Aprovado em 1° lugar no concurso TCE- TO para Auditor de Controle Externo (Adm)
Concursos Públicos
“Defina um objetivo e siga a risca o planejamento para alcança-lo; procure se afastar de pessoas que não têm os seus mesmos objetivos; não divulgue a ninguém que você está estudando […]”
Confira nossa entrevista com Carlos Edgar Sousa Ferreira, aprovado em 1° lugar no concurso TCE- TO para Auditor de Controle Externo (Administração):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carlos Edgar Sousa Ferreira: Meu nome é Carlos Edgar Sousa Ferreira, sou bacharel em administração, com pós-graduação em licitações/contratos e também em logística pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). Tenho 34 anos e sou natural de Fortaleza-CE, cidade na qual resido atualmente.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carlos: O que me motivava era a estabilidade proporcionada e a busca por uma melhor condição de vida para minha família. Além disso, queria muito utilizar os meus conhecimentos teóricos dentro da área em que atuo (administração).
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carlos: Sim, eu trabalhava e estudava. Para conciliar essas duas atividades, a minha melhor estratégia era dormir mais cedo, às 22h, no máximo, para acordar às 4h da manhã. Nesse horário eu sabia que meu filho estaria dormindo, bem como não teria qualquer outra distração, pois, afinal, ninguém liga para você às 4h da manhã. Assim, estudava até às 7h da manhã, perfazendo 3h líquidas. Após isso, utilizada 1h hora do intervalo de almoço no trabalho para fazer revisões (mapas mentais, resumos estratégicos) ou para resolver questões de assuntos dos dias anteriores, dando um total de 4h líquidas no dia. Essa estratégia melhorou muito meu rendimento. No início não é fácil: quando o despertador tocava, o sono falava mais forte, porém, quando se tem força de vontade, essa barreira e vencida. Basta tomar um banho (essencial pra despertar) e iniciar os estudos. Depois de duas semanas, o organismo se acostuma e você já acorda nesse horário de forma natural.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Carlos: Minha vida no mundo dos concursos começou foi em 2006, quando fui aprovado para o CEFET-CE, atual Instituto Federal do Ceara (IFCE) em 6º lugar, para cursar o curso de mecânica industrial.
Em 2007, fui aprovado para o concurso da Escola de Sargento das Armas (ESA), me formando em 2009 3º Sargento de Infantaria do Exército Brasileiro. Atualmente sou 2º Sargento, cargo esse que ocupo desde 2017.
Em 2011, prestei o concurso do INSS, ficando aprovado para a Cidade de Baturité-CE no cargo de Técnico do Seguro Social. Esse concurso foi organizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), mas, infelizmente, não passei dentro das vagas. Eram cinco vagas apenas e fiquei em 18º lugar. Lembro-me de que foi chamado até o 11º aprovado. Nessa época eu estudava por materiais espalhados (apostilas de bancas, vídeos na internet, dentre outros), enfim, não tinha um bom material nem um bom planejamento para estudo.
Em 2022, já utilizando o material do Estratégia, fui aprovado em 4º lugar para Analista Administrativo da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, organizado pela Fundação Carlos chagas.
Por fim, em 10 de fevereiro do corrente ano, fui aprovado em 1º Lugar para o cargo de Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (especialidade administração), organizado pela Fundação Getúlio Vagas (FGV).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Carlos: Esse foi um dos meus grandes obstáculos. Digo obstáculos porque tive que abdicar de tempo preciosos com familiares, principalmente do meu filho pequeno e da minha querida esposa. Não é nada fácil você ter que recusar convites para participar de eventos com amigos, familiares e outros momentos que te dão prazer. Não estou dizendo que quem estuda para concursos tem que ter uma vida de eremita, isolado de todo mundo, mas sim que em momentos decisivos, principalmente quando sai o edital do seu concurso, a renúncia a esses momentos se faz necessária.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Carlos: Sim, a minha esposa foi fundamental nessas conquistas. Ela me apoiava em todas as minhas decisões e estava sempre me incentivando a buscar o que eu almejava. Nesse período de estudo, minha esposa exercia um duplo papel, pois ela ficava com a responsabilidade de cuidar do nosso filho, algo que era bastante cansativo, afinal cuidar de criança pequena não é tarefa fácil.
