Aprovada em 11° lugar no concurso ISS Nova Friburgo para o cargo de Fiscal de Tributos
Concursos PúblicosLuísa Durão Rodrigues
“A principal coisa é entender que a aprovação é algo de longo prazo, não é algo para gênios, e sim para persistentes. É tentar, tentar e não desistir. Veja os depoimentos dos aprovados, aplique os métodos em você mesmo […]”
Confira nossa entrevista com Luísa Durão Rodrigues, aprovada em 11° lugar no concurso ISS Nova Friburgo para o cargo de Fiscal de Tributos:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual é a sua formação, idade e cidade natal?
Luísa Durão Rodrigues: Olá, meu nome é Luísa, sou formada em Engenharia Mecânica, tenho 28 anos e nasci no Rio de Janeiro.
Estratégia Concursos: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Luísa: Principalmente a busca por estabilidade e bons salários.
Estratégia Concursos: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Luísa: No início da minha trajetória, eu não apenas trabalhava, como também estava concluindo meu curso de engenharia e conciliava a vida de concurseira, estudante de engenharia e trabalhadora. Então, nesse início, eu me preocupava menos com horas e focava mais em aprender; precisava de muita organização para que conseguisse, ao final do dia, estudar de 2 a 3 horas com qualidade. Acho que, nesse período, o principal foi criar o hábito de estudar, pois nem todos os dias a motivação estava alta. Após a formatura, decidi que realmente seguiria essa área e pedi demissão; nessa época, eu consegui ter mais tempo, mas analisando os dois casos, ambos têm suas desvantagens. No primeiro, você dispõe de pouco tempo e sempre acha que faria mas se tivesse mais horas; porém, acho que, por não ter tanto tempo, o estudo é mais “leve”. No segundo caso, você tem muitas horas e sempre se sente na obrigação de estudar ainda mais horas; nós não somos máquinas e o corpo tem seus limites e precisa fazer outras coisas além de “apenas” estudar. Meu conselho para o primeiro grupo é organização e rotina, fazer todo dia como um trabalho de formiguinha, mesmo que pareça ser pouco; as coisas mais importantes na vida vêm de pouco em pouco. Para o grupo que “só” estuda, aconselho fortemente o equilíbrio; nem sempre chega ao final quem faz mais horas.
Estratégia Concursos: Em quais concursos você já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Luísa: Fui aprovada nas vagas para o cargo do ISS Nova Friburgo/RJ. Consegui outras posições no cadastro de reserva (CR) e pretendo continuar estudando, principalmente por conta dos futuros concursos ainda na minha cidade ou mais próximas a ela.
Estratégia Concursos: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Luísa: Minha vida social se dividia em pré e pós-edital. No pré-edital, eu me esforçava durante a semana, mas sem abrir mão de jogar beach tennis, e nos finais de semana aproveitava um pouco com meu namorado e minha cachorra. Já no pós-edital, praticamente não fazia nada. Não saía, não praticava esportes, praticamente só estudava. A exceção era nos sábados à tarde e à noite e nos domingos de manhã, e mesmo assim de forma bem controlada.
Estratégia Concursos: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Luísa: Não tenho do que reclamar. No início dessa jornada, procurei falar com cada pessoa importante para mim, principalmente as pessoas do meu núcleo, explicando o processo e que ele seria demorado. Acho que na vida de concurseiro, apesar de ninguém entender exatamente como nos sentimos, as pessoas mais próximas são as que mais sofrem junto com a gente e merecem ser parte dessa decisão. Meus pais me ajudaram financeiramente e me apoiaram muito emocionalmente ao longo do caminho, e meu namorado, agora noivo, foi incrivelmente paciente, sempre respeitando meu tempo de estudo.
Decidi compartilhar meus planos apenas com familiares e amigos próximos para evitar opiniões excessivamente positivas ou negativas de pessoas mais distantes. Por exemplo, em reuniões familiares, é comum alguém perguntar se você “já passou” ou fazer comparações com conhecidos que já tinham passado. Essas observações para mim eram prejudiciais, criando expectativas ou frustrações desnecessárias. Assim, optei por não contar, falando apenas que estava trabalhando na área de engenharia e meus pais apoiaram a minha escolha. Por algum motivo, quando contamos às pessoas que estamos “apenas” estudando, elas sempre acham que estamos disponíveis a qualquer horário ou estamos desempregados sem futuro, então olhando para trás fico feliz de não ter falado para muita gente.
Os amigos mais próximos foram essenciais nessa jornada; sempre me apoiaram em cada prova, entendiam que eu era a amiga não disponível e sempre tentavam se adequar ao máximo aos meus horários malucos. Aliás, obrigada, amigos, por não me abandonarem!
