Aprovado em 1º lugar no concurso DPE DF para o cargo de Analista de Apoio à Assistência Judiciária
Concursos Públicos
” […] não adianta ter o melhor material, o melhor coach, uma grande disponibilidade de tempo, o plano de estudo perfeito, se você não colocar a bunda na cadeira e estudar todos os dias, consistentemente […]”
Confira nossa entrevista com Eder Gomes de Oliveira da Silva, aprovado em 1º lugar no concurso DPDF para o cargo de Analista de Apoio à Assistência Judiciária:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Eder Gomes de Oliveira da Silva: Meu nome é Éder, tenho 30 anos, estudei sempre em escolas públicas. Sou bacharel em administração pela Universidade Católica de Brasília (fui bolsista) e MBA em Gestão de TI pela Anhanguera. Sempre morei na Ceilândia/DF.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Eder: Na época, eu trabalhava como comissionado no GDF e já tinha tido algumas promoções, mas eu não tinha mais a possibilidade de ascender na estrutura por não ser servidor público efetivo (por política do local). Então, muito por conta disso e também pelo desejo de aumentar a minha remuneração, eu optei por passar a estudar para concursos. Isto aconteceu em 2018.
Entre 2018 e 2019 eu devo ter estudado no máximo 3 meses ao todo. Faltava vontade e consistência. O ponto de inflexão foi o edital da PGDF que saiu na última semana de dezembro de 2019. A partir dali eu resolvi que estudaria de verdade durante os próximos 3 anos e passaria em um concurso de nível superior. O plano não se alterou mesmo com a pandemia. Mantive o mesmo ritmo, até aumentando o foco em determinados momentos (fui demitido em junho de 2020 e passei 3 meses só estudando por volta de 7 horas/dia). Nessa época eu consegui passar para o cargo de temporário do Ministério da Economia, o que me deu uma maior tranquilidade para continuar na jornada.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Eder: Eu trabalho desde os 17 anos, quando comecei em um órgão público como estagiário de nível superior. Daquela época até hoje, só passei três meses sem trabalho. Dessa forma, durante toda a minha jornada eu sempre tive que conciliar trabalho e estudo. Em linhas gerais, eu estudava no metrô e quando chegava em casa durante a noite (somava umas 3h no máximo). Nunca consegui render bem estudando durante o almoço no trabalho ou mesmo aproveitando as brechas durante o expediente.
Com a pandemia e o teletrabalho, consegui aumentar para 4 ou 5 horas de estudo durante a semana e 6 ou 7 horas nos fins de semana.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Eder: Minha primeira aprovação foi para o cargo de especialista de processos de negócio do Ministério da Economia, concurso realizado em 2020. Fiquei em 4º lugar. Foi a única prova que fiz em todo 2020.
Em 2021, fiz a prova da CODEVASF (passei a nota de corte, mas reprovei na discursiva); TCDF (não passei a nota de corte); PGDF nível médio (fiquei em 27º – cadastro de reserva); PGDF superior (18º – cadastro de reserva) e CFQ (fiquei em 9º – cadastro de reserva).
Em 2022, acredito que eu atingi a minha maturidade em concursos. Eu consegui ser aprovado nas vagas no IBAMA (2º lugar) e na DPDF (1º lugar) e fiquei no cadastro de reserva da CGU (82º lugar); TJDFT (21º lugar) e SEAGRI/DF (23º lugar). Reprovei no TCE/SC, TCE e SENADO.
Com a minha meta passar em um cargo de nível superior cumprida e a minha nomeação na CGU agora em 2023, eu estou aposentado do mundo dos concursos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Eder: No período 2020-2022, com a pandemia, as situações de confraternização se tornaram menos frequentes. Mas não abdiquei totalmente dos eventos familiares e almoços com amigos. A única coisa que fiz foi abrir de sair no mês de realização das provas.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Eder: Sou solteiro e não tenho filhos. Então tenho poucas pessoas que demandam a minha atenção. Quanto ao apoio, todas as pessoas – pais, irmãos, tios, primos e amigos – a minha volta entenderam esse momento e me apoiaram plenamente. Nenhum nunca duvidou que eu passaria em alguma prova. Inclusive, desde sempre elas falavam que eu devia passar em um concurso, mas eu resistia à ideia.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Eder: O concurso da DPDF nunca foi uma prioridade para mim.
Durante meu estudo, sempre priorizei as matérias base do cargo de administrador. Quando eu esgotei esse conteúdo, incentivado pelo meu irmão, eu incluí as matérias da área de controle no plano de estudo.
Quando saiu o edital da DPDF e eu vi que o conteúdo era aderente ao que eu vinha estudando, só realizei o ajuste do plano de estudo para conter as matérias específicas e mantive o foco.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?
Eder: Ao longo da minha trajetória de estudos, utilizei videoaulas e PDFs. Nunca fiz uma aula presencial em um cursinho.
Acredito que, para quem é disciplinado, vídeo aulas, PDFs e a realização de exercícios têm o condão de gerar grandes resultados.
A principal desvantagem disso é que só depende de você, porque ninguém virá pegar na sua e ensinar a fazer. Você tem que ir e buscar.
A principal vantagem também é que só depende de você.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Eder: Conheci por indicação de um colega. Após os resultados obtidos até agosto de 2021, eu decidi buscar um material que aprofundasse mais o conteúdo, porque até onde eu estava indo não tinha suficiente para ficar nas vagas. O material do Estratégia possibilitou isso.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Eder: Antes eu estudava com o material de outro curso. Foi o suficiente para sair de um conhecimento básico e aprender bastante. Mas faltava aquela aprofundada a mais, que é a diferença entre acertar e errar uma questão difícil.
