Aprovado em 19º lugar no TCU, para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo

“Além da qualidade dos materiais, para mim o diferencial do Estratégia Concursos é a variedade de tipos desses materiais. Prioritariamente, eu utilizava os PDFs, mas muitas vezes recorri a videoaulas, mapas mentais, resumos e simulados. Além das aulas previstas no pacote do concurso, outro diferencial eram os cursos exclusivos que aprofundaram ainda mais o conteúdo.“
Confira a nossa entrevista com Hamilton Lopes Neto, aprovado em 17º lugar no TCU, para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Hamilton Lopes Neto: Meu nome é Hamilton e tenho 30 anos. Sou natural de Salvador-BA, mas já moro há quase 5 anos em Brasília-DF. Formei em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 2015.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Hamilton: No final da minha graduação, eu já vislumbrava estudar para concursos. Considerava a estabilidade e os bons salários oferecidos como grandes atrativos na carreira pública. Além disso, mesmo já empregado na minha área de formação em uma empresa privada, não via boas perspectivas para o setor em que trabalhava.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Hamilton: Durante todo meu período como concurseiro, eu conciliei trabalho com estudos. Minha vida de concurseiro foi dividida em dois períodos: primeiro entre 2016 e 2017, quando tive minha aprovação na ANAC; e depois entre 2019 e 2022, quando fui aprovado no TCDF e no TCU.
No primeiro período, conciliava os estudos com um trabalho em uma empresa privada. Nessa época, trabalhava durante todo o dia e estudava à noite e durante os fins de semana. No segundo período, já num cargo público, mudei a estratégia e passei a estudar pela manhã, antes do trabalho, e nos finais de semana. Para mim, estudar antes do trabalho fez meu estudo render mais. Normalmente, acordava às 5h da manhã.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Hamilton: Fui aprovado em três concursos durante minha trajetória: ANAC, TCDF e TCU. Em 2017, fui aprovado na ANAC para o cargo de Especialista de Regulação da Aviação Civil. Em 2021, fui aprovado em 15º lugar no TCDF para o cargo de Auditor de Controle Externo. Por fim, agora em 2022, fui aprovado em 17º lugar no TCU para o cargo de Auditor de Controle Externo. Com essas duas últimas aprovações, aposentei a caneta dos concursos e não irei estudar para novos certames.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Hamilton: Eu sempre fui uma pessoa mais caseira, então mesmo não estudando para concursos, eu já não saía muito de casa. Como a maior parte da minha preparação para o TCDF e TCU foi durante o isolamento da pandemia de COVID-19, minha vida social diminuiu ainda mais. Então, o pouco tempo livre que tinha ficava com minha esposa ou, quando estava em Salvador, com outros familiares e amigos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Hamilton: Sou casado e não tenho filhos. Minha família sempre me apoiou e me incentivou nessa difícil caminhada. Sou muito grato por isso. Acredito que a principal forma de ajuda foi entender que durante esse período de preparação eu precisaria estar ausente. Minha esposa foi muito importante nessa caminhada até a aprovação, sempre me motivando a seguir no meu sonho, dando apoio emocional e tendo muita paciência comigo. Com a rotina intensa de estudo/trabalho, eu estava muitas vezes cansado, disperso e mal-humorado.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Hamilton: Com foco no TCU e TCDF, foram cerca de 2 anos e meio, entre outubro de 2019 e maio de 2022. O principal motivo para manter a disciplina foi o pensamento de que aquilo era passageiro e que em breve eu poderia proporcionar uma condição de vida ainda melhor para mim e minha família.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Hamilton: Em minha preparação, usei principalmente PDFs, videoaulas, resumos já feitos por professores, sistemas de questões e simulados. Eu acredito que de 60% a 70% do meu tempo de estudo era resolvendo questões. Como forma de otimizar meus estudos, eu tentava ler o PDF de forma mais rápida e privilegiar a resolução de questões.
As videoaulas eu costumava utilizar naqueles dias ou momentos em que estava me sentindo cansado ou próximo das provas, como forma de revisão. Tanto para o TCDF como para o TCU, assisti praticamente todas as aulas do Hora da Verdade desses concursos. Os resumos e simulados eram utilizados para revisões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Hamilton: Conheci o Estratégia Concursos em buscas pela internet. Mas depois, também recebi boas referências de amigos que utilizaram o material.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia? (Pode citar uma ou mais ferramentas que mais te ajudaram na preparação).
Hamilton: Além da qualidade dos materiais, para mim o diferencial do Estratégia Concursos é a variedade de tipos desses materiais. Prioritariamente, eu utilizava os PDFs, mas muitas vezes recorri a videoaulas, mapas mentais, resumos e simulados. Além das aulas previstas no pacote do concurso, outro diferencial eram os cursos exclusivos que aprofundaram ainda mais o conteúdo.