Outra recomendação que eu dou é: Faça novos amigos que tenham relação com sua atual rotina, eu fiz amigos incríveis nessa jornada de concurso. A maioria eu conheci nas provas e em grupos de concurseiros, eles são as pessoas que mais entendem suas angústias e muitos passam pelo mesmo processo, que chamo de “Síndrome do Concurso”. Acredite, tudo o que você está sentindo, outras pessoas também estão passando pelo mesmo. Ter amigos nessa jornada proporciona um apoio mútuo valioso e ajuda a compartilhar experiências e conselhos.
Estratégia Concursos: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Luísa: No caso do ISS Nova Friburgo, não mantive nenhuma preparação específica. A prova estava próxima à minha casa, então resolvi fazer para me testar, mas até a prova estudei por 3 anos e 8 meses, o que demonstra que a base muitas vezes nos carrega até o sucesso. Quanto à disciplina, eu encarava o estudo como se fosse um trabalho e contei com um serviço de consultoria para conseguir ter disciplina e organização.
Estratégia Concursos: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Luísa: Desde o primeiro momento em que comecei a estudar, optei por aulas online por conta da minha vida caótica de estudante de faculdade, trabalho etc., e isso foi a melhor coisa que fiz, primeiro porque pouco tempo depois entramos numa pandemia global, e segundo porque conseguia acessar em qualquer lugar que estivesse. Assim, ao invés de ficar presa a um professor, poderia ter acesso aos melhores materiais com os melhores professores. Ao longo da minha trajetória, assisti a videoaulas e estudei com materiais em PDF. Sinceramente, não sei indicar qual é o melhor nesse caso. Posso dizer que isso varia conforme a etapa do estudo, a dificuldade da matéria e a capacidade de cada um em relação a cada área. Muitos costumam comparar o PDF com a leitura de um livro, afirmando que você aprende mais detalhes, o que considero válido; por outro lado, também posso comparar a videoaula com um filme, e muitas vezes é mais fácil você se recordar de assuntos quando assiste. Portanto, usei videoaulas para matérias específicas como: contabilidade (valeu, professor Silvio Sande), português (obrigada, professora Adriana), TI (mestre Felipe Mathias), além de algumas matérias pontuais no início, como: direito constitucional, especialmente a parte de ADI e direito civil em algumas partes do código civil que não entendia. Defendo o mix de ambas as opções e acredito que, com isso, podemos aproveitar o melhor dos dois mundos. Então, eu normalmente usava o PDF e via videoaulas quando tinha dúvidas em algum ponto específico.
Estratégia Concursos: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Luísa: Foi uma indicação do meu consultor. Valeu, Eduardo!
Estratégia Concursos: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Luísa: Eu estudava várias matérias ao mesmo tempo e, para me organizar, contratei uma consultoria de estudos, o que considero válido para quem tem possibilidade financeira. Na primeira semana, tentei fazer resumos em papel, mas logo percebi que isso seria inviável, então passei a fazer tudo no computador. Quanto à quantidade de horas, isso variou bastante durante o início da minha preparação até agora. No início, eu me preocupava em cumprir apenas a minha meta e estudava em torno de 2 horas líquidas por dia. Com o tempo, consegui me adaptar melhor e organizar melhor meu tempo, aumentando gradualmente minha carga horária; eu sempre priorizava a constância. Para mim, era mais importante realizar 2 horas bem feitas do que 6 em um dia e apenas 1 hora no outro. Após me formar, confesso que fiquei mais preocupada com as horas líquidas e mantive uma média de 4 a 5 horas líquidas no pré-edital. Já no pós-edital, tentava aumentar para 5 a 7 horas líquidas. Nos finais de semana, diminuía um pouco o ritmo. Hoje, com mais experiência, me cobraria menos nesse período pós-formatura e acredito que uma carga de 4 a 5 horas líquidas é o que poucos conseguem manter com constância. Nas redes sociais, pode parecer que muitas pessoas conseguem estudar 12 ou 18 horas líquidas por dia. No entanto, acredito que apenas alguns realmente conseguem manter esse ritmo de forma saudável e sustentável. Então, acredito que muitos têm uma visão idealizada da realidade, faça o seu sem ficar se comparando.
Estratégia Concursos: Como fazia suas revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Luísa: Todas as minhas revisões eram organizadas pela consultoria.
Estratégia Concursos: Qual é a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões você fez na sua trajetória?
Luísa: Tenho mais de 80 mil questões respondidas. Acho fundamental a resolução de exercícios, especialmente em algumas matérias como TI, administração geral e pública. Muitas vezes, você consegue aprender mais por meio de questões e pelo estudo reverso do que com PDFs ou videoaulas; o uso de questões para partes específicas também é essencial, pois na legislação eu só conseguia memorizar graças a essas questões fornecidas pelo Estratégia.
