Aprovado em 1° lugar PCD no concurso UERJ para Técnico Universitário Superior - Jornalismo
Concursos Públicos“Leve o tempo que precisar, mas seja CONSTANTE. Se você no momento acredita que só poderá se dedicar 1h por dia, comece assim. Quando for possível, coloque mais tempo. Não espere um cenário “ideal” para iniciar sua qualificação nesse cenário que nunca foi tão competitivo como é hoje”
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Confira nossa entrevista com Eduardo Moncken, aprovado em 1° lugar PCD no concurso UERJ para Técnico Universitário Superior – Jornalismo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Eduardo Moncken: Sou formado em Comunicação Social – Jornalismo pela UFRJ, tenho 29 anos e sou carioca.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Eduardo: As dinâmicas do mercado na iniciativa privada nunca me agradaram, principalmente possibilidades de desligamento da noite para o dia. Meu planejamento profissional sempre incluiu procurar um emprego estável e, sendo assim, o caminho dos concursos se mostrou o melhor para eu conciliar minha formação, o desejo de exercer a profissão e um certo conforto que considero justo.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Eduardo: Sim! Enquanto estudava para concursos eu passei por três empregos — todos home office. Isso me permitiu economizar tempo, já que não tinha uma preparação matinal, deslocamento de transporte público e podia encerrar meu expediente já abrindo uma apostila do Estratégia. Eu apenas tirava uma hora de intervalo entre essas duas atividades para conseguir estudar mais focado, com uma média de 3h diárias de PDFs e exercícios pelo Estratégia Questões.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Eduardo: Já fui aprovado como Técnico Bancário Novo na Caixa Econômica Federal (concurso de 2021), na 28ª posição para o polo Rio Capital; e em 1º lugar via cotas PCD para Técnico Universitário Superior – Jornalismo na UERJ. Atualmente estou na CEF, e com a UERJ como possibilidade, no momento avalio que tenho duas ótimas oportunidades para analisar e, ao menos por enquanto, investir o meu tempo nessas duas aprovações.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Eduardo: Eu sabia que, no meu caso, fazer grandes concessões da noite para o dia teria um efeito contrário ao desejado. Ou seja, ao invés de conseguir focar ao máximo nos estudos, eu provavelmente começaria a rejeitá-los por sentir que isso me tiraria os prazeres do dia a dia. Por isso adotei uma postura de me dedicar ao trabalho e estudos apenas nos dias úteis e aproveitar o final de semana para recarregar as energias — mesmo que isso pudesse tornar mais lento o processo de uma aprovação.
Assim, de segunda a sexta era só trabalho, estudos e cama. Mas aos sábados e domingos eu me desligava de tudo. Isso permitiu que meu convívio social se alterasse muito pouco, até porque as pessoas também estão bem ocupadas ao longo da semana.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Eduardo: Não sou casado ou tenho filhos, e meus planos envolvendo concursos sempre visaram a melhoria da minha própria vida e do meu núcleo familiar materno. Tanto é que somente minha mãe sabia dos meus objetivos, inicialmente.
Como a maioria dos meus familiares vem da iniciativa pública, minha mãe ficou até mesmo empolgada com a minha decisão. Com o meu nome aparecendo nas listas de inscrições de alguns concursos, alguns amigos também ficaram sabendo. Nunca ouvi uma crítica sobre a decisão que tomei, até porque muitos deles estavam optando pelo mesmo caminho! Então eu recebia apoio, ao mesmo tempo que prestava apoio também para alcançarem esse objetivo em comum que passávamos a ter.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Eduardo: Não sigam esse exemplo (rs), mas fiz a loucura de estudar para o concurso de Jornalista da UERJ apenas com o edital publicado. Foram basicamente dois meses estudando para o meu primeiro concurso na área de Comunicação Social. Foi uma prova que me convenci que faria apenas pelo treino — afinal, precisamos começar de algum lugar e a experiência de participar do concurso é importante. Acabei sendo surpreendido pelo resultado.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Eduardo: O mix de ferramentas do Estratégia foi essencial. Como a base teórica nos PDFs, exercícios para fixar conceitos na plataforma de questões, e os podcasts para deixar fresco decretos, leis e regimentos relevantes para a prova.
As lives de professores, como a Julia Branco, eram ótimos motivadores e traziam estatísticas relevantíssimas do que priorizar caso faltasse tempo. Os resumos eram outra forma de, por exemplo, fazer uma consulta rápida em um dia agitado.
Já os vídeos eram meu recurso favorito quando, sozinho com um PDF, eu não conseguia compreender algum conceito — ou achava alguma teoria abstrata demais. Nesses momentos super valia a pena sentar e passar uma ou duas horas com o material gravado porque ele foi essencial para superar algumas dificuldades, principalmente na parte de teorias da comunicação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Eduardo: Antes de procurar um curso para me auxiliar nesse desafio, eu lia muito sites especializados em concursos. Mas eles só traziam notícias e eu precisava me capacitar.
Foi por pesquisas que cheguei o site do Estratégia e inicialmente tive contato com o canal do YouTube. Dali ganhei confiança para comprar uma assinatura.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Eduardo: O material do Estratégia fez toda a diferença. Lei seca é importantíssimo, mas para quem está começando, as leis comentadas, por exemplo, trazem uma didática essencial para entendermos a estrutura da Administração Pública.
A bateria de exercícios no final de cada módulo ajuda a enraizar o que não pode sair da sua cabeça em um dia de prova. Pode ser cruel sentir que caiu em algumas pegadinhas nas questões trazidas — mas as bancas podem ser cruéis também, e então acaba sendo melhor aprender com um erro enquanto estuda do que no dia da avaliação, e essa foi uma das maiores lições que tirei dos PDFs.
