Aprovado em 72° lugar no concurso Polícia Penal de Minas Gerais para o cargo de Policial Penal
Concursos Públicos
“Para quem está iniciando, aconselharia a escolher um curso preparatório e confiar no que os professores passam, a confiar no próprio método de estudo e aceitar o próprio ritmo, a não se comparar com outros concurseiros […]”
Confira nossa entrevista com Felipe de Brito Lobato, aprovado em 72° lugar no concurso Polícia Penal de Minas Gerais para o cargo de Policial Penal:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Felipe de Brito Lobato: Sou formado em Direito pela Faculdade de Direito de Varginha – FADIVA, tenho 31 anos, natural de Três Pontas/MG.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Felipe: Desde o início dos estágios já me identifiquei com o setor público, pela natureza do trabalho e também pela estabilidade financeira. A princípio, pensava em estudar para o cargo de Defensor Público. Porém, após uma breve atuação como advogado, percebi que o modo de trabalho não me agradava tanto – ritos processuais engessados, divergências de entendimentos, causas desnecessárias, carência de celeridade e de objetividade, dentre outros fatores. Com isso, fiz da minha segunda opção (área policial) a primeira, por também admirar o lado da disciplina e da manutenção da ordem pública.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Felipe: Comecei conciliando trabalho e estudo, mas depois passei a me dedicar exclusivamente aos concursos públicos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Felipe: Fui aprovado para o cargo de Agente da PCDF, mas não compareci para as fases seguintes por estar participando também do certame da PCMG para o cargo de Escrivão, no qual acabei sendo eliminado no TAF. E agora, no da PPMG. Ainda não tenho certeza se continuarei estudando para outros concursos. Tenho planos alternativos, mas decidirei depois de começar a trabalhar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Felipe: Sempre fui uma pessoa voltada para o equilíbrio. Por isso, não abdiquei totalmente de minha vida social. Continuei frequentando os eventos de família e às vezes saindo com amigos, mas obviamente de forma moderada.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Felipe: Não sou casado e não tenho filhos. Todos apoiaram a minha caminhada como concurseiro. Como me conhecem bem, notavam que eu não estava feliz na advocacia e que o melhor caminho seria o dos concursos. A maior forma de apoio foi a ausência de pressão. Em momento algum me cobraram qualquer aprovação. Isso facilitou muito o processo, vez que consegui manter o meu equilíbrio mental e emocional.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Felipe: Estudei 1 ano e meio até a prova da PPMG, aproveitando o intervalo da pandemia. Não foi um estudo direcionado exclusivamente ao cargo, mas sempre voltado para a área policial. A disciplina nunca foi um problema, porque sou uma pessoa de rotina. Tinha a certeza de estar no caminho certo e que bastava paciência para alcançar uma aprovação.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Felipe: Mergulhei muito em legislação seca para a parte do Direito. Para as demais, videoaulas e exercícios. Enxergo mais vantagem do que desvantagem no método utilizado, por ter sido um estudo sincero e não voltado apenas para uma aprovação, mas para um real aprendizado. A desvantagem que posso citar é o tempo. Talvez pudesse cortar um caminho através de outros materiais, mas não vi necessidade no momento.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe: Conheci o Estratégia Concursos no Youtube quando fui buscar por algumas aulas. Fiquei impressionado com o conhecimento dos professores e a facilidade de transmiti-los aos alunos, sempre destacando aquilo que mais cai em provas.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Felipe: Como aluno do Estratégia, a maior diferença foi ter, definitivamente, a certeza de estar no caminho certo, estudando aquilo que de fato importa, bastando paciência e disciplina para chegar à aprovação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Felipe: Optei por estudar todas as matérias ao mesmo tempo. Via de regra, estudava uma matéria de manhã e outra à tarde, não misturando demais os conteúdos e também não deixando o estudo muito monótono. Em média, acredito ter estudado 6 horas por dia, sem me cobrar muito nos dias de baixo rendimento.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Felipe: Gosto de fazer os meus próprios resumos e usá-los para revisão, além dos constantes exercícios.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Felipe: Acredito que a resolução de exercícios seja a melhor técnica de fixação de conteúdo, pois te força a aplicá-lo em casos hipotéticos e, muitas vezes, com eles, outras dúvidas surgem, levando-nos a um aprendizado mais completo e sólido. Resolvi mais ou menos 2.000 questões em minha trajetória. Optei por resolver poucas, mas de forma reflexiva, aprendendo com as próprias alternativas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Felipe: Minha maior dificuldade estava em matemática e informática, por não gostar muito de estudá-las. No caso das duas, foi pura disciplina. Ainda, lembrava a mim mesmo que uma única questão muda drasticamente a classificação e que, por isso, não podia deixar de estudar qualquer matéria.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Felipe: Na semana que antecedeu a prova não resolvi as questões e fixei exclusivamente nos resumos e em alguns pontos importantes de leis. No dia, antes da prova, li o máximo que pude dos mesmos resumos para deixar as matérias mais frescas na memória.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Felipe: No caso da redação, fiz um curso exclusivo e 10 redações para correção. Recomendo, por influenciar muito na classificação.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Felipe: Para o TAF, fazia barras semanalmente (sempre acima do mínimo, por segurança); corria um dia na esteira por um tempo maior, a fim de melhorar a resistência, e um dia na pista, marcando a distância e o tempo, também colocando uma distância maior para segurança; fazia flexões uma vez por semana, também acima do exigido; treinava o salto duas vezes por semana; e fazia abdominais uma vez por semana. Nas demais etapas, não me preocupei com preparação, por não ter muito o que fazer.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Felipe: Como principal erro posso citar os dias de baixo rendimento, mas que considero normal para qualquer pessoa. E, como principais acertos, posso colocar saber aceitar os dias de baixo rendimento, não me valer de medicamentos que aumentam a concentração, não ter pressa, não me comparar com outras pessoas e não abandonar as atividades físicas.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Felipe: Não cheguei a pensar em desistir, pois sabia que, para mim, era o melhor caminho.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe: Para quem está iniciando, aconselharia a escolher um curso preparatório e confiar no que os professores passam, a confiar no próprio método de estudo e aceitar o próprio ritmo, a não se comparar com outros concurseiros e, em hipótese alguma, abandonar a saúde e o equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual, pois as consequências podem ser duradouras.