Aprovada em 3° lugar no concurso de Fiscal de Tributos Estadual do SEFAZ-MT e 99° lugar no concurso SEFAZ-MG para o cargo de Auditoria e Fiscalização:
Concursos Públicos
“Primeiramente é entender que estudar para concurso tem que ter paciência e persistência, não é um planejamento de curto prazo, por isso, não se cobre em passar no primeiro concurso que fizer […]”
Confira nossa entrevista com Renata Aubin Dias Saliba, aprovada em 3° lugar no concurso de Fiscal de Tributos Estadual do SEFAZ-MT e 99° lugar no concurso SEFAZ-MG para o cargo de Auditoria e Fiscalização:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Renata Aubin Dias Saliba: Meu nome é Renata Aubin Dias Saliba, formada em farmácia-bioquímica com mestrado e doutorado em ciências fisiológicas pela UFES. Fui proprietária de farmácia durante 22 anos e professora de pós-graduação. Sou mineira, de Governador Valadares, mas resido em Vitória-ES desde criança, onde conheci meu marido, com quem estou casada há 20 anos e temos um filho de 15 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Renata: Em 2017, eu era sócia-proprietária de uma Drogaria há aproximadamente 18 anos e apesar de gostar muito da área e a empresa ser um sonho realizado, o comércio é cansativo, exigindo trabalho incessante, de segunda a segunda, com cerca de 7 a 10 dias de férias por ano. Além disso, minha mãe era minha sócia na empresa e pensava em se aposentar em uns 7 anos, o que reforçou a ideia de mudar de área, pois não tinha nenhum interesse em ter outro sócio, pois sempre trabalhamos em muita harmonia.
Foi quando o meu marido, servidor público federal, me incentivou a começar a estudar para concurso, num planejamento de médio prazo, visto que precisaria de um certo tempo até adquirir os conhecimentos necessários, estranhos às minhas graduações.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Renata: A minha jornada de estudos até as aprovações foi de 5 anos, pouco mais de 3 anos conciliando trabalho e estudo e aproximadamente 2 anos exclusivamente estudando.
Iniciei os estudos , no Estratégia, no segundo semestre de 2017 para o cargo de Auditor Fiscal do Trabalho, e foi muito importante as orientações do Coach Carlos Gama, pois aprendi grande parte do que sei sobre planejamento, ciclo e estratégia de estudos. Nessa época estava tendo pouquíssimos concursos, e o concurso para Auditor Fiscal do Trabalho era um dos concursos com previsão de sair autorização até 2018, o que não ocorreu. Em 2018 além do trabalho e estudos para AFT, fiz as etapas do Concurso da ABIN (Oficial de Inteligência), que perdurou por todo ano.
Em 2019 parei os estudos, pois não foi possível conciliar com os novos projetos da farmácia.
Retomei os estudos em 2020 com foco para o concurso do Senado Federal, visto que concurso para AFT não estava mais no radar e não havia outros concursos para se fazer. O concurso do Senado já tinha comissão formada e estavam escolhendo a banca, entretanto, em função da pandemia, ao fim do ano, a comissão foi desfeita e o concurso cancelado. Foi bem frustrante, porque os dois concursos que havia estudado (AFT e Senado) não tinham mais qualquer previsão. Tive a sensação que estava “dando volta em círculos”. Mas não podia desanimar, tinha que mudar de área, pela terceira vez. Só existiam duas opções: área policial e área fiscal. Na época, eu estava com a assinatura Platinum e a minha coach Ana Carolina Fonseca, com o fim do concurso do Senado, me incentivou a migrar para área fiscal.
Assim, no início de 2021 eu decidi migrar para área fiscal e o coach Bruno Bezerra me ajudou bastante a entender a dinâmica dessa área e incluir as matérias importantes no ciclo de estudos. Até setembro de 2021, eu conciliei trabalho e estudo (3 anos e 3 meses). De segunda a sexta, quando chegava em casa, estudava em torno de 4 horas líquidas e, nos fins de semana e feriados, trabalhava à distância, o que me permitia estudar mais horas líquidas para completar a carga horária necessária da semana.
Após 22 anos como proprietária de farmácia, vendi a empresa e, desde setembro de 2021 até 03 de junho de 2023, fiquei exclusivamente dedicada aos estudos, podendo dedicar mais horas líquidas diárias.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Renata: Em 2018, fui aprovada no cadastro reserva do concurso da ABIN, no cargo de Oficial de Inteligência – Área 1.
Em 2019, fui aprovada no concurso do Conselho Regional de Farmácia (CRF-ES), no cargo de Farmacêutico, em 5º lugar.
Em 2022, fui aprovada no cadastro reserva do concurso do SEFAZ-SC, cargo Analista da Receita Estadual IV, e também no cadastro reserva do concurso do Senado Federal, cargo Analista Processo Legislativo.
