Aprovada em 8° lugar no concurso IGP Santa Catarina para Auxiliar Criminalístico

“Se conheça e acredite no processo. Vai ter frustração, vai ter reprovação, vai ter choro, mas com persistência, você é capaz de conseguir! […]”

Confira nossa entrevista com Elisa Cardoso Rosa, aprovada em 8° lugar no concurso IGP Santa Catarina para Auxiliar Criminalístico:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Elisa Cardoso Rosa: Me formei em Direito em 2020, tenho 26 anos e sou do Rio de Janeiro.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Elisa: Meus pais são policiais civis e desde sempre pensei nisso, a área policial está no sangue. Fiz faculdade de Direito com o intuito de futuramente fazer prova para Delegada da Polícia Civil, mas confesso que com os estudos para a Polícia Científica, a área de criminalística ganhou um espaço no meu coração.

Com o caminhar da vida, trabalhei com música por alguns anos, o que foi um grande sonho, mas em certo momento, a vontade de ter algo mais estável falou mais alto.

Estratégia: Você trabalhava e estudava?

Elisa: Desde que comecei a me dedicar de verdade aos estudos, não estava mais trabalhando.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada?

Elisa: Dizem que a vida de concurseiro tem muitas derrotas antes da vitória né e comigo não foi diferente. Foram 7 reprovações antes dessa primeira aprovação.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Elisa: Eu me dedicava fortemente nos dias de semana, estudando muitas horas por dia e preferia manter os fins de semana para descansar, mas quando faltava umas 3 semanas para alguma prova, reduzia o tempo de descanso e estudava aos fins de semana também.

Sou atleta de voleibol amador, mas no início dos estudos estava parada e, com o tempo, a ansiedade tomou conta de mim. Voltar a jogar foi uma virada de chave muito importante para a continuidade dos estudos, pois era e ainda é minha válvula de escape, a prova de que não precisamos abdicar de tudo e todos. Cada corpo é um corpo e precisei adequar as regras à minha realidade.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro(a)? De que forma?

Elisa: Trabalhei desde o início da faculdade, mas ao sair do emprego em 2020, foquei 100% nos estudos. Minha família me deu apoio financeiro, principalmente nesse momento, além do apoio em seguir a carreira desde sempre.

Um fator muito importante foi o apoio do meu namorado que, em momentos de desânimo, frustrações e reprovações, ouviu meus choros e me colocou para cima todas as vezes.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Elisa: Eu já vinha estudando para a área policial desde setembro/2021, tendo feito provas para a Polícia Civil/RJ, Polícia Civil/SP e PM/GO. Confesso que não conhecia o cargo de Auxiliar Criminalístico Da Polícia Científica de Santa Catarina, pois no RJ não há essa divisão entre Polícia Civil e Polícia Científica e, por isso, fiquei sabendo desse concurso já na abertura do edital, com apenas 42 dias até a prova.

Foi um desafio, mas foquei o máximo que pude e acreditei até o fim.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

Elisa: Para relembrar ou aprofundar em algum assunto, as vezes utilizo os PDFs, mas para aprender algo novo, sou fã das videoaulas. O contato com os professores para mim é insubstituível.

As revisões de véspera para mim foram verdadeiras aulas, pois por conta do curto prazo de estudos específicos para este concurso, na semana da prova ainda tinha muita matéria que ainda não tinha visto.

Administração geral, por exemplo, foi uma disciplina que nunca tinha estudado e só parei para estudá-la faltando 1 semana para a prova. Foi uma disciplina curta e com a ajuda da revisão de véspera, consegui acertar 8 de 10 questões, o que foi uma grande surpresa.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Elisa: Conheci o Estratégia ainda na faculdade. Desde cedo já pesquisava os melhores cursos para quando chegasse meu momento de estudar e o Estratégia sempre foi o curso que mais se destacou nos índices de aprovação.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?

Elisa: Eu estudei para a OAB por outro curso e, de início, comecei a estudar para concursos com este mesmo curso, o que durou uns 3 meses e logo depois mudei para o Estratégia.

O outro curso ensinava bem, mas mostrava cada conteúdo do início ao fim, sem especificidade nenhuma.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença na sua preparação?

Elisa: O Estratégia me trouxe uma visão muito mais clara de quais conteúdos caem mais e de que forma caem em cada concurso, tornando o estudo mais objetivo e assertivo. Os professores sabem exatamente onde aprofundar ou frisar algum detalhe.

