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RECURSOS PROVA STJ 2018 – FISIOTERAPIA – PARTE II

RECURSOS PROVA STJ 2018 – FISIOTERAPIA – PARTE II

Uma paciente de cinquenta anos de idade, com 156 cm de altura. 78 kg de massa, profissão de atendente telefônica, queixou-se a um fisioterapeuta, durante uma visita domiciliar, de dores e formigamento em uma das mãos, na região palmar do polegar, no dedo indicador, no dedo médio e na metade radial do dedo anelar, há mais de um ano. Ela relatou, ainda, fraqueza para segurar objetos e despertares noturnos por conta da acentuação dos sintomas. Para aliviá-los, ela informou que agita o pulso e a mão acometidos de modo semelhante ao utilizado na agitação de um termômetro clínico.

QUESTÃO 70

O ultrassom terapêutico de 1 MHz, pulsado a 1:4 e intensidade de 1 W/cm2 é indicado para essa condição clínica, sendo capaz de reduzir a dor e o formigamento, bem como aumentar a força de preensão palmar da paciente.

PEDIDO: Anulação da questão por controvérsias a literatura científica.

 

FUNDAMENTAÇÃO:

        Não há comprovação científica na literatura que o ultrassom terapêutico aumenta a força de preensão palmar em casos de Síndrome do Túnel do Carpo.

Um estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento com laser de baixa intensidade (LLLT) e do tratamento com ultrassom pulsado (US) na síndrome do túnel do carpo (STC) e comparar os efeitos de ambas as modalidades de tratamento. Sessenta pacientes diagnosticados com STC foram divididos aleatoriamente em quatro grupos como grupo US (grupo 1), grupo US placebo (grupo 2), grupo LLLT (grupo 3) e grupo LLLT placebo (grupo 4). Ambos os tratamentos foram aplicados cinco dias por semana durante três semanas. Avaliações clínicas e eletrofisiológicas foram realizadas antes e 3, 6 e 12 meses após o tratamento. Dor, hipoestesia e força de preensão manual foram avaliadas. O Boston Questionnaire foi utilizado para avaliar a gravidade dos sintomas e o status funcional. Resultados obtidos: 52 pacientes com 101 mãos completaram o estudo. Os parâmetros demográficos e eletrofisiológicos foram semelhantes nos quatro grupos. Tanto o tratamento pulsado quanto o LLLT foram encontrados para fornecer melhorias significativas nos parâmetros clínicos, como dor, perda sensorial, escore de gravidade dos sintomas e escore de capacidade funcional (p <0,05). Nenhum efeito benéfico significativo foi observado em ambos os grupos placebo (p <0,05). Avaliações dos parâmetros eletrofisiológicos não mostraram diferença significativa entre os grupos (p> 0,05). Em termos de eficácia clínica, a US pulsada foi superior ao LLLT (p <0,05). Concluíram que as duas modalidades de tratamento mostraram melhorias significativas nos sintomas clínicos subjetivos, enquanto não foram observadas alterações significativas em quaisquer parâmetros eletrofisiológicos. escore de gravidade dos sintomas e escore de capacidade funcional (p <0,05). Nenhum efeito benéfico significativo foi observado em ambos os grupos placebo (p <0,05). Avaliações dos parâmetros eletrofisiológicos não mostraram diferença significativa entre os grupos (p> 0,05). Em termos de eficácia clínica, a US pulsada foi superior ao LLLT (p <0,05) (TIKIS et al, 2013).

Referências: Page MJ, O’Connor D, Pitt V, Massy-Westropp N. Therapeutic ultrasound for carpal tunnel syndrome. Cochrane Database Syst Rev. 2013;3(3):CD009601. https://doi.org/10.1002/14651858.CD009601

Tikiz C, Duruoz T, Unlu Z, Cerrahoglu L, Yalcinsoy E. Karpal tunel sendromunda dusuk enerjili lazer ve kesikli ultrason tedavi etkinliklerinin karsilastirilmasi: plasebo kontrollu bir calisma (Comparison of the efficacy of low-level laser therapy and pulsed ultrasound treatment in carpal tunnel syndrome: a placebo-controlled study). Turkish Journal of Physical Medicine and Rehabilitation] 2013;59(3):201-208.

