Aprovado em 8° lugar no concurso da ISS Fortaleza para o cargo de Auditor do Tesouro Municipal
Concursos Públicos
“[…] o essencial é eliminar distrações todo dia de estudo, maximizar horas de estudo líquidas toda semana e manter um ciclo PDCA pessoal, por mais informal que seja, rodando e aprimorando a própria rotina toda semana.”
Confira nossa entrevista com Ian Lima Barreto, aprovado em 8° lugar no concurso da ISS-Fortaleza para o cargo de Auditor do Tesouro Municipal:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Ian Lima Barreto: Tenho 31 anos, me formei em Engenharia e nasci em Fortaleza.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Ian: Foi uma autoanálise de perfil, em que analisei várias carreiras, suas perspectivas futuras, relações de custo-benefício e habilidades necessárias, e vi que me sentia mais confortável e confiante para estudar para provas de direito e contabilidade do que para depender de navegação de política de escritório e de habilidades de negociação corporativa para acelerar carreira.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Ian: Não, sempre me programei para possíveis mudanças de carreira que dessem qualquer cavalo de pau na minha vida. Portanto, quando decidi estudar para concursos, pedi demissão, reduzi os gastos e passei a só estudar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Ian: Fui aprovado como escriturário no Banco do Brasil e agora parece que na SEFIN de Fortaleza como Auditor do Tesouro. Neste, por enquanto, em 8º, e, naquele, não me lembro. Em alguns, como Senado, SEFAZ-MT e RFB passei na primeira fase, mas caí na segunda. Vou continuar estudando até passar em algum concurso de Auditor Fiscal do Estado ou outro concurso federal assemelhado.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Ian: Sim, mantive vida social e familiar relativamente ativa, o que pode ter desacelerado minha preparação um pouco.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Ian: Sim, entenderam e apoiaram. Poucos objetaram, mas foram convencidos e apoiaram.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Ian: É difícil alocar o tempo estudado a um único concurso, porque o estudo acumulado vai servindo para vários concursos, mas posso resumir que, nos 2 últimos anos, cheguei a este último concurso a 2.500 horas líquidas acumuladas de estudo. O que ajuda a manter a disciplina é a consciência de que o planejamento de vida que fiz foi uma decisão pensando nos meus objetivos de longo prazo, no meu perfil e no meu gerenciamento de risco, de que foi algo estudado e analisado, não algo de rompante ou seguindo vontades dos outros.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Ian: Usei principalmente PDFs, porque minha memória auditiva é bem tapada, bem como meu span de atenção pra vídeo, então prefiro confiar na minha memória visual com texto e figuras. Entre as vantagens de usar PDF está a fácil navegabilidade deles, usando índices, Ctrl+Fs da vida, tipo como é mais fácil pesquisar conversas em textos de Whatsapp que em áudios de Whatsapp.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Ian: Por depoimentos na internet.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Ian: Não tentei outros cursos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Ian: Sim, saí do zero para níveis competitivos na preparação. Os materiais são bem feitos, e já nascem conformado a cada edital, o que facilita o acompanhamento dos estudos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Ian: Enquanto iniciante, só foquei na Trilha da Receita Federal, o que levou 1 ano seguindo rigorosamente a trilha, o que dava umas 20h líquidas por semana que variava entre os dias. Estudava as matérias que estivessem lá, fechava os olhos e segurava na mão da trilha. Após terminar a trilha, fiquei só no QRS (questão, revisão e simulado) e escolhia as matérias do edital nas quais eu era mais pebado para estudar.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Ian: Não fazia resumos, porque achei ruim o custo-benefício e preferi focar em questões, revisões de texto e simulados. Mas fazia esquemas visuais para alguns poucos conteúdos. Algo que me ajudou foi manter um caderno com alguns tipos de erros. Tudo que era jurisprudência importante ou erros recorrentes ou importantes meus eu coloco nesse caderno em formato de frases curtas para revisar semanalmente.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Ian: Não conto o número de questões, mas o número de horas líquidas com questões até hoje foi de 1.250 horas líquidas, entre provas e simulados inclusos, exatamente 50% de todas as minhas horas totais de estudo. Então acho essencial, até porque é o que mais se aproxima de uma prova.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Ian: Tenho mais dificuldade com regulamentos áridos de exigência literal, como os confins da legislação tributária e algumas profundezas do Direito Civil e do Direito Empresarial. Repetir e errar repetidamente até acertar tem ajudado. Para isso, flashcards dão uma ajudada.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Ian: QRS: Questões nas matérias que manco mais, Revisão dos erros, Simulados para reconhecer os maiores gaps. Carga horária de 30-40h líquidas de estudo na última semana. Véspera como um dia normal para estudar ou curtir.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Ian: Para prova discursiva, não tenho como aconselhar muito, que sou bem irremediavelmente ruim nisso, mas me preparei treinando com cursos específicos de discursivas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Ian: O principal acerto foi organizar bem uma rotina retroalimentante de questões, revisões e simulados. O principal erro foi permitir um número excessivo de distrações roubarem provavelmente centenas de horas de estudo. É necessário identificar com sangue nos olhos possíveis ameaças e distrações e bolar planos para resolvê-las o mais definitivamente possível sem dó.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Ian: Não pensei em desistir, pois a meta do concurso foi uma decisão estudada e pensada com a convicção que é a melhor decisão para o longo prazo considerando todos os riscos e cenários.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Ian: Sou ruim para deixar mensagens, mas, para quem vai estudar para concursos, o essencial é eliminar distrações todo dia de estudo, maximizar horas de estudo líquidas toda semana e manter um ciclo PDCA pessoal, por mais informal que seja, rodando e aprimorando a própria rotina toda semana.