Aprovada em 11° lugar no concurso IBAMA para o cargo de Analista Ambiental 3
Concursos Públicos“No pós-edital, os PDFs simplificados e os cadernos de questões foram essenciais para aquelas matérias que tive que deixar o preciosismo de lado devido ao pouco tempo, sem contar os mapas mentais para revisão.”
Confira nossa entrevista com Grazielle Diniz, aprovada em 11° lugar no concurso IBAMA para o cargo de Analista Ambiental 3:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Grazielle Diniz: Meu nome é Grazielle, tenho 24 anos, nascida e criada em Brasília-DF. Sou formada em Engenharia Química pela Universidade de Brasília (UnB).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Grazielle: No final da graduação, vendo como era a realidade de outros colegas na iniciativa privada, comecei a perceber que aquilo não era para mim. Na época, comecei a estagiar em uma empresa pública (Embrapa) e a ideia de estudar para concursos começou a crescer dentro de mim. Poucas semanas antes de colar grau eu já havia decidido que iria começar a estudar.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Grazielle: Durante a minha jornada nos concursos nunca quis dedicar todo o meu tempo aos estudos. Sou bolsista do CNPq na Embrapa Agroenergia, e apesar da flexibilidade que possuo lá, conciliar as atividades nunca fui fácil. Geralmente eu estudava pela noite, o que sempre foi um desafio pois não sou uma pessoa noturna, mas sempre fiz aquilo que foi possível, sem muito estresse se não batesse as metas diárias.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Grazielle: Fiz um concurso da FUB ainda no ensino médio, porém sem estudar absolutamente nada, só para ver como era mesmo.
O concurso do IBAMA foi o primeiro que prestei realmente a sério, e sempre me identifiquei com a área ambiental desde a graduação, então ter passado no IBAMA é uma grande conquista, de forma que não almejo outros cargos no futuro próximo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Grazielle: Obviamente tive que sacrificar muitas coisas enquanto estudava, porém nunca adotei uma postura radical. Durante a época do vestibular e da graduação, sempre que exagerei nos estudos, o resultado sempre foi pior. Acredito que nunca tenha passado das 6, 7 horas líquidas de estudo, sempre fazendo as coisas que gosto, mesmo que com menos frequência, até mesmo no pós- edital.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Grazielle: Não sou casada, nem tenho filhos. Brasília é o local que respira concursos, então minha família sempre me incentivou a estudar. Muitos dos meus amigos estão nessa jornada também, então no final todo mundo entende.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Grazielle: Creio que estudei cerca de 2 meses no pré-edital, mais os 2 meses do pós-edital. Nem sempre mantive a disciplina, mesmo com o pouco tempo, mas fui tornando o estudo cada vez mais estratégico, sem longas sessões de estudo que me desgastavam muito.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?
Grazielle: No geral estudei principalmente por PDFs, já que gostava de revisar por grifos. Usei muito os pdfs simplificados conforme o tempo foi apertando. O estudo por pdfs pode ser mais maçante, mas com um bom ritmo de leitura acredito que flua mais rápido.
Por video aulas estudei mais as matérias de tecnologia da informação e estatística, que acredito funcionarem melhor em vídeo, apesar de levar mais tempo para concluir. Sempre assisti em velocidade acelerada, o que ajuda muito a não dispersar durante a aula.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Grazielle: Conheci o Estratégia através de uma amiga que também estuda para concursos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Grazielle: O tempo é um dos recursos mais preciosos para os concurseiros, então ter um material atualizado e direcionado em um só local faz toda a diferença.
Um dos meus maiores medos em estudar para concursos, sendo uma pessoa das exatas, eram as matérias de direito. Fiquei muito aliviada ao perceber que os pdfs e videoaulas eram completamente compatíveis com pessoas que não eram da área.
No pós-edital, os pdfs simplificados e os cadernos de questões foram essenciais para aquelas matérias que tive que deixar o preciosismo de lado devido ao pouco tempo, sem contar os mapas mentais para revisão.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Grazielle: Minha ideia inicialmente era terminar os conhecimentos básicos antes do edital. Entretanto, o edital saiu antes de eu conseguir terminar, sem contar as inúmeras matérias que foram adicionadas. Assim, no pós-edital meu estudo foi uma luta contra o tempo, priorizei a parte específica, que não tinha visto nada, e revisei aquilo que deu nas últimas 2, 3 semanas.
Sempre tentei manter uma média de 4 horas líquidas diárias durante a semana, mas raramente conseguia. No final de semana, em um dia bom, eu conseguia fazer 6 horas líquidas. Sempre evitei ficar muito tempo em uma única matéria, mas confesso que não tive muita organização nos estudos.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Grazielle: No pré-edital eu comecei a fazer resumos digitais de algumas matérias do ciclo básico, mas quando o edital saiu abandonei completamente os resumos. Antes do edital só estudei a parte de conhecimentos básicos, e fazia revisões periódicas com esses resumos e questões.
No pós-edital, houve a adição de várias matérias e devido ao tempo super apertado, só fiz revisões depois de ter tido uma noção geral de todas as matérias. Assim, nas últimas semanas passei a revisar com grifos e questões. Infelizmente não tive tempo de fazer simulados, somente refiz a última prova do IBAMA e assisti as lives de resolução dos simulados do Estratégia no Youtube.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Grazielle: A resolução de questões é crucial na jornada do concurseiro, já que muitas vezes é possível observar padrões dentro dos assuntos cobrados pelas bancas. Não faço ideia de quantas questões resolvi, mas procurava responder todos os dias.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma disciplina?
Grazielle: A parte de tecnologia da informação, que não foi cobrada no último edital, foi provavelmente a que me deu mais dor de cabeça. Estudei praticamente tudo por videoaulas e questões. Devido à extensão do edital, imaginei que não viriam tantas questões sobre o assunto, então não me prendi a pequenos detalhes.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Grazielle: Na semana que antecedeu a prova eu basicamente revisei e terminei alguns assuntos pendentes. No dia anterior a prova dei uma lida em alguns temas possíveis de redação, mas tentei descansar o resto do dia.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Grazielle: Apesar de ter ido muito bem na discursiva, não treinei nenhuma vez, o que não aconselho para quem não tem o costume de escrever.
Como o tema seria relacionado aos conhecimentos específicos do cargo, foquei em estudar a teoria e tentei ser o mais objetiva possível ao escrever a redação, sem muitos floreios.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Grazielle: Acredito que um dos meus maiores acertos foi levar todo o processo com tranquilidade, inclusive no dia da prova. Assim, como eu acreditava que havia poucas chances de passar marcando poucas questões, arrisquei bastante e marquei bem mais questões do que eu normalmente faria numa prova do Cebraspe.
Em relação aos erros, fui fazer a prova praticamente sem dormir porque não estava acostumada a acordar tão cedo, de forma que errei várias questões que sabia por desatenção. A falta de organização durante os estudos em vários momentos também me atrapalhou.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Grazielle: Assim que o edital saiu fiquei uns 2 dias pensando se valeria a pena me dedicar a esse concurso com tão pouco tempo até a prova. Como era um cargo que queria muito, decidi que iria fazer aquilo que era possível e ver no que ia dar, sem grandes expectativas.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Grazielle: Meu conselho é para aqueles que acham que não vão conseguir ser aprovados porque não possuem o dia inteiro para estudar: façam aquilo que é possível com o que você pode e consegue fazer no momento. Faça muitas questões e abandone a ideia de querer guardar todos os detalhes logo de primeira.