Aprovado em 1° lugar no concurso CNMP para o cargo de Técnico do CNMP – Especialidade: Administração
Concursos Públicos
“[…] Use boas técnicas e bons materiais. Só motivação não ganha jogo. Não foque excessivamente em teoria, faça mais exercícios. Não faça muitos mapas mentais e resumos, revise mais por sublinhados, anotações e, principalmente, questões […]”
Confira nossa entrevista com Renato Canto Brandão, aprovado em 1° lugar no concurso CNMP para o cargo de Técnico do CNMP – Especialidade: Administração:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Renato Canto Brandão: Olá, concurseiro! Aqui quem escreve é o Renato Canto Brandão. Sou norte-rio-grandense, potiguar e natalense, mas moro em Brasília-DF desde um ano e meio de idade. Estou há treze anos estudando para concurso, desde 2010 (você não leu errado não!). Já velhinho, com 37 anos (rsrsrs), passei nesse prestigiado concurso do CNMP (Ah! Puxa-saco!).
Tenho só o ensino médio, pois desisti do curso de Pedagogia na Universidade de Brasília (UNB), mais ou menos no quinto semestre, quando eu tinha meus vinte e poucos. Minha missão aqui é te ajudar a não precisar estudar tanto tempo assim para passar em concurso (Misericórdia! Ainda bem, né?!). Para isso, prometo ser fiel às informações aqui prestadas, na saúde e na doença, até que a morte nos separe, amém!
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Renato: Então… Na estrada da vida, olhei prum lado, olhei pro outro e só vi uma saída: serviço público. Iniciativa privada paga mal, trabalha muito e pode ser demitido a qualquer momento. Serviço público tem estabilidade, salário bom e o volume de trabalho é “ok”.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Renato: Quando comecei a trabalhar, fazia 5h por dia, folgando na segunda-feira, num total de 20h semanais. Conciliei com os estudos basicamente na mentalidade de “rechear” o tempo livre com estudo. Simples assim. Inclusive final de semana. Só não estudava na noite do domingo. Era a minha folga. Então, eram 8h de estudo no sábado e 6h no domingo.
Nos dias de semana, quando trabalhava, estudava 2h de manhã e 3h à noite, exceto nos três dias em que eu passeava com minha esposa à noite. Nesse caso, eu estudava normalmente de manhã e 1h só quando voltava do passeio. Ah! Na segunda-feira (minha folga) estudava de manhã, à tarde (3h) e à noite (depois do passeio). A cada 2h de estudo, fazia intervalo de 30min. e, a cada 4h estudadas, intervalo de 1h30min. Dormia 8h por dia.
De uns tempos pra cá, sexta, sábado e domingo à noite, depois que cumpria minha carga horária de estudo, como eu não tinha trabalho no dia seguinte, eu me permitia assistir filme e ficar de bobeira na internet até, no máximo, 3h30min da manhã. Acordava 6h depois. As outras 2h de sono (já que eu dormia 8h por dia) eu gastava depois do almoço. No início, bem antes de trabalhar inclusive, não era tão bonitinho assim não. Adquiri com o tempo essa rotina e, mesmo assim, muitas vezes, eu não cumpria certinho esses horários não! Quando se estuda por muito tempo, você cansa mais…
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Renato: Bati na trave em alguns concursos como o Ministério da Integração (não lembro o ano) e TJDFT (2015), mas ser chamado mesmo foi só a Secretaria de Saúde do DF, em dezembro de 2016. Passei em 24° lugar para o cargo de técnico administrativo. Ah! Espero ser chamado para o concurso do TJDFT (2022). Fiquei em 336°. Pretendo continuar sim (se o cansaço me permitir) para a Câmara dos Deputados. O céu é o limite!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Renato: Infelizmente esse é um grande arrependimento que tenho. Não tinha vida social praticamente. Peço perdão a cada parente e amigo meu pelo relapso.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Renato: Entenderam, mas puxavam minha orelha com toda a razão: “liga pra gente! Aparece lá! Sai desse computador!”
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Renato: Dois meses e meio. Comecei a estudar desde o dia primeiro de fevereiro até a data da prova praticamente (16/04). Mantive a disciplina alimentando minha motivação. Sabia sempre o porquê de estudar para o CNMP. Sabia que eu tinha ido bem no TJDFT (2022) e que teria grandes chances de ser chamado, mas não era certeza.
Com o CNMP, eu poderia ser chamado com certeza e mais rapidamente se passasse entre os primeiros. Pensei: “Apesar de poucas vagas e chamarem pouca gente (último concurso foram só sessenta em quatro anos), eu posso ficar bem classificado! O TSE unificado vai ser só segundo semestre. Vale mais a pena dar um tiro curto aqui de dois meses e meio e, se não passar, estudar para o TSE (pois ainda haveria um bom tempo de estudo) do que estudar para o TSE desde já”. Deu certo!
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Renato: Quase 100% PDF. Só assisti videoaula porque os exercícios comentados que eu queria só tinham nesse formato. PDF. Vantagens: mais informação em menos tempo. Possibilidade de fazer sublinhados, marcações, comentários mais precisos para futura revisão. Desvantagens: dificuldade maior de entendimento (exige um estudo mais ativo, o que é bom no final das contas) e diminuição do contato humano. Este sempre importante no aprendizado, mas, como o que se aprende é algo mais técnico, instrucional, não precisa tanto desse quesito a meu ver (diferente, por exemplo, de uma aula sobre Filosofia, Religião).
