Aprovada no concurso PC PB no cargo de Agente de Investigação
Policial (Agente, Escrivão e Investigador)“A sensação de ver seu nome na lista de aprovados “cura” todo o sofrimento que foi a caminhada. Você vê que tudo valeu a pena e encararia tudo novamente”
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Confira nossa entrevista com Emanuelle Dias e Souza, aprovada no concurso PC PB no cargo de Agente de Investigação:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Emanuelle Dias e Souza: Eu tenho 22 anos e sou da cidade de Limoeiro, interior de Pernambuco. Eu ainda não sou formada, estou no 8º período do curso de enfermagem.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Emanuelle: Bem, em meio a pandemia e com a paralisação das aulas, eu fiquei ociosa dentro de casa, com muito tempo sobrando e “sem ter o que fazer”. Quis usar isso ao meu favor e decidi que iria estudar para concursos.
Eu já não estava muito satisfeita com minha área de formação. Apesar de gostar muito da enfermagem, eu sentia que faltava alguma coisa. Como eu sempre admirei e já tinha anteriormente pensado em fazer concurso para a área policial, decidi direcionar meus estudos para essa área.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Emanuelle: No início eu só estava estudando, com o passar dos meses eu tive que começar o estágio obrigatório da faculdade e comecei a trabalhar em um negócio da família aos fins de semana. Precisei conciliar estágio, trabalho e estudos para a faculdade. Durante a semana o estágio era meio período, então eu estudava na parte da tarde e da noite e sempre estava respondendo algumas questões nos meus intervalos. Aos finais de semana eu estudava sempre nos meus horários livres e prezava por responder questões e leitura da lei.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando
Emanuelle: A PCPB foi a minha primeira aprovação em um concurso. Prestei a polícia civil do Ceará para o cargo de inspetor, mas não obtive nota suficiente para ter a discursiva corrigida.
Pretendo continuar estudando, agora com o foco nas carreiras federais.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Emanuelle: Bem, vez ou outra eu saía com a minha irmã ou participava de festas de família, mas era algo bem raro, não por conta dos estudos, pois eu acredito que dá e que deve ser conciliado estudos e lazer, mas por conta da faculdade, estágio e trabalho os horários eram muito apertados e eu os usava para estudar.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Emanuelle: Eu não sou casada, eu não tenho filhos. Minha família sempre me apoiou. Eu já venho de uma “família” concurseira, minha irmã já é concursada e concurseira, e minha outra irmã também se dedica aos estudos para concurso, e ambas sempre me incentivaram. Eu sempre tive muito apoio dos meus pais, sempre estiveram presentes apoiando os meus estudos e principalmente para me reerguer após uma reprovação. Meu namorado (que é de outro estado e que eu conheci em decorrência dos estudos para concurso) foi muito importante nesse processo, como nossos estudos coincidiam, além de ser uma fonte de apoio emocional, ele me ajudava em algumas matérias, com alguma dica ou tirar alguma dúvida minha.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Emanuelle: Eu estudei exatamente 4 meses. Assim que saiu o edital eu decidi estudar, como eu tinha pouco tempo até a prova e algumas matérias eu estava pegando do zero, eu precisei colocar na cabeça que nada podia tirar meu foco naquele momento. Eu estava em desvantagem em relação a quem já vinha estudando e isso me fez manter a disciplina. Eu precisava suprir essa minha falta e tinha pouco tempo para isso.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Emanuelle: De início eu usei videoaula + PDF para todas as matérias. Depois de um tempo de estudo, eu usava as videoaulas para as matérias que eu nunca tinha estudado ou as que envolviam cálculo. Para as restantes utilizava o PDF e a leitura da lei seca.