QUESTÃO 72

O laser terapêutico de baixa intensidade contribuirá para reduzir ou eliminar a dor, bem como para aumentar a condutibilidade dos potenciais de ação nervosos e a força de preensão palmar da paciente.

PEDIDO: Anulação da questão por controvérsias a literatura científica.

FUNDAMENTAÇÃO:

O laser de baixa intensidade é analgésico, anti-inflamatório, anti-edematoso, cicatrizante e anti-bactericida. Há muitas controvérsias nos estudos atuais em relação ao aumento da força de preensão palmar, por isso sugerimos que está errado. Um estudo recente (Barbosa R, Marcolino A, Souza V, Bertolino G, Fonseca M, Guirro R. Effect of Low-Level Laser Therapy and Strength Training Protocol on Hand Grip by Dynamometry. Journal of Lasers in Medical Sciences. 2017;8(3):112-117. doi:10.15171/jlms.2017.) realizou um estudo que tinha como objetivo foi avaliar os efeitos do laser de baixa intensidade na força de preensão. O protocolo comparou a eficácia do laser de baixa intensidade com 904nm (laser mais exercício de fortalecimento), com 660 nm (laser mais exercício de fortalecimento) e o grupo placebo (laser placebo mais exercício de fortalecimento). O protocolo mostrou-se eficiente em melhorar a força de preensão. Esta condição foi mais evidente no laser de 904 nm, em que houve uma diferença entre o final e a linha de base. Assim, pode-se sugerir que, para o grupo 904 nm, a irradiação foi eficiente para melhorar a força de preensão. Mesmo com algumas evidências, não podemos dizer que o laser diretamente aumenta a força muscular de preensão palmar.

Um estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento com laser de baixa intensidade (LLLT) e do tratamento com ultrassom pulsado (US) na síndrome do túnel do carpo (STC) e comparar os efeitos de ambas as modalidades de tratamento. Sessenta pacientes diagnosticados com STC foram divididos aleatoriamente em quatro grupos como grupo US (grupo 1), grupo US placebo (grupo 2), grupo LLLT (grupo 3) e grupo LLLT placebo (grupo 4). Ambos os tratamentos foram aplicados cinco dias por semana durante três semanas. Avaliações clínicas e eletrofisiológicas foram realizadas antes e 3, 6 e 12 meses após o tratamento. Dor, hipoestesia e força de preensão manual foram avaliadas. O Boston Questionnaire foi utilizado para avaliar a gravidade dos sintomas e o status funcional. Resultados obtidos: 52 pacientes com 101 mãos completaram o estudo. Os parâmetros demográficos e eletrofisiológicos foram semelhantes nos quatro grupos. Tanto o tratamento pulsado quanto o LLLT foram encontrados para fornecer melhorias significativas nos parâmetros clínicos, como dor, perda sensorial, escore de gravidade dos sintomas e escore de capacidade funcional (p <0,05). Nenhum efeito benéfico significativo foi observado em ambos os grupos placebo (p <0,05). Avaliações dos parâmetros eletrofisiológicos não mostraram diferença significativa entre os grupos (p> 0,05). Em termos de eficácia clínica, a US pulsada foi superior ao LLLT (p <0,05). Concluíram que as duas modalidades de tratamento mostraram melhorias significativas nos sintomas clínicos subjetivos, enquanto não foram observadas alterações significativas em quaisquer parâmetros eletrofisiológicos. escore de gravidade dos sintomas e escore de capacidade funcional (p <0,05). Nenhum efeito benéfico significativo foi observado em ambos os grupos placebo (p <0,05). Avaliações dos parâmetros eletrofisiológicos não mostraram diferença significativa entre os grupos (p> 0,05). Em termos de eficácia clínica, a US pulsada foi superior ao LLLT (p <0,05) (TIKIS et al, 2013).

Referências:

Tikiz C, Duruoz T, Unlu Z, Cerrahoglu L, Yalcinsoy E. Karpal tunel sendromunda dusuk enerjili lazer ve kesikli ultrason tedavi etkinliklerinin karsilastirilmasi: plasebo kontrollu bir calisma (Comparison of the efficacy of low-level laser therapy and pulsed ultrasound treatment in carpal tunnel syndrome: a placebo-controlled study). Turkish Journal of Physical Medicine and Rehabilitation] 2013;59(3):201-208.

