Aprovada em 1° lugar no concurso Prefeitura de Olinda/PE para o cargo de Jornalista
Concursos Públicos“Eu aconselharia a buscar clareza sobre o que realmente se quer. Diria para escolher concursos que sejam na sua área de atuação, o mais próximo possível do conhecimento de seu domínio. Isso torna o processo mais leve, pois você estará em contato constante com sua área de interesse […]”
Confira nossa entrevista com Mariana Lins Lima, aprovada em 1° lugar no concurso Prefeitura de Olinda/PE para o cargo de Jornalista:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Mariana Lins Lima: Me chamo Mariana Lins, tenho 35 anos e sou do Recife (PE). Tenho graduação em jornalismo, com mestrado e doutorado em Comunicação.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Mariana: Ao concluir o doutorado, percebi que meu desejo por seguir a carreira acadêmica esbarrava na escassez de concursos na minha área de formação. Depois de tantos anos de dedicação à universidade, me pareceu exaustivo esperar mais tempo e/ou oportunidades que se ajustassem à minha formação. Por isso, resolvi estudar para outros tipos de concurso, mantendo sempre o foco na área de Comunicação.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Mariana: Eu tive a chance de apenas estudar, conciliando com trabalhos pontuais de freelance. Isso me deu flexibilidade para organizar meus horários.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Mariana: Fui aprovada no concurso geral da Prefeitura de Olinda para o cargo de jornalista. Fiquei em 1º lugar e foi a primeira vez que isso aconteceu.
Pretendo continuar estudando para o mesmo cargo (Jornalista ou Comunicação), mas privilegiando órgãos públicos maiores e, se possível, mais conectados com minhas experiências de trabalho anteriores.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Mariana: Mantive minha vida social tranquila, encontrando a família e os amigos sempre. Houve um tempo em que acreditei que a ideia de me isolar para estudar era uma boa estratégia, mas já testei e, realmente, comigo não funcionou. Considero os momentos de lazer e de sociabilidade fundamentais para o meu bem-estar, assim como a prática de exercícios físicos e os cuidados com a saúde mental. Ao longo da preparação para concursos, continuei praticando esportes (jogo basquete e faço academia) e com psicoterapia.
Outro ponto importante foi o investimento em leituras “não obrigatórias”, digamos assim. Refiro-me aos livros de ficção, poesia e tudo o que não tenha a ver com concurso público. Além de ser um ótimo recurso de entretenimento, é a oportunidade de construir um repertório criativo, vocabular e de escrita que influencia bastante na hora de produzir textos dissertativos nas provas.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Mariana: Não sou casada e nem tenho filhos. Minha família e meus amigos entenderam e apoiaram minha caminhada ao respeitarem meu tempo e minhas escolhas, sem cobranças. Claro que precisei ficar menos online, demorei a responder mensagens e e-mails, mas, apesar de alguns ficarem chateados (risos), entendiam que era por uma boa causa.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Mariana: Na realidade, eu não estudei especificamente para o concurso em que passei. Ele teve mais um papel de teste para a preparação que eu estava fazendo para outros editais maiores. Inclusive, no mesmo dia, tive uma outra prova para outro concurso que me interessava mais (para o qual acabei não passando… risos).
Eu diria que minha disciplina foi estabelecida de acordo com o meu repertório anterior e os direcionamentos que o material de estudo me proporcionava. Pode ser um clichê, mas poucas horas bem aproveitadas valem mais do que longas horas de estudo “pulverizado”.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Mariana: Foquei em revisar o que eu já sabia por meio dos PDFs e me ater mais fortemente ao que era novo para mim, usando PDFs e algumas videoaulas para tirar eventuais dúvidas. Somado a isso, também recorri a livros de Comunicação e textos mais detalhados que busquei na internet, no intuito de consolidar de forma mais robusta o assunto dos conhecimentos específicos, que são um diferencial para a nota final.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Mariana: Conheci pela internet e por comentários de amigos da área de Comunicação que também foram alunos/assinantes do site.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Mariana: Sim, cheguei. O que mais me incomodava era a escassez de material direcionado para a área de Comunicação. Tudo parecia muito solto, pouco sistemático. Aliás, esse também é um aspecto a ser exaltado nos PDFs do Estratégia: a robustez e a sistematização dos conteúdos, seja de Comunicação, Língua Portuguesa ou de legislações em geral.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovada?
