Aprovado em 1° lugar no concurso CENSIPAM para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia/Administrativo
Concursos Públicos
“[…] Encare os estudos para concurso não apenas como uma busca por conhecimento, mas como uma oportunidade de crescimento pessoal. Compreenda que essa trajetória não será rápida nem fácil, então é essencial ter uma motivação clara e construir uma rede de apoio […]”
Confira nossa entrevista com André Ferraço, aprovado em 1° lugar no concurso CENSIPAM para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia/Administrativo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
André Ferraço: Minha formação é em Direito e, atualmente, estou cursando o Doutorado em Direito na UnB. Tenho 33 anos e sou de Linhares – ES.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
André: Minha principal motivação foi estabelecer-me em Brasília com um cargo estável. Sou técnico legislativo na Assembleia Legislativa do Espírito Santo desde 2012 e voltei a estudar para concursos após o edital da ADASA-DF ser retomado em 2022, pois as matérias da prova e a área de atuação da agência tinham relação com o que estudei no mestrado e no doutorado. A partir da ADASA, vários editais começaram a sair para o DF na área administrativa e, como queria conseguir um cargo público aqui na capital, continuei estudando até conseguir. De modo geral, o que me motivou a estudar foi a retomada dos concursos após a pandemia e a vontade de me fixar no DF com um bom emprego.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
André: Quando iniciei os estudos, eu fazia doutorado, trabalhava como professor em uma faculdade e como assessor no TRF-1. Durante esse período, estive de teletrabalho e trabalho híbrido no TRF1 e dava aula apenas nas quintas-feiras pela manhã. Além disso, eventualmente, surgiam demandas do doutorado com prazos.
Conciliar as demandas profissionais e acadêmicas foi um desafio inicial, mas ao mapear meus horários livres e priorizar os estudos, encontrei equilíbrio entre minhas responsabilidades.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
André: Fui aprovado em 1°lugar para Analista em Ciência e Tecnologia no Censipam. Além disso, fiquei no cadastro de reserva nos concursos de Gestor em Políticas Públicas e Gestão Governamental do DF (18° lugar), Analista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do DF (493°) e Técnico de Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária do DF (204°).
Pretendo continuar estudando para os concursos previstos para este primeiro semestre e concluir o doutorado até o final deste ano, mas devo assumir o cargo no Censipam assim que for nomeado.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
André: No início, eu não dedicava os finais de semana aos estudos e também não abdicava de sair com familiares e amigos quando estivesse com vontade. No entanto, reconheço a necessidade de dedicar mais tempo aos estudos e, nos últimos meses, reduzi os compromissos sociais para focar na preparação. Nos últimos seis meses passei a sair menos com os amigos e familiares e entendo que abdicar desses momentos por um período de tempo é essencial para dar um salto nos estudos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
André: Sim, minha família e amigos foram extremamente compreensivos e apoiadores durante minha jornada como concurseiro.
Minha família sempre me incentivou a estudar. Minha mãe é professora aposentada da rede pública e meu irmão é concursado no ES. Eles foram os responsáveis por me apoiar nos estudos para a Assembleia Legislativa ainda em 2011 e sou muito grato por isso.
Agora em Brasília conto com o apoio do meu companheiro, que também já foi concurseiro, e me incentivou muito nesse período. Ele não só deixou de sair quando eu decidi estudar aos finais de semana, como também sempre conversou comigo sobre as dificuldades dessa jornada de estudos, a necessidade de dedicação e disciplina, o pragmatismo para encarar o que eu precisava melhorar e também sobre ter paciência ao longo desse tempo. Ele me ajudou a entender que esse período de estudos para concurso é também uma fase de crescimento pessoal, além de aquisição de conteúdo para provas. Deixo aqui o meu muito obrigado.
Além disso, tenho amigos que também estão se preparando para concursos e sempre tivemos muitas trocas. Discutimos estratégias, materiais e experiências, além de oferecer suporte emocional nos momentos mais desafiadores. Acredito sinceramente que essa rede de apoio desempenhou um papel crucial em minha jornada e sou grato por cada membro dela.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
André: O edital do Censipam saiu concomitantemente ao da Câmara dos Deputados, que era o meu foco na época. O edital era muito semelhante e do início dos estudos para Câmara até a prova do Censipam foram, aproximadamente, 3 meses e meio de estudo direcionado. Para manter a disciplina, estabeleci uma rotina de estudos com horários definidos e priorizei as matérias de maior dificuldade.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
André: Utilizei PDF, aulas presenciais e questões. Os PDFs foram fundamentais pela sistematização do conteúdo, enquanto as questões me ajudaram a fixar o conhecimento e a entender como o conteúdo é cobrado nas provas.