Videoaula. Vantagens: facilidade maior de entender a matéria e um pouco mais de contato humano (afinal, você está vendo e ouvindo o professor). Desvantagens: menos informação em mais tempo. Lentidão, mesmo acelerando o vídeo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Renato: Coruja, agora você me pegou… Acho que pela internet mesmo, assistindo um webnário…
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Renato: Sim, com certeza. No cursinho presencial, eu me incomodava com o triste fato de não poder pausá-la e nem voltar a fala do professor quando eu não entendia o conteúdo, a bagunça da turma, o horário rígido, o preço, a ansiedade em anotar o que o professor dizia para revisar depois, senão eu esquecia etc. Nos livros, a falta de foco para o concurso específico que eu queria, não ter um fórum de dúvidas, atualização do material…
E a pior de todos os tempos: apostila de banca de jornal (não riam de mim! No meu tempo existiam bancas de jornal em cada esquina e apostilas de concurso em cada uma). Não vou dizer o que me incomodava nas apostilas, tenho raiva só de lembrar… (rsrsrs)
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Renato: Sim, muita diferença! O material de qualidade e atualizado (principalmente quando saía o edital), o fórum de dúvidas, o PDF com muitas questões comentadas e recentes, os simulados perto da prova, correção de discursiva a um preço acessível, o sistema de questões. O custo-benefício é excelente! (Ê! Propaganda!)
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Renato: Há muito tempo atrás, numa galáxia distante, quando eu não tinha estratégia nenhuma, meu plano era uma matéria toda por vez. Só ia para a matéria seguinte quando zerava todas as aulas da matéria anterior. Depois, quando melhorei a estratégia, meu plano de estudos era, geralmente, quatro matérias ao mesmo tempo. Não estipulava, por dia, horas para cada uma.
Estudava a aula até ela finalizar. Depois passava para a aula da matéria seguinte até o ciclo terminar. Depois o ciclo recomeçava. Gostei desse formato porque me deixava mais à vontade para estudar. Não precisava controlar o tempo de cada matéria. Quando eu trabalhava, eram, geralmente, 5h por dia sem passeio. Com passeio eram 3h. Isso nos dias de semana. No final de semana, eram 8h no sábado e 6h no domingo.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Renato: Então… Nos primórdios do meu estudo, quando eu não tinha estratégia nenhuma, fazia mapas mentais como se não houvesse amanhã. O meu braço doía de tanto escrever. Improvisava uma blusa amarrada no pulso para amortecer o impacto. Eram folhas e folhas de pura alegria e diversão! (Só que não…).
Depois ficava decorando os mapas mentais que nem um zumbi. Com o tempo, meu braço direito ficou igual ao do Popeye (fino em cima e bombado embaixo) e tive algumas estafas mentais. Quase não fazia exercícios. Depois, quando encontrei a salvação, revisava pelos sublinhados e comentários rápidos que fazia nos PDF’s, além de grande quantidade de questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Renato: Primordial, porque as questões dizem o que focar na matéria ao invés de estudar toda a teoria. Não lembro. Mais de dez mil com certeza.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Renato: Administração Geral e Pública, porque era imensa, cheia de teorias para cada parte da matéria e as bancas cobravam o que queriam. Depois que tive uma boa base teórica, não me importando tanto em memorizar cada teoria de cada autor, revisava lendo o resumo do professor ao final da aula e fazendo exercícios.
Outra também: informática. Outra matéria grande também. O problema não era nem entender a matéria, mas adivinhar o que a banca ia cobrar. Depois que tive boa base teórica, pulando algumas partes do edital como, por exemplo, Outlook, só revisava por exercícios. Ah! Menção honrosa para Administração Financeira e Orçamentária (tinha dificuldade em entender mesmo), mas como eu estudava pela apostila de banca de jornal, não conta, né?! Quando estudei pelo PDF’s, melhorei muito.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Renato: Na semana que antecedeu, fiz dois simulados e várias questões. Era mais um ajuste do que estudo pesado, pois já estava cansado. Descansei no dia pré-prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Renato: Principais erros: esquecer outras áreas da vida e só estudar para concurso, fugir dos problemas da vida estudando para concurso, foco excessivo na teoria, poucos exercícios, materiais ruins, fazer várias áreas de concurso ao invés de focar em uma só. Principais acertos: manter a motivação sempre alta. Depois de anos, estudei menos teoria e mais questões. Material de excelência (Estratégia Concursos).
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Renato: Não. Sinceramente não. O que acontecia muito no início era a inconstância: ficava um tempo sem estudar e outro tempo estudava. Porém, pensar em desistir, não.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Renato: Primeiramente, não abandone outras áreas da sua vida para somente estudar. Caso contrário, você vai se arrepender vendo o seu tempo perdido anos a fio que poderia ter sido melhor aproveitado, principalmente com as pessoas que ama. Não fuja dos problemas da vida se refugiando nos estudos. Caso contrário, verá que os problemas se multiplicarão e o que estava ruim, por medo e covardia, ficará ainda pior. Uma hora a conta chegará com juros e correção.
Segundo: mantenha a motivação lá no alto. Saiba sempre o porquê de estudar para concurso. Esteja disposto a pagar o preço. Se não estiver disposto, melhor não se enganar dizendo que está tentando. Isso só vai entorpecer sua consciência de que, no fundo, você não quer estudar.
Terceiro: inteligência. Use boas técnicas e bons materiais. Só motivação não ganha jogo. Não foque excessivamente em teoria, faça mais exercícios. Não faça muitos mapas mentais e resumos, revise mais por sublinhados, anotações e, principalmente, questões. Ouso dizer que bons materiais e fazer muitas questões hoje são pré-requisito.
Acredito que o diferencial está em mentoria ou “coach”. Da mesma forma que, por exemplo, não improvisamos quando estamos doentes e vamos ao médico, não é muito salutar improvisar nos estudos e não ir ao profissional dos estudos (“coach”) que vai te orientar na sua preparação. É o que pretendo fazer para o concurso da Câmara dos Deputados, já que agora vou poder pagar um!