Na minha preparação para o TCU, por exemplo, utilizei os cursos da “Nova Lei de Licitações e Contratos” do Professor Herbert Almeida, de “Análise de Dados” do Professor Erick Muzart e os cursos de tópicos avançados em AFO, Direito Administrativo e Controle Externo do Professor Min. André Luís.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Hamilton: Inicialmente, comecei a estudar uma matéria por vez, o que se mostrou um erro. Então, contratei um serviço de planejamento/coaching de estudos que ajudou a organizar meu ciclo de estudos e comecei a estudar várias matérias ao mesmo tempo. Ao invés de planejar por dia, meus planos de estudos eram semanais e estudava entre 10 e 15 matérias por semana.
Aquelas mais importantes, de maior peso e que eu tinha mais dificuldade, estavam todas a semanas. Quanto às horas líquidas semanais, aproximadamente, eram 25 horas líquidas no pré-edital e 35 horas líquidas no pós-edital. Durante períodos de férias ou recesso do trabalho, conseguia atingir uma média de 45 horas líquidas semanais.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Hamilton: Costumava fazer revisões, mas não tinha uma periodicidade predeterminada para isso. Nunca gostei muito de fazer resumos, então preferia pegar resumos já prontos por professores e, eventualmente, complementava com alguns comentários. Gostava muito de revisar por meio de questões que eu havia destacado anteriormente, ou por ter errado ou por abordar pontos importantes da disciplina. Também utilizei simulados e as aulas da Hora da Verdade como revisão.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Hamilton: Para mim a resolução de exercícios é o ponto chave na preparação para concursos. Entre 60% e 70% da minha preparação foi resolvendo questões ou lendo comentários sobre elas. Acredito que fiz cerca de 60 mil questões na preparação para o TCDF e o TCU. Eu marcava aquelas questões que considerava mais difíceis ou que abordassem pontos importantes da disciplina. Muitas vezes, utilizava essas questões como forma de revisão das disciplinas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Hamilton: As disciplinas que tive mais dificuldade foram Economia e Análise de Dados. A primeira já estudei desde a época do pós-edital do TCDF e, para superar essa dificuldade, tentei fazer o maior número de questões possíveis, li os PDFs pelo menos duas vezes (alguns até três vezes) e tentei buscar alguns conteúdos em livros.
Já em Análise de Dados, quando saiu o edital do TCU, a maior parte do conteúdo eu nunca tinha visto na vida. Então, para essa disciplina, além dos PDFs, eu precisei recorrer a cursos específicos para alguns conteúdos, por exemplo, o curso exclusivo oferecido pelo Professor Erick Muzart no Estratégia Concursos.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Hamilton: Tanto no TCDF como no TCU, na semana que antecedeu a prova, eu comecei a baixar a intensidade nos estudos e não acordar tão cedo para estudar (minha rotina de estudos começava às 5h da manhã). Focava mais em ver videoaulas, principalmente da Hora da Verdade, ler resumos e rever questões que havia destacado como importantes. Na véspera da prova, estudei até o fim da tarde.
Estratégia: (Se não houve prova discursiva, pularemos esta pergunta) No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Hamilton: Durante o pré-edital, eu não treinava as discursivas, apenas focava no conteúdo e na resolução de questões objetivas. No pós-edital do TCDF, como as provas objetiva e discursiva eram no mesmo dia, eu privilegiei o estudo da parte objetiva, mas, paralelamente, tentava fazer pelo menos 2 questões discursivas por semana.
Já no TCU, diferente da maioria dos concursos, a prova discursiva só foi realizada cerca de 2 meses depois da prova objetiva. Então, publicado o edital do TCU, deixei de lado o treinamento das discursivas e só foquei na prova objetiva. Após a realização desta, foquei na elaboração de discursivas. Nesses 2 meses entre as provas, devo ter feito pelo menos umas 150 questões discursivas, além de ter feito revisões dos principais assuntos.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Hamilton: Meus principais erros, principalmente no início da preparação, foram ter estudado uma matéria por vez e fazer poucas questões. Com o tempo e vendo o relato de concurseiros e aprovados, vi que essa maneira de estudar não era das mais recomendadas. Então, contratei um serviço de planejamento/coaching de estudos.
A partir daí comecei a estudar várias disciplinas paralelamente e fazer uma grande quantidade de questões, o que considero um dos grandes acertos. Outro grande acerto foi ter mantido meu foco nos estudos durante a pandemia, mesmo com muitas incertezas sobre a volta da realização de provas.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Hamilton: A rotina de estudos para concursos é bem desgastante, ainda mais quando também se está trabalhando. Mesmo assim, quando decidi prestar os concursos do TCDF e TCU, em nenhum momento pensei em desistir. A minha principal motivação era saber que alcançando minha aprovação eu poderia oferecer para mim e minha família uma melhor qualidade de vida.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Hamilton: O meu conselho é ter paciência e saber que a trajetória não será curta. Em muitos momentos, será muito maçante e desmotivante o estudo, mas manter constância é essencial. Como dica de estudos, reforço o que já disse anteriormente, fazer muitas questões, principalmente da banca organizadora da sua prova, é vital para ficar mais próximo da aprovação. Desejo a vocês muito sucesso nessa caminhada!