A desvantagem da videoaula é a questão do tempo, se você está com tempo até a prova é muito bom assistir, pois as vezes só a leitura do PDF não sana as dúvidas. Em compensação, a leitura do PDF o estudo é mais rápido.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Emanuelle: Minhas irmãs usam o Estratégia há muito tempo e me indicaram.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Emanuelle: Desde o início dos meus estudos sou aluna do Estratégia, meu primeiro contato foi com uma videoaula de direito penal, com o professor Renan Araújo. Os materiais do Estratégia são ótimos para quem quer ser aprovado sem precisar procurar em outras fontes, pois são completos: desde o PDF que é super detalhado, até as videoaulas que os professores buscam destrinchar o assunto, ir lá no detalhe, na pergunta da banca (kkk). Usei os PDFs, Videoaulas e também o fórum de dúvidas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Emanuelle: Como eu tinha pouco tempo até a prova, eu montei o plano de estudos voltado para as matérias que eu peguei do zero, que foi contabilidade e estatística, e concentrei meus estudos na maior parte do tempo nelas. Eu estudava 3, no máximo 4, matérias por dia e costumava estudar de 6 a 7 horas liquidas. Às vezes eu precisava acordar mais cedo para dar conta das matérias do dia ou ir dormir mais tarde para bater a meta.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Emanuelle: Minhas revisões eram por questões e por um caderno digital que eu mesma criei. Quando eu errava alguma questão eu a colocava nesse caderno junto com sua resolução ou quando eu achava a questão muito relevante, e a partir disso eu fazia meus resumos com os tópicos mais importantes e os mais que eu estava tendo dificuldades. Ao todo, eu fiz 12 simulados pós edital.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Emanuelle: É ESSENCIAL para a preparação resolver questões, elas te fazem conhecer a sua banca e como ela costuma perguntar, você fica familiarizado com a linguagem usada e a forma que ela usa as palavras. Muitas questões a banca repete a cada concurso, e isso ajuda bastante.
Ao todo, desde o início dos meus estudos para concurso, eu fiz mais de 36 mil questões. No pós-edital da PCPB eu fiz na casa dos 8 mil, apenas do Cebraspe.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Emanuelle: Contabilidade foi a disciplina que eu mais tive dificuldade. Peguei para estudar do zero pós-edital e não foi uma matéria fácil. Como eu estava tendo muita dificuldade, procurei estudá-la TODOS OS DIAS até a prova, repeti o mesmo assunto várias vezes e acabou sendo a disciplina que eu obtive o melhor aproveitamento na prova.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Emanuelle: Nas duas semanas pré-prova, eu procurei ver todos os vídeos do curso de reta final para a PCPB que o Estratégia fez e, sem dúvidas, foi uma das coisas que me ajudou a obter êxito na prova. Os professores passaram no curso quase exatamente o que caiu e procurei resolver mais questões.
No dia da prova era uma ansiedade enorme, porém procurei me controlar para que isso não me atrapalhasse. A consciência estava tranquila, pois sabia que dei o meu máximo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Emanuelle: Sim, teve a prova discursiva e o tema foi bem chatinho. Para me preparar para a prova discursiva, eu procurei ler muito sobre os temas que mais vinham sendo cobrados pela banca e os temas quentes possíveis de serem cobrados. Fazia uma redação por semana e dava uma atenção a questão do esqueleto da prova e da gramática.
Para essa prova eu aconselho pesquisar muito sobre o perfil da banca, ver o que ela gosta de cobrar, treinar bastante, fazer 1 ou 2 redações por semana e estudar bem gramática e como construir um texto discursivo.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Emanuelle: O TAF é mais uma prova e você não pode deixar de lado. Igual a objetiva, requer um preparo com antecedência.
Desde o dia que eu decidi fazer concurso na área policial eu treinei para o TAF. E agora com a aprovação, resolvi dar uma intensificada nos treinos e sanar algumas falhas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Emanuelle: É difícil falar sobre erros e acertos, pois os erros servem como exemplos para que você não os repita, mas acredito que os meus principais erros foram: não dar a devida atenção a disciplinas que julguei ser irrelevante e que foram cobradas; e as vezes eu me dispersava na hora dos estudos, deixava a ansiedade tomar conta e isso atrapalhava muito.
Meu principal acerto foi ter focado nas matérias que eu tinha dificuldade e encará-las todos os dias até elas ficarem fáceis. Fugir das matérias só iria me prejudicar.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Emanuelle: Depois de algumas reprovações a gente começa a pensar se aquilo é realmente para você, se vale a pena, se um dia você vai passar. É um mix de sensações ruins que te levam a ficar desestimulado.
Minha maior motivação era meu sonho, eu não via um plano B, uma outra área para seguir, eu queria ser policial! Era nessa vontade e nos exemplos de alguns colegas que também já reprovaram e depois conquistaram a sonhada aprovação que eu me segurava.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Emanuelle: Persistência! É horrível você reprovar, e mais de uma vez é pior ainda. Continuar a estudar após uma queda é algo que tortura, sua cabeça fica a mil, mas uma hora a sua hora chega! Pode ser daqui há 1, 2 ou 3 anos, mas com persistência, força de vontade e garra, ela chega sim.
A sensação de ver seu nome na lista de aprovados “cura” todo o sofrimento que foi a caminhada. Você vê que tudo valeu a pena e encararia tudo novamente.
Tem uma frase bem clichê que o pessoal fala que é: “só não passa quem desiste”, mas ela faz todo sentido. Fez para mim e eu tenho certeza que independente de reprovações ou dificuldades, também fará para você um dia!