morar perto do trabalho para perder menos tempo com deslocamento, mesmo que fosse mais caro.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Alex: A primeira aprovação foi para Assistente em Administração da Universidade Federal do Piauí em 2017, no 02º lugar geral, e tomei posse logo depois.
Em 2022 fui nomeado em 02º lugar como Auxiliar do MP, no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para Circunscrição de Criciúma, cargo onde estou atualmente.
Também fui nomeado para Técnico Judiciário – Área Informática – no Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (6º lugar) em 2023, mas não assumi.
Passei em 18º lugar no Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul S/A (PROCERGS) em 2023, cargo de Analista em Computação – Ênfase em Análise de Sistemas, mas quando me convocaram pedi reclassificação para final de fila.
Fiquei ainda classificado em 8º lugar no CFO do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e em 5º lugar para Agente da Polícia Judicial no TRF da 3ª Região – São Paulo em 2023, mas por causa do TAF infelizmente não participei das fases seguintes.
Consegui me redimir agora, em 5° lugar no concurso para Agente de Polícia Legislativa da ALERGS (2024) concluindo todas as etapas em 2025.
Aproveitando o ritmo, sigo estudando para Agente da Polícia Judicial dos tribunais que tenham locais de lotação do meu interesse e avaliar as possibilidades, mas vou dar uma pausa logo depois. Quero iniciar outra graduação e daí em diante mirar nas carreiras jurídicas no longo prazo de forma sustentável, sem deixar de lado a qualidade de vida. Hoje penso em concursos considerando mais as possibilidades que o cargo traz, além de remuneração.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Alex: Nunca foi muito agitada, então os compromissos que surgiam não eram tantos a ponto de atrapalhar os estudos. Na pandemia, ironicamente foi quando passei a valorizar mais sair à noite, apesar das restrições da época, mas sinto que fiquei 2020 e 2021 inteiro estagnado nos estudos por isso. Mas eu sempre deixei pelo menos um dia de lazer na semana nem que fosse só para assistir séries, filmes ou comer algo fora de casa. Quando retomei os estudos em 2022 e 2023, passei a ser mais conservador e sair muito pouco.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Alex: Me mudei sozinho para Santa Catarina após a aprovação no MPSC em 2022, praticamente recomeçando tudo aqui na Região Sul. Minha família era cética quanto a concurso público, tinham a visão antiquada de ser “tudo cartas marcadas” e uma dificuldade em entender o que eu estava fazendo; no começo foram contra minha ideia de desistir da graduação numa renomada universidade pública para focar só em concursos e no fim tudo isso acabou desgastando a relação, entre outras coisas. Nunca foram muito presentes emocionalmente. Mas encontrei amigos no caminho que ajudaram muito a deixar a jornada mais leve e menos solitária, compartilhando dicas e experiências de concursos. Foi essencial ter pessoas que falassem a mesma “língua ” quando me sentia inseguro ou frustrado com a rotina de estudo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Alex: Para Agente de Polícia Legislativa estudei apenas quando o Edital saiu, no começo de 2024. Foram menos de 3 meses; longe de ser o ideal, mas já tinha uma boa noção das disciplinas específicas da área por ter feito as provas de Policial Judicial do TRT da 12ª Região e do TRF 3ª Região poucos meses antes, sendo todas muito parecidas.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Alex: A principal fonte sempre foram os cursos em PDF do Estratégia e um site específico de questões. Já usei videoaulas quando era muito iniciante, principalmente nas horas que estava cansado demais para ler PDF, mas só em último caso pois o conteúdo do vídeo costuma ser mais “mastigado”, o que freava meu avanço na matéria quando já estava num nível de conhecimento intermediário e avançado. Comprei uns livros para complementar poucas disciplinas mais específicas, mas não tiveram tanto impacto.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Alex: Conheci o Estratégia em 2017, ainda na universidade, na minha cidade natal, quando estava diante do concurso para Técnicos-Administrativos em Educação da UFPI e pesquisei cursos para disciplinas que eu nunca tinha estudado na vida, como Direito Administrativo. Li uma aula demonstrativa no site antes de comprar e percebi que mesmo eu saindo de uma área de formação totalmente diferente da prova, o Estratégia foi o material que me fez sentir que era possível entender com clareza o que caia nas questões.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Alex: Como muitos iniciantes, eu comecei com apostilas gratuitas de cursinhos pequenos e aulas aleatórias no Youtube. Mas eu via que o conteúdo não explicava de forma direcionada para o que via cair de fato nas questões e o conteúdo era estruturado de forma superficial, sentia que estava mais decorando do que aprendendo e ficava “boiando” nas questões mais difíceis.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Alex: Só fiz um concurso na área administrativa do IFPI em 2016 e não passei, depois mudei para o Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Alex: A maior vantagem do curso/livro eletrônico em PDF é que ele é estruturado tanto para o aluno iniciante como para o avançado, pois eu já vivi os dois lados e eles sempre foram úteis. A didática dos professores aqui me faz aprender de fato as disciplinas, e não só decorar, mesmo sendo em áreas diferentes da minha formação acadêmica. Ter 100% das questões no PDF comentadas e uma seção separada no final ajuda muito para revisões sem precisar reler o PDF inteiro.