Por outro lado, sempre tem aqueles familiares mais distantes (tios, primos, sobrinhos, etc.) que não compreendem os seus objetivos e, acredito que sem intenção, dizem a ti frase como: a vida é “curta”, não estude tanto, dedique mais tempo ao lazer… Porém, você deve manter o foco e entender que o seu futuro e o futuro dos seus familiares dependem dos seus atos presentes e que os momentos vindouros podem ser bem mais prazerosos com a satisfação de ser aprovado no concurso a que se aspira.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Carlos: Na verdade não estudava especificamente para um último concurso, mas sim para a área de controle (tribunais de contas e controladorias) e para área de assembleias legislativas, ambas focada na minha especialidade de formação (administração). Nessas áreas já estava estudando a uns três anos, pois haviam matérias que se coincidiam muito e todo o conteúdo de assembleias legislativas estava contido dentro do conteúdo de controle, havendo apenas algumas diferenças pontuais (regimento interno e estatutos locais). Enfim, para essas áreas estudei por um período de três anos, focado apenas nelas.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Carlos: Na minha preparação as ferramentas mais utilizadas foram os PDFs, mapas mentais e resumos estratégicos. Isso pra mim foi revolucionário, pois me lembro que perdia muito tempo fazendo resumos, os quais acabava nem olhando depois. As vídeoaulas eu utilizava como uma ferramenta complementar, quando tinha alguma dúvida que constava no material escrito ou como uma forma de revisão, acelerando o vídeo na velocidade 2,5. Havia apenas alguns vídeos que eu estudava de forma originaria, principalmente de matérias mais densas.
No meu caso, as vantagens era a gama de opções que tinha na plataforma do Estratégia, como uma cardápio em que você escolhe o tipo de comida de sua preferência, podendo montar um bom planejamento e fazendo ajustes de acordo com suas necessidades.
Já no que se refere as desvantagem, um ponto fraco que considerei era o tempo de resposta às dúvidas no portal de mensagens, mas nada que comprometa a qualidade, afinal, as dúvidas sempre eram respondidas com qualidade, compensando o atraso.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carlos: Conheci o Estratégia concurso em 2014, quando uns amigos que estudavam para a área de controle e fiscal me incentivaram a fazer um curso superior e a estudar para essas áreas. Eles me mostraram os materiais e a partir desse ano (2014) tracei meus objetivos e metas.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Carlos: Sim, estudei por outros materiais, mas era de forma aleatória, principalmente por apostilas de bancas. O que mais me incomodava era a falta de cuidado com a organização dos assuntos e falta do uso de uma linguagem mais acessiva. Os materiais eram muito tecnicistas, sem explicações completas, além de serem bem resumidos.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Carlos: Sim, passei em 18º lugar em 2011 no concurso do INSS, mas foi fora das vagas, não sendo, pois nomeado.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença na sua preparação?
Carlos: Sim, a diferença foi enorme, pois sentia mais confiança e menos dúvida na hora de responder as questões. Lembro-me também que as minhas taxas de acertos aumentaram consideravelmente.
No que se refere as ferramentas, os resumos estratégicos e os mapas mentais foi o que mais revolucionou os meus estudos, pois tinha um grande problema com resumos: perdia muito tempo ao fazê-los e muitas das vezes eles eram tão extensos quanto o conteúdo original.
Os simulados do Estratégia também era outra ferramenta que eu utilizava como indicador para saber como estava o meu nível de aprendizagem e absorção das disciplinas.
Por fim, utilizava ainda o passo estratégico naqueles conteúdos em que eu já tinha um certo domínio, porém havia a necessidade de passar por eles novamente de forma mais superficial e simplificado (como um resumo), revendo os pontos-chave. Isso pra mim funcionava bastante e aumenta muito o meu nível de acertos em questões.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Carlos: Quanto ao meu plano de estudo, ele era organizado de forma a conciliá-lo com o trabalho e com minha família. Como eu trabalhava das 7:30 às 16:30, eu ia dormir mais cedo e acordava às 4h da manhã para estudar, separando duas disciplinas e estudando até às 7h da manhã, ou seja, estudava 3h pela manhã. Já no período da tarde, utilizava o intervalo do almoço no trabalho para ver os mapas mentais e os resumos estratégicos das disciplinas estudadas nos dias anteriores, bem como para fazer exercícios. Assim, de segunda a sexta eu estudava 4h líquidas por dia.
Já nos finais de semana, eu acordava no mesmo horário (4h da manhã). A diferença é que, como não tinha que trabalhar, estudava três horas a mais, incluindo mais uma matéria nos estudos e resolução de questões, perfazendo um total de 6h.
