Aprovado em 6° lugar no concurso do ISS-RJ para o cargo de Analista de Planejamento e Orçamento
Concursos Públicos
“[…] Quando você chegar lá e vir seu nome no diário oficial saberá que todo esforço valeu a pena. Então apenas siga em frente, estude e confie no processo, vai dar certo!”
Confira nossa entrevista com Cristian Douglas Linhares Da Silva, aprovado em 6° lugar no concurso do ISS-RJ para o cargo de Analista de Planejamento e Orçamento:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Cristian Douglas Linhares Da Silva: Sou natural do Rio de Janeiro, tenho 32 anos, formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com pós-graduação em Gestão Orçamentária e Financeira (pós-graduação oferecida pelo Estratégia em parceria com a Faculdade Unyleya) e MBA em Finanças e Controladoria pela Universidade de São Paulo – USP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Cristian: Na verdade, essa decisão veio mesmo antes de ingressar na universidade. Fiz um estágio, aos 18 anos, em uma empresa pública (o estágio era pré-requisito da formação que eu realizei de técnico em contabilidade). Viver essa experiência me fez gostar do ambiente público e entender desde cedo o propósito dessas organizações, promover o bem-estar da sociedade e gerar impactos positivos na vida da população.
Depois disso entendi que o que eu queria para minha vida era prestar concurso público e decidi buscar um diploma universitário na mesma área de atuação na qual havia realizado o nível médio técnico, contabilidade.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Cristian: Sempre trabalhei em todas as minhas preparações e mais do que isso, em boa parte da minha trajetória sempre estive envolvido em uma terceira atividade com objetivo de me aperfeiçoar profissionalmente. Ou seja, estudava pra concursos, trabalhava e paralelo a isso eu fiz minha pós-graduação, posteriormente o MBA, estudei por um tempo programação e ferramentas de análise de dados etc.
Não posso falar que foi fácil, o caminho exige um grau de abdicação muito alto, um bom nível de disciplina e organização, mas principalmente constância, perseverança e resiliência. Evoluir do zero à 60%/70% é relativamente fácil e prazeroso, mas isso não garante a aprovação, a partir daí cada 1% de melhoria é suado e cada vez mais demorado, é o que nos mostra, inclusive, a teoria da curva de aprendizado.
Então, para conseguir garantir minha aprovação sem abrir mão do trabalho e dos estudos de aperfeiçoamento profissional, precisei manter minha organização e acumular horas de estudo sempre que possível. Em períodos pós-edital era inevitável acordar às 5h todo dia, estudar até mais tarde da noite, aproveitar os finais de semana para acumular algumas horas a mais de estudo e por aí vai. Não há atalhos e nem segredos, por trás de toda aprovação há muitas horas de estudo dedicado.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Cristian: Já obtive êxito em alguns concursos, alguns deles fiquei mais bem posicionado, outros nem tanto. Nessa trajetória posso destacar algumas dessas aprovações:
• 49° – Banco do Brasil (2013) – Aprovado e nomeado – Escriturário;
• 1° – Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar – 2017) – Aprovado e nomeado – Contador;
• 56° – Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE MG – 2018) – Aprovado e nomeado – Analista de Controle Externo Ciências Contábeis;
• 3° – Empresa Brasileira e Serviços Hospitalares (EBSERH – 2019) – Aprovado e nomeado – Técnico em Contabilidade;
• 7° – Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE RJ – 2022) – Aprovado – Analista Contábil;
• 9° – Procuradoria do Município de Niterói (PGM Niterói – 2023) – Aprovado – Analista Contábil;
• 37° – Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro (CGM RJ – 2023) – Aprovado – Contador;
• 7° – Secretaria de Fazenda e Planejamento do Rio de Janeiro (ISS RIO – 2023) – Aprovado dentro das vagas – Analista de Planejamento e Orçamento (APO);
Ainda pretendo manter minha preparação, pois meu objetivo final é o TCE RJ.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Cristian: Durante a preparação pré-edital sempre foi tranquilo, conseguia sair, viajar, ter vida social normalmente. Em períodos pós-edital a chave virava, eram 3 meses (prazo médio entre o edital e a prova) em que eu fazia vários sacrifícios em prol da preparação. Então essa questão de vida social reduzia drasticamente, o tempo que me sobrava eu dedicava à minha família, meus pais e minha esposa.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Cristian: Sempre entenderam, apesar de sempre me pedirem pra eu descansar e relaxar um pouco. Sou muito grato pela minha família e por todo apoio que recebi. Muitas vezes falamos sobre o que o concurseiro precisa abrir mão para poder ser aprovado e não destacamos com o devido valor o que as pessoas que estão ao redor dele também precisam abrir mão para apoiá-lo.