Com o Estratégia tive a primeira aprovação das vagas do Edital em poucos meses. Mesmo quando dava uma pausa em concursos, quando eu resolvia retomar, ia de novo com o Estratégia pois já sabia que não teria erro.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Alex: Como eu vim de um histórico de concursos na área Administrativa e de Controle, reaproveitei essas disciplinas básicas em comum para a área Policial, só relembrando questões e fazendo atualizações necessárias sobre as novas leis do Congresso e entendimentos do STF, durante intervalos ociosos de outras atividades do dia.
Comecei do zero somente as disciplinas específicas como Direito Penal, Processual, Segurança Orgânica, entre outras. Optei por alternar só 2 disciplinas ao mesmo tempo, e só quando esgotava as aulas de todos os tópicos e estava com índice de acertos alto nelas, colocava essas matérias num “modo revisão” apenas por questões, anotações ou pelo resumo no final do PDF, daí começava as aulas de outras novas.
Mantive uma média de no máximo 2 a 3 horas líquidas nos dias úteis, e aumentava para 5 a 6 horas só no sábado ou domingo, ou seja, escolhia 6 dias da semana para estudar e deixava 1 (um) livre para lazer. Minha carga horária de estudo é baixa por causa do trabalho, então foi a organização que achei mais sustentável.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Alex: Quando vi disciplinas novas que nunca tinha estudado antes, estudava a aula teórica e revisava as questões do PDF no dia seguinte antes de começar a próxima. Depois fazia uma revisão geral de todas as aulas dos últimos 7 ou 15 dias no dia que tinha mais horas livres, sempre focada em erros e leitura de leis grifadas.
Em Direito Penal, Processual e Legislação específica eu grifava a própria lei baixada nos sites oficiais e adicionando observações encontradas no curso em PDF e em questões. Usava um código simples de cores para diferenciar o que era prazo, o que eram proibições, permissões e possíveis pegadinhas. Quando eu já sabia aquele trecho de cor e salteado, apagava os grifos para outras partes, até ficar um Código comentado só com os pontos menos óbvios. É um processo incremental, mas deixou a revisão cada vez mais compacta.
Montei resumos digitalmente com palavras-chave, tabelas comparativas e diagramas apenas em algumas disciplinas muito específicas como Gerenciamento de Crises e tópicos avançados quando estudava na área de TI.
Já tentei usar flashcards e embora seja um método válido, pessoalmente ainda não me adaptei.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Alex: As questões são o melhor indicador se estou no caminho certo. Somente com os exercícios eu conseguia ver meus pontos fracos de forma clara, quais disciplinas precisavam de reforço. Também são ótimas quando sai um concurso de banca que não conheço, pois é por elas que tenho noção do estilo de perguntas e do grau necessário de aprofundamento no material teórico.
Não tenho ideia de quantas resolvi em todos esses anos, mas desde que mudei o foco para Polícia em 2023, contabilizei cerca de 3 mil.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Alex: A disciplina de Realidade Sócio-político-histórica do RS foi um pequeno desafio, pois como sou de fora estava em desvantagem por não saber quase nada da cultura gaúcha. Pelo Edital, precisava acertar pelo menos 03 das 05 questões só para não ser eliminado. Pesquisei as questões passadas da banca FUNDATEC para checar o nível de aprofundamento. Aí percebi que podia focar só nos marcos históricos mais importantes e na geografia essencial, sem perder tempo em detalhes específicos demais, então fiquei mais tranquilo.
Direito Processual Penal também deu um certo trabalho pela quantidade de prazos para decorar e a aplicação de alguns artigos ficou muito confusa pelas atualizações de jurisprudência recentes do STF sobre o Pacote Anticrime. O material PDF do Estratégia ajudou, pois as aulas são atualizadas e já explicavam destacando os artigos declarados inconstitucionais ou com vigência afetada, sem ter que perder tempo vasculhando Informativos na internet.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Alex: Continuei conciliando normalmente com o trabalho e atividades físicas pela manhã, mas me isolei socialmente para compensar, evitava ao máximo abrir redes sociais e conversas desnecessárias. Algumas pessoas preferem relaxar e diminuir a ansiedade na véspera, mas eu fico menos ansioso com a segurança de preencher as lacunas e maximizar meus acertos, revisando todas as questões salvas no meu caderno de erros e aquelas que achava mais difíceis. Aumentei a releitura da lei “seca”, como dizem os concurseiros.
