“[…] Preparar-se para concursos públicos é geralmente um processo longo e que exige amadurecimento pessoal. Estudar por obrigação não é muito eficaz; a evolução dos seus resultados será diretamente proporcional à seriedade do seu estudo […]”

Confira nossa entrevista com Rodrigo Menequini Motta, aprovado em 1° lugar no concurso iNOVA Capixaba para o cargo de Farmacêutico:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Rodrigo Menequini Motta: Tenho 44 anos e sou natural de Mimoso do Sul – ES. Sou farmacêutico bioquímico, especializado em Farmácia Clínica e Hospitalar e Gestão em Saúde Pública, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) em 2004. Atualmente, resido em Serra – ES e estou cursando o último período de Arquivologia na Uniasselvi, como segunda graduação, com o objetivo de ampliar minhas oportunidades em concursos públicos na área administrativa.

Recém-formado, comecei minha carreira nas fileiras do Exército Brasileiro como oficial farmacêutico temporário. Depois, trabalhei em grandes hospitais privados da Grande Vitória e, atualmente, tenho contrato de farmacêutico com a Prefeitura Municipal da Serra.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Rodrigo: Sempre valorizei o estudo e, desde cedo, percebi que a valorização profissional poderia ser alcançada por meio da aprovação em um concurso público.

Também me chamou a atenção a questão da igualdade de oportunidades, ou seja, a seleção por provas garante que apenas os candidatos com melhores desempenhos sejam aprovados.

Estratégia: Você trabalhava e estudava?

Rodrigo: Sim, trabalho normalmente e estudo. Uma das maiores dificuldades para estudar é encontrar tempo. No entanto, acredito que o estudo se sustenta em quatro pilares: um material de qualidade, tempo disponível, controle emocional e disposição para estudar. Com o tempo, e sem pressa, fui aprimorando cada um desses aspectos. Não adianta apenas encontrar tempo, ter um material de qualidade e estar emocionalmente equilibrado se não houver disposição ou motivação para estudar. 

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?

Rodrigo: Ao decidir prestar concursos para Farmacêutico, comecei a fazer provas no meu estado para entender melhor como as bancas cobravam as matérias e avaliar meu nível de preparo. Fui aprovado em algumas prefeituras do Espírito Santo, obtendo as seguintes colocações:

– PM de Aracruz: 8ª colocação (convocado)

– PM de João Neiva: 2ª colocação (convocado)

– PM de Itapemirim: 6ª colocação (não convocado)

– PM de Vitória: 49ª colocação (não convocado)

– PM de Domingos Martins: 11ª colocação (em andamento)

Além dessas prefeituras, também participei do concurso da Fundação Estadual de Inovação em Saúde (Inova Capixaba), onde obtive a 1ª colocação. A fundação pública foi criada com intuito de assumir e aprimorar a gestão hospitalar dos principais hospitais estaduais.

Pretendo continuar meus estudos; na verdade, não parei desde essa última aprovação e venho participando de outros certames após conquistar o primeiro lugar na Inova Capixaba.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?

Rodrigo: Atualmente, tenho adotado um estilo de vida mais caseiro, o que me ajuda a ganhar mais tempo e reduzir distrações. No meu caso, manter o foco é crucial para ser mais produtivo, e sair de casa com frequência acabava prejudicando minha concentração. Para me distrair sem comprometer muito do meu tempo, procuro atividades como ir à academia, ir à praia, assistir a jogos de futebol e filmes na TV, além de aproveitar o tempo com a família e meus pets.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?

Rodrigo: Sim, conto com o apoio, compreensão e suporte da minha esposa, familiares e amigos mais próximos. Além disso, tenho alguns amigos concurseiros que são de grande ajuda no meu dia a dia, oferecendo dicas, trocas de experiências e motivação.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?

Rodrigo: Após algumas experiências iniciais, percebi que não fazia sentido focar apenas em um concurso específico. Então, comecei a adotar uma abordagem voltada para o estudo a médio e longo prazo, reconhecendo a necessidade de evoluir em cada matéria. Por isso, posso afirmar que estudei por muito tempo para alcançar essa primeira colocação.

A disciplina desempenha um papel fundamental nesse processo. Durante meus 8 anos como Tenente Farmacêutico Temporário no Exército Brasileiro, aprendi na prática o valor da disciplina militar e do foco na missão.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? 

Rodrigo: Assinei o Estratégia e me adaptei muito bem às videoaulas e PDFs. Gosto da flexibilidade de poder controlar a programação dos meus estudos de acordo com meus horários disponíveis, sem precisar comparecer a aulas presenciais.

As vantagens desse método são o controle sobre o ritmo de estudo, o senso de responsabilidade, a possibilidade de revisar o material sempre que necessário, a maior eficiência no uso do tempo disponível, a eliminação da necessidade de deslocamento para aulas presenciais e a liberdade de estudar a qualquer hora.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? 

Rodrigo: Há muitos anos, comecei a investir em pacotes de cursos para concursos, inicialmente por indicação de amigos. Com o tempo, descobri a assinatura do Estratégia, que considerei muito conveniente. Com a assinatura, não preciso me preocupar com a atualização dos cursos, o que economiza tempo e proporciona mais segurança e confiança.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente? 

