Aprovado em 22° lugar para Auditor da Receita Estadual na Sefaz AC
Concursos Públicos
“Um dia, há bastante tempo, ouvi uma frase que considero descrever muito bem todo o processo do concurso: começar forte o estudo, manter durante o processo e dar todo o gás no final […]”
Confira nossa entrevista com Carlos Filipe Ferreira de Souza, aprovado em 22° lugar no concurso SEFAZ-AC para o cargo de Auditor da Receita Estadual:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carlos Filipe Ferreira de Souza: Me chamo Carlos Filipe, tenho 26 anos, sou natural do Rio de Janeiro e me formei em engenharia civil pelo IME.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carlos: De forma resumida, optei pela carreira militar ao prestar o concurso para o IME anos atrás. No entanto, ao longo da minha formação acadêmica e, principalmente, durante o primeiro ano de exercício na profissão, não me identifiquei com a carreira nem vislumbrei um futuro na instituição. Ponderei sobre diversos outros caminhos a seguir, mas a decisão de voltar a estudar para realizar uma mudança de carreira foi a que considerei mais adequada.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carlos: Tirando os vestibulares, o concurso da SEFAZ AC foi o primeiro em que fui aprovado e foi a segunda prova que fiz nessa jornada na área fiscal. A primeira prova foi um simulado, alguns meses antes do concurso da SEFAZ AC, que foi para o ISS São Bernardo do Campo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Carlos: Tirando os vestibulares, o concurso da SEFAZ AC foi o primeiro em que fui aprovado e a segunda prova que fiz nessa trajetória na área fiscal. Antes do SEFAZ AC, alguns meses antes, fiz uma prova de treino para o ISS São Bernardo do Campo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Carlos: Honestamente, eu não tinha muita vida social, a maior parte do tempo que tinha livre, quase sempre nas noites dos fins de semana, eu e a minha esposa tiramos para sair um pouco de casa.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Carlos: Minha esposa foi fundamental em todo esse processo; ela sempre me apoiava, não apenas compreendendo o processo do concurso, mas também me ajudando em algumas disciplinas (ela trabalha com ciência de dados, então seu apoio em TI foi incrível), e colaborando na organização dos ciclos de estudo. Em suma, ela foi uma grande parte da razão pela qual fui aprovado. Por isso, gosto de dizer que o concurso não foi apenas meu, mas nosso, meu e da minha esposa. Passamos por isso juntos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Carlos: Estudei desde que o edital foi lançado, o que totalizou cerca de 5 meses. Não creio que haja algum segredo para manter a disciplina; meu emprego não era um “plano B”, então eu estava determinado a estudar e ser aprovado. Sabia que seria um processo difícil, às vezes até terrível, mas era o que precisava ser feito.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Carlos: Usei principalmente os PDFs, por me permitirem um estudo mais rápido. Usei algumas vezes as videoaulas para assuntos que tinha mais dificuldade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carlos: Por um grande amigo que conheci no trabalho, que estudava pelo Estratégia e me ajudou muito nesse processo. Hoje ele está no TCM-PA. Valeu, Machado!
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Carlos: Eu e minha esposa montamos o plano de estudos, que basicamente consistia em fazer uma distribuição de horários de estudo segundo a dificuldade que eu sentia na matéria.
Desde que decidi começar a estudar para concurso em maio de 2023, minha rotina foi mais ou menos esta: nos dias de trabalho eu conseguia estudar de 5 a 6 horas líquidas por dia e umas 8 a 9 horas líquidas aos fins de semana. Nos últimos 2 meses antes da prova, já sem férias para poder manter o ritmo de estudo para o pós edital e com a carga de trabalho aumentando, eu e minha esposa pedimos direção de Deus e decidimos que era melhor que eu largasse meu emprego, então após esse período, cheguei a fazer de 10 a 12 horas líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Carlos: Fazia revisão por exercícios e simulados, mas no último mês antes da prova me dediquei a um resumo geral da matéria.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Carlos: Exercícios são fundamentais no processo, honestamente não sei dizer o quão fundamentais são, mas tenho certeza que melhorei e aprofundei muito meu conhecimento com eles.
No total devo ter feito algo perto de umas 11 mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?
Carlos: TI e contabilidade. Sinceramente, ainda tenho dificuldade nessas áreas, mas acho que para melhorar não há segredo além de estudar ainda mais essas matérias, focando em exercícios e revisões constantes.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carlos: Eu estudei o máximo que podia na semana anterior à prova, basicamente fazendo uma revisão geral final. No dia anterior à prova eu só assisti a aula pré prova do Estratégia mesmo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Carlos: Acredito que não há segredo para a prova discursiva; estudar para a objetiva e para a discursiva é bastante semelhante, especialmente em um nível avançado de estudo. A prova discursiva requer que o conhecimento esteja bem consolidado, com o mínimo de lacunas possível, o que pode ser alcançado por meio de um estudo disciplinado. Além disso, considero importante praticar questões discursivas. Eu mesmo fiz algumas nos meses anteriores à prova, trabalhando para escrever e desenvolver respostas da melhor forma possível. Também é essencial comparar sempre a resposta dada com o gabarito oficial da discursiva, para aprender com os erros e continuar melhorando.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carlos: Acho que meu erro principal foi tentar acelerar certos processos de aprendizado, o que não deve ser feito. Meu principal acerto acho que foi focar em uma única área de estudo, no caso a área fiscal, e não me desfocar com outras oportunidades em áreas diferentes, apesar do quão atrativos sejam, porque no meu ver isso pode acabar atrasando a aprovação naquilo que é o foco principal.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carlos: Acho que nos momentos mais difíceis de cansaço cheguei sim a pensar em parar, mas sempre foram situações rápidas e momentâneas. Eu sabia que não tinha plano B, não tinha outra opção que não fosse continuar estudando, então, com muito apoio da minha esposa e muita ajuda de Deus, consegui sempre seguir estudando.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carlos: Um dia, há bastante tempo, ouvi uma frase que considero descrever muito bem todo o processo do concurso: começar forte o estudo, manter durante o processo e dar todo o gás no final. É importante nunca esquecer que o concurso é um processo com altos e baixos, então sempre lembre de onde quer chegar, que um dia você chega!