Em 2023, fui aprovada no concurso da SEF-MG, no cargo de Auditor da Receita Estadual – Auditoria e Fiscalização (posição 99, de um total de 271 vagas imediatas) e recentemente no Concurso da SEFAZ-MT, cargo Fiscal de Tributos Estaduais (3º lugar).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Renata: Sempre acreditei num estudo macro das matérias, sem desvios ou atalhos.
De uma maneira geral, eu procurei participar dos eventos e encontros com familiares e amigos, e, sempre que podia, fazia exercício físico para dar uma arejada e ativar o cérebro, mas na maior parte do tempo ficava estudando, até mesmo em feriados, porque além das matérias serem totalmente estranhas à minha formação os concursos estão cada vez mais concorridos, com candidatos muito preparados, exigindo um percentual de acerto de cerca de 90% de aproveitamento. Entretanto, nos últimos dois anos, que intensifiquei bastante o meu estudo e entrei em fase de pós-editais seguidos, a vida social diminuiu bastante, participando somente dos eventos sociais e familiares mais importantes.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Optei por não divulgar que estava estudando para concurso. Os únicos que sabiam era o meu marido e filho, que foram fundamentais na minha jornada, pois sempre me incentivaram e acreditaram em mim, quando nem eu acreditava. E os meus pais e avó que também me ajudaram muito e me apoiaram durante todo esse tempo.
Achei melhor assim, porque era um “projeto pessoal” muito ousado, visto que sou farmacêutica e todos os concursos atrativos eram difíceis e totalmente fora da minha área, exigindo, literalmente, o estudo do zero em todas as disciplinas. Sabia que seria uma jornada árdua, de médio prazo e de muita persistência e determinação, razão pela qual mantive os estudos em sigilo, com vistas a não ser influenciada pela opinião de amigos e familiares, evitando sofrer pressão e cobranças desnecessárias naquele momento.
Após o resultado final do concurso da SEF-MG, comuniquei os resultados de toda a minha jornada, aos meus irmãos, familiares e amigos, os quais ficaram surpresos, mas extremamente felizes e orgulhosos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Renata:
Fiz o concurso da SEF-MG e após realizar a prova discursiva (segunda etapa), continuei estudando mais 2 meses para fazer o concurso de Fiscal de Tributos Estaduais da SEFAZ MT. Após essa prova de MT, encerrei os estudos. Portanto, estudei para área fiscal por aproximadamente 2 anos e meio.
Desde o início eu havia projetado que a minha jornada seria de médio prazo, então isso ajudou muito a controlar a ansiedade de querer passar no primeiro concurso e manter a disciplina. Além disso, sempre gostei de ler e estudar, e dei aula por vários anos, o que exigia disciplina, metas e planejamento. Também sempre tive uma rotina de trabalho puxada, acostumada e trabalhar de segunda a segunda, por 22 anos, me ajudou a manter performance de estudo mesmo em fins de semana e feriados. Assim, quando um evento ou compromisso atrapalhava os estudos em um determinado dia, reorganiza meu ciclo e compensava as horas “perdidas” ao longo da semana.
Mantive a disciplina por um único motivo: a família. Estava abrindo mão de estar me divertindo ao lado deles e isso não poderia ser em vão. Um dia iríamos compensar todo esse tempo, juntos e felizes.
Durante três anos estudei sem ter previsão concreta de um edital de concurso, e tive que mudar de área 3 vezes, mas meu marido foi fundamental, pois não me deixava desanimar, estimulava a continuar, persistir, sempre repetindo que o segredo é ser resiliente. Ele entendia quando estava cansada para sair ou não podia participar em algum evento com ele por estar próximo de uma prova. O amor e apoio do meu marido, do meu filho e dos meus pais, foram primordiais para eu manter a disciplina e ter persistência. Além disso, sempre acreditei em Deus e sabia que uma hora todo o meu esforço seria recompensado.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Renata: Em regra, usei leitura de PDF, porque acho que avança mais rápido. Matérias como contabilidade, RL, Matemática, Estatística, Português e Direito Tributário fiz em vídeo aula, porque os principais cursos eram essencialmente em vídeos, mas eu otimizava bastante o tempo usando a velocidade 3.0. Em Direito Tributário também estudei por livro. Fiz muitas questões em sites específicos. Quando estava mais avançada, ao longo das revisões, fui criando meus próprios resumos e acrescentando informações em mapas mentais.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Renata: Pela internet. Em 2017, quando decidi estudar para concurso, pesquisei os cursinhos on-line e gostei bastante da metodologia do Estratégia e depoimentos de alunos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Renata: O Estratégia sempre foi meu “curso base”, mesmo quando fui avançando nos estudos e vi a necessidade de cursos complementares, à parte. Acho os PDfs e vídeo aulas bem didáticas. As revisões hora da verdade e véspera, bem como a preparação turbo, são excelentes. Os cursos exclusivos também são um diferencial.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Renata: Com o meu primeiro Coach, Carlos Gama, eu aprendi sobre ciclo de estudos, revisões e planejamento em planilha de estudos. Tive acompanhamento até o fim de 2018, mas quando retomei em 2020, eu mesma fazia o meu planejamento com planilha de controle de desempenho.
