Aprovado em 2° lugar no concurso da SME-SP para o cargo de Professor de Ensino Fundamental I e Infantil
Concursos Públicos“Para você que está iniciando os estudos, saiba que, longo ou curto, concurso é um percurso. Não é rápido, não é fácil, não é agradável, não tem mágica e nem caminho mais curto. Mas é o percurso necessário para uma estabilidade profissional e financeira que pode mudar a sua vida […]”
Confira nossa entrevista com Rafael Carlos Lima Oliveira, aprovado em 2° lugar no concurso da SME-SP para o cargo de Professor de Ensino Fundamental I e Infantil:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rafael Carlos Lima Oliveira: Tenho 29 anos e sou de Belo Horizonte (MG). Me formei em História pela Universidade de São Paulo (USP) e em Pedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rafael: Quando terminei minha primeira faculdade, tive muita vontade de exercer a docência. Contudo, sem experiência e em um mercado educacional bastante concorrido, senti dificuldade de começar na profissão. Paralelamente, desejava ter estabilidade funcional para que, ao entrar em sala de aula, me sentisse mais livre para propor e debater ideias, sem o medo de represálias ou demissão. Como sou de outro estado, possuir segurança financeira sempre é um ponto central nas minhas decisões, o que, por vezes, acaba limitando as minhas ações. Ser concursado, portanto, resolveria todas essas questões: me permitira entrar em sala de aula tendo estabilidade funcional e financeira.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Rafael: Sim, trabalhava oito horas por dia, em regime de CLT. Para conciliar com os estudos, otimizava minhas práticas de acordo com o tempo que possuía livre. No transporte público, a caminho do trabalho, escutava as videoaulas com os conteúdos das disciplinas. No horário do almoço – ou sempre que possuía algum período livre –, fazia a lista de questões daquele conteúdo. Por fim, em casa, lia o resumo da matéria disponibilizado nos PDFs do Estratégia, sintetizando a aprendizagem. Como trabalhava o dia inteiro, evitava estender os estudos no período da noite, pois sabia que, além de ter um rendimento menor, acordaria cansado no dia seguinte. Por isso, sempre foquei em aproveitar os momentos de maior rendimento durante o dia, inserindo neles o tipo de conteúdo que retornaria maior resultado.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Rafael: O concurso da SME/SP foi meu segundo. Antes, havia prestado apenas o da SME/Campinas (2022) para Professor de História, também com material do Estratégia, tendo sido aprovado em 4º lugar. Cheguei, inclusive, a ser convocado para assumir o cargo, mas como não tenho planos de sair da capital paulista (havia prestado o concurso apenas como treino para o da capital), declinei da convocação. Na SME/SP, após assumir o cargo, pretendo continuar estudando para prestar os concursos de acesso para Coordenador Pedagógico, Diretor, e, futuramente, Supervisor Escolar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Rafael: Mantive uma vida social normal até o lançamento do edital do concurso da SME/SP. A partir desse momento, reduzi bastante os períodos de lazer para me concentrar nos estudos, especialmente durante os finais de semana. Contudo, nunca deixei de ter esses momentos, pois acredito que são vitais para que o candidato possa descansar e retomar o fôlego. Às vezes, quando começamos a estudar para concursos, pensamos que o ideal é nos dedicarmos 24h por dia, sem nenhum momento de descontração. Mas, ninguém consegue se concentrar 24h por dia, isso é uma ilusão. Mais do que estudar desenfreadamente, o que um concurseiro precisa ter é rotina: horário de alimentação, horário para esportes, horário para diversão e, também, horário para estudos. Bons resultados não vêm com pressa, mas com constância.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Rafael: Mesmo antes de entrar na faculdade, minha família já me incentivava a prestar concursos públicos. Ser servidor estatutário sempre foi visto por eles como sinal de estabilidade e segurança financeira e, dentre meus primos, sou um dos poucos que ainda não havia adentrado na carreira pública. Quanto aos amigos, muitos também prestaram o mesmo concurso, de modo que traçamos uma caminhada coletiva. Dessa forma, não apenas estudávamos juntos como também torcemos pelo sucesso um do outro.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Rafael: Comecei a estudar efetivamente no início de 2022, um ano antes da abertura do edital da SME/SP, mas tendo como foco o concurso da SME/Campinas. Quando as inscrições para a capital foram anunciadas, aproveitei a preparação que já estava fazendo e apenas me adequei às especificidades do novo edital. Para manter a disciplina durante esse processo, me recordava constantemente do meu objetivo. Ao contrário de outros concurseiros, que prestam certames por todo o Brasil, não tinha vontade de sair da capital paulista. Então, sendo da área da educação, o concurso da SME/SP era minha grande chance. Era tudo ou nada, não tinha plano B. Ter isso em mente foi determinante para mim.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Rafael: Durante a preparação, utilizei principalmente as videoaulas, PDFs e os livros dos autores especificados no edital. Como as legislações educacionais são intermináveis (e rebuscadas), ter esse conteúdo resumido nas videoaulas era essencial para economizar tempo. Por outro lado, os PDFs muitas vezes eram longos, com o conteúdo bastante esmiuçado e sua leitura consumia muito tempo. Assim, para otimizar os estudos, consultava-os apenas quando não entendia algum ponto específico.