Acredito que os PDF’s sejam a forma mais eficiente de estudo. Ter a teoria sistematizada pelos professores com as partes mais importantes da matéria em destaque e com questões intercaladas ajuda muito a entender o conteúdo e a identificar o que pode cair em prova. Além disso, é muito mais rápido do que aula presencial e videoaula. A desvantagem é que a atenção se desvia mais facilmente quando comparado com vídeos e aulas presenciais.
As videoaulas são utilizadas quando tenho mais dificuldade na matéria. Fica mais fácil entender com os professores falando do que lendo por conta própria. Utilizo videoaulas como um recurso estratégico quando percebo que não estou compreendendo a matéria, embora avance mais lentamente. O mesmo ocorre com as aulas presenciais.
Por fim, as questões entram como um termômetro de rendimento e mecanismo de fixação do conteúdo. Para mim é o momento em que percebo o que preciso melhorar e compreendo como o conteúdo é cobrado. Também utilizo as questões como forma de revisão.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
André: Conheci o Estratégia pelo Instagram.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
André: Sim, utilizei materiais de outros cursos anteriormente. No entanto, a plataforma não era muito intuitiva, os vídeos ficavam desorganizados – às vezes duplicavam matérias e eu não sabia se era um conteúdo novo ou algo que já tinha visto – e os PDF’s não era muito didáticos.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
André: Sim, durante 2 meses e meio. Não passei.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
André: Sim, após me tornar aluno do Estratégia, percebi uma diferença significativa em minha preparação. O diferencial dos materiais do Estratégia foi notável, tanto nas videoaulas quanto nos PDFs. Eles são claramente mais didáticos e eficazes do que os oferecidos pela concorrência. Isso me permitiu poupar tempo, pois antes sentia a necessidade de complementar os materiais, além de me proporcionar uma sensação de segurança em relação ao conteúdo estudado.
Uma ferramenta que se destacou e que utilizei intensamente foram os Passos Estratégicos. São excelentes para a revisão espaçada, especialmente nas semanas que antecedem a prova. O conteúdo do Passo é bastante direcionado e as questões incluídas são muito pertinentes, representando o que mais costuma cair nas provas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
André: Elaborei um plano de estudos com foco em duas matérias por dia, buscando equilibrar revisões e novos conteúdos. Dedicava o primeiro horário às revisões e depois às matérias do dia. Duas matérias por dia foi uma escolha para facilitar as revisões, porque ficavam menos matérias para revisar por dia do que quando usei o formato de ciclo. Quanto às horas líquidas, isso variava muito de acordo com as demandas da semana, mas eu sempre buscava cumprir 30 horas – e às vezes só conseguia cumprir dando um gás nos estudos aos finais de semana.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
André: Eu fazia minhas revisões por questões, Anki e pela leitura dos resumos nos finais dos PDF’S ou com os Passos Estratégicos. Tentava intercalar questões e resumos conforme chegava o momento da revisão. Além disso, fazia os simulados aos finais de semana quando estava mais próximo da prova.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
André: Considero a resolução de exercícios fundamental para minha preparação. Embora seja importante construir uma base sólida de conhecimento teórico, é por meio dos exercícios que consigo ter uma compreensão mais profunda de como o conteúdo é aplicado e cobrado nas provas. Além disso, resolver questões me permite avaliar meu desempenho e identificar áreas que precisam de mais atenção e estudo.
Em relação ao número de questões resolvidas ao longo da minha preparação, não tenho um número exato, mas posso afirmar que fazia no mínimo 100 questões por dia. Nos últimos seis meses, com base nos registros de um site de questões, resolvi aproximadamente 7.965 exercícios – isso sem incluir as questões dos materiais em PDF e os Passos Estratégicos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
André: Tenho muita dificuldade com Informática e acho Raciocínio Lógico Matemático difícil. Português também era uma matéria que sentia necessidade melhorar. Superei a dificuldade de RLM com as videoaulas e melhorei os pontos fracos de Português com aulas presenciais. Quanto à Informática ainda não superei (rs).