QUESTÕES 81, 82, 83, 84 e 85

Julgue os itens que se seguem, relativos às evidências científicas atuais do método de Pilates.

 

PODEM ENTRAR COM O RECURSO QUE COLOCAMOS NAS OUTRAS QUESTÕES REFERENTE ÀS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS, ASSIM COMO ESTARÁ ABAIXO.

 

QUESTÃO 84

Sessões de Pilates podem melhorar a autonomia funcional, como a capacidade de realizar tarefas do dia a dia, independentemente de outros benefícios.

PEDIDO: Anulação da questão por divergências na literatura.

FUNDAMENTAÇÃO: As sessões de Pilates podem melhorar a autonomia funcional, como a capacidade de realizar tarefas do dia a dia, independentemente de outros benefícios.

Um estudo avaliou a eficácia do exercício de Pilates em pessoas com dor lombar crônica (lombalgia crônica) através de uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECR).  Para serem incluídos, os ECRs relevantes precisavam ser publicados no idioma inglês. De 152 estudos, 14 ECRs foram incluídos. Os autores concluíram que o exercício de Pilates oferece maiores melhorias na dor e capacidade funcional em relação aos cuidados habituais e atividade física a curto prazo (WELLS et al, 2014).

Fonte: Wells C1Kolt GS2Marshall P2Hill B3Bialocerkowski A4.The effectiveness of Pilates exercise in people with chronic low back pain: a systematic review. PLoS One. 2014 Jul 1;9(7).

QUESTÃO 85

O aumento das forças muscular esquelética e respiratória é um achado clínico comumente detectado em pacientes submetidos ao método de Pilates.

 

PEDIDO: Anulação da questão porque não há consenso na literatura sobre o aumento da força respiratória em pacientes submetidos ao método de Pilates.

FUNDAMENTAÇÃO:

Um estudo avaliou os efeitos de exercícios do método Pilates na força muscular respiratória de idosas antes e após 11 semanas de treinamento, através de ensaio clínico, longitudinal e prospectivo. Foram selecionadas sete mulheres com idade igual e superior a 60 anos e com autonomia cognitiva preservada. A Prova de Função Pulmonar (Espirometria) foi realizada por meio do espirômetro marca Vitalograph® modelo 8600. A força muscular respiratória foi obtida pelas técnicas de medidas da pressão inspiratória máxima e pressão expiratória máxima, por meio de um manovacuômetro analógico da marca Gerar. O período experimental foi de 11 semanas. Os resultados do estudo mostraram aumento significativo (p≤0,01) em relação à pressão expiratória máxima de 46±18 para 75±29 cmH2O. Os resultados apresentaram aumento significativo na pressão expiratória máxima, sendo o método Pilates uma das práticas recomendadas à população idosa.

Fonte: SOUSA LOPES, E.D.; RUAS, G.; PATRIZZI I.J. Efeitos de exercícios do método Pilates na força muscular respiratória de idosas: um ensaio clínico. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2014; 17(3):517-523

 

Com relação ao tratamento conservador para pessoas com pubalgia, sintoma frequente em atletas com lesão muscular, ligamentosa e(ou) óssea na região da virilha, julgue os seguintes itens.

 

ATENÇÃO! RECURSO NA QUESTÃO INTEIRA, POIS EXISTEM DIVERGÊNCIAS NA LITERATURA SOBRE ESSE ASSUNTO BEM FUNDAMENTADAS. NADA AINDA É 100% NESSE ASSUNTO.

 

QUESTÃO 86

O tratamento por meio da termoterapia, utilizando o infravermelho, é um recurso eficaz na redução da pubalgia.

PEDIDO: Anulação da questão por ter divergência com a literatura científica.

FUNDAMENTAÇÃO: O infravermelho pode ser utilizado para diminuir a dor e se mostra eficaz.

PESSOAL, JUSTIFICAR COM AS PROPRIEDADES DO INFRAVERMELHO PRINCIPALMENTE!

QUESTÃO 87

Considerando a origem e inserção dos músculos da região do púbis, recomenda-se tratamento com base no fortalecimento da musculatura abdominal.

PEDIDO: Anulação da questão por ter divergência com a literatura científica.

