Aprovado em 146° lugar no concurso do SERPRO para o cargo de Analista - Especialização: Tecnologia

“O que eu aconselho é sempre se atentar ao edital do concurso, analisar os conhecimentos/temas que serão cobrados, observar quantas questões serão cobradas de cada matéria, para poder equilibrar os seus estudos e estudar com eficiência […]”

Confira nossa entrevista com Bruno Henrique Prybecz, aprovado em 146° lugar no concurso do SERPRO para o cargo de Analista – Especialização: Tecnologia:

Estratégia: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Bruno Henrique Prybecz: Sou bacharelado em Ciência de Computação pela Universidade Federal do Paranã (UFPR), tenho 34 anos, nasci em Curitiba/PR onde atualmente resíduo.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Bruno: Me formei em 2013 e trabalhei durante 7 anos no setor privado. Quando me formei, fui aconselhado pelo meu pai, um homem muito inteligente que admiro muito, a estudar e fazer concursos, na época, achava que as oportunidades no setor privado eram melhores e não dei muita atenção. Atualmente acredito que as oportunidades no setor público estão mais atraentes, seja pela remuneração, benefícios e estabilidade, mas também pelos desafios, estrutura e transparência que os concursos oferecem.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?

Bruno: Sim, eu trabalhava quando realizei os concursos, para conciliar sempre tentava estudar pela manhã. E, de noite, os finais de semanas / feriados eram totalmente dedicados aos estudos. Algo que me ajudou muito foi conseguir tirar férias antes dos concursos, assim pude me dedicar 100% aos estudos pelo menos um mês antes das provas.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Bruno: Fui aprovado em três concursos, na SANEPAR (Companhia de Saneamento do Paraná) em 2009, depois duas vezes no SERPRO 2020 e 2023 (Serviço Federal de Processamento de Dados), em 3º e em 146º lugar, ambos na área de Tecnologia e Desenvolvimento.

Pretendo sim continuar estudando para concursos, é uma boa forma de se manter atualizado e procurar novas oportunidades profissionais.

Estratégia: Como era a sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Bruno: A vida social acaba um pouco reduzida, muitas vezes deixei de viajar/sair para estudar, a maioria dos feriados passava estudando. Porém, sempre tentava sair nos finais de semana com a minha namorada Gabriela, que se estiver lendo isso “Te amo muito minha linda!”.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?

Bruno: Com certeza, tive muito apoio da minha namorada, família, amigos, dos meus colegas de trabalho e até mesmo dos meus estimados chefes Artur e Daniel, que espero poder voltar a trabalhar juntos em breve, “vocês são feraz senhores!”.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Bruno: Para o último concurso estudei durante 2 anos. No primeiro ano fiz cursos específicos da minha área, como Programação, Banco de Dados, DevOps, Segurança. Cursos mais longos e aprofundados, que me auxiliaram tanto na minha vida profissional quanto no estudo para o concurso. No segundo ano já comecei a focar para o concurso, estudando editais passados, revisando assuntos, fazendo muitos exercícios, provas e simulados. 

Acredito que a melhor maneira de manter a disciplina é sempre alternar entre os assuntos estudados, para não cansar e ao surgir aquelas “oportunidades” de não estudar pensar: “vou fazer isso depois de passar no concurso!” e continuar estudando!

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens de desvantagens?

Bruno: Eu estudei exclusivamente on-line, para assuntos que já dominava e tinha experiência, revisava com cursos em PDF, já assuntos que estava “enferrujado” ou não dominava procurava assistir videoaulas e ler livros. O método que utilizei para estudar foi “Ler, Ouvir, Escrever e Praticar”. Todos os assuntos que eu estudei sempre fazia anotações, mesmo que já fosse um PDF, os vídeos assistia e resumia, depois revisava e fazia exercícios. Sempre que possível também procurava praticar os assuntos, isso é um pouco mais fácil na minha área de tecnologia e desenvolvimento, implementava um algoritmo numa linguagem específica, testava consultas SQL em bancos de dados diferentes, etc…

Eu gosto das videoaulas, pois você pode controlar a velocidade, se é um assunto que você domina pode passar em 1.5x ou 2x, se for algo que você está com dificuldade de entender roda em 1x, o problema do vídeo é que não tem o Ctrl + F para pesquisar, aí complementar com o PDF é essencial.