Estratégia: O concurseiro já se dedica tanto hoje para ser aprovado e investe bastante! Imagine chegar na prova e ver questões que abordam assuntos que o professor nem abordou nas videoaulas ou no material em PDF. Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Eder: Enquanto eu utilizava apenas o material do outro curso, fui aprovado no concurso de temporário do Ministério da Economia, fiquei no quase em 4 outros concursos (CODEVASF, PGDF Médio e Superior e CFQ) e não passei a nota de corte do TCDF.
Com o material do Estratégia, fui aprovado no IBAMA e na DPDF. Foram as minhas primeiras aprovações para cargos efetivos e elas vieram após a mudança de material.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Eder: O que mais gostei do material do Estratégia foram as questões subjetivas (vi mais na parte de controle) e os Resumos Estratégicos. As opções de PDF completo e simplificado também facilitam bastante o contato inicial e as revisões.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Eder: Meu plano de estudo é bem simples. Tenho um excel com o nome do dia, umas 11 linhas e o total de horas ao final do dia. Não coloco a hora que tenho que estudar determinada matéria nem a ordem que deve ser feito. Ao longo do dia, vou estudando a matéria e colocando a célula de verde. Ao final do dia coloco a célula da hora de verde para saber que cumpri a meta do dia. Se não cumprir, coloco de vermelho.
Costumo seguir a ordem das videoaulas.
Na reta final para a prova da DPDF, minha meta de estudos era de 25h durante a semana e 14h30 no fim de semana.
Sempre estudei várias matérias ao mesmo tempo. Tirando a semana final, que foi realmente focada no concurso da DPDF, eu sempre conciliei as matérias de cargos de administração (foco menor – IBAMA, DPDF e TCE SC) e de controle (foco maior – TCU e CGU). Na época, eu estava vendo, revisando e exercitando umas 20 matérias diferentes.
Talvez fosse melhor focar em apenas um, mas preferi dar um all in em todas as provas que ocorreriam até maio 2022 e consegui colher os frutos.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Eder: Eu sempre gostei de fazer simulados e comparar os resultados. A partir daí eu passava a focar em determinado assunto durante a semana.
Quanto às revisões, eu lia bastante as minhas anotações feitas a partir das videoaulas e PDFs, mas fazia sobretudo muitas questões. Quando errava, lia os comentários e complementava o meu caderno com anotações no canto superior da página.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Eder: Os exercícios sempre foram parte da minha preparação. Desde o início. Como o objetivo é acertar as questões, é necessário treinar bastante. Acredito que eu tenha feito mais de 10.000 questões, entre questões inéditas e questões CESPE.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Eder: Desde sempre tive muita dificuldade em português e nas matérias de direito. Então, minha estratégia sempre foi acertar as questões de licitação e LAI (geralmente são fáceis), compensar os erros que eu teria nas minhas matérias fracas na parte específica de administração, administração pública e AFO e deixar algumas questões em branco (entre 6 e 7 nas provas CESPE).
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Eder: Tinha algum tempo que eu já me sentia preparado para passar em alguma prova de administração e isso aconteceu no concurso do IBAMA. Como a prova da DPDF foi algumas semanas depois e eu já tinha certeza da aprovação nas vagas, eu fui para a prova da DPDF muito tranquilo. Meu sentimento era que eu estava preparado para ser o 1º lugar no concurso. E isso acabou acontecendo.
Na última semana antes a prova da DPDF, foquei em revisar o material e resolver questões. Acho que resolvi algo próximo a 400 questões. Na véspera da prova, mantive a rotina de sábado que eram 7h de estudo. Fechei a preparação comendo uma pizza.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Eder: Antes de tudo, é necessário ver aulas de discursiva. A cobrança é diferente do que esperamos que seja e sem isso o concursando perderá pontos que não deveria perder.
Como eu já havia visto várias videoaulas e feito várias discursivas para o concurso do TCDF em 2021 e tinha tido excelentes resultados nas discursivas da PGDF e do CFQ, eu já me sentia confiante o suficiente para trabalhar apenas no aumento do conhecimento.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Eder: Acertos:
- definir um prazo razoável para conseguir a aprovação. Isso manteve o meu foco mesmo com a pausa de concursos durante a pandemia e com alguns resultados decepcionantes do início;
- fazer questões variadas, sem usar filtros para conteúdo específico;
- exercitar as discursivas;
- analisar resultados das provas anteriores;
- avaliar percentuais de erros e acertos para direcionar o estudo;
- acreditar no processo.
Erros:
- meu modelo de plano de estudos entre 2020-2021 era de uma hora por matéria. Assim eu ficava mais de 5 dias sem ver determinada matéria. Reduzi o tempo para 30 e 45 minutos e acrescentei mais matérias ao longo do dia;
- ver videoaulas demais no início da preparação;
- não acreditar que poderia passar nas provas de mais alto nível desde o início.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Eder: Não pensei. Eu estava firme no propósito e confiante de que cumpriria a meta no prazo estabelecido de 3 anos. A evolução do desempenho e resultados demonstrava que eu estava no caminho.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Eder: Minha mensagem é que não adianta ter o melhor material, o melhor coach, uma grande disponibilidade de tempo, o plano de estudo perfeito, se você não colocar a bunda na cadeira e estudar todos os dias, consistentemente. E que o resultado não virá com uma semana ou um mês (por isso estabelecer um horizonte temporal de estudo para não desanimar no meio do processo). É preciso dar tempo ao tempo e avançar, que um dia a hora chega.