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
André: Na semana da prova eu busco fazer revisões por questões de cada matéria e rever algumas questões que deixo salvas, ou porque errei durante os estudos ou porque acho que elas são representativas do conteúdo. Quando vejo que estou errando muito um conteúdo, retomo os Passos para relembrar a matéria. Essa mesma forma de revisão também ocorre no dia anterior à prova, mas coloco as 18h como limite de horário para não ficar muito cansado.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
André: Para a prova discursiva, é essencial dominar tanto a estruturação do texto quanto o conteúdo. Desde que adquiri o curso do Estratégia, dediquei-me a compreender e memorizar as estruturas adequadas para diferentes tipos de textos discursivos, o que se revelou crucial. Em experiências anteriores, embora dominasse o conteúdo, negligenciei a estruturação dos textos, o que prejudicou meu desempenho. Por exemplo, no concurso para Gestor do DF, meu rendimento foi prejudicado por erros estruturais, resultando em uma nota de 8,87 de 10. Após seguir as orientações de estruturação, obtive uma nota de 19,93 de 20 no concurso do Censipam. Além disso, antecipo possíveis temas discursivos a partir das questões objetivas e pratico a redação com base nisso.
O curso de discursiva oferecido pelo Estratégia foi fundamental para entender a estrutura e praticar, fornecendo temas relevantes para treinamento. Em resumo, para uma boa prova discursiva, aconselho compreender os diversos tipos de texto e formatos exigidos, além de praticar temas potenciais, o que contribui para uma maior confiança e gestão do tempo durante a prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
André: Na minha trajetória, me identifico com diversos erros que cometi, especialmente no início do processo de preparação. Inicialmente, errei ao escolher o material de estudo e ao tentar complementá-lo com outras fontes de leitura, o que dispersou meu foco. Além disso, falhei na gestão do meu tempo de estudo e na avaliação do meu rendimento, o que comprometeu minha eficiência. Também reconheço que tinha uma visão limitada sobre os concursos, ao pensar que era necessário “só” estudar para passar. Ademais, tive longos intervalos de descanso entre as provas e, em alguns momentos, negligenciei os estudos quando não me sentia motivado.
Por outro lado, considero que acertei ao adotar uma abordagem mais pragmática ao encarar meus erros. Reconheci a importância de identificar e corrigir esses pontos fracos, buscando constantemente a melhoria. Entendo que essa autocrítica e disposição para aprimorar-se são parte integrante da preparação para os concursos e isso pode te render melhores resultados do que focar apenas em ter conteúdo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
André: Sim, mas continuei estudando porque este momento é muito oportuno para estar preparado para concursos e espero conseguir passar para uma carreira melhor com lotação no DF. Além disso, meu companheiro e minha amiga Carol sempre me incentivaram a continuar. Além de ter uma motivação clara, é fundamental ter apoio nos momentos em que essa motivação se enfraquece. Isso nos ajuda a continuar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
André: Embora ainda tenha muito a aprender até alcançar meus objetivos definitivos, gostaria de compartilhar alguns conselhos que vejo como úteis para quem está dando os primeiros passos nessa jornada.
Encare os estudos para concurso não apenas como uma busca por conhecimento, mas como uma oportunidade de crescimento pessoal. Compreenda que essa trajetória não será rápida nem fácil, então é essencial ter uma motivação clara e construir uma rede de apoio.
Eu costumo comparar essa caminhada a uma escada. A cada dia, nos preparamos um pouco mais, consolidando nosso conhecimento e incorporando-o à nossa rotina de estudo. Conforme acumulamos experiência de estudos e provas, damos um passo adiante nessa escada em direção aos nossos objetivos. Se você está iniciando agora, sugiro que estabeleça prioridades claras, planeje cuidadosamente a distribuição do seu tempo e mantenha a disciplina. Lembre-se de que nem sempre sentirá motivação para estudar, mas se cultivar a disciplina, continuará progredindo, um passo de cada vez. É essa constância nos passos que nos leva ao topo da escada, não apenas a vontade de alcançar o topo.
Mantenha-se perseverante em sua jornada. Desejo sucesso em sua preparação e que possa alcançar os seus objetivos.