ENTREVISTA: Ingrid Rosalina Maranhão Flach – Aprovada em 2º lugar no CNU (Bloco 7 – AGU) para Analista Técnico-Administrativo

“[…] lembre-se do motivo pelo qual você começou e visualize o dia em que verá seu nome na lista de aprovados. Se você continuar, esse dia vai chegar!
Entrevista aprovados CNU: Ingrid Flach
Confira nossa entrevista com Ingrid Rosalina Maranhão Flach, aprovada em 2° lugar no CNU (Bloco 7 – AGU) para o cargo de Analista Técnico-Administrativo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Ingrid Rosalina Maranhão: Tenho 23 anos, sou natural de Belém-PA, mas atualmente moro em Curitiba-PR. Possuo formação em Tecnologia em Serviços Judiciais e também estou cursando uma graduação em Direito.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Ingrid: A possibilidade de construir uma carreira sólida, com qualidade de vida e oportunidades de crescimento profissional, além de conquistar a tão sonhada estabilidade, sempre foram meus principais motivadores para começar a estudar para concursos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Ingrid: Na maior parte de minha trajetória, eu “apenas” estudava: conciliava os estudos para concursos com o tecnólogo e com a faculdade de Direito. Contudo, em certos períodos, também tive que conciliar os estudos com estágios universitários.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada?
Ingrid: Em 2020, fui aprovada em 37° lugar no concurso para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e em 53° lugar para a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). Já em 2022, fui classificada em 8º lugar para o cargo de Técnico do Seguro Social do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Florianópolis-SC. Mais recentemente, em fevereiro deste ano, conquistei o 2º lugar para o cargo de Analista Técnico Administrativo da Advocacia Geral da União (AGU), por meio do Concurso Nacional Unificado (CNU). Por agora, meu principal objetivo é concluir minha graduação em Direito para poder prestar concursos de nível superior mais direcionados para a área de tribunais.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Ingrid: Minha rotina de estudos sempre foi intensa, e, principalmente no período pós-edital, precisei abdicar bastante da vida social. No entanto, sempre fiz questão de reservar alguns momentos para ir à missa e para estar com minha família e com meu noivo. Também mantive a prática de atividades físicas, indo à academia três vezes por semana. Acredito que esse equilíbrio foi essencial para manter minha saúde mental e evitar o desgaste excessivo ao longo da preparação.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Ingrid: Não sou casada e não tenho filhos, mas tenho uma família e um noivo que sempre estiveram ao meu lado, me incentivando nos momentos de cansaço e vibrando com cada conquista. Ter esse suporte fez toda a diferença, pois, por mais que a caminhada fosse solitária em muitos momentos, saber que eu não estava sozinha me ajudou a seguir firme na trajetória.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Ingrid: Para ser aprovada no Bloco 7 do CNU, foquei meus estudos por aproximadamente 7 meses a partir da publicação do edital. Eu já havia construído uma base teórica forte nos anos anteriores, então foquei apenas em revisar o que já tinha estudado e em aprender os conteúdos novos (que não eram poucos). Admito que manter a disciplina de estudos com tantas matérias novas e com o adiamento da prova por mais três meses além do previsto não era uma tarefa fácil, então eu assistia a podcasts e a entrevistas com aprovados nos finais de semana. Assim, toda vez que o cansaço ou o desânimo pesavam, eu relembrava os meus objetivos e mantinha o foco.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Ingrid: Minha preparação foi baseada em uma combinação de materiais: PDFs, videoaulas, sistema de questões e Anki. Os PDFs eram mais diretos e objetivos, o que acelerava o estudo, mas percebi que, para algumas matérias, as videoaulas faziam toda a diferença. Às vezes, tudo o que eu precisava era de uma explicação mais detalhada e exemplificada para realmente assimilar o conteúdo. Além disso, o Anki e o sistema de questões foram fundamentais nos momentos de revisão. Na reta final, o Passo Estratégico também foi um grande aliado.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Ingrid: Na época em que estudava para concursos militares, tive uma excelente experiência com os pacotes do Estratégia Militares. Logo, em 2022, quando comecei a estudar para concursos públicos fora do universo militar, minha primeira opção foi, sem dúvidas, o Estratégia Concursos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Ingrid: Com certeza! O maior diferencial do Estratégia, para mim, foi a qualidade dos professores e dos materiais em PDF. Os PDFs são extremamente completos e muito bem estruturados e a didática dos professores fez toda a diferença na compreensão das matérias que eu tinha maiores dificuldades.