Nos períodos pós-edital, quando eu abria mão de sair pra conseguir cumprir minha meta de estudos, era a minha esposa que estava lá ao meu lado me apoiando. Nas vezes em que precisei me privar do convívio dos meus pais para estudar, eles sempre entenderam e me incentivaram. Para mim ter essa base familiar me fazendo acreditar que tudo ia valer a pena foi fundamental.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Cristian: Na verdade, a minha preparação de APO foi uma continuidade da preparação do concurso de contador da CGM RJ. No concurso da CGM RJ consegui entregar 432 horas em 3 meses, o que dá uma média de 4,8h de estudo por dia. Imediatamente após o concurso da CGM foi lançado o concurso de APO, o que eu fiz foi analisar em quais matérias eu tive um aproveitamento indesejado focando na melhoria delas, inseri as matérias específicas de APO, e me mantive exercitando e revisando as que eu já tinha domínio.
Para APO foram mais 214 horas de estudos, que somadas às horas da CGM perfazem um montante de 646 horas. Claro que eu tenho uma jornada de estudos anterior muito maior a essas duas preparações, mas em termos de pós-edital os números foram esses.
Em relação à disciplina, acredito que para manter uma constância que te leve a alcançar seu objetivo você deve manter viva dentro de si a motivação de estar realizando esse esforço. Quando falamos em constância, muitos imaginam realizar algo da mesma forma todo dia, ou seja, você ter uma obrigação de entregar, hipoteticamente, 5 horas de estudo todo dia, mas não é dessa forma que acontece.
Alguns dias vão ser bons e você vai conseguir fazer 5h/6h/7h de estudo, outros não vão sair como esperado e você vai entregar 1h/2h de estudo e está tudo certo. A chave da constância e da disciplina constitui-se em manter vivo dentro de si o propósito para realização desse sacrifício e fazer o que tem que ser feito para alcançá-lo, realizar o melhor que você puder, dentro das suas possibilidades.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Cristian: Acredito que o concurseiro passa por fases em sua vida de estudos. No momento de construção da base, as videoaulas são excelentes recursos. Bem no início cheguei a utilizar alguns livros também, sobretudo nas disciplinas de direito.
Porém, quando alcancei uma fase intermediária dos estudos, basicamente, o que eu passei a utilizar foram os PDFs. A partir deles realizava meus resumos e me mantinha só com resumos e resolução de questões, sempre atualizando o resumo e incluindo informações à medida que as encontrava nas resoluções que realizava.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Cristian: Há bastante tempo, conheci a empresa no final do ano de 2015, após estar insatisfeito com alguns materiais que havia adquirido em outros lugares. Conto mais a seguir.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Cristian: Usei sim, ainda estava me encontrando nesse mundo de concursos, não sabia como estudar direito para as provas e quais materiais usar. Então adquiri alguns materiais, cheguei a imprimi-los e tudo mais, porém estudando por eles já há algum tempo fui entendendo que aqueles materiais não eram de boa qualidade e que certamente não iria ter êxito com eles. Eram materiais extremamente resumidos, voltados para “decoreba” e sem cuidado com explicações mais aprofundadas de temas importantes, sobretudo no que diz respeito às jurisprudências e doutrinas nas disciplinas de direito.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Cristian: Não, não me sentia seguro em realizar provas ainda, estava no momento de construir uma base então ainda não realizava provas, pelo menos não com o objetivo de ser aprovado.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Cristian: Com certeza, hoje o Estratégia reúne professores de altíssimo nível, quase o dream team dos concursos, e isso se reflete na qualidade dos materiais. Contar com pessoas como Adriana Figueiredo (Português), Felipe Luccas (Português), Possati (Contabilidade Pública), Herbert (Direito administrativo e controle externo, cansou de me salvar com vários de seus macetes de prova), Júlio Cardoso (Contabilidade Geral), Sílvio Sande (O cara que construiu minha base de Contabilidade Geral no mundo dos concursos), sem dúvidas é um diferencial de extrema importância para a empresa.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Cristian: Contei com uma consultoria de estudos para me auxiliar no processo de organização do plano de estudos, isso me facilitou bastante, pois eu não precisava perder tempo montando a programação de estudos.
Em relação a horas de estudo, acredito que isso seja um pouco subjetivo, pois como sempre acumulei várias funções, no meu dia a dia eu buscava o equilíbrio nos estudos da forma que eu conseguia. Mas em períodos pré-edital eu buscava algo em torno de 2/3h de estudo e pós-edital umas 5h por dia.
Por exemplo, no pós-edital da CGM RJ minha média de estudos diária foi de 4,8h. Quando saiu o edital de APO, eu estava em vias de realizar a defesa do TCC do MBA, e depois iria preparar o trabalho para publicação em congresso, o que reduziu minha média de estudos para 2,3h por dia.
Mesmo estudando menos, isso não foi um impeditivo para alcançar a aprovação, no final das contas o que vai importar é o quanto de bagagem de estudos você acumulou até o dia da prova e não só o que você conseguiu nos 3 meses entre o edital e a prova. Ou seja, o que eu desejo deixar claro aqui é que, mais importante que o seu estudo pós-edital, é o seu estudo pré-edital, o estudo regular na área escolhida por você, é ele que vai construir sua base e consolidar seus conhecimentos. O pós-edital é para aparar as arestas do estudo pré-edital.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Cristian: Eu costumava realizar resumos em Word, nunca escritos pois tomam muito tempo, destacando os principais pontos do PDF. Logo após montava uma seção com questões que julgava relevantes para o entendimento da teoria.