Uma ferramenta que me ajudou muito foi o https://exercism.org/, é uma plataforma para aprender linguagens de programação na prática, recomendo!

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Bruno: Eu conheci o Estratégia pesquisando na internet, hoje eu recomendo para amigos, estudei pelo Estratégia em dois concursos que passei.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? 

Não.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença  relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?

Bruno: Sim, o Estratégia me ajudou muito! Principalmente na minha organização, o “pré-edital” do Estratégia me ajudou a adiantar estudos, as videoaulas e os cursos PDF me ajudaram a revisar assuntos antigos e a aprender novos. 

O sistema de questões do Estratégia aumentou muito a quantidade de exercícios que eu exercitei, os filtros por temas/assuntos facilita praticar focado e as “questões inéditas” do Estratégia são muito bem elaboradas.

Os simulados do Estratégia também foram essenciais, o simulado ajuda a identificar pontos fracos que você precisa estudar mais e também dar aquele “choque de realidade” em assuntos que você acha que sabe.

A mentoria do Estratégia e a análise da probabilidade de assuntos do edital também são ótimas para planejar os estudos.

Além de tudo isso, o que mais se destaca no Estratégia, com certeza, são os professores, com um entusiasmo cativante, didáticos, focados e profissionais. 

Em especial para mim os professores:

Adriana Figueiredo, com quem “entendi” a “lógica do português”.

André Castro, as melhores analogias para explicar criptografia assimétrica e assinatura digital.

Brunno Lima, excelente explicação sobre raciocínio lógico.

Raphael Lacerda, dev raiz de respeito, ria sempre que escutava “Boa noite Caneta Preta”.

Paulo H.M. Souza, percepção formidável  sobre a LGPD, o Marco Civil da Internet e a Lei de Delitos Informáticos.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos? 

Bruno: O meu plano de estudo foi observando o edital, dividindo os tópicos em semanas, cada semana estudava um assunto, alternava entre matérias e quando “voltava” para estudar um assunto fazia uma revisão. Dia de semana, como trabalhava, estudava ~4 horas, já nos finais de semana e feriados tentava estudar mais, ~8 horas pelo menos.

Estratégia: Como fazia suas revisões?

Bruno: As minhas revisões fazia sobre os meus próprios resumos escritos à mão, com mapas mentais e resolvendo questões “favoritas”.

O método que utilizei para estudar foi “Ler, Ouvir, Escrever e Praticar”, então um mesmo assunto eu procurava sempre ler um curso PDF, ouvir/assistir um vídeo, escrever um resumo à mão e praticar, escrever código mesmo.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Bruno: Resolver exercícios é essencial, sempre que estudava um assunto imediatamente respondia questões, nas revisões também fazia mais exercícios, é importante fazer exercícios específicos da Banca Organizadora do concurso, visto que cada banca tem um entendimento sobre um assunto, você pode discordar da banca, mas na hora da prova, é a “jurisprudência” da banca que vale. 

Para isso, o sistema de questões do Estratégia me ajudou muito, bem como as listas de questões em PDF, sempre fazia todas.

Os exercícios são essenciais para consolidar os estudos, identificar fraquezas e o “choque de realidade” de assuntos que você acha que sabe.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar? 

Bruno: Pode parecer estranho, mas a disciplina que tive mais dificuldade foi matemática, tive que “estudar antes de estudar”, revisando conceitos, fórmulas e resolvendo exercícios canônicos.