Mariana: Sim, cheguei. Mas, além de não ser aprovada, fiquei em colocações bem mais distantes do que as que consegui após me tornar aluna do Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Mariana: Sim, senti. Gosto da objetividade dos PDFs e de como os assuntos são sistematizados em cada edital, com destaques para o que é mais ou menos recorrente nas provas, conforme cada banca organizadora.
E o mais importante: encontrar materiais bem feitos para a área de Comunicação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Mariana: Minha estratégia foi estudar de segunda à sexta, deixando sempre os finais de semana, feriados e as noites livres, com uma média de 3 a 4 horas diárias, no máximo. Além disso, dei mais atenção ao conteúdo com o qual estou menos familiarizada, deixando os demais para revisão (ou por PDF ou resolvendo questões).
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Mariana: Faço resumos, gosto de destacar coisas importantes e também gosto muito de resolver questões e provas inteiras. Aproveito para fazer meu próprio ranking de acertos.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Mariana: Não faço ideia de quantas questões ou provas já fiz e refiz, mas foram muitas. A resolução de exercícios é a forma mais eficiente de consolidar o conteúdo estudado, não tem segredo. Você só aprende errando e/ou treinando, ou seja, investindo no estudo ativo mesmo.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Mariana: Raciocínio lógico, informática e algumas coisas de legislação. O que faço é entender como cada disciplina é cobrada por cada banca, que tipo de questões é mais comum e, assim, definir quais pontos precisam mais da minha atenção. Nessas, sei que raramente vou conseguir acertar tudo, e lido bem com isso, mas coloco como meta pelo menos 70% de aproveitamento. E é o que normalmente acontece quando se adota essa estratégia. Acabo economizando tempo e a frustração que surge com a dificuldade de absorver assuntos que não são do meu domínio (e que, sinceramente, talvez nunca sejam).
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Mariana: Na semana da prova, baixei os PDFs de legislação específica do município e os li, relacionando quase sempre com a legislação federal (com a qual já estou mais familiarizada). Além disso, dei uma revisada rápida na parte específica e em alguns itens de língua portuguesa.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Mariana: Acredito que os erros que cometi nas primeiras vezes que estudei para concurso (em 2011 e 2014) consegui consertar agora. Entre eles, poderia citar o isolamento, a atividade física e o cuidado com a saúde mental. Quando entendi que precisava mudar tudo isso, o resto ficou mais fácil. Consegui focar nas provas da minha área, eleger os concursos que realmente tinham a ver comigo e com meus planos e, claro, construir a rotina que melhor se adequa à minha realidade, entendendo que cada um tem a sua.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Mariana: Eu desisti duas vezes no passado. Mas acho que a maturidade traz também a clareza sobre o que de fato queremos para o nosso futuro. Por isso, dessa vez, não considerei em nenhum momento a hipótese de desistir. Voltei a estudar com a segurança e a bagagem que só o tempo e a experiência podem nos dar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Mariana: Eu aconselharia a buscar clareza sobre o que realmente se quer. Diria para escolher concursos que sejam na sua área de atuação, o mais próximo possível do conhecimento de seu domínio. Isso torna o processo mais leve, pois você estará em contato constante com sua área de interesse. Outro conselho fundamental é manter a vida social e os exercícios físicos em dia (e se possível, a terapia também). E, por fim, ser estratégico, ou seja, estudar o perfil de cada banca e direcionar seu estudo por ele. Ah, e não esquecer de revisar e resolver questões sempre, sempre, sempre.