FUNDAMENTAÇÃO: A teoria mais amplamente aceita da patogênese é a inserção de um tendão reto retal no púbis e uma parede inguinal posterior enfraquecida. Isso se desenvolve como resultado de um desequilíbrio entre os músculos adutores do quadril comparativamente fortes e os músculos abdominais inferiores comparativamente mais fracos. A forte tração dos adutores, particularmente contra uma extremidade inferior fixa, na presença de músculos abdominais relativamente subcondicionados, cria uma força de cisalhamento na hemipelve, resultando em sobrecarga muscular relativa com subsequente atenuação ou rompimento da fáscia transversal e / ou musculatura sobrejacente. Segundo esse artigo (ELLATAR et al., 2016), o tratamento deve conter o fortalecimento dos rotadores, flexores e adutores do quadril. Já em outros artigos, um programa de fisioterapia geralmente envolve alongamento e fortalecimento dos músculos adutores, músculos da parede abdominal, músculo iliopsoas, quadríceps e isquiotibiais. Ou seja, ainda não existe um protocolo de tratamento padrão (cada paciente é um só). Sugerimos estar errado, pois pela anatomia, a base do tratamento seria os abdominais e adutores.

QUESTÃO 88

Eletroterapia com estimulação elétrica de baixa frequência (TENS) é um recurso que promove analgesia em pacientes com quadro de pubalgia.

PEDIDO: Anulação da questão por ter divergência com a literatura científica.

FUNDAMENTAÇÃO: Existem evidências que o TENS promove analgesia em pacientes com quadros de pubalgia. A sigla TENS significa Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea, mas ela é uma corrente de baixa frequência. Então está correto. PESSOAL, JUSTIFICAR COM AS PROPRIEDADES DO TENS PRINCIPALMENTE!

QUESTÃO 89

O alongamento da musculatura abdutora e adutora do quadril é uma opção terapêutica considerada eficiente no tratamento das pubalgias em atletas.

PEDIDO: Anulação da questão por ter divergência com a literatura científica.

FUNDAMENTAÇÃO: OLHE AS QUESTÕES ANTERIORES! LÁ TEM SOBRE ISSO TAMBÉM. Lembrando que existe uma combinação de alterações na pubalgia nomeada trilogia infeliz que consiste nos músculos abdominais fracos, na hiperlordose lombar e adutores fortes, podendo frequentemente caracterizar a pubalgia crônica. A pubalgia pode ter vários fatores causais, como desequilíbrio lombopélvico, ADM limitada do quadril, encurtamento do músculo ilíopsoas, aumento do tônus dos adutores, aumento do tônus do reto abdominal, disfunção sacroilíaca, disfunção lombar, dentre outros. O alongamento dos abdutores e adutores do quadril não seria efetivo, pois tem que ter fortalecimento, “equilibrar” a pelve, dentre outros tratamentos, tudo depende do fator causal. Mas sempre haverá uma alteração biomecânica. Há alguns estudos controversos, apenas indicando como tratamento a musculatura abdominal e os adutores do quadril, pela anatomia da região.

QUESTÃO 90

O fortalecimento da musculatura do quadril pode reduzir a dor e promover o retorno precoce de atletas as suas atividades esportivas.

PEDIDO: Anulação da questão por estar inserida toda a musculatura do quadril para o tratamento e na literatura são grupos musculares específicos.

Comentários: Um programa abrangente de reabilitação para desenvolver coordenação e força dos adutores, flexores, rotadores internos, extensores, estabilizadores centrais e musculatura lombopélvica da coluna é importante para uma recuperação efetiva. 

Fonte: Abigail A. Ellsworth, PT, DPT, CSCS, CPS, Mark P. Zoland, MD, and Timothy F. Tyler, MSPT, ATCAthletic pubalgia and associated rehabilitation. Int J Sports Phys Ther. 2014 Nov; 9(6): 774–784. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4223287/

Julgue os próximos itens, relativos ao tratamento de mobilização neural (MN) nas disfunções musculoesqueléticas com componente neuropático.

QUESTÃO 92

A MN é um método terapêutico capaz de reduzir as dores crônicas nos pacientes com diagnóstico de síndrome do túnel do carpo.

PEDIDO: Anulação da questão por não haver consenso na literatura sobre esse assunto.

