Aprovado em 27° lugar para Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas - Bloco 8 no CNU
Concursos Públicos“Não desista! Só passa quem não desiste nesse meio. E mesmo que você esteja trabalhando, tenha filhos e o seu tempo livre seja muito curto, tente utilizar QUALQUER momento parado para estudar. Isso vai fazer toda a diferença lá na frente […]”
Confira nossa entrevista com Paulo Eduardo Ratti, aprovado em 27° lugar para Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (Região Sul) – Bloco 8 no CNU:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Paulo Eduardo Ratti: Sou natural de Campina da Lagoa, Paraná, tenho 31 anos e sou graduado em engenharia civil, além de também ter um MBA e uma pós-graduação até o momento.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Paulo: Anos atrás já percebia que tanto no setor privado de engenharia civil, quanto no setor privado em geral, havia um “inchaço” muito grande no número de profissionais. Portanto, estudar para concursos públicos se tornou uma necessidade ao longo do tempo.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Paulo: Para o CNU eu comecei trabalhando e estudando. Na época de pré-edital eu trabalhava em estradas e o tempo era realmente curto. Cheguei a trabalhar 91 horas numa determinada semana. Nesse tempo trabalhando conciliei como pude mesmo nesses momentos. Creio que a grande sacada hoje é aproveitar como puder seu tempo livre, seja lá como ele for.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Paulo: Fui apenas aprovado no PSS do Censo Demográfico de 2022 e no PSS que estou atualmente de técnico administrativo da UEM, ambos em primeiro lugar, mas concurso público efetivo mesmo esse de técnico do IBGE é o primeiro. Pretendo continuar estudando, mas sem a pressa que tinha antes, pois meu estudo para o CNU foi muito intenso e agora pretendo ter uma gestão de tempo mais adequada ao meu momento.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Paulo: Eu realmente tentava estudar todos os dias para esse concurso do CNU, esse foi o primeiro concurso em que eu coloquei meu foco totalmente nele e em nada mais. Portanto, minha vida social durante a preparação era bem escassa, mas em certos momentos era necessário sair com amigos e com a família para espairecer e “tomar um pouco de ar” antes de voltar novamente aos estudos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Paulo: No geral sim, mas sempre ficava o questionamento no ar: “Será que isso vai dar certo?”. No fim, creio que devemos seguir nosso instinto do que deve ser certo para nós mesmos. O apoio e entendimento das outras pessoas não pode influenciar tanto nossas decisões pessoais.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Paulo: Para o concurso do CNU estudei focado cerca de 1 ano. A disciplina simplesmente veio com o sentimento de necessidade de estabelecer minha carreira e vida em um determinado lugar sem ficar “pulando de galho em galho” em vários empregos. Obviamente em certos momentos de exaustão mental era muito difícil manter a disciplina, mas creio que não há problemas em dar pausas no estudo, inclusive acho muito necessário isso para manter a sanidade mental e voltar a estudar com qualidade.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Paulo: Videoaulas e MUITAS questões. Basicamente focava em responder as questões, caso eu não soubesse algo específico da questão, voltava a procurar nas videoaulas ou em materiais diversos, e caso eu ainda não entendesse a questão, aí eu voltava a buscar toda a teoria desse determinado tópico. A vantagem disso é que eu otimizava muito meu tempo. A desvantagem é que talvez eu tenha perdido alguns pontos específicos de determinados tópicos que poderiam me auxiliar mais na prova.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Paulo: Conheci o Estratégia por meio de amigos e colegas que estudam para concursos pelos bons resultados de aprovados.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Paulo: Não tenho muito o que reclamar dos materiais que já usei. Todos me auxiliaram a melhorar de alguma forma.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Paulo: Sim. Aprovado no CNU e nos outros PSS que citei anteriormente.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Paulo: A diferença do Estratégia é o volume de materiais disponíveis. Principalmente para o CNU, que foi a primeira edição, teve uma gama de materiais para realidade brasileira que pode ter sido essencial, já que a matéria tinha um conteúdo muito amplo e difícil de se delimitar nos filtros de questões.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Paulo: Meu plano de estudos era focar na matéria em que eu tinha o pior desempenho em questões. Estudei todas as matérias ao mesmo tempo, pois eram poucas para técnico do IBGE. Eram elas: Matemática, que também englobava um pouco de matemática financeira e estatística; Português; Realidade Brasileira, que englobava história, geografia, sociologia e até outras matérias diversas; e Direito constitucional e administrativo. Dá pra estudar todas elas juntas, bem como a discursiva.
