Aprovado em 5° lugar no concurso TRT-11 para o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa
Concursos Públicos“Olha, antes de tudo, aconselho que a pessoa escolha uma área para estudar, como tribunais, fisco, polícia, controle ou carreira militar. Realizada a opção, estude as matérias básicas dessa área, veja a maneira com que elas são cobradas e faça muitos exercícios […]”
Confira nossa entrevista com João Gabriel Chagas Lopes, aprovado em 5° lugar no concurso TRT-11 para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
João Gabriel Chagas Lopes: Chamo-me João Gabriel Chagas Lopes, sou natural de Manaus, Amazonas, tenho 30 (trinta) anos de idade e sou bacharel em Direito pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Exerci a advocacia privada somente por 10 meses, especificamente de agosto de 2017 até maio de 2018. Atualmente, desde janeiro de 2023, ocupo o cargo efetivo de Assistente em Administração 40h na Secretaria Municipal de Saúde de Manaus – SEMSA.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
João: Três fatores me levaram a estudar para concursos públicos: estabilidade, boa remuneração e qualidade de vida. Durante a infância, minha mãe sempre me dizia que eu deveria fazer concurso para ter essas três coisas, sobretudo porque ela sempre trabalhou na iniciativa privada e nunca conseguiu conciliar adequadamente o trabalho e a vida social. Por outro lado, meu pai, que foi advogado empregado e autônomo, falava a mesma coisa: “Faça concurso, filho. A advocacia é muito estressante e volátil, você nunca sabe se conseguirá vencer as demandas e reter a clientela”.
Mesmo assim, quando tirei a carteira da OAB, eu ainda tentei advogar, pois não tinha o desejo de me tornar servidor público. Enfim, tudo o que meu pai disse se concretizou: não conseguia lograr êxito constante nas causas, não auferia uma renda satisfatória e minha vida profissional era bastante instável, além de ter que lidar com o estresse inerente à labor do advogado.
Dessa forma, em maio de 2018, assim que vi a notícia de que o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) pretendia realizar um novo certame, tomei a decisão de finalmente escutar o conselho dos meus pais e estudar para concurso de maneira integral, abandonando a advocacia.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
João: No início, durante os anos de 2018 a 2022, dediquei-me somente aos estudos, com carga horária entre 4 a 8 horas diárias de segunda a sábado. Já a partir de janeiro de 2023, tendo em vista que fui aprovado e nomeado no concurso público da SEMSA Manaus, eu tive que conciliar o trabalho com o estudo.
Meu horário na Prefeitura era das 8h às 17h, o que fazia com que sobrasse apenas o turno da noite para os estudos. Desde esse período, minha rotina no pré-edital era esta: de segunda a sexta, das 19h às 22h, estudava 3 horas por dia; nos sábados e feriados, estudava 6 horas por dia, 3 pela manhã e as outras 3 pela tarde; e aos domingos revisava, por 3 horas diárias, as matérias estudadas na semana.
No pós-edital do TRT-11, contudo, fiz as seguintes alterações na jornada: de segunda a sexta, estudava 4 horas por dia, das 19h às 23h; e aos sábados, domingos e feriados, estudava entre 10 a 11 horas por dia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
João: Nos últimos seis anos, consegui ser aprovado nestes quatro concursos:
- SSP-AM (2022): Assistente Operacional – 5º lugar (Ampla);
- SEMSA Manaus (2022): Assistente em Administração 40h – 27º lugar (Ampla);
- TRT-11 (2024): Técnico Judiciário – Área Administrativa – 5º lugar (Ampla); e
- MPE-AM (2024): Agente de Apoio Administrativo – 3º lugar (Ampla).
Em relação à segunda pergunta, tenho a pretensão de estudar para o cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária, mas não sei ainda se vou continuar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
João: Olha, eu sou uma pessoa muito caseira e introvertida, então nunca tive esse “problema” de ter que compatibilizar a vida social com os estudos. Porém, de vez em quando, eu saía aos sábados para jogar YuGiOh (um jogo de cartas japonês) em uma loja aqui de Manaus. Outrossim, também visitava ocasionalmente meu pai e meus irmãos aos domingos.
Entretanto, quando os editais abriam, essas saídas eram imediatamente suspensas até a realização da prova.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
João: Sim, minha mãe, meu pai e minha vó sempre me apoiaram fielmente nessa caminhada, até porque foram eles que me incentivaram a estudar. Os dois primeiros me ajudaram, sobretudo, na questão financeira de conseguir pagar o curso do Estratégia, enquanto minha vó me assistiu no âmbito emocional.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
João: Sobre essa questão, informo que eu não estava estudando especificamente para concursos de TRT. Quando ocorreu a prova da SEMSA Manaus, em junho de 2022, tirei 1 mês para descansar, retomando os estudos em julho daquele ano para as carreiras de tribunais. Foi quando, por meio de uma notícia no Instagram do Estratégia, tomei ciência de que o Ministério Público do Estado do Amazonas havia constituído uma comissão para um novo concurso.