FUNDAMENTAÇÃO:

O recurso está embaso no fato de não haver consenso na literatura sobre a afirmativa apresentada no item 92. Como é demonstrado no texto:

Tal-Akabi e Rushton investigaram os efeitos da mobilização do nervo mediano e mobilização dos ossos carpais no tratamento de pacientes com a síndrome do túnel do carpo. A análise estatística não demonstrou diferenças significativas na comparação dos resultados da utilização das duas técnicas. (Fonte: Tal–Akabi A, Rushton A. An investigation to compare the effectiveness of carpal boné mobilization and neurodynamic mobilization as methods for treatment of carpal tunnel syndrome.Manual Therapy. 2000; 5:214-222.)

Cerqueira e Reis realizaram uma revisão literária sobre mobilização do sistema nervoso e síndrome do túnel do carpo e concluíram que não há estudos que comprovem a eficácia da aplicação da técnica no tratamento específico da síndrome do túnel do carpo. (Fonte: Cerqueira MP, Reis MAO. Mobilização neural no tratamento da síndrome do túnel do carpo (STC). Terapia Manual. 2003; 2:82-85.)

É possível  concluir  que,  dentre  os  artigos  pesquisados  há  evidências  de  que  o uso da terapia manual no tratamento da STC apresenta eficácia terapêutica, em especial para  a  redução  da  sintomatologia  dolorosa  e  melhora  da  amplitude  de  movimento articular e que dentre as técnicas de terapia manual e/ou manuais mais utilizadas para o tratamento  da  síndrome  do  túnel  do  carpo  tem- se  as  técnicas  de  mobilização  neural, mobilização articular e stretching. (Fonte: ARAÚJO, ANA PAULA SERRA; BORGES, REGIS ESTEFANO. EFICÁCIA DAS TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL APLICADAS NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TUNEL DO CARPO: REVISÃO DE LITERATURA. REVISTA UNINGÁ, v. 25, n. 1, 2017.)

Outro  estudo  de  caso  realizado  por  Barbieri,  Salgado  e  Inoue (2004) de  uma paciente,  31  anos  de  idade,  diagnósticada  com  STC,  submetida  a  10  sessões  de fisioterapia  na  qual  foram  utilizadas  apenas  as  seguintes  técnicas  de  terapia  manual: Técnica de tração do punho, técnica de tração do cotovelo, técnica músculo energia do pronador redondo e a técnica de mobilização do sistema nervoso (ULNT1) para o nervo mediano.  Barbieri,  Salgado  e  Inoue (2004) obtiveram  resultados  semelhantes  aos obtidos por Ruaro (2003a) e Ruaro (2003b) onde  pode-se  verificar  aumento  da  força  muscular  (a  partir  da  4  sessão),  discreto ganho de ADM, melhora e/ou redução do sintoma de parestesia  (a partir da 6 sessão de tratamento  foi  decrescendo  ate  a  sua  total  resolução),  melhora  da  sintomatologia dolorosa   que   no   início   do   tratamento   foi   referida   pela   paciente   com   sendo   de intensidade  8  e  na  última  sessão  de  tratamento  como  sendo  de  intensidade  1  (valores estes  identificados  a  partir  da escala  visual  analogica  da  dor  (VAS).  Demonstrando assim que o protocolo de terapia manual aplicado neste estudo também promoveu uma melhora na sintomatologia apresentada pela paciente estuda

(Fonte: RUARO,J.A. Análise  da  adequação  de  técnicas  de  terapia  manual  de  cotovelo  e  punho  no tratamento  da  síndrome  do  túnel  do  carpo:  estudo  de  caso. Cascavel,  2003a.66f. Monografia (Graduação) – Universidade estadual do oeste do Paraná. / RUARO,J.A. Análise da adequação de técnicas de terapia manual de cotovelo e punho no tratamento da síndrome do túnel do carpo: estudo de caso. Rev Terapia Manual Fisioterapia manipulativa, v.1, n.4, p.106 -112, 2003b. / BARBIERE,F.;SALGADO,A.S.I. Tratamento da síndrome do túnel do carpo (STC) através de técnicasde terapia manual. Rev Terapia manual Fisioterapia manipulativa, v.5, n.2, p.249-255, 2007.)

