Aprovado em 2° lugar no concurso CETESB para o cargo de Analista Ambiental - Formação: Biologia - Polo: 5 - Região de Ribeirão Preto
Concursos Públicos“Comece estudando um núcleo básico de disciplinas, principalmente direito administrativo e português, que sempre caem nas provas mesmo que indiretamente […]”
Confira nossa entrevista com Guilherme Garcia Costa da Silva, aprovado em 2° lugar no concurso CETESB para o cargo de Analista Ambiental – Formação: Biologia – Polo: 5 – Região de Ribeirão Preto:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Guilherme Garcia Costa da Silva: Olá, meu nome é Guilherme, sou biólogo formado na USP de Ribeirão Preto, cidade onde sempre morei.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Guilherme: Inicialmente, o meu plano era realizar consultoria na área ambiental, mas como vim da área acadêmica, existem algumas dificuldades, pois o mercado sempre exige experiência de trabalho. Após a pandemia, também ficou aparente a volatilidade do mercado de trabalho e isso me abriu os olhos para a possibilidade de prestar concursos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Guilherme: Tive o privilégio de poder ficar só estudando. Minha família sabia da dificuldade de passar em um concurso de alto nível e, com poucas vagas (o concurso em que passei só tinha duas vagas) e concordaram em me ajudar enquanto isso. A minha meta era de passar em qualquer concurso que fosse possível neste ano, mesmo que não fosse da minha área, para pelo menos eu poder me manter com uma renda estável enquanto não aparecesse a oportunidade ideal. Mas tudo deu certo e essa oportunidade surgiu no começo deste ano mesmo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Guilherme: Essa foi a minha primeira aprovação. Como Analista Ambiental no concurso da CETESB. Com apenas duas vagas, consegui ficar em segundo e garantir a classificação. Se tudo der certo, não pretendo estudar para nenhum outro concurso.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Guilherme: Praticamente não saía. Talvez uma vez a cada duas semanas. É um sacrifício que chega até a afetar a nossa saúde mental, infelizmente. Mas é um pequeno período de sacrifício comparado com a duração dos benefícios que virão no futuro.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Guilherme: Apoiaram muito. Eu sempre fui estudante e tinha minhas bolsas acadêmicas de pesquisa, mas minha família sabe que elas não duram para sempre. Então, eles entenderam que eu precisava de um tempo todos os dias para estudar para um futuro concurso.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Guilherme: Como não sabia quando seria anunciado o próximo concurso na minha área de formação, no início, foquei apenas nas disciplinas básicas, pois elas servem para qualquer prova de qualquer nível. Devo ter ficado uns dois anos apenas nelas. Assim, se eu não conseguisse o emprego desejado, pelo menos teria condições de obter outro para me manter enquanto isso. Decidi que 2024 seria o ano em que eu passaria no que estivesse disponível, seja onde for. Por sorte, saiu o edital da CETESB em dezembro do ano passado e, durante cerca de três meses e meio, fiquei estudando direcionado apenas a ele.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Guilherme: As videoaulas são muito didáticas, porém, demandam muito tempo. Só as usava para complementar um assunto mais difícil de entender apenas pelo texto. O curso em PDF pra mim é o material fundamental, pois você precisa conhecer a linguagem técnica que será usada na prova e na sua profissão. A live de revisão que os professores fizeram no Youtube no dia anterior à prova também foi extremamente útil.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Guilherme: Pesquisando recomendações na internet, o material do Estratégia foi o mais indicado e após ver o número de aprovados decidi experimentar. Também ajudou o fato de ter uma política de arrependimento caso eu não gostasse do material.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Guilherme: Eu nem cheguei a usar outros materiais. O máximo que fiz, foi ler diretamente a lei “seca”, ou seja, a literalidade das legislações e regulamentos sem os comentários dos professores. Isso é muito importante, porém, nenhum concurso da atualidade vai cobrar apenas a literalidade da lei. Há muitas questões mais complexas sobre doutrinas ou experiências práticas da área de trabalho e é muito difícil ser aprovado sem um material como o do Estratégia que reúna tudo isso.