Estudava várias matérias por dia, ciclo de 60 minutos por matéria. Em pré-edital fazia revisão de 24h e 30 dias. Em pós-edital: matérias novas, estudava todo o conteúdo e depois revisava. Quanto às matérias já estudadas, revisava os resumos e fazia muitos exercícios.
No período que conciliei trabalho e estudo, fazia 30-35 horas líquidas por semana, em pré-edital, chegando a 45 horas líquidas semanais em pós-edital.
Quando passei a me dedicar só aos estudos, fazia, em pré-edital, 8 horas líquidas diárias e, em pós-edital, em torno de 10 horas líquidas diárias.
Entretanto, é bom frisar que não existe uma fórmula milagrosa, um método único e específico de estudos que funcione. Na verdade, a partir do momento que vamos avançando nos estudos, vamos aprendendo o que funciona e o que não dá resultado e isso varia para cada aluno. A troca de experiências é importante, mas no final, cada aluno acaba criando o seu método e adaptando o que funciona melhor. Além disso, o tempo de estudo também é relativo, quem tem mais base, precisa estudar menos, quem tem que começar do zero em todas matérias, como foi o meu caso, precisa estudar mais horas para poder alcançar aqueles que já estão bem avançados.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Renata: A partir do momento que fui fazendo as revisões e avançando nas matérias, fui criando meus resumos e aproveitando mapas mentais existentes, aos quais acrescentava pontos importantes. Marcava os exercícios importantes do PDF e, os que eu errava, refazia posteriormente. Fazia muitos exercícios tanto em PDF como em sites de questões. Estudava muita jurisprudência, fazendo vários cursos específicos, com leitura dos resumos do “Dizer o Direito”.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Renata: Somente quando se faz exercícios é que começamos a ter a percepção do que a banca gosta de cobrar e o que é importante de cada matéria. Portanto, é fundamental fazer muitos exercícios ao longo de toda a trajetória, até a aprovação. Na fase avançada, a revisão através de exercícios ajuda a relembrar conteúdos aparentemente esquecidos e a perceber as novas “pegadinhas” e tendências da banca. Usar um sistema de questão ajuda a fazer sempre questões atualizadas. Fiz mais de 120 mil exercícios ao longo de toda minha jornada.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Renata: Contabilidade, Raciocínio Lógico, Matemática Financeira e Estatística, me causava pânico só de pensar. Por isso que relutei muito, desde o início, em ir para área fiscal. Achava que não seria possível aprender. Entretanto, percebi que tudo depende de ter bons professores, bons materiais e da didática do professor e essa conexão vai variar de aluno para aluno.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Renata: Os 20 dias anteriores à prova, eu reiniciava revisões de todas as matérias e pontos que entendia mais importantes ou pontos que eu precisava revisar melhor. No pós-edital ritmo de estudos era mais acelerado e aumentava bastante a carga horária de estudos para dar um sprint final. Gostava de fazer as revisões hora da verdade e revisões de véspera de algumas matérias específicas e outras eu fazia revisão por exercícios ou resumos.
Alguns professores orientam diminuir o ritmo na última semana, mas eu nunca consegui, sempre estudando até a véspera da prova e, porque não dizer, até no dia da prova (já acertei questões que revisei no intervalo entre as provas).
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Renata: A discursiva é fundamental. E deve iniciar assim que possível. Fazer discursiva em pós-edital é muito corrido, portanto é importante treinar o máximo possível antes.
Eu iniciei o treino para discursiva em pré-edital. Tenho assinatura vitalícia no Estratégia, mas assinei, também por 2 anos, a assinatura platinum que tinha como diferencial a possibilidade de ilimitadas correções de discursivas. Assim, nos anos de 2020 e 2021 treinei todas as discursivas disponíveis para Senado e para a área fiscal, o que ajudou muito o meu desempenho.
Após finalizar a platinum, continuei fazendo outros cursos de discursivas em 2022 e 2023.
A prova discursiva muitas vezes é colocada para escanteio, mas pode ser a pedra de toque entre estar aprovada ou reprovada.