Estratégia: Como foi a sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Bruno: Na semana que antecedeu a prova, eu fiz revisões com as minhas anotações / mapas mentais, no dia pré-prova e também no dia da prova, eu não estudei, pessoalmente eu gosto de “limpar a mente” nesses dias e não ver nada sobre concurso, faço outra coisa.

Muitas pessoas levam anotações no dia da prova e ficam revisando na frente do portão, pessoalmente eu acho que isso atrapalha, seria como fazer abdominais, barras e flexões antes de um TAF (Teste de Aptidão Física).

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a prova discursiva/prática. Como foi a sua preparação para esta parte do certame?

Bruno: No meu concurso teve a prova prática, a minha preparação foi praticar implementações de algoritmos e estruturas de dados (exemplo Fibonnacci, Fatorial, BubbleSort, Validar CPF, Pilhas, Listas, etc…) nas três linguagens de programação do edital (JavaScript, Python e Java).

Para isso, eu utilizei o sistema https://exercism.org/, que é uma plataforma para aprender linguagens de programação na prática, eu também estudei pelos os exercícios do professor Raphael Lacerda do Estratégia.

Como na prova discursiva / prática você não tem o manual da linguagem ao seu dispor é bom tentar resolver as questões “offline”, sem qualquer tipo de ajuda, decorando métodos, estruturas, componentes da linguagem, etc…

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Bruno: O principal acerto foi ter aprendido com cada concurso que eu fiz e não passei, com cada questão que eu errei, você aprende mais sobre os assuntos assim, revisando as provas depois, identificando seus pontos fracos, sem desistir.

O principal erro foi em certos concursos ter estudado assuntos que não estavam no edital ou não eram tão relevantes. Parece bobo, mas observar o edital é extremamente importante para planejar os seus estudos.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi a sua principal motivação para seguir?

Bruno: Nesse concurso não cheguei a pensar em desistir, queria muito passar, mas já desisti de vários outros, alguns sequer fui fazer a prova. Acho que a principal motivação é você realmente querer trabalhar no órgão / empresa / instituição do concurso.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso?

Bruno: O que eu aconselho é sempre se atentar ao edital do concurso, analisar os conhecimentos/temas que serão cobrados, observar quantas questões serão cobradas de cada matéria para poder equilibrar os seus estudos e estudar com eficiência.

Por exemplo, se num edital houver 10 questões de português e 25 de legislação, estude mais legislação, se houver 20 questões de Engenharia de Software (E.S.) e 10 de Segurança da Informação (S.I.), talvez seja melhor se dedicar aos estudos de Engenharia de Software, porém se você é um expert em E.S. então estude S.I., enfim, planejar os seus estudos conforme o edital do concurso.

Lembre-se que tudo que será cobrado no concurso está descrito no edital, então você sabe o que vai cair na prova, o problema é o tempo necessário para estudar tudo, então eu aconselho a estudar o “básico”/”essencial”  de cada tópico primeiro e depois se aprofundar em cada matéria.

Não esqueça de consolidar os estudos com exercícios/simulados, tente fazer o máximo de provas  da banca organizadora do concurso, seja de concursos passados ou de outras regiões onde você reside, muitas das bancas elaboram concursos para o país inteiro, para diversas instituições/órgãos/empresas.

Observar a banca organizadora também é importante, cada banca acaba tendo sua própria “jurisprudência” em certos assuntos, por isso fazer provas passadas da banca é tão importante.

Por fim, caso você embarque nessa jornada de concurseiro não a faça sozinho, procure apoio de seus familiares, namorada(o), amigos, colegas de trabalho, outros concurseiros; o que mais me chamou a atenção no Estratégia foram os professores, o entusiasmo que eles têm com as aulas, com os concursos, com as questões, a interação com os alunos. Esse apoio é essencial, pois você não irá passar em muitos concursos que fizer, mas deverá continuar tentando, sem desanimar, aprendendo cada vez mais.

Até mais e “bora estudar Caneta Preta”!