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Guilherme: De início, estudava matemática, português, direito administrativo e direito constitucional e em dias intercalados, metade das matérias num dia e metade no outro. Sempre usei um cronômetro no computador para calcular as horas líquidas de estudo. Tem dias em que a gente precisa fazer mais pausas, depende muito da complexidade do assunto. Eu nunca programei as minhas pausas, prefiro fazê-las de forma orgânica. Mas sempre calculava as horas líquidas para tentar manter um controle. Tentei estudar 6 horas líquidas por dia. Mas acho importante respeitar o ritmo natural do seu cérebro, então, tinha dias em que eu conseguia estudar mais do que isso e em outros, estudava menos. Na reta final, já estava dominando os assuntos básicos, então após o edital, passei a estudar só matérias específicas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Guilherme: Sempre priorizei grifar apenas os termos essenciais no texto, então durante a revisão, eu apenas olhava os termos marcados e isso já valia como um resumo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Guilherme: Resolver questões é essencial, não apenas para o domínio da matéria, mas também para se acostumar com o ritmo de prova. Mas acho que é importante saber balancear os exercícios com o progresso na disciplina, pois se faltar pouco tempo para a sua prova, você pode ficar atrasado na matéria se fizer questão de resolver todos os exercícios do PDF. Nem sei quantas questões resolvi, mas com certeza está na casa dos milhares.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Guilherme: Matemática e informática sempre foram as mais difíceis, pela amplitude das matérias e minha falta de experiência nas áreas, sendo formado na área de biológicas. Acho que o único jeito de superar é não fugir das questões difíceis e sempre refazer todas as questões que errar. Eu mantinha uma lista de questões que errei e sempre retornava a ela para refazê-las até entender tudo. Também mantinha uma lista com as principais fórmulas matemáticas para não as esquecer.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Guilherme: Eu conheço bem o meu ritmo de estudos e sei que quando tenho uma linha de chegada, consigo aumentar bem o ritmo sem sentir o “burnout”, então na última semana, tentei dobrar o meu tempo diário de estudo. Não posso recomendar isso para todos, pois acho que cada um tem o seu jeito de estudar. No dia pré-prova, assisti às lives do Estratégia e fiz uma revisão focando naquilo que os professores deram ênfase.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Guilherme: Sempre tive mais facilidade com a escrita, então não fiquei treinando muito. Acho importante quem tem dificuldade na área redigir algumas redações para serem corrigidas e ver onde está a maior parte dos erros. Mas o que eu mais recomendo para todo mundo é não deixar de estudar português, pois na maioria das questões objetivas, o domínio do tema corresponde a apenas metade da pontuação. A outra metade, depende da correção gramatical e da habilidade de introduzir suas ideias com clareza.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Guilherme: Não ter uma perspectiva de quando vai sair o próximo edital me induziu a cometer alguns erros. Querer dominar 100% de todas as aulas me fez demorar muito para avançar, mas como eu não tinha um prazo final, isso não parecia ser um problema. Depois que saiu o edital, tive que aumentar muito o ritmo para fechar tudo. Acho que todo mundo comete esse erro, até porque não dá para prever tudo que vai ser cobrado.
O meu maior acerto foi focar no núcleo básico de matérias primeiro. Pode parecer óbvio, mas tem tanto conteúdo para se estudar que você pode ficar confuso e querer fazer 10 disciplinas de uma vez, sem priorizar nenhuma. Matemática, direito administrativo e português são assuntos que devem ser priorizados, pois você vai precisar dominá-los independentemente de qual concurso for prestar. E se sair um edital de surpresa, você poderá dedicar o período pós-edital quase exclusivamente para as matérias específicas e fazer apenas uma breve revisão do núcleo básico.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Guilherme: Desistir não, mas tive que abrir minha mente para a possibilidade de ter que ingressar em outro cargo, enquanto não saísse o próximo edital para a minha área de especialização e paixão profissional. Eu sabia desde o começo do ano passado que o CNU, provavelmente, seria implementado em 2024 e acredito que ele será uma boa meta anual para os concurseiros manterem o foco. Dei sorte de sair um edital da minha área, mas se não saísse, pelo menos o CNU me daria um outro objetivo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Guilherme: Comece estudando um núcleo básico de disciplinas, principalmente direito administrativo e português, que sempre caem nas provas mesmo que indiretamente. Talvez demore anos para aparecer o concurso ideal para você e isso realmente pode ser bem desanimador. Mas, tenha em mente que o conhecimento básico adquirido nos seus estudos vai te ajudar a passar em outros concursos, mesmo que não sejam os que você sonha. Ser aprovado e ganhar uma fonte estável de renda vai te dar condições para continuar estudando, ainda que só um pouco por dia. Assim, o conhecimento não vai desaparecer e você sempre estará preparado quando sair o edital desejado.