No dia pré-prova deixei para fazer uma revisão mais leve em prazos e detalhes mais “decoreba” da Legislação Especial Penal e de normas estaduais enquanto descansava no hotel em Porto Alegre e segui assim até poucos minutos antes de entrar na sala de prova; sempre ganhei pontos valiosos nos concursos que fiz massificando esses detalhes mais chatos na memória de curto prazo e dessa vez não foi diferente.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Alex: Como era redação dissertativa-argumentativa sobre temas atuais, e não sobre conhecimentos específicos do cargo, me preocupei mais em buscar textos de outros aprovados reais e tentar entender como eles delimitaram o tema e argumentos antes de começar a escrever. Além disso, quando estou navegando na internet e redes sociais, se vejo algum post com um dado que daria uma boa ideia num texto, costumo anotar ou comentar com meus amigos concurseiros, daí acaba sendo uma forma de estudo ativo. Neste concurso da ALERGS atingi 95% da nota máxima da Redação.
Meu conselho é aumentar seu repertório mantendo-se informado com dados socioeconômicos e sobre projetos que a Administração Pública implementa, sem perder tempo com discussões partidárias, buscando saber escrever objetivamente sobre diferentes pontos de vista, inclusive aqueles com os quais você não concorde totalmente. Eu nunca li livros de filósofos e poetas famosos para citações rebuscadas, pois acho que um texto consistente, com progressão lógica e que associe o tema da prova com fatos e tendências reais chama mais a atenção do examinador. E para evitar erros de Português, aconselho dominar bem pontuação e os conectivos para ter flexibilidade de encaixar as ideias mais rápido durante o tempo limitado da prova.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Alex: Terminei a última etapa agora no começo de 2025, foi um concurso longo, agora espero a homologação final e nomeação com tranquilidade, sabendo que estou dentro das vagas imediatas. O TAF foi a pior fase, pois saí de uma rotina meio sedentária e tudo parecia jogar contra mim. Sofri uma lesão no punho durante o treino faltando 3 dias para o teste e ainda estava bem gripado, mas aprendi com reprovações anteriores e vinha treinando com 5 meses de antecedência, investindo dessa vez em consultoria especializada para manter um condicionamento físico acima do necessário, compensando imprevistos como esse. No dia do TAF passei mal depois de cruzar a linha de chegada na corrida de 2.400 metros e precisei do atendimento médico disponibilizado pela banca, dei um leve susto no pessoal, mas já tinha concluído todas as provas e estou orgulhoso de mim mesmo por ter superado todos os limites naquele dia.
Esse foi o primeiro concurso que fiz na vida com a etapa de Avaliação Psicológica e passei sem problemas. O Edital era claro sobre o perfil profissiográfico do cargo e como as avaliações são padronizadas pelo Conselho Federal de Psicologia, não é algo subjetivo como imaginava antigamente. Isso me deixou mais tranquilo na hora.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Alex: Os maiores ERROS foram não definir um foco claro desde o começo e subestimar a antecedência mínima de preparação do TAF. Já estudei para área administrativa, TI e de Controle, algumas vezes gastei dinheiro à toa viajando para prestar provas em outros Estados sem nem estar totalmente preparado. No fim tive alguns resultados bons, outros medianos, mas poderia estar aprovado há muito tempo e em mais concursos, se tivesse focado somente em uma área e feito menos provas aleatórias.
Meu principal acerto foi ter me preocupado desde cedo em primeiro estudar uma base sólida em disciplinas básicas como Língua Portuguesa, Matemática, Direito Constitucional e Administrativo, com materiais e professores de qualidade, pois se você domina elas, consegue destrinchar qualquer outra.
Também fiz bem em incluir resolução de questões em praticamente todas as sessões de estudo e nunca subestimar o impacto dessas disciplinas comuns na nota final, pois de nada adianta ser especialista em disciplinas específicas do cargo se estiver patinando no básico.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Alex: Já me senti no fundo do poço com algumas reprovações que me fizeram parar por algumas semanas, às vezes por meses. Já cheguei a ser diagnosticado com Depressão e Transtorno de Adaptação durante algum tempo em 2022 por questões familiares, situação que foi totalmente ignorada no trabalho por superiores, o que agravou tudo ainda mais. Apesar de tudo me reergui, pois não tinha outra opção, ninguém mais ia estudar por mim. Tive pessoas para me apoiar e transformar isso em motivação persistente. A gente só tem uma vida e ela é curta demais para desperdiçá-la num ambiente de trabalho tóxico ou fazendo algo que não me traga realização pessoal. Também pensei na qualidade de vida que preciso ter quando quiser ter minha própria família.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Alex: Não espere por condições perfeitas para começar e nem duvide de sua capacidade só pela sua condição social, origem ou número de concorrentes. Mantenha-se em contato com pessoas que tenham o mesmo objetivo ou já trilharam o caminho, procure desmistificar as dificuldades sobre as disciplinas cobradas da sua área de interesse além do senso comum e monte uma rotina que se adapte ao seu concurso, faça todos os sacrifícios necessários, pois eles são temporários e o concurso público recompensa quem é persistente e estratégico nas escolhas.