Aprovado em 83° lugar no concurso TJ-GO Cartórios para o cargo de Provimento
Concursos Públicos“[…] Confiar em um material ou programa de estudos que está seguindo (desde que seja de uma instituição séria, sólida e que efetivamente auxilia o aluno) é fundamental […]”
Confira nossa entrevista com João Felipe Tomazini Assis Carvalho, aprovado em 83° lugar no concurso TJ-GO Cartórios para o cargo de Provimento:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Há quanto tempo se formou em Direito? Qual sua idade e cidade natal?
João Felipe Tomazini Assis Carvalho: Sou João Felipe, natural de Anápolis – GO, possuo 30 anos, atualmente sou advogado e me formei em direito na cidade de Anápolis no ano de 2016/2, começando os estudos em 2017 para carreira de Delegado de Polícia do Estado de Goiás.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Escolheu seu curso superior já pensando em fazer concurso ou chegou a advogar?
João Felipe: Quando iniciei o curso de direito não tinha ideia se queria concurso ou advocacia, era muito incerto ainda. Quando me formei decidi por advogar, mas após iniciar a advocacia, já em agosto de 2016, fui analisando e considerei que não seria meu perfil no momento, e analisando os prós e contras do concurso público em detrimento da carreira da advocacia, pesei pela vontade do concurso público como uma carreira mais direcionada ao meu perfil. Como não tinha a prática jurídica necessária para concursos de juiz ou promotor, iniciei no concurso de Delegado e procurador que não exigia esse prazo.
Meu foco era a carreira da magistratura e do MP até então.
Estratégia: Sempre fez concursos para carreira jurídica?
João Felipe: Sim, decidi seguir com a vida de concurseiro após formado.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
João Felipe: Sim, eu advogo e estudo para concurso, e como advogado consigo conciliar os estudos, quando necessário, no escritório, pois nem sempre tem atendimentos ou serviços a serem feitos, e depois de um tempo de foco nessa carreira do concurseiro (como podemos chamar, afinal são anos da vida da maioria das pessoas), você acostuma a aproveitar esses prazos e também o estudo acaba tornando uma manutenção com o passar do tempo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
João Felipe: Já fui aprovado no concurso do MP MT para promotor de justiça, em 46º, no concurso de Delegado de Polícia Federal fui eliminado pela cláusula de barreira, então não tenho uma classificação oficial, contudo fui aprovado na prova oral, para juiz de direito no TJ RO, em 36º, e para o concurso do extrajudicial (cartório) de Goiás, em 83º.
Agora mudei meu foco e pretendo continuar os estudos para a carreira do extrajudicial.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
João Felipe: O concurso do extra eu fiz pois era no meu Estado, assim eu tinha a bagagem das matérias gerais, com a aprovação na primeira fase foquei nas peças práticas da segunda fase para tentar a aprovação. Após obter a aprovação na prova discursiva, estudei para o exame oral.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
João Felipe: Utilizei das aulas, os PDF’s dos professores dos cursos que realizei, assim como montei um caderno próprio para minha preparação nas aulas, tendo um material produzido meu e que eu conhecia bem, e assim eu o li e reli diversas vezes.
Cada método vai adaptar melhor a uma pessoa, as aulas com o caderno sendo montado parece uma perda de tempo, contudo, se fizer um curso de 1 ano, é um prazo válido de preparação, que vai passar de qualquer maneira e vai ajudar a fixar a matéria. Após isto, você consegue focar mais apenas na leitura do seu próprio material ou algum que lhe possa auxiliar nessa jornada, sendo mais direcionado ao que deseja e às suas falhas.
Mas no geral as desvantagens das aulas são em razão de o aluno poder perder o foco e demorar um pouco para concluir cada aula/bloco de aula, contudo, se você estiver montando seu caderno vai contornar a perca do foco e conseguir acelerar o objetivo almejado.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
João Felipe: Pela internet, redes sociais e amigos que falavam. No concurso de Delegado da Polícia Federal, no TAF, um amigo me contou do estudo realizado com o Estratégia e aprovação nas fases do certame. Assim, decidi iniciar o foco nas matérias específicas do extrajudicial, que estava começando, salvo engano, o curso de vocês no extra.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
João Felipe: O que incomoda em alguns materiais utilizados é a falta de uma simbiose do próprio curso entre um material de aula escrito, em PDF, com as aulas, pois muitos apenas possuem videoaulas, e isso, como mencionado, quando passou da fase de montar o caderno, muda a estratégia adotada.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
João Felipe: Os 3 primeiros concursos obtiveram aprovação antes de iniciar o estudo para o extrajudicial do Estratégia. No extra eu foquei para as fases subsequentes com o material de vocês para auxiliar nas matérias, aprender realmente do básico o que são os institutos aplicados nesse ramo.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
João Felipe: O material do Estratégia tem o PDF bem completo, sendo um livro direcionado para a preparação, mas reduzindo em muito as discussões desnecessárias para a preparação e uma carreira jurídica. O foco é para a aprovação, enxugando o material e, assim, auxiliando no prazo exíguo que temos para a preparação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
João Felipe: Nunca analisei as horas líquidas de estudo por dia, pois ocorrem empecilhos e problemas, mas talvez seja umas 4 horas acredito. Eu pego as matérias e vou seguindo uma ordem, para exemplificar, o Estratégia tem os PDFs por aulas, sendo o material de tributário com 60 páginas. Então, eu leio esse material todo (não importa se tenho que encerrar a leitura num dia ou em mais de um dia) e, em seguida, passo para outra matéria, e, caso ela seja muito extensa (200 páginas por ex.) eu fraciono e leio 70, 80 páginas e passo para o próximo material, quando retornar nessa matéria eu finalizo aquele PDF.