Rodrigo: Sempre estou aberto a bons materiais. No início, tive algumas experiências com outros cursos, mas escolhi o Estratégia devido à sua reputação de oferecer cursos completos, com excelentes professores e um alto índice de aprovação. Ao utilizar os materiais do Estratégia, percebi uma clara evolução no meu desempenho e, desde então, não troquei mais de plataforma.

Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?

Rodrigo: Naquela época, participei de alguns concursos, mas ainda estava no começo da jornada. Eu não tinha maturidade nem estava preparado o suficiente para ser aprovado dentro das vagas disponíveis. Obtive alguns resultados melhores, outros piores, mas ainda estava aprendendo como tudo funcionava.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?

Rodrigo: Percebi que os professores realmente eram de alta qualidade, os PDFs ofereciam um ótimo suporte e, principalmente, as videoaulas estavam sempre atualizadas. Com esses materiais em mãos, bastava estudar com dedicação e acreditar no processo.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos? 

Rodrigo: Já experimentei várias formas de estudo: dedicando um dia a cada matéria ou estudando várias disciplinas em um só dia. No entanto, ultimamente percebi que me adapto melhor quando me concentro em uma única matéria por um período mais longo. Às vezes, passo alguns dias em uma só disciplina e, depois, troco para outra, seguindo esse ciclo contínuo, claro, sem esquecer de manter a rotação entre as matérias para garantir um estudo completo.

No início, costumava focar apenas nas disciplinas que gostava ou nas que tinha mais facilidade, mas isso não refletia em uma evolução nas minhas pontuações. Hoje, paradoxalmente, “adoro estudar o que não gosto”. Quando você percebe a importância de uma matéria e a estuda com disciplina, sua pontuação sobe para outro nível.

Quanto às horas de estudo, acredito que o mais importante é a qualidade. Se você tem apenas uma hora, estude bem por essa uma hora. Se tem três, aproveite ao máximo esse tempo. Estudar muitas horas sem estar concentrado não traz resultados.

Estratégia: Como fazia suas revisões? 

Rodrigo: Sempre reviso antes de uma prova. Utilizo meu caderno de anotações, PDFs e algumas videoaulas que já destaquei como importantes para a revisão. Além disso, considero muito eficiente resolver questões e fazer simulados da banca. Ainda estou tentando adaptar essa prática à minha rotina de estudos, mas a falta de tempo tem dificultado um pouco essa tarefa.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?

Rodrigo: Fazer exercícios é uma excelente forma de treinamento, mas é fundamental estar com o conteúdo em dia. Aprender apenas por meio de exercícios pode ser arriscado. Eles são ótimos para mostrar como as bancas costumam cobrar os assuntos, mas o ideal é combinar com o estudo teórico.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?

Rodrigo: No início, eu não dava muita atenção às matérias básicas. Como já eram conhecidas, tinha a sensação de que seria fácil dominá-las, o que foi um erro. Às vezes me saía bem, outras vezes não. Então, comecei a estudá-las com mais seriedade e descobri que não as dominava tão bem quanto imaginava. Hoje, sem dúvida, meus bons resultados vêm da evolução nas matérias básicas.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Rodrigo: Meu ideal é fazer a revisão alguns dias antes da prova e deixar os últimos dias livres de estudos. Já percebi que estudar até a última hora prejudica meu desempenho, pois considero fundamental estar descansado e concentrado. O que você tenta “aprender” de última hora pode comprometer a tranquilidade e clareza para aplicar o que já sabe na hora da prova.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Rodrigo: Ao longo da minha trajetória, cometi alguns erros, como interromper os estudos em várias ocasiões e ter que recomeçar, não compreender a importância de estudar, não valorizar o processo e não aproveitar bem o tempo disponível. Por outro lado, meus acertos foram buscar materiais de qualidade, amadurecer na forma de estudar, melhorar a qualidade do estudo e reconhecer a importância dessa jornada.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Rodrigo: Já pensei em desistir de prestar concursos algumas vezes, especialmente quando, por algum motivo, interrompia os estudos e precisava recomeçar. A sensação de estar voltando ao início, quando já tinha feito progresso, é bastante desmotivante — como se fosse “voltar para o fim da fila”. No entanto, sempre encontrei motivação para retomar os estudos, impulsionado pela força de vontade, pelo amadurecimento, pela determinação e, por que não, pela própria necessidade.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Rodrigo: Estudar sempre foi um bom caminho para mim. Desde cedo, com o incentivo dos meus pais, desenvolvi o hábito de estudar e, na vida adulta, passei a realmente gostar dessa prática. Fiquei surpreso e orgulhoso por ter alcançado a primeira colocação no concurso, mas nada vai mudar: o estudo continuará.

Preparar-se para concursos públicos é geralmente um processo longo e que exige amadurecimento pessoal. Estudar por obrigação não é muito eficaz; a evolução dos seus resultados será diretamente proporcional à seriedade do seu estudo. Ajuda e motivação são bem-vindas, mas a responsabilidade é sua. Você é quem estuda, quem estará no dia da prova e quem processará o resultado.

Prepare-se totalmente, mantenha o autocontrole e saiba lidar com os resultados ao longo do caminho. Acredite que é possível!