Assim, a partir de agosto de 2022 até boa parte de 2023, estudei focado no MPE-AM. No entanto, em outubro de 2023, saiu o edital do TRT-11 e, para minha surpresa, vi que eu tinha uma ótima base de quase todas as matérias ali cobradas. Por exemplo, já havia estudado História da Amazônia para o concurso da SSP-AM, bem como as demais disciplinas básicas. Eu só tive mesmo que estudar “do zero” Direito do Trabalho, Redação e as convenções internacionais de Direitos Humanos. Como disse anteriormente, meu foco não era a área trabalhista, mas o edital do TRT-11, em particular, foi uma grande oportunidade que apareceu.
Em segundo lugar, no que se refere à manutenção da constância para os estudos, eu sempre pensava em uma frase que meu professor do Ensino Médio dizia:” Pai e mãe têm prazo de validade”. Enfim, era consciente de que não teria essa rede de apoio eternamente, então tinha que buscar algum cargo com o qual pudesse me sustentar sozinho. Embora a SEMSA tenha me permitido pagar meus próprios boletos, ainda não era suficiente para eu, individualmente, viver bem.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
João: Na minha caminhada, utilizei preponderantemente a leitura de PDFs e lei “seca”, a confecção de resumos e a resolução de questões. As videoaulas, por outro lado, só eram usadas em situações bastante específicas, notadamente em alguns tópicos de Língua Portuguesa, Informática, Raciocínio Lógico e Redação.
A primeira e a terceira ferramentas possuem um bom custo-benefício no que tange à variável tempo disponível, sendo ideal para os (as) concurseiros (as) que têm de conciliar trabalho com estudo.
Sobre os resumos, informo que são ótimos para revisão e fixação do conteúdo, mas você “perde” muitas horas com eles. Eu tive, inclusive, que abandoná-los quando entrei na SEMSA, pois não dispunha mais de tempo hábil para elaborá-los.
Por fim, as videoaulas são ideais nas circunstâncias em que não temos um entendimento mínimo das matérias e não conseguimos absorvê-las apenas pela leitura de PDFs. Contudo, essa ferramenta tem a mesma desvantagem dos resumos: consomem muito tempo, tanto é que a abandonei também quando assumi o cargo na SEMSA. Ainda utilizei a videoaula posteriormente, para treinar a prova discursiva que cairia no TRT-11.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
João: Eu conheci o Estratégia quando ainda estava na faculdade, por volta do ano de 2015. Nesse período, colegas que eram aprovados em concursos falavam muito bem do curso e dos professores.
Além disso, também via algumas postagens do Estratégia no Facebook, o que me fez ter uma boa impressão da plataforma.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
João: Em 2018, eu cheguei a fazer por 3 meses um curso presencial aqui em Manaus, mas achava que as apostilas dele eram extremamente superficiais. Quando assinei o Estratégia, por volta de agosto daquele ano, fiquei maravilhado com os PDFs: eles eram completos, profundos e didáticos, o que basicamente solucionou a queixa que eu tinha com o curso anterior.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
João: Não, estudei com o Estratégia em todos os concursos que fiz após agosto de 2018, embora eu tenha usado, paralelamente, outros materiais, especificamente para a redação do TRT-11 e para a legislação estadual do MPE-AM.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
João: Sim, notei uma diferença exponencial na qualidade dos estudos. Como disse anteriormente, os PDFs do Estratégia oferecem uma base extremamente sólida para os (as) alunos (as), em razão da profundidade com que o conteúdo é abordado. Algumas pessoas não gostam desse tipo de perspectiva, mas eu acho que tal filosofia é justamente o ponto forte do curso: transmitir aos estudantes o conhecimento da forma mais completa possível, abordando todos os tópicos que podem “cair” na prova.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
João: Meus planos de estudo tiveram algumas variações ao longo dos anos, os quais detalharei abaixo:
2018: Estudava apenas uma matéria por dia. A rotina durava 4 horas diárias, das 14h às 18h, e ia de segunda a sábado.
2019: Antes de sair o edital do TJAM, continuei estudando uma matéria por dia e aumentei a carga para 6 horas diárias de segunda a sábado, visto que não estava mais fazendo curso presencial. Depois da publicação do edital, mantive a rotina, mas estudava duas matérias por dia, isto é, 3 horas cada uma.
2020: Infelizmente, 2020 foi um ano perdido para mim. A reprovação no TJ e a pandemia acabaram me afetando de uma maneira muito forte. Eu havia largado os estudos completamente.
