Aprovado em 1° lugar no concurso CAIXA para o cargo de Técnico Bancário Novo - Macropolo: PE - Polo: Recife
Concursos Públicos“[…] posso dizer que não me orgulho do resultado: o Senhor me deu a vitória, porque quis, como poderia ter dado a outro — bastaria uma pequena desatenção, o erro de uma única pergunta e eu não estaria aqui dando essa entrevista, mas posso dizer e, digo, que fiz o humanamente possível […]”
Confira a nossa entrevista com Mateus Fernando Ferreira Cruz, aprovado em 1° lugar no concurso CAIXA para o cargo de Técnico Bancário Novo – Macropolo: PE – Polo: Recife:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Mateus Fernando Ferreira Cruz: Meu nome é Mateus, tenho 26 anos e sou formado em engenharia química. Nasci em Recife.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Mateus: Quando ainda estava na faculdade, decidi que gostaria de ser diplomata e, logo terminei o curso, passei a estudar para o CACD. Prestei o do ano passado e, quando reprovei, decidi fazer logo um concurso menos concorrido a fim de ter renda. Cheguei a fazer um da prefeitura do Recife, o do BNB e me inscrevi para o CNU, embora não tenha chegado a prestar (já tinha passado para a Caixa). Enquanto estudava para esses outros concursos, fui aos poucos deixando de lado a ideia de ser diplomata, por motivos pessoais.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Mateus: Não, pude me dedicar completamente ao estudo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Mateus: Esse concurso da Caixa foi o primeiro em que fui aprovado nas vagas imediatas. No da Prefeitura do Recife, eu fiquei no cadastro de reserva. Eram três vagas e eu fiquei na posição 51, salvo engano.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Mateus: Nunca tive uma vida social muito ativa. Saio com amigos uma vez no mês, por isso foi fácil manter o mesmo ritmo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Mateus: Sim. Com o apoio moral e, no caso de minha mãe e de meu irmão, financeiro, tanto com materiais como com inscrições de concursos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Mateus: Creio que foram cerca de três meses. Sou disciplinado por inclinação temperamental, preciso seguir uma rotina.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Mateus: Principalmente videoaulas e questões de provas antigas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Mateus: Pela internet. Não lembro com detalhes, faz muitos anos, ainda estava na faculdade.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Mateus: Usei o Estratégia na preparação para o CACD, mas para a Caixa, vi outro curso, mais acessível. Esse outro curso era muito bom na maior parte das videoaulas, mas não gostei dos PDFs. Creio que um dos pontos fortes do Estratégia, são as apostilas.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Mateus: Na verdade, comecei pelo Estratégia. Como disse, creio que apostilas são um grande diferencial. Também gosto da plataforma de questões.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Mateus: Dividi o plano de estudos em três etapas: primeiro, abarcaria todo o conteúdo o mais rápido possível, depois, faria uma bateria de questões em cada matéria, registrando em uma planilha quantas questões de cada matéria e de cada assunto específico tinha acertado ou errado e calculando um coeficiente de acerto. Por fim, estudaria as matérias e assuntos em que o desempenho não havia sido tão satisfatório. Também levava em consideração o número de questões de cada matéria que cairia na prova e a recorrência de cada assunto em provas passadas. Estudava três ou quatro matérias ao mesmo tempo. Durante a maior parte da preparação, estudava oito horas por dia de segunda a sexta, quatro horas no sábado e no domingo descansava. Houve épocas em que eu estudei dez, até doze horas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Mateus: Como disse, as revisões foram feitas após a bateria de questões, conforme a urgência de cada assunto em particular. Não fazia resumos escritos; acredito que se ganha muito mais revisando por meio de exercícios. No máximo, quando estudava alguma legislação, fazia um que outro destaque ou comentário.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Mateus: Os exercícios são a alma do estudo. O primeiro contato com um assunto deve ser o mais rápido possível: deve-se correr logo para os exercícios, que indicarão os pontos fortes e fracos; depois da revisão, são mais uma vez os exercícios que farão fixar o conteúdo. Em particular, quando se trata de matemática, isso se torna ainda mais verdadeiro.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Mateus: Creio que as matérias em que tive maior dificuldade foram as de informática e Atendimento Bancário. Superei simplesmente seguindo de forma religiosa o plano de estudos que tinha montado, sem fazer distinção entre matérias que gostava ou que não gostava. É claro que, às vezes, não conseguia prestar tanta atenção nas aulas de certas matérias, acelerava o vídeo, passava por aquilo o mais rápido possível e ia para os exercícios: eles me diriam em que pontos focar e, então, não precisaria me preocupar genericamente com uma matéria chata, mas só com este ou aquele assunto chato.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Mateus: Nas duas semanas anteriores à prova, vi aulas de resumo e resolvi provas antigas. Anotei todas as fórmulas de Matemática Financeira e Probabilidade e Estatística, além de certos conhecimentos decoreba de outras matérias. No dia anterior à prova, descansei. No dia da prova, pela manhã, e no próprio caminho para a prova, reli aquele papel. Quando fiz a prova da Caixa de 2021, errei só uma questão; quando fiz a do Banco do Brasil de 2023, salvo engano, errei três. Revisei os assuntos que me fizeram errar — ou vi pela primeira vez, em alguns casos. Mesmo um assunto muito específico, meio obscuro, que não vi ser citado em aula, que pensei que não era possível que fosse cair de novo, anotei. E caiu. Quando fiz aquela prova, é como se já a tivesse feito antes.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Mateus: Meu principal acerto, foi ter rezado e ter pedido orações. Depois, ter estudado por provas antigas. Quanto aos erros, mesmo correndo o risco de parecer prepotente, posso dizer que não me lembro de nenhum relevante. Erros cometi em outros concursos; aprendi com eles e não os repeti nesse da Caixa. Creio que o principal deles, foi demorar demais no primeiro contato com os conteúdos, principalmente fazendo fichamentos. Fichamentos podem até ser feitos, mas não num primeiro momento.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Mateus: Não me lembro de ter pensado em desistir. Quando completei 26 anos, percebi que estava mais perto de 30 do que de 20, sem nunca ter trabalhado. Senti-me muito mal, como se tivesse fracassado na vida. Precisava tomar um rumo. Além disso, a vontade e a necessidade de casar-me, de começar uma vida de adulto. “Aquele que tem um porquê pode suportar quase qualquer como”: no meu caso, minha namorada era pelo menos 90% de meu porquê.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Mateus: Na Idade Média, era socialmente aceito que os cavaleiros se gabassem de seus feitos individuais de bravura, mas nunca do resultado da batalha, domínio da Divina Providência. Ouvi falar disso enquanto me preparava e percebi o seguinte: o resultado não importa, mas somente o que fazemos para alcançá-lo. A vitória pertence ao Senhor, Ele a dá a quem quiser. Pensei então que, mesmo que reprovasse, a minha consciência não me acusaria de nada. Seria então, confiar em Deus, que cedo ou tarde me arranjaria alguma coisa melhor. E agora, posso dizer que não me orgulho do resultado: o Senhor me deu a vitória porque quis, como poderia ter dado a outro — bastaria uma pequena desatenção, o erro de uma única pergunta e eu não estaria aqui, dando essa entrevista; mas posso dizer, e digo, que fiz o humanamente possível para estar aqui, que não há nada que eu poderia ter feito, que não fiz. Digo a todos que essa constância, essa disciplina é possível e digo a todos que não confiem tanto assim nela, pois se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.