Tirando as videoaulas incluídas no meu estudo padrão, dei muito valor às Revisões de Véspera e também às aulas de “Hora da Verdade” que assisti nos concursos anteriores.

Até mesmo as entrevistas com os aprovados foram aliadas em momentos de desânimo. Ouvir histórias de pessoas reais foi muito importante para manter os pés no chão e acreditar que um dia chegaria a minha vez.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Elisa: A cada novo edital eu copiava todo o conteúdo programático em um caderno e marcava o que já havia estudado. Procurava a videoaula correspondente aos assuntos que não havia estudado e anotava ao lado deles quantas horas de videoaula aquele assunto teria.

Somando tudo, eu tinha uma base de quantas horas líquidas seriam necessárias para absorver os conteúdos novos e dividia pelo número de dias que teria disponível, deixando sempre as últimas 2 semanas apenas para revisão. Conseguia estudar em média de 6 a 8 horas por dia, tirando o tempo de confecção do caderno e resolução de exercícios.

Fatalmente tive que cortar alguns conteúdos, pois por ter emendado um concurso no outro, meu tempo sempre foi curto. Me baseava na análise estatística que o Estratégia faz no Passo Estratégico para cortar os conteúdos com menor incidência nos concursos passados. Sei que não era o ideal, mas devido ao tempo, foi necessário.

Estratégia: Como fazia suas revisões?

Elisa: Desde a faculdade sempre fui fã de fazer meus próprios cadernos nas aulas e continuei com esse método para os concursos. Sei que isso torna tudo mais lento, já que o Estratégia possui diversas ferramentas de aceleração dos estudos, mas para mim, ter o conteúdo na minha linguagem e formato facilita muito no momento de revisão.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Elisa: A resolução de exercícios é parte indispensável dos estudos, realizada ao final de cada conteúdo novo e também nas semans que antecedem a prova. Pego as questões que errei e sinalizo em cor diferente no meu caderno, assim, dificilmente erraria de novo.

Só nesse último concurso fiz aproximadamente 50 questões para cada tópico de todas as disciplinas, totalizando mais de 5 mil questões. Se fosse somar com os concursos anteriores, já perdi as contas!

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Elisa: As disciplinas que tive mais dificuldade para esse concurso foram Raciocínio Lógico e Informática, por serem muito extensas e complexas. Para superar isso, as videoaulas e exercícios foram essenciais.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Elisa: Na semana da prova já estava em Santa Catarina, onde minha mãe mora atualmente, então tive que mesclar a socialização com os estudos. Assim, começava a estudar após o almoço e terminava umas 2h ou 3h da manhã, pausando apenas para o jantar. A fome de finalizar o máximo de conteúdos a tempo da prova estava maior haha.

Sou daquelas que estuda até o último segundo, então até uns 30 minutos antes dos portões fecharem, ainda estava lendo meus resumos no local de prova.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Elisa: Acho que meu maior erro foi por várias vezes criar um planejamento irreal, em que eu devesse estudar muito mais do que meu corpo aguentaria. Com isso, sempre tinha muita matéria atrasada, dando brecha para as frustrações.

Comecei a acertar quando comecei a entender até onde eu aguentaria e me planejar em cima disso. E nos dias que estiver mais disposta, ultrapasso a meta, e aí é lucro.

Um grande acerto também foi incluir a realização de exercícios ao fim de cada tópico estudado, anotando no caderno os erros.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Elisa: Nunca pensei realmente em desistir, mas me via desmotivada muitas vezes, em pensar que estava estudando tanto e ainda não conseguia entregar o que deveria. Vislumbrar a possibilidade de ter minha casa com meu namorado e minha independência financeira foi o que mais me fez ter forças para continuar.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Elisa: Você não precisa estudar 10 horas por dia, você pode ter hobbies e vida social se quiser, tudo é questão de adequação. De nada adianta usar 100% do seu tempo para os estudos se sua saúde mental está lá embaixo. Uma mente saudável absorve melhor o conteúdo.

Se conheça e acredite no processo. Vai ter frustração, vai ter reprovação, vai ter choro, mas com persistência, você é capaz de conseguir!

Digo isso para os novos concurseiros e digo isso para mim mesma também. Ainda sou uma novata no mundo dos concursos, vou continuar estudando para alcançar um cargo melhor e talvez voltar para o RJ.

Ainda vou chorar muito durante o processo, mas por agora, o choro é de felicidade e alívio.