A diversidade de formatos é outro fator muito positivo do Estratégia, pois em um dia que você não possa se debruçar nas apostilas, pode revisar alguma aula deixando o vídeo na TV — ou escutando um Estratégia Cast no ônibus. A plataforma de questões é outro caminho a ser aproveitado, principalmente com os comentários técnicos valiosíssimos quando aquela questão te faz gastar muitos neurônios e tempo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Eduardo: Tive um rendimento médio de 3h de estudos por dia, seguindo a ordem dos PDFs específicos disponibilizados para o concurso de Jornalista — UERJ. Os últimos 30 minutos desse tempo eu revisava português — que já havia estudado recentemente para outra prova, por isso decidi colocar um tempo menor.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Eduardo: Como fiz a loucura de estudar para esta prova em específico apenas no pós-edital, não pude fazer a revisão mais elaborada do mundo. Eu basicamente abria os PDFs e rolava para a seção de questões — e refazia todas elas. Para a minha sorte o percentual de erros era muito baixo, então não precisei adotar nenhuma outra grande estratégia para melhorar meu desempenho nesse tempo curto.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Eduardo: Nesses dois anos que vim estudando pelo Estratégia, estimo que resolvi 8 mil ou 9 mil questões. Ao menos 1.200 só para o concurso de Jornalista da UERJ.
Resolver questões é essencial. Você precisa resolver uma bateria de exercícios para identificar suas falhas em determinado assunto; você precisa entender como a banca formula questões; você precisa muito afiar sua interpretação de texto para não perder um ponto por descuido.
Fora isso, quanto mais questões eu fiz, mais confiante cheguei no dia da prova certo de que poucos enunciados poderiam me surpreender. Reduzir esse temor foi importantíssimo para fazer a prova calmo, certo de que eu estudara o edital e também tinha me treinado a responder quase tudo sobre os tópicos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Eduardo: Certamente as Teorias da Comunicação me confundiam muito. Muitas pesquisas, muitos nomes e isso me embolava bastante. Foi aí que parti para as videoaulas, apesar do tempo curto. O material audiovisual foi melhor, nesse tópico, para me ajudar a fixar cada pesquisa ao nome correto, e as principais características delas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Eduardo: Foi na semana que antecedeu a prova que o nervosismo deu as caras. Acredito também que por deixar para estudar apenas no pós-edital. Foi então que precisei empurrar os estudos para um pouco mais tarde, inserindo atividades físicas, como corrida, entre o trabalho e os estudos. Com o corpo cansado, a mente também ficava menos atribulada e eu conseguia voltar a ter foco para as revisões.
Foi nessa semana, também, o único final de semana para o qual estudei. Foi um dia de maratona, começando no sábado 7h e parando só às 22h. Era o gás final e isso foi importantíssimo, porque três questões da prova só consegui responder graças a dificuldades que solucionei no dia anterior.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Eduardo: Não pude colocar muito tempo no preparo para a parte discursiva, mas pelo fato de trabalhar diariamente em uma redação jornalística, senti que eu poderia me virar fosse lá o que pedissem. Estratégia arriscada e não à toa o resultado foi misto: tirei uma nota apenas ok nessa etapa. O que me garantiu mesmo o 1º lugar via cotas PCD foi o desempenho na parte de múltipla escolha.
Meu conselho é: escutem quando os professores falam para treinarem a parte discursiva (rs). Treinar muitas questões de múltipla escolha é essencial para um bom desempenho, mas isso infelizmente não garante que você vá conseguir argumentar bem sobre aquilo quando precisar escrever com as suas próprias palavras.
Seja uma redação (meu caso), ou seja uma bateria de questões dissertativas, é importante dedicar algum tempo a esse tipo de treino. E esse é um caminho que pode te beneficiar duplamente: primeiro para garantir os pontos dessa parte da prova e segundo porque forçando seu cérebro a tratar daquele assunto com suas próprias palavras, sua própria organização textual, você pode “registrar” melhor aquilo.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Eduardo: Meu maior acerto: acreditar quando a professora Julia Branco disse ser possível brigar pela aprovação em um plano de estudos em apenas 50 dias.
Meu maior erro: pensar que eu poderia deixar os estudos para a parte discursiva em segundo plano. O tema acabou caindo como uma luva, mas e se não fosse assim? O resultado poderia ter sido bem diferente.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Eduardo: Não pensei em desistir, porque quando me convenço de alguma coisa, não abro mão de me dedicar até que isso não seja mais possível. Claro, tem dias que você fica um pouco mais frustrado, está com menos vontade de ficar debruçado em PDFs. Mas mesmo nesses dias é importante tentar, mesmo que você passe menos tempo focado nesse objetivo.
Minha maior motivação sempre foi a estabilidade. Eu acho justo a gente querer desempenhar nosso papel profissional sem medos de não conseguir mais pagar o aluguel, as contas ou de um dia para o outro ficar com uma mão na frente e outra atrás. É a característica do serviço público mais atraente para mim.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Eduardo: Leve o tempo que precisar, mas seja CONSTANTE. Se você no momento acredita que só poderá se dedicar 1h por dia, comece assim. Quando for possível, coloque mais tempo. Não espere um cenário “ideal” para iniciar sua qualificação nesse cenário que nunca foi tão competitivo como é hoje.
O melhor de tudo é que nada que você aprendeu fica para trás. Se a aprovação não veio na sua primeira prova, saiba que tudo que aprendeu já te dará uma vantagem enorme para o seu próximo edital. E assim, sucessivamente, até chegar ao ponto em que você já saberá tanto de Direito Administrativo, Constitucional, Raciocínio Lógico, Matemática, enfim, que conseguirá ter uma rotina menos pesada a cada novo concurso, aumentando seu percentual de acertos.