Não tinha um tempo líquido certo para estudar por dia, estudava o quanto podia, pois considerava isso como meu trabalho no momento. Se não pudesse mais estudar por algum motivo, parava e ia resolver minhas coisas para voltar a estudar no outro dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Paulo: Não fazia revisões, nem utilizei flashcards, nada. A minha única preocupação era melhorar meu desempenho nas questões ao longo do tempo. Creio que acabava revisando inconscientemente resolvendo várias questões ao longo do dia e revendo os tópicos em que eu sentia/via que estava pior que o normal.
Simulados já faziam parte do meu plano. Além dos simulados que eu mesmo fazia, se saísse algum outro simulado, eu ia direto me planejar para resolver ele.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Paulo: O principal objetivo desde o início foi a resolução de exercícios. Resolvi cerca de 10 mil questões. Creio veementemente que essa foi a virada de chave na minha preparação para o CNU.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Paulo: A discursiva sempre foi minha algoz. Mas com o tempo melhorando em português e também na minha criticidade sobre determinados temas, acabei melhorando muito nela. Acredito que se indagar sobre determinados temas possíveis de redação e tentar imaginar uma resolução para esse tema de forma equilibrada pode ter ajudado muito.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Paulo: Eu creio que fiz o contrário que deveria, tirei a última semana para levar o estudo um pouco mais devagar que o normal. Apenas fiz simulados e não resolvi muitas questões, pois o concurso já havia sido prorrogado e estava muito exausto nos últimos dias. Naquele momento eu só queria que a prova saísse o quanto antes para já resolver ela e dar um tempo para a cabeça.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Paulo: Eu creio que o próprio estudo de português auxiliou muito na minha preparação da discursiva, mas fiz uma preparação específica para a dissertação. Tive o auxílio de uma professora para essa matéria. Não utilizei o chat GPT ou outras inteligências artificiais, pois ainda não confiava cegamente em IA’s para me repassar os erros que cometia nas discursivas. Aconselho verificar pontos interessantes sobre o que não fazer na redação e treinar para fazer elas em um tempo hábil.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Paulo: Realmente imagino que deveria ter feito um plano melhor para revisões, ter utilizado flashcards para isso e penso que talvez uma gestão de tempo melhor observando o longo prazo seria mais sadio, pois houveram momentos de alto estresse principalmente no final da jornada de estudos que podem ter diminuído minha performance na hora da prova.
Sobre acertos eu creio que o maior deles foi fazer incessantemente muitas questões. Imagino que os aprovados também devem ter seguido uma linha de pensamentos equivalente, pois no final o que é importante é acertar mais questões.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Paulo: Não pensei em desistir, era o meu caminho naquele momento e ia seguir nele dali pra frente. Quando saiu o edital já havia saído do emprego em que eu estava e foquei 100% do meu tempo para o concurso. Minha maior motivação para continuar foi que esse era meu caminho dali em diante (queimei os barcos), eu ia continuar estudando até passar em algo, então passei para técnico administrativo na UEM de Goioerê, PR e aguardei agora até sair a nota do CNU.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Paulo: Não desista! Só passa quem não desiste nesse meio. E mesmo que você esteja trabalhando, tenha filhos e o seu tempo livre seja muito curto, tente utilizar QUALQUER momento parado para estudar. Isso vai fazer toda a diferença lá na frente quando você estiver realmente preparado para um concurso público.