Aprovado em 125° lugar no concurso do Receita Federal para o cargo de Analista Tributário
Concursos Públicos
“[…] O início sempre é mais difícil, pois terá que adaptar a sua rotina, abdicando do seu tempo livre ou deixando de lado algumas atividades ou dedicar menos a elas, momentaneamente, para focar no estudo […]”
Confira nossa entrevista com André Luiz Da Silva Coube, aprovado em 125° lugar no concurso do Receita Federal para o cargo de Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
André Luiz Da Silva Coube: Sou André Coube, nascido e morador na cidade do Rio de Janeiro, tenho 31 anos, casado e sem filhos. Sou formado em História (bacharel e licenciatura) com mestrado em Educação e atuo como Técnico em Assuntos Educacionais (TAE) na Universidade Federal Fluminense (UFF).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
André: Decidi estudar para concursos pela influência dos meus pais, pois ambos são servidores públicos e também pela estabilidade.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
André: Durante a minha preparação para o concurso da Receita Federal, conciliava meus estudos com o trabalho. O meu atual órgão adotou o Programa de Gestão que permitia a cada unidade administrativa implementar o teletrabalho total ou parcial. A minha unidade adotou o segundo. Sendo assim, eu tinha que trabalhar dois dias na semana de forma presencial e outros três, trabalhava em casa. Nos dias que eu não trabalhava presencialmente, eu aproveitava melhor o tempo para estudar devido ao não deslocamento. Todos os dias eu estudava à noite e aos finais de semana também.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
André: Já fui aprovado como secretário escolar da Prefeitura do Rio de Janeiro, em 22º lugar; como Técnico I, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2º lugar; e como TAE, na UFF, em 4º lugar.
A partir da Receita Federal, continuo estudando para área fiscal.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
André: No início dos estudos, não mudou muito. Continuei saindo normalmente. Mas conforme o tempo passando e prova foi se aproximando, eu deixei de ir em alguns eventos familiares e saída com amigos, principalmente nos dois últimos meses antes da prova.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
André: Sim, entenderam e me apoiaram. Minha esposa foi fundamental nesse processo, pois mesmo sentido muito a minha ausência, compreendeu o momento e me incentivava. Meus amigos também entendiam a minha ausência. Minha esposa e eles, junto com os meus pais e sogros também oravam por mim.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
André: Estudei por nove meses desde quando foi autorizado. Sabia que havia pessoas estudando para esse concurso há um tempo, por isso estudei de forma muito intensa. Para manter a disciplina, eu cronometrava o meu tempo de estudo, pois eu gostava de saber realmente quanto tempo eu estava estudando de fato. Além disso, eu também pensava no longo prazo, como uma casa construída a partir de cada tijolinho. É trabalhoso, mas vale a pena ver o resultado no final.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
André: Basicamente, estudei por PDFs. No início, eu imprimia, mas vi que iria ficar inviável, pois faltaria espaço para guardar tantas aulas impressas e também pelo gasto com tinta e papel. Além disso, a busca por algum tópico específico era muito mais rápida no computador do que nos textos impressos. Via algumas videoaulas pontuais para ver resolução de exercícios de disciplinas que eu tinha mais dificuldade como Estatística, Contabilidade e Raciocíno Lógico.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
André: Conheci o Estrátegia Concursos por publicidade na internet, desde a época que estudava para o IPHAN e para UFF e ouvia da boa fama do curso.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
André: Senti sim. Vários professores traziam os textos da lei e explicavam com exemplos de forma bem didática. Isso me fez assimilar bem os conteúdos. Cito em especial o prof. Fábio Dutra de Direito Tributário e Hebert Almeida de Direito Administrativo. As questões comentadas ao final da cada aula me ajudavam a fixar o conteúdo e ver onde eu estava não havia compreendido bem alguns pontos das aulas. O fórum era uma excelente ferramenta para sanar as dúvidas mais pontuais. E o simulado das rodadas avançadas, usei como forma de revisão final.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
André: A longo prazo, eu dividi meus estudos em três fases. A primeira era a leitura da aula em PDF com resolução de exercícios. A segunda consistia em fazer resumo de cada aula no próprio computador. A terceira fase era fazer simulados e questões que eu tinha separado como as mais difíceis para mim, além de ler os meus resumos.