Para mim, as experiências com discursiva foram positivas. No Senado Federal (1 vaga mais 249 CR), eu estava na posição 309 e, após gabaritar as duas questões discursivas, fiquei aprovada no cadastro de reserva na posição 134. No concurso da SEF-MG (271 vagas ampla concorrência), estava na posição 288 e, após a correção da prova discursiva, fui aprovada na posição 99. E no concurso SEFAZ-MT estava na posição 41 e após correção da prova discursiva subi para 3º lugar.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Renata: Erros: Não ter estudado jurisprudência para a primeira prova que fiz da área fiscal (SEFAZ ES). Na época estava estudando para área fiscal há 7 meses e não tinha noção da importância do estudo de jurisprudência, tanto para Direito Tributário, quanto Constitucional e Administrativo, fiz 65% da prova, mas fiquei longe do corte para segunda etapa e as questões de jurisprudência que errei fizeram muita diferença. Assim que finalizou esse concurso, incluí no meu ciclo o estudo de jurisprudência. Outro erro: Ter demorado a entrar no estudo da Estatística, matéria que passou a ser fundamental nos concursos. Quando percebi a sua importância, passei a estudar diariamente para avançar mais rapidamente nos estudos, o que foi fundamental para a prova de Minas.
Acertos: ter uma rotina de estudos e planejamento com análise de desempenho, erros, acertos. Isso me ajudou muito a ver onde precisava melhorar e a ir buscando materiais complementares, livros e professores para ir aprimorando o aprendizado. Treinar muitos exercícios, criar materiais rápidos de revisão e fazer muitas discursivas com reescrita.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Renata: Em alguns momentos batia o cansaço, desânimo. E por vezes tinha a impressão que estava esquecendo tudo que já havia estudado. Um momento que me deixou muito abatida foi quando não passei para segunda etapa do concurso de Auditor Federal de Finanças e Controle da CGU por um ponto, porque errei a transcrição de uma questão no gabarito. Fiquei muito triste na época, porque fui eliminada pela clausula de barreira por um erro amador e grotesco. Precisava ter mais atenção, isso não poderia se repetir. No entanto, desistir nunca foi uma opção, todos temos derrotas, mas precisamos levantar, aprender com os erros e continuar.
Minha motivação era ter uma nova carreira, com um bom salário, ter estabilidade financeira para ter mais tempo de qualidade com a minha família e contribuir para a sociedade. Eu gostava muito de ver depoimentos de colegas que passaram e que contavam suas histórias difíceis, o esforço diário e obstáculos que tiveram, mas que persistiram e, ao final, foram aprovados e tiveram seus sonhos realizados. Isso sempre me motivava a continuar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Renata: Primeiramente é entender que estudar para concurso tem que ter paciência e persistência, não é um planejamento de curto prazo, por isso, não se cobre em passar no primeiro concurso que fizer. São raras exceções aqueles que realmente conseguem passar em concursos de alto nível de performance em menos de 1 ano.
Ao longo do caminho, vamos cair, mas precisamos levantar e continuar. E o mais importante: a cada prova que fizer, analise o que errou, o que precisa melhorar e o número de acertos dos seus concorrentes em cada matéria, comparando com os seus acertos, de modo a apurar onde estão os seus pontos fracos, reorganizando seus estudos constantemente.
O volume de matéria é desumano e às vezes a sensação que temos é que não estamos saindo do mesmo lugar, porque a banca a cada novo concurso inventa uma nova matéria ou cobrança diferente, que não estávamos preparados. Isso é normal, e vamos aprendendo e acumulando conhecimento. A partir do momento que avançamos nos estudos, a distância entre o início e fim vai diminuindo.
Além disso, é importante se inscrever em concursos e realizar provas, ainda que não se sinta totalmente preparado, pois ajuda a avaliar o tempo necessário à resposta das questões, a aprender a controlar o nervosismo e estresse no dia da prova, a mostrar o seu grau de dificuldade, a identificar o estágio dos seus estudos, bem como dos seus concorrentes, e a desmistificar a impressão de que não é capaz de passar em determinados concursos.
Todo estudo para os concursos realizados, mesmo que em áreas distintas, propicia uma bagagem de conhecimento que vai se acumulando e que, por via indireta, ajuda a resolver as questões de provas futuras (já acertei questões de estudo do Senado Federal em provas da área fiscal e vice-versa). E se estiver estudando e persistir (muitos colegas bons desistem pelo caminho), sua hora vai chegar, porque a fila anda e seu lugar está reservado, porque Deus ajuda a quem faz a sua parte.
Por fim, não fique vidrado no “concurso dos sonhos”. Muitas vezes não somos nós que escolhemos o concurso e sim o concurso que nos escolhe. Precisamos estar estudando e preparados, porque muitas vezes aparece um concurso que nos interessa e que nem estava no “radar” inicial, mas na hora de fazer a prova, você percebe que ela foi feita para você e sua hora chega.