Estratégia Concursos: Quais disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Luísa: As matérias com as quais tive mais dificuldade foram economia e TI. No caso de economia, batalhei muito até conseguir superar, usei todas as ferramentas disponíveis: PDF, videoaulas, ANKI, muitas e muitas questões até que as coisas começaram a fazer sentido. É importante não tornar a matéria um monstro e não desistir. Outra dica é se concentrar no que cai na prova e analisar a importância dessa matéria no edital; muitas vezes, o custo-benefício é mínimo e não é necessário aprender tudo, apenas se familiarizar com 1 ou 2 questões para não zerar. TI é uma matéria com dificuldade quase unânime; o primeiro professor com quem tive aula não foi dos melhores, mas o professor Felipe Mathias foi o salvador na minha trajetória nessa matéria, recomendo sem reservas. Após fazer o curso dele, parti para as questões e tenho melhorado bastante; ainda falta para dizer que estou totalmente superada nessa matéria, mas um dia chego lá. Hoje, TI é uma realidade na área fiscal e não adianta fugir dela. Também tive dificuldades em direito empresarial e civil; fiz muitos exercícios e li bastante a lei para gravar o máximo possível. Além disso, uso até hoje o IA sempre que não entendo um artigo ou um exercício, peço ao para que ele me explique, os termos no Código Civil às vezes são muito complicados e Chat pode deixar as coisas mais palatáveis.
Estratégia Concursos: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Luísa: Eu acredito que o que não aprendi em 3 meses não será aprendido na semana anterior à prova, então tento na semana da prova memorizar e forçar minha memória de curto prazo. Sempre vejo as Revisões de Véspera do Estratégia Concursos e tento usar esse tempo para diminuir minha ansiedade. Muitos não comentam, mas a prova não é apenas conhecimento; é também lidar com o estresse pré-prova.
Estratégia Concursos: Quais foram seus principais erros e acertos nesta trajetória?
Luísa: É normal quase todo mundo cometer erros no início, comigo não foi diferente. Acho que meu principal erro foi achar que passar em um concurso mudaria toda a minha vida e que precisava disso para viver. Hoje, com meus resultados positivos, vejo que concurso é algo de longo prazo e é uma questão de “quando”, e não “se”. Acho que antes de começarmos a obter resultados, ficamos muito apegados ao “se eu não passar”, à quantidade de horas líquidas feitas no dia, à não curtir feriados e férias. Então, hoje eu levaria de forma mais leve, sob o aspecto emocional. Quanto ao aspecto prático, acredito que meus principais acertos foram me cercar de pessoas que já haviam passado nos concursos que eu queria, o que me trouxe insights mais rápidos, dicas preciosas e também a certeza de que era possível. Contratar uma consultoria foi essencial para minha organização. Começar logo com o Estratégia Concursos, que é sem dúvida o melhor do mercado. Fazer meus resumos digitalmente, não ter medo de mudar; desde que comecei, mudei a forma de fazer resumos, materiais, entre outros.
Estratégia Concursos: Você chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Luísa: Acho que desistir é uma palavra forte. Acredito que desistir nunca foi uma opção para mim. Muitos dias eu ia dormir mal, mas no outro dia estava lá, sentada, estudando, sempre pensando que um dia estaria aqui dando meu depoimento e dizendo para outros que tudo isso iria passar e valer a pena.
Durante minha trajetória, além da dificuldade natural das matérias, enfrentei desafios para controlar a mente, pois sempre fui muito racional, então sabia que seria difícil conseguir a aprovação. O que mais me manteve nessa jornada foi a disciplina e o hábito de fazer o que precisava ser feito. O ISS Rio de Janeiro foi um concurso que teve um grande impacto para mim, pois era o que eu mais queria e era na minha cidade. Não passar foi difícil, mas para seguir em frente contei com o apoio da minha família, noivo, amigos e consultor. Provavelmente, sem eles eu não teria me inscrito em Nova Friburgo e não estaria aqui dando meu depoimento para vocês.
Estratégia Concursos: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concursos? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Luísa: A principal coisa é entender que a aprovação é algo de longo prazo, não é algo para gênios, e sim para persistentes. É tentar, tentar e não desistir. Veja os depoimentos dos aprovados, aplique os métodos em você mesmo, siga o que você acredita, pois, cada pessoa é diferente, e o que não funcionou para mim pode funcionar para você. Controle sua mente e faça o que precisa ser feito. O poder do longo prazo e de uma base sólida nos leva a muitos lugares.