No dia a dia, estudava uma ou duas disciplinas quando era o primeiro contato com elas. Na segunda fase, estudava três disciplinas na maioria das vezes. Na fase final, como era só resolução de questões praticamente, estudava mais disciplinas por menos tempo cada.
Havia dias que estudava três horas e outros que estudava cinco ou seis. Na semana eu fazia umas 30 horas.
Nas duas últimas semanas antes da prova, eu tirei férias para estudar. Lembro que na última semana, cheguei a bater 50 horas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
André: Lia os meus resumos, fazia os simulados das rodadas avançadas e resolvia as questões mais difícieis de concursos anteriores, que havia separado anteriormente, da banca do concurso da Receita Federal, no caso, a FGV.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
André: Resolver exercícios é fundamental, pois muitas vezes você acha que entendeu, mas quando você tenta resolver, você erra. Nesse momento, você vê que não e que precisa voltar àquele assunto. Exercícios também são importantes para fixar o conteúdo. Ao fazer cada questão, eu lia os comentários dos professores, pois queria confirmar se o meu raciocínio estava certo.
Não lembro quantas questões eu fiz, mas por alto, fiz mais de 3 mil com certeza.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
André: Contabilidade, Estatística e Raciocínio Lógico. Como eu achava que Contabilidade teria um peso muito grande, estudei muito essa disciplina no pré-edital e nessa fase consegui compreender razoavelmente. Após o edital, vi que não tinha tanto peso e direcionei mais para as disciplinas de conhecimento específico. Quanto às outras duas, como eu sabia que não tinham tanto peso, estudei só para não zerar (acertei de 3 de 10). Via alguns vídeos sobre resolução de exercícios e também tirava dúvidas com amigos dessas áreas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
André: Muito intensa. Via o maior número de disciplinas possíveis e aqueles pontos “decoreba”.
Na véspera, fiz algumas revisões pontuais, mas não muito grande. Dormi cedo para acordar bem. No dia da prova, não estudei nada, pois queria toda a minha concentração para prova, pois acredito que estudar antes da prova me dexaria mais nervoso.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
André: Treinei muita questão discursiva e depois via o espelho dos professores. É um enorme erro ignorar essa preparação, pois muitas colocações são decididas nessa parte. É preciso treinar a mão, pois com o computador, ficamos desacostumados a escrever. Além disso, a prova discursiva é uma etapa diferente da objetiva, pois somos desafiados a agir ativamente ao que nos é proposto e não somente a agir reativamente como é na objetiva.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
André: A impressão dos textos foi um erro de início, pois me tomou muito tempo. Outro erro foi o modo como separava as questões, pois eu copiava para um arquivo próprio. Hoje eu apenas sinalizo a página e o número da questão, o que faz eu ganhar tempo.
Um grande acerto que considero foi a elaboração de resumos, pois mesmo que os professores explicassem bem, nada substitui a “minha explicação para mim mesmo”.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
André: A desistir não, pois eu sabia onde queria chegar. Como eu falei, eu queria ver a casa construída. E a minha casa construída é dar maior segurança para minha família, ajudar os meus pais quando precisarem e ter mais conforto.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
André: Para quem está iniciando, digo que converse bem com a sua família, pois estudar para concurso é um projeto familiar e não individual. Fale que com a sua aprovação, todos serão beneficiados também. O início sempre é mais difícil, pois terá que adaptar a sua rotina, abdicando do seu tempo livre ou deixando de lado algumas atividades ou dedicar menos a elas, momentaneamente, para focar no estudo. Caso venha alguma reprovação, continue estudando e veja onde possa melhorar, pois com certeza, você estará mais próximo da aprovação do que no início e valerá a pena a sua insistência. Algo que me ajudou muito também foi a minha fé em Deus, pois sem Ele não podemos fazer. Sentia Ele me acalmando nas horas mais difícies. Então, se você tem fé em Deus, é hora de se aproximar mais ainda para te dar forças na caminhada. Eu acredito nisso. Desejo sucesso a todos que desejam uma vaga no serviço público.