No sistema de questões eu também mantinha questões como favoritas, que eram as questões conceituais e/ou que eu havia demonstrado dificuldade em resolvê-las, para refazê-las com uma frequência maior que as demais.
Em relação aos simulados, eu sempre tentava realizar ao menos 2 dos simulados que o Estratégia liberava no pós-edital, e fazia a correção pelo próprio PDF com os comentários dos professores para ganhar tempo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Cristian: Fundamental, não há como ser aprovado sem um bom volume de resolução de questões. Bom, eu havia citado que minha preparação de APO foi uma continuação da preparação que fiz pra CGM, então vou citar os números dos dois concursos.
Para CGM eu fiz em torno de 3607 questões com percentual de acerto de aproximadamente 80,51%. Já para APO eu realizei um total de 2347 questões e um aproveitamento de 80,53%. Ou seja, em 6 meses foram quase 6 mil questões, uma média de aproximadamente 33 questões por dia, algo bem viável de ser realizado. Óbvio que o número é bem maior se considerarmos toda a minha trajetória no mundo dos concursos até então, mas esse volume eu não saberia estimar.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Cristian: Em relação a prova de APO, como a banca foi a FGV, acredito que uma dificuldade comum a todos os concurseiros que prestam concurso para essa banca é Língua Portuguesa, mas o único remédio, de fato, é a repetição, é preciso realizar o máximo de exercícios possíveis da banca para que você entenda e absorva o estilo de cobrança do examinador.
Também enfrentei dificuldades em estatística e economia, pois eram disciplinas que eu não estudava há bastante tempo. Precisei estudá-las no pós-edital e a estratégia era apenas tentar absorver o máximo de conteúdo possível no tempo que tinha até a prova, era o que dava pra fazer.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Cristian: Mais ou menos 10/12 dias antes da prova eu iniciei um período de revisão intensa, sem abrir mão de avançar no conteúdo que ainda não tinha conseguido estudar ou que ainda não me sentia seguro. Basicamente dividi o meu tempo de estudo em duas partes, na primeira parte eu estudava normalmente avançando no conteúdo e realizando exercícios, na segunda parte eu só revisava e refazia as questões que eu havia salvo como favoritas no sistema de questões.
Eu tenho por costume tratar a semana que antecede a prova como uma semana igual a todas as outras, continuo estudando normalmente, inclusive no sábado que antecede a prova, isso me ajuda a diminuir a ansiedade pré-prova. No sábado que antecede a prova, depois de umas 3h de estudo eu encerro a parte de estudo ativo e passo a acompanhar a revisão de véspera do Estratégia. Dessa forma realizo um estudo passivo para absorver e revisar o conteúdo, fora que consigo garantir alguns pontos extras, só com o conteúdo dado na revisão de véspera, geralmente, é possível conseguir umas 4 ou 5 questões da prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Cristian: Na questão dos erros, principalmente no início, acredito que cometi os erros que a maioria acaba cometendo: uso de material inapropriado, priorizar avançar sobre o conteúdo negligenciando os períodos de revisão, subestimar o esforço necessário de uma preparação de quem realmente quer ser aprovado etc. Aos poucos você vai entendendo do que, de fato, se trata esse mundo dos concursos e vai se ajustando.
Sobre acertos eu destaco dois de suma importância. O primeiro, sem dúvida, é poder contar com um material de qualidade que, de fato, irá agregar na sua preparação e te direcionar para aprovação, e nesse quesito o Estratégia oferece não só o material, mas uma plataforma completa com todas as ferramentas necessárias para uma preparação em alto nível. É aquilo, não existem atalhos para a aprovação, você precisa estudar e muito, mas sem dúvidas há excelentes ferramentas que irão aumentar sua eficiência nesse percurso, e poder contar com o Estratégia nesse ponto foi fundamental.
O segundo ponto que eu destaco é a organização dos estudos: saber quando avançar sobre o conteúdo teórico, quando e como realizar questões, quando revisar o conteúdo… tão importante quanto ter o material e as ferramentas disponíveis é saber como utilizá-las. Hoje eu conto com a ajuda de um consultor que me dá total suporte nessas questões e também já utilizei por bastante tempo as trilhas estratégicas, que cumprem muito bem esse papel de direcionamento dos estudos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Cristian: Não, tive momentos difíceis em que a aprovação parecia distante, tive momentos em que precisei em parar para descansar física e mentalmente, mas desistir nunca. Claro que aí entra todo o apoio que tive dos meus pais e da minha esposa, me mantendo no equilíbrio rumo a aprovação.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Cristian: Se ser servidor público é o seu sonho, jamais desista! Não vai ser fácil, nem todos os dias você vai estar disposto ou conseguirá bater sua meta de estudos, você precisará abdicar de muitos momentos em prol da realização desse sonho e você precisará manter seu foco, resiliência e comprometimento como princípios de vida, mas quando você chegar lá e vir seu nome no diário oficial saberá que todo esforço valeu a pena. Então apenas siga em frente, estude e confie no processo, vai dar certo!