Dessa forma, juntando as 4h de segunda à sexta com as 6h nos finais de semana, estudava um total de 32 horas líquidas na semana. Claro que isso, às vezes, pode sofrer variações, mas são fatores imprevistos que estão fora do seu alcance, como, por exemplo, viagem a trabalho e doenças. Nesses casos, não tem o que fazer, é tentar fazer um plano B de estudos em situações contingenciais ou então, é claro, se for doença, não estudar naquele dia e procurar se recuperar.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Carlos: Fazia minhas revisões pelos mapas mentais do Estratégia e pelos resumos estratégicos que constavam no final de cada PDF. Fazia também os simulados que o Estratégia disponibilizava na plataforma.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Carlos: Os exercícios são fundamentais, pois eles são indicadores para você ter uma noção sobre se seu estudo foi eficaz, se o conteúdo foi realmente aprendido. Nesse sentido, gostava muito dos exercícios que constavam no final de cada teoria dos PDFs, pois o Estratégia tinha a preocupação de atualizar os exercícios para o perfil da banca que iria organizar o concurso. Achava isso excepcional.
Não me lembro de quantos exercícios fiz na minha vida, mas sei que foram muitos, pois, ao final de cada teoria, sempre fazia uma bateria de questões propostas e só partia para o próximo assunto se minha média fosse acima de um determinado valor.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Carlos: Tirando as disciplinas de português e matemática/raciocínio lógico/matemática financeira, qualquer disciplina nova pra mim era um desafio, principalmente as jurídicas, afinal de contas você entra em um mundo de novos vocabulários que não fazem parte do seu universo semântico (súmulas, jurisprudências, acórdãos, Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental…). Mas tudo isso é superado com um bom material e com uma boa equipe de professores te auxiliando. A superação para isso também é ser obstinado, não desistir e ter força de vontade que, com o tempo, isso passa a ser algo natural para você e, como se diz no Exército, ficará na massa no sengue.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carlos: Nas três semanas que antecederam a prova, fiquei apenas revendo os mapas mentais e os resumos estratégicos, bem como resolvendo questões. Já no dia anterior a prova, eu tirei para relaxar, não estudando nada.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Carlos: Sim, no meu concurso teve prova discursiva e eram duas questões de 15 linhas cada uma sobre temas do conteúdo específicos do edital.
Nessa parte eu utilizava a rodada de temas proposta pelos PDFs do Estratégia, utilizando a fundamentação dos conteúdos específicos para resolvê-las. Fazer isso é fundamental, pois as dicas relativas a cada tipo de discursiva que continha no material escrito ajudava bastante a forma como aquilo poderia ser abordado.
Para quem está iniciando os estudos de discursiva, eu aconselharia a pessoa a compreender bem todos os tipos de abordagem, saber diferenciar cada um deles e praticar bastante, para saber formular as ideias na hora da prova, afinal de contas existem vários tipos de discursivas que podem ser cobradas na prova (estudo de casos, discursiva, argumentação, dissertação).
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carlos: Nessa minha longa jornada na vida de concursos o que mais me atrapalhou foram duas coisas: a primeira delas foi estudar por materiais de má qualidade no início, que não focavam bem os assuntos abordados bem como não te davam um suporte para a sua melhora. A segunda, que acredito que me prejudicou bastante, era o abalo emocional diante das reprovações, pois eu demorava muito para compreender isso e passava meses sem estudar, o que fazia com que eu perdesse o ritmo de estudo, deixando outras pessoas passarem o meu lugar na “fila”. Graças a Deus consegui melhorar esse ponto fraco e hoje estou aqui para contar um pouco da minha história.
Já quantos aos meus principais acertos, creio que o melhor deles foi entender saber que estudar para concursos requer fazer um planejamento detalhado, estabelecendo bem os seus objetivos, definindo metas e executando-as da melhor maneira possível. Saber seguir o que foi planejado é essencial para o sucesso. Lembro que, quando não fazia isso, eu me sentia como em um círculo, rodando sempre nos mesmos lugares, sem destino algum.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carlos: Sim, várias vezes pensei em desistir, era uma luta constante comigo mesmo entre continuar e parar, principalmente quando eu era reprovado. Porém a vontade de ser grande, de almejar o sucesso sempre me motivavam a continuar. A minha família também era minha principal motivação, pois eu queria dar o melhor possível para o meu filho e a minha esposa.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carlos: A mensagem que vou deixar pode parecer um clichê, mas acredite, sendo ou não, fez muita diferença na minha vida: defina um objetivo e siga a risca o planejamento para alcança-lo; procure se afastar de pessoas que não têm os seus mesmos objetivos; não divulgue a ninguém que você está estudando, porque sempre existirão pessoas que vão querer te colocar para baixo e, por fim, sempre utilize ferramentas que possam medir o seu desempenho, pois isso lhe ajudará a corrigir falhas e saber o quão bem ou ruim você está indo.