2021: Aqui, retomei definitivamente os estudos para concurso público, com uma ajuda crucial vindo da minha mãe e da minha vó. Foi nesse ano que a chave “virou”, pois introduzi uma mudança na rotina que, a meu ver, foi decisiva para as futuras aprovações: revisão periódica do conteúdo realizada aos sábados à tarde. Além dessa novidade, aumentei a carga horária para 8 horas diárias de segunda a sábado, estudando duas matérias por dia.
2022: A rotina do ano anterior foi mantida, com a diferença que, durante o pós-edital da SSP-AM e da SEMSA Manaus, eu estudava todos os dias. O domingo de manhã era reservado à revisão periódica, ao passo que o resto desse dia, ao descanso.
2023: Antes do edital do TRT-11, a jornada consistia em 3 horas diárias, de segunda a sexta; aos sábados e feriados, 6 horas diárias; e aos domingos, 3 horas diárias destinadas à revisão. Após a publicação do referido edital, em outubro de 2023, a rotina ficou assim: 4 horas diárias, de segunda a sexta; e 10 a 11 horas diárias, aos sábados, domingos e feriados, 4 pela manhã, 4 pela tarde e 2 ou 3 pela noite.
2024: depois da prova do MPE-AM, realizada em 3 de março de 2024, tirei quase 2 meses para descansar, porque essas sessões extenuantes já estavam cobrando o preço na minha saúde. Voltei recentemente a estudar para o cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária, porém admito que não tenho levado esse novo empreendimento com o afinco necessário.
No que se refere ao quantitativo de horas líquidas, eu particularmente nunca me preocupei com isso, porque eu sabia que, durante o horário de estudo, passava a maior parte do tempo efetivamente estudando. Eu fazia algumas pausas, mas elas, somadas, não ultrapassam 35 minutos para cada turno.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
João: Lia rapidamente a lei “seca” sobre o assunto estudado e, ato contínuo, fazia vários exercícios do tema em epígrafe. À medida que ia resolvendo as questões, relia os conteúdos que eu errava ou que tinha dúvidas.
Na época em que fazia resumos, além de relê-los periodicamente, anotava neles quaisquer coisas inéditas que eu aprendesse com os exercícios, enriquecendo meu material. Em relação aos simulados, somente os fazia a duas semanas das provas.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
João: Importantíssimas! As questões são a parte mais essencial do estudo para concurso público. Comentei uma vez com meu irmão que, em ordem de relevância, os exercícios constituem 70% da preparação, ao passo que a teoria e a revisão, 15% cada. É por meio deles que fixamos o conteúdo estudado e aprendemos a maneira com a qual as matérias são cobradas, o estilo das bancas e as “pegadinhas” de prova.
Sobre o número de questões resolvidas, fiz aproximadamente 79.000 exercícios.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
João: Como disse anteriormente, tinha muita dificuldade em Língua Portuguesa, em Informática, em alguns assuntos de Raciocínio Lógico (análise combinatória, probabilidade e conjuntos) e em Direito Administrativo. Para aprender as três primeiras, recorri bastante às videoaulas e, principalmente, à resolução em massa de questões.
Por outro lado, na parte de Direito Administrativo, fiz o feijão com arroz: leitura de PDFs e milhares de exercícios resolvidos.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
João: Foram muito intensas, pois utilizei todo o tempo disponível antes da prova. Em linhas gerais, segui a rotina do pós-edital, com a diferença de que a última semana foi inteiramente dedicada às revisões, às questões e à resolução de simulados.
Na madrugada do dia 4/2/2024 (data do concurso do TRT-11), também dei uma rápida lida nas leis que não estavam tão “frescas” na memória.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
João: Na parte de redação, antes de se fazer qualquer coisa, eu acho muito importante conhecermos o perfil do examinador. No certame do TRT-11, a responsável pela prova foi a Fundação Carlos Chagas, a qual é uma banca que gosta de cobrar temas filosóficos e sociais, além de ela ter um certo apreço pelas citações de estudiosos relacionados à temática proposta – as chamadas “referências teóricas”.
Pois bem, feito esse mapeamento, percebi inicialmente que deveria conhecer os pesquisadores das diversas áreas do saber, a fim de que eu tivesse o repertório necessário para desenvolver a redação.
Nessa etapa, de maneira excepcional, eu retornei às videoaulas. Assisti a diversos materiais, tanto os do Estratégia quanto outras aulas gratuitas espalhadas pela internet. Paralelamente a tudo isso, pratiquei bastante: redigi em torno de 40 redações dissertativas-argumentativas sobre temas distintos.