QUESTÃO 93

O tratamento de pacientes com cervicalgia por meio da MN reduz as dores de forma significativa.

PEDIDO: Anulação da questão por exigir conhecimentos específicos a respeito de tema não previsto no Edital.

FUNDAMENTAÇÃO:

Cabe solicitação de anulação de questão, visto que não constava no edital do concurso – fisioterapia baseada em evidências.  Sempre que o termo eficaz, eficiência, evidências científicas, efeito significativo,  são utilizados remetem a fisioterapia baseada em evidências e este item não constava no edital do concurso.

A fisioterapia baseada em evidências é o elemento central da fisioterapia contemporânea. A aplicação de intervenções baseadas em evidências científicas é necessária para que os pacientes recebam tratamentos eficazes, assim como para reduzir os custos de saúde em geral. As revisões sistemáticas, as diretrizes de prática clínica e os estudos controlados aleatorizados (ECAs) são considerados as melhores fontes de evidência para avaliar o efeito de uma determinada intervenção (1), isto é, se os tratamentos são eficazes ou não. Sugere-se que esses estudos devem sempre ser escolhidos para auxiliar fisioterapeutas em suas tomadas de decisão clínica. (Fonte: SHIWA, Sílvia Regina et al. PEDro: a base de dados de evidências em fisioterapia. Fisioterapia em Movimento, v. 24, n. 3, 2017.)

De modo que, a banca deveria deixar claro no edital que esta prática seria cobrada, a fim de que o concursando pudesse se preparar adequadamente para a prova, baseando os seus estudos em: REVISÕES SISTEMÁTICAS, DIRETRIZES DE PRÁTICA CLÍNICA e ESTUDOS CONTROLADOS ALEATORIZADOS. Além disso, a banca deveria ter indicado se a procura a estes estudos deveria ser feita na língua portuguesa e inglesam, visto que as principais evidencias cientificas são publicados em jornais e revistas cientificas internacionais.

Desta forma, solicita-se anulação da questão, por entender ser injusto e desleal a cobrança na prova, de conteúdos que não constem no edital.

Itens do edital: FISIOTERAPIA: 1 Anatomia e fisiologia geral. 2 Cinesiologia e biomecânica. 3 Avaliação clínica fisioterapêutica. 3.1 Indicações e contraindicações. 4 Termoeletrofototerapia. 5 Cinesioterapia e terapia manual. 6 Reabilitação e técnicas de reeducação postural. 6.1 Cadeias musculares. 7 Pilates. 8 Fisioterapia em traumatologia, ortopedia e reumatologia. 9 Fisioterapia desportiva. 10 Órteses em fisioterapia e reabilitação. 11 Fisioterapia na saúde do trabalhador. 11.1 Ergonomia. 11.2 Práticas preventivas em atenção à saúde osteomuscular no ambiente de trabalho. 12 Ética, legislação profissional e Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).

QUESTÃO 99

A lesão do menisco lateral ocorre quando há trauma rotacional com o joelho em extensão ou flexão: caso se trate de rotação medial, a lesão será interna (menisco medial); se o caso for de rotação lateral, a lesão será externa (menisco lateral).

PEDIDO: Anulação da questão por erro das normas da Língua Portuguesa e por erro prejudicial à compreensão do enunciado.

FUNDAMENTAÇÃO:

A oração “caso se trate de rotação medial, a lesão será interna (menisco medial); se o caso for de rotação lateral, a lesão será externa (menisco lateral)” está ligada a um nome da oração principal, ou seja, é uma oração apositiva (identificada também pelo uso de dois pontos no início da oração). Essa oração faz menção à lesão do menisco lateral. Porém isso está incorreto, pois se faz menção ao menisco lateral, não deveria estar explicitando dados da lesão do menisco medial. Ou seja, o correto seria retirar a palavra “lateral” da primeira oração, como detalhado a seguir: “A lesão do menisco lateral ocorre quando há trauma rotacional com o joelho em extensão ou flexão: caso se trate de rotação medial, a lesão será interna (menisco medial); se o caso for de rotação lateral, a lesão será externa (menisco lateral).

Pelo exposto, pleiteia-se a anulação da questão por erro de grafia no enunciado prejudicial à resolução do exercício.

 

Abraços,

Equipe de Fisioterapia.

 

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