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Ingrid: Eu sempre preferi um planejamento semanal mais flexível, sem dias fixos para cada matéria. Logo, eu estabelecia metas a serem cumpridas até o final da semana, independentemente do dia. No entanto, como eu tinha em torno de 6 horas líquidas disponíveis por dia, além das matérias da faculdade, eu costumava estudar três matérias por dia, de tal forma que eu focava em uma matéria mais complexa na parte da manhã, e em duas mais tranquilas na parte da tarde, sendo que eu reservava no mínimo uma sessão de estudos por semana para o treino de questões discursivas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Ingrid: Minha principal ferramenta de revisão era o Anki. Eu tinha o aplicativo no celular e no tablet, então sempre que sobrava um tempinho na rotina, eu revisava o conteúdo. No final das contas, fazer flashcards virou um hábito diário e minhas revisões com o Anki duravam em torno de 2 horas, sendo que metade desse tempo era cumprido assim que eu acordava, antes mesmo de tomar café da manhã. Além disso, eu também resolvia muitas questões ao longo da semana e, como me considero uma pessoa com memória extremamente visual, eu também adorava revisar por meio de mapas mentais nos finais de semana.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Ingrid: Resolver questões é uma das melhores maneiras de revisar o conteúdo. Como a banca do CNU era a Cesgranrio, foquei bastante na resolução de provas anteriores para entender seu estilo único de cobrança, especialmente em disciplinas como Administração de Material e Patrimônio (do Eixo 2) e Administração Financeira e Orçamentária (do Eixo 4). Além disso, resolvi muitas questões da FGV, pois eu acreditava que, se treinasse com questões mais difíceis, estaria bem preparada para o dia da prova. Não contei exatamente quantas questões resolvi, mas foram milhares ao longo da minha jornada.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Ingrid: Sem dúvidas, Administração Financeira e Orçamentária (AFO). Para mim, essa disciplina era extremamente técnica e eu errava muitas questões principalmente por não dominar tantos detalhes técnicos. Contudo, a “virada de chave” finalmente aconteceu quando eu percebi que boa parte das questões era derivada do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) e do Manual Técnico do Orçamento (MTO). Então, eu passei a incluir esses conteúdos no meu Anki, para que eu pudesse memorizar o máximo de informações possíveis. Além disso, as aulas de revisão do professor Leandro Ravyelle e do professor Herbert Almeida foram fundamentais para melhorar minha compreensão da matéria.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Ingrid: Na última semana, meu ritmo de estudos foi extremamente diferente: concentrei meus esforços apenas na leitura das anotações que fiz em meu caderno de erros e na escrita de alguns conceitos-chave para a prova discursiva. Queria que tudo ficasse fresquinho na minha mente, mas de uma maneira que não me deixasse excessivamente ansiosa. Logo, para controlar essa sensação de nervosismo, fiz atividades físicas todos os dias até a sexta-feira que antecedeu a prova. No sábado, descansei, assisti a algumas aulas da revisão de véspera do Estratégia pelo YouTube e procurei dormir cedo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Ingrid: Quando a prova discursiva faz parte do seu concurso, não existe outra saída: tem que treinar muitas e muitas vezes! No meu caso, toda semana eu resolvia provas anteriores ou temas inéditos do Estratégia. Outra ferramenta que auxiliou muito a minha preparação para a prova discursiva foi o ChatGPT, principalmente com aqueles temas mais raros ou mais complexos. Por exemplo, quando ia escrever sobre a Lei de Licitações, eu copiava parte da lei do site do Planalto e pedia para o Chat criar uma questão discursiva sobre aquele tópico. Esse formato de estudo era extremamente efetivo e servia como mais uma maneira de fixação dos conteúdos estudados.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Ingrid: Um dos meus maiores acertos foi aprender a identificar a melhor maneira de estudar cada disciplina. No início, eu acreditava que videoaulas eram uma perda de tempo e evitei usá-las. No entanto, percebi que, para algumas matérias, elas eram fundamentais. Outro acerto importante foi acompanhar dicas de estudo de pessoas que já haviam sido aprovadas em concursos de alto nível.
Por outro lado, um dos meus maiores erros foi negligenciar, no início da minha jornada, a revisão e a prática de questões. Quando a ansiedade pesava, muitas vezes eu priorizava apenas o estudo teórico, achando que estava avançando. Foi só quando entendi a importância de revisar constantemente e treinar com questões que consegui melhorar meu desempenho e aumentar minha confiança para a prova.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Ingrid: Nunca pensei em desistir, mas confesso que passei por vários dias de desânimo, ansiedade e dúvidas, principalmente após uma reprovação. Além disso, estudar por tanto tempo sozinha, dentro de casa, intensificava cada vez mais a minha autocobrança. Afinal, estudar para concursos é uma verdadeira montanha-russa de emoções. O que me ajudava a manter a calma e a seguir em frente era lembrar por que eu havia começado a estudar e poder contar com o apoio da minha família.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Ingrid: Tenha paciência e constância. A aprovação não acontece da noite para o dia, e é normal sentir que o caminho é longo e desafiador. Então, sempre que o desânimo bater, lembre-se do motivo pelo qual você começou e visualize o dia em que verá seu nome na lista de aprovados. Se você continuar, esse dia vai chegar!
Além disso, não tenha medo de adaptar sua estratégia de estudos. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra, então teste diferentes métodos até encontrar o que melhor se encaixa na sua rotina e no seu aprendizado. E, acima de tudo, não se compare com os outros: foque no seu próprio progresso e celebre cada pequena conquista.