Todavia, nesses meses que antecederam a prova, eu estava sem dinheiro, então não pude pagar um profissional para corrigir minhas redações. A minha colega Adriana, da SEMSA, me ajudou muito nesse sentido, pois ela lia meus textos e me dava um feedback do que eu precisava melhorar. Ademais, eu mesmo os corrigia também, comparando a estrutura deles com aquela preconizada pelos professores.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
João: Sobre os erros, afirmo que a falha mais grave foi, sem dúvida, a ausência de revisões. Conforme expliquei nesta entrevista, eu não tinha o hábito de revisar periodicamente os conteúdos, o que consequentemente implicava o esquecimento daquilo que fora estudado. Outro erro que cometi foi não ter dado, na época do pós-edital do TJAM 2019, aquele “gás” durante a reta final.
Sinto que esses dois equívocos foram fatais para minha reprovação no TJ. Errei coisas que eu poderia ter acertado simplesmente se tivesse feito uma revisão, ou se tivesse estudado um pouco mais depois da publicação do edital.
Em relação aos meus acertos, um que pode ser mencionado é a seriedade. Desde 2018, levava os estudos como se minha vida dependesse disso (e, de fato, dependia), seguindo à risca meus horários planejados. Outro acerto digno de nota se refere à resolução de questões, pois eu percebi rapidamente que os exercícios consistiam na parte mais importante do estudo, pois eles fazem o conteúdo “grudar” nas nossas mentes, além de serem uma ótima ferramenta de revisão. Por isso, sempre fazia muitas questões, às vezes resolvia 200 diariamente.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
João: Sim, após reprovação no TJAM, o baque foi tão grande que, na madrugada no dia 14/10/2019, pós-prova, eu pensei:” isso não é para mim, infelizmente. Dei o meu melhor, fiz 19 mil questões, mas tenho consciência de que cometi vários erros e estou, portanto, reprovado”. Os meses seguintes foram de “luto”, afastei-me dos estudos e de tudo relacionado a concurso público. Logo depois veio a pandemia, o que praticamente sepultou qualquer chance de retomada que eu poderia ter naquele momento.
Foi só em 2021, com o apoio psicológico da minha mãe e da minha vó, que consegui reunir forças e voltar definitivamente aos estudos. Se não fosse a ajuda delas, certamente eu não estaria aqui redigindo esta entrevista.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
João: Olha, antes de tudo, aconselho que a pessoa escolha uma área para estudar, como tribunais, fisco, polícia, controle ou carreira militar. Realizada a opção, estude as matérias básicas dessa área, veja a maneira com que elas são cobradas e faça muitos exercícios! Essa escolha é importante para você otimizar seu tempo, tendo em vista que os concursos desses ramos costumam cobrar disciplinas específicas diferentes uns dos outros, as quais são extensas e demandam que a pessoa esteja estudando com antecedência. Por mais contraintuitivo que isso possa parecer, “atirar para todos os lados” é uma forma de reduzir as chances de aprovação.
Em relação à rotina, há duas fases que o (a) concurseiro (a) deve ter em mente: o pré-edital e o pós-edital. Na minha opinião, a primeira é a parte mais importante da preparação, pois é nela que construímos as bases do nosso conhecimento, é nela que aprendemos os conteúdos básicos e específicos da nossa área, é nela que desenvolvemos a constância nos estudos, é nela que melhoramos continuamente e é nela que passamos a maior parte do tempo. Enfim, nessa etapa devemos fazer com que o hábito de estudar seja regular e autossustentável. Por exemplo, para alguém que trabalha e estuda, recomendo estudar entre 2 a 3 horas de segunda a sexta, 6 a 8 horas no sábado e 3 horas no domingo. Lembre-se de que o essencial aqui é manter a regularidade da rotina, e não estudar muitas horas.
Por outro lado, o pós-edital é a fase em que devemos dar aquele “gás” a mais, ou seja, é quando temos que intensificar nossos estudos, seja fazendo revisões das disciplinas que já vimos no pré-edital, seja estudando as matérias novas que porventura surjam no edital. Esse momento, portanto, serve para ratificarmos o nosso aprendizado, com foco específico na prova.
Finalmente, queria dizer uma coisa às pessoas que estão lendo: mantenha a constância e não desista! É natural que reprovemos algumas vezes antes de lograrmos a tão sonhada aprovação, essa é, inclusive, a realidade da maioria dos (as) concurseiros (as). Obviamente existem indivíduos geniais que passam de primeira ou em poucos meses, mas não podemos utilizá-los como parâmetro, visto que eles são a exceção, não a regra.
E, por fim, nós, concurseiros (as), não precisamos ter uma inteligência acima da média para passar, o que de fato nos aprova é a disciplina, o foco, as revisões periódicas e a resolução de várias questões. Lembrem-se disso, pessoal: a capacidade cognitiva é uma facilitadora do aprendizado, porém ela não é o fator determinante da aprovação.
Bons estudos a todos (as)!