E assim vou seguindo o meu ritmo de estudos.
Cada um terá uma maneira de estudar, esse foi o meio que me auxiliou, pois em uma prova você não vai fazer em um dia a matéria A, no outro a B e assim por diante, mas todas na mesma situação e acredito que esse método me auxiliou para sempre focar nessa hipótese.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
João Felipe: Eu fazia 10 questões objetivas por dia e estava lendo e relendo o meu caderno montado, ele servia como um resumo (por exemplo, um livro tem em média 1000 páginas de matérias mais densas, enquanto meu caderno tem entre 100 e 300 páginas). Assim, acredito que foi a revisão, mas não tinha um dia específico para revisão.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
João Felipe: Eu não me recordo quantas questões fora de prova fiz, mas se for considerar, por exemplo, só de fases objetivas, que devo ter feito mais de umas 20, considerando cada prova com 100 questões, só nisso foram 2000 questões. Além dessas, com a resolução de 10 questões por dia, ou mais em alguns dias, quando estava cansado da leitura do material e decidiu estudar apenas por questões e leitura dos comentários, fácil deve passar de 8000 questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
João Felipe: Eu sempre mantive o mesmo ritmo de estudos, apenas intensifico mais quando é a prova oral, que dou uma acelerada e focada maior para essa fase do concurso, afinal ela encerra o ciclo daquele certame para a pessoa e pode trazer um grande impacto na classificação final.
Pré-prova eu não costumo estudar (salvo a prova oral da magistratura, que sorteia o ponto 24h antes e aí você tem um norte do que revisar), mas no geral acredito que o descanso no dia anterior à prova ou 2 ou 3 dias antes, são fundamentais para uma ajuda na redução da ansiedade e desempenho, pois de qualquer maneira o estudo a pessoa já possui, e a base formada também já há.
Estratégia: Concursos para carreira jurídica são compostos por várias fases. Como foi sua preparação para a prova discursiva? E para a prova oral?
João Felipe: A prova discursiva o que sinto falta, no geral, é a ausência de cursos regulares para uma determinada carreira com peças práticas e questões realizadas, pois o concurseiro tem o costume de só ir estudar para a prova discursiva quando passar na objetiva (o que é um erro em muitas vezes).
Mas no geral o que temos que entender é que ao estudar para a prova objetiva já estamos montando a bagagem para as provas discursiva e oral, o que precisamos trabalhar é o modo de expressar o conhecimento e trazer ele ao papel ou à fala, pois, conforme mencionei, a bagagem tem, o que não temos é o costume de expressar isso em um teste e nos atrapalha assim.
A prova oral é um curso direcionado para analisar as falhas e manias que a pessoa tem é de grande ajuda.
Na prova do TJ RO para magistratura o Estratégia forneceu um simulado para os alunos aprovados, para quem quisesse realizar, faltando 1 semana para iniciar essa fase. Os professores que atuaram nessa fase deram dicas de postura, velocidade de fala, dicção dentre outros aspectos, que ajuda muito, pois há o costume de trazer as falhas da comunicação do dia a dia para essa importante fase e nem percebemos muitas vezes.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
João Felipe: O principal erro é não confiar no próprio material que produziu ao longo do tempo de preparação (concurseiro vai atrás do material perfeito sempre, isso é fato) e negligenciar a lei seca no início.
O acerto foi melhorar a quantidade de resolução de questões que fazia e revisar meu material por diversas vezes.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
João Felipe: Não tem a fórmula mágica da aprovação, seguir o que fulano fez ou deixou de fazer não vai fazer ser aprovado mais rápido, pois cada um tem um jeito diferente de aprender, com tempo e realidade distinta.
Confiar em um material ou programa de estudos que está seguindo (desde que seja de uma instituição séria, sólida e que efetivamente auxilia o aluno) é fundamental.
Se possível, e necessário, peça ajuda a alguém para organizar sua rotina de estudos e siga um planejamento, pois a desorganização de um ambiente, e sua rotina é seu ambiente, atrapalha o foco e desenvolvimento.
E após começar a ter aprovação na primeira fase (que pode levar um tempo diferente para cada pessoa), acredite que tá no ritmo já da aprovação e o tempo é só um detalhe para isso ocorrer, passando a focar em um treinamento direcionado para a segunda fase, escrevendo redações extensas no menor tempo possível (o TJSP por ex. apenas fornece 4h de provas, TJRJ traz 25 questões, TJGO 10 questões) para desenvolver a habilidade da escrita para a segunda fase (que perdemos em razão de hoje ser tudo digitado). Também treine para o exame oral, podendo até mesmo se gravar para identificar eventuais erros.
E só pare de estudar efetivamente, se realizou o sonho do concurso, quando for nomeado e empossado, pois, infelizmente, a aprovação é uma etapa, e a nomeação outra, que pode demorar muito ou não ocorrer (MPMT fui aprovado em 2020, PF cortado pela cláusula de barreira), e se houvesse parado, não teria tido as demais aprovações.
E as reprovações fazem parte mais do que as aprovações, eu mesmo já fui reprovado na segunda fase do TJSP 2x, TJPR, TJGO, MPDFT, TJPE, dentre outros, fora as primeiras fases que ficam por 1, 2 ou 3 questões. Ou seja, reprovamos mais que somos aprovados. Só continuar até a nomeação (ou mesmo após ela, mas mais tranquilo que sabe que conseguia alcançar um objetivo, sendo capaz).