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rafael: Conheci o Estratégia através de amigos concurseiros que haviam utilizado o material como preparatório em certames jurídicos. O feedback foi totalmente positivo, assim como a colocação (conseguiram chegar no Top 10). Dessa forma, não tive dúvidas.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rafael: O Estratégia representou uma diferença na minha preparação ao simplificar conteúdos densos e, principalmente, ao sintetizar informações (em especial legislações) que consumiriam horas de estudo. Como diferencial dos materiais do Estratégia, destaco a disponibilização de boas listas de exercícios, que me ajudaram a consolidar o aprendizado, além das videoaulas e lives durantes todas as etapas do certame.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Rafael: Estudava cerca de quatro horas por dia, sempre uma matéria por vez. Assim que terminasse o conteúdo, começava outra, mas, de tempos em tempos, refazia aleatoriamente as listas de exercícios para confirmar se ainda recordava o que havia estudado. Caso tivesse uma porcentagem insatisfatória de acertos, retomava a disciplina e corrigia as lacunas de aprendizado.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Rafael: Revisava constantemente por meio das listas de exercícios e, eventualmente, por mapas mentais com os principais conceitos e ideias.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rafael: Para mim, a resolução de exercícios é a chave do processo de ensino-aprendizagem de um concurseiro. Ela fornece um bom termômetro para que o candidato entenda se aprendeu o conteúdo ou não. Se o candidato não apresenta um bom desempenho nos exercícios que realiza em casa, sem a pressão do dia da prova, ele não irá magicamente apresentar um bom resultado no dia da prova. Não existe milagre. Por isso, não consigo dimensionar quantas questões resolvi durante minha trajetória. Foram inúmeras!
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Rafael: A disciplina que mais possuía (e ainda possuo) dificuldade é Língua Portuguesa. Ao contrário do uso diário do idioma, onde desvios de linguagem são aceitos, os conteúdos de português para concursos requerem conhecimentos inusuais para o dia a dia, além de um amplo domínio de regras de norma culta. É o tipo de conhecimento que não se decora e nem se aprende rapidamente, requer paciência, tempo e prática. Para superar, fiz muitos exercícios específicos da banca que desejava (FGV), entendi o estilo esperado e, no dia da prova, foquei em acertar o necessário, compensando a pontuação perdida em disciplinas que tinha mais domínio.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rafael: Meus estudos na semana que antecedeu a prova foram intensos, em ritmo de reta final. Não busquei conhecimentos novos. Foquei em revisar o que já havia estudado, especialmente os pontos já mapeados como difíceis ou com recorrência de erros em questões. Nas 24h pré-prova, nada de realizar exercícios. O momento era de revisar conceitos-chave, legislações-chave, dados importantes e outras coisas que o concurseiro precisa ter na ponta da língua. E também de descansar e relaxar, mas sem atividades que me fizessem perder o foco.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rafael: Para mim a discursiva é um mistério, então nunca estudo pensando muito nela. Contudo, sempre tenho em mente duas coisas. Primeiro, que boa escrita é fruto de prática constante. Ninguém escreve bem da noite para o dia, então a preparação do candidato precisa ser diária. Segundo, que uma boa discursiva é pragmática, ou seja, responde-se exatamente o que se pede na questão, sem mais ou menos. Para isso, o candidato deve ler a questão, enumerar o que é pedido e construir a resposta seguindo exatamente o que enumerou, como um script. Não adianta enrolar ou escrever palavras difíceis, as bancas sabem quando um candidato domina (ou não) o tema.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rafael: Meu principal erro talvez tenha sido duvidar da minha capacidade de passar em um concurso público, especialmente após descobrir o número de concorrentes (foram quase 100 mil). É preciso sempre lembrar que “muitos candidatos” não é sinônimo de “muitos candidatos preparados”. Às vezes olhamos os candidatos Top 10 e pensamos que eles estão muito distantes da nossa realidade, quando na verdade são apenas pessoas que realizaram uma preparação consistente. Qualquer um pode ser um Top 10, basta determinação e foco. Nessa linha, meu principal acerto foi ter estabelecido uma estratégia de estudo e, principalmente, ter investido em um preparatório que me auxiliasse no processo de condução dos estudos. Um bom curso preparatório para concursos é vital para uma aprovação. Se precisasse escolher novamente, voltaria a escolher o Estratégia.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rafael: Nunca pensei em desistir, mas sempre tive receio de não conseguir passar, de não ser bom o suficiente, mas como comentei anteriormente, esse era o concurso que poderia mudar a minha vida, que esperei por anos e anos. Não podia simplesmente deixar para lá, precisava pelo menos tentar. Se desse errado, ao menos ficaria em paz comigo mesmo. Essa foi minha grande motivação para seguir em frente.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rafael: Para você que está iniciando os estudos, saiba que, longo ou curto, concurso é um percurso. Não é rápido, não é fácil, não é agradável, não tem mágica e nem caminho mais curto. Mas é o percurso necessário para uma estabilidade profissional e financeira que pode mudar a sua vida. A carreira pública é a única que não discrimina idades, experiências, deficiências ou trajetórias. Tenha foco e determinação sempre.