Aprovado no concurso do Receita Federal para o cargo de Analista-Tributário
Concursos Públicos
“Primeiramente tem que ter foco, disciplina e organização para se manter constante nos estudos. Precisa de um bom material de estudos, pois a concorrência está cada vez mais preparada. E acreditar que com muita dedicação vai dar certo.”
Confira nossa entrevista com Vítor Hugo Souza Da Silva, aprovado em 124° lugar no concurso do Receita Federal para o cargo de Analista-Tributário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Vítor Hugo Souza Da Silva: Olá! Meu nome é Vítor Hugo, tenho 27 anos e sou formado em Direito com pós-graduação em Direito Tributário. Nasci em Recife/PE, porém moro há mais de 20 anos no Rio de Janeiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Vítor: Foi uma certa desilusão com o mercado de trabalho na advocacia. Após ter conquistado minha OAB, passei cerca de 6 meses caçando vaga em escritórios, e mesmo confiando no meu potencial, não obtive oportunidades.
Foi então que decidi buscar um emprego onde só dependesse de mim, meu próprio desempenho, e estudar para concurso público é a melhor opção.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Vítor: Tive oportunidade de me dedicar exclusivamente aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Vítor: Dentro das vagas, esse concurso de Analista Tributário da Receita Federal foi minha primeira aprovação. Como me mantive estudando após a prova da RFB, pouco tempo depois, obtive aprovação também nos cargos de Escrevente Técnico Judiciário do TJSP (CR) e Técnico de Procuradoria da PGM Niterói (16º).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Vítor: Deixei minha vida social no mínimo possível, sabia que quanto mais tempo eu dedicasse à preparação, mais rápido a aprovação viria. É uma questão de estabelecer prioridades.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Vítor: Sim, com a maior parte da família sendo de concursados, sabiam que os “sacrifícios” era para o bem melhor.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Vítor: Estudando exclusivamente para a RFB foram cerca de 11 meses, o que considero um tempo extremamente curto para o nível do cargo, porém vinha recentemente dos estudos para a OAB, o que me fez “ganhar tempo” com parte das disciplinas.
Quanto à disciplina, eu fui atleta de Handebol por quase 8 anos. Acredito que esse tempo tenha me proporcionado o foco e a dedicação que precisa para se manter constante nos estudos. Quando temos um objetivo claro à nossa frente e sabemos o que precisa ser feito, as distrações não impactam mais.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Vítor: Utilizei os PDFs, mas principalmente as videoaulas do Estratégia. Há sempre a discussão PDF x videoaula, muitos dizem que conseguem estudar mais rápido pelo PDF, mas cada pessoa precisa conhecer como aprende melhor. Eu, por exemplo, acho que leio demasiadamente lento, além de perder a concentração mais rapidamente, portanto com as videoaulas eu conseguia fixar melhor o conteúdo e avançar mais rápido no conteúdo por conseguir me manter mais tempo concentrado.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Vítor: Um amigo, da época da faculdade que já estava mais encaminhado para o mundo dos concursos, me apresentou o site e falou sobre o material que ele utilizava.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Vítor: Uma ferramenta que auxiliou muito no início da jornada foi a Trilha Estratégica da disciplina nas matérias que iria estudar pela primeira vez. As Trilhas são ótimas para quem está começando, pois te levam pela mão para o que é preciso fazer, até termos maturidade de montar os próprios cronogramas de estudo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Vítor: Como iniciei os estudos em pré-edital, mas tinha alta expectativa do edital sair em breve, comecei só pelas matérias que eram “certeza” de cair e que eu nunca tinha visto (Contabilidade e Legislação Aduaneira). Passei mais de 2 meses só com duas matérias. A partir daí, fui adicionando matérias como forma de revisão / estudo direcionado conforme ia testando meu desempenho nos simulados e fazia ciclos com cerca de 5-6 matérias por ciclo.
Durante o pré-edital estudava cerca de 4 horas líquidas por dia, durante o pós-edital passei a estudar em média 6 horas líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Vítor: Como o tempo era escasso diante da aproximação do edital, fazia resumos somente em matérias que eram totalmente novas, como forma de fixar melhor o aprendizado.
A forma de revisão mais constante foram os diversos simulados. Fazia simulados de 2 em 2 semanas durante o pré-edital, e durante o pós-edital fiz simulado praticamente todas as semanas. Sempre fazendo a análise posterior com o gabarito comentado.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Vítor: Não lembro exatamente quantas questões, mas fiz menos do que gostaria de ter feito. Dada a proximidade com a possível data da prova, optei em dar preferência em tentar estudar um conteúdo novo, do que fazer muitas questões sobre um mesmo assunto.
Já em relação a simulados, foi fundamental para poder identificar as matérias com pior desempenho para poder incluir no ciclo de estudos; criar estratégia de prova e treinar o tempo das questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Vítor: As disciplinas que tive mais dificuldade foram Administração Geral e Pública e Fluência de Dados.
Em Administração, por ser uma matéria mais abstrata, eu tinha dificuldade em assimilar o conteúdo, mas através do treinamento por questões, pude captar palavras-chave para poder ter um desempenho razoável mesmo sem ter o domínio do conteúdo.
Já em Fluência de Dados, foi uma questão de aposta na preparação, como é um conteúdo muito extenso e tinha rumores do edital dividir vagas específicas de TI, resolvi deixar para o pós-edital. Resultado: tive que fazer um “intensivão” faltando menos de 3 meses para a prova.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Vítor: Consegui “fechar o edital” cerca de 2 semanas antes da prova, e na semana antes da prova só fiz um último simulado de teste e acompanhei a revisão de véspera do Estratégia.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Vítor: Com relação ao conteúdo em si eu estava confiante, faltava treinar passar para o papel o conhecimento de forma clara. Depois de aprender um esqueleto de resposta, basta treinar repetidas vezes para aprimorar a agilidade de resposta e esta fase não tomar muito tempo de prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Vítor: O principal erro foi começar muito em cima, como disse, especificamente para a RFB foram só 11 meses, e teve alguns conteúdos que tive de passar de forma muito corrida, por exemplo, Fluência em Dados e Estatística, e não dá pra solidificar o aprendizado dessa forma. No começo, achei que só por começar antes de sair o edital estava muito bem, mas conforme o tempo passa, bate o desespero de achar que não vai dar pra ver tudo e ter que abrir mão de parte das matérias.
O principal acerto acredito que tenha sido o método de estudos. Mesmo eu tendo planejado o cronograma de estudos de forma mais independente, a bagagem que eu tinha me fez economizar o pouco tempo disponível indo na forma mais eficiente para mim.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Vítor: Nunca pensei em desistir, mas, por muitas vezes, achei que não daria, que não estava pronto, que não tinha estudado o suficiente, que o nível era muito alto pra mim. Mas também sabia que estava fazendo o meu melhor, sabia das coisas que abri mão, sabia que se não desse certo nesse concurso, daria certo no próximo, e isso me dava tranquilidade para seguir em frente.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Vítor: Primeiramente tem que ter foco, disciplina e organização para se manter constante nos estudos. Precisa de um bom material de estudos, pois a concorrência está cada vez mais preparada. E acreditar que com muita dedicação vai dar certo.