Aprovado em 1° lugar no concurso IBAMA para Analista Ambiental - Proteção, Licenciamento, Monitoramento e Qualidade Ambiental - Maranhão
Concursos Públicos“[…] Pensar na contribuição positiva que se pode gerar como servidor é, para mim, o maior fator de motivação.”
Confira a nossa entrevista com Sávio de Oliveira, aprovado em 1° lugar no concurso IBAMA para o cargo de Analista Ambiental – Tema 1: Proteção, Licenciamento, Monitoramento e Qualidade Ambiental – Maranhão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Sávio de Oliveira: Eu me chamo Sávio de Oliveira, tenho 25 anos. Sou bacharel em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco e sou natural de Goiana/PE. Nos últimos anos, por causa do trabalho e dos estudos, morei na capital, Recife.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Sávio: Desde o estágio durante a graduação, eu tive contato com a área de qualidade e licenciamento ambiental e sempre considerei a possibilidade de atuar do outro lado do processo. Os concursos que oferecem esses cargos são escassos, especialmente considerando a minha formação. Em agosto de 2024, eu precisei retornar para a casa dos meus pais, devido a uma demanda familiar, então, eu consegui um modelo de trabalho que me proporcionou mais tempo em casa, coincidindo com a autorização dos editais do IBAMA e ICMBio. Comecei a estudar no começo de outubro, tendo 6 meses até as provas.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Sávio: Sim, porém com carga horária reduzida e em regime de teletrabalho, o que possibilitou o cumprimento das metas diárias do cronograma de estudos. Paralelamente, curso especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Sávio: O ICMBio e o IBAMA foram os meus primeiros concursos. A aprovação no IBAMA foi uma conquista muito significativa para mim, especialmente por ter conseguido na primeira tentativa e alcançado uma ótima posição. Pretendo assumir o cargo e desfrutar das possibilidades oriundas da autarquia. Não interromperei os estudos, mas darei continuidade de maneira mais branda, devido à nova rotina como servidor.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Sávio: Quanto à minha vida social, eu fui um pouco radical: desativei as minhas redes sociais, deixando ativo apenas um Instagram que fiz para seguir contas dos professores e principais notícias de concursos. Momentos com amigos foram se tornando menos frequentes com a aproximação das provas. Com a família, procurei manter o lazer como forma de descanso.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Sávio: Sim. Foram fundamentais, aconselhando e reforçando a confiança na possibilidade de aprovação. Os meus pais sempre acreditaram no meu potencial e nas oportunidades que eu poderia explorar – e não foi diferente durante o estudo para concursos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Sávio: Meu estudo para o IBAMA não foi linear. Dediquei dois meses (outubro e novembro) ao antigo Tema 3, até a publicação do termo de referência do concurso, que apresentou mudanças significativas nos cargos e incerteza no conteúdo programático. Então, eu decidi estudar para o ICMBio, que oferece a mesma carreira, mas sem divisão por tema de atuação. Concluído o edital do ICMBio, eu consegui encaixar alguns tópicos do IBAMA. Esse processo perdurou por 6 meses, de outubro de 2024 até março de 2025.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Sávio: No início, eu tive dificuldade em algumas matérias e, por ser iniciante, utilizei aulas gravadas e PDFs. Além disso, para tópicos baseados em legislação, priorizava a lei seca e flashcards. Já quando eram conceitos e entendimentos gerais, preferia os P
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Sávio: Quando pesquisei sobre o edital anterior (2021), compartilhei com a minha irmã e pedi a opinião dela. Ela me indicou o Estratégia de forma muito específica, citando professores e suas experiências com concursos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Sávio: A diferença foi notável. Ter um curso estruturado por professores experientes na área, faz toda a diferença. Além das ferramentas tradicionais, usei bastante o Estratégia Cast e o Sistema de Questões, principalmente as inéditas elaboradas e comentadas pela equipe. Além disso, os simulados foram decisivos. As rodadas avançadas de simulados, possibilitavam a interposição de recurso e informavam as estatísticas individuais de acertos, o que ajudava a identificar possíveis melhoras.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Sávio: Adotei o estudo por ciclos, começando pelas disciplinas básicas, onde indubitavelmente era preciso construir uma base sólida. Conforme finalizava uma matéria, adicionava outras no ciclo, mantendo maior foco onde tinha mais dificuldade. A carga horária variava bastante, devido às minhas atividades paralelas: cheguei a estudar oito horas líquidas em alguns dias e apenas duas em outros. Usei um cronômetro e pausava para ir ao banheiro, procurar material, fazer intervalos, dentre outros.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Sávio: Revisava principalmente por meio de questões e releitura da legislação. Os flashcards também ajudaram muito, mas para otimizar, eu copiava a lei seca e ocultava palavras-chave, especialmente em leis que não costumavam cair em provas anteriores.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Sávio: A resolução de questões da banca é crucial. Ao revisar, buscava incluir tópicos já estudados, sempre mantendo a maior proporção para os mais recentes. Como estudava duas matérias por dia, costumava fazer cerca de 200 questões diárias, de certo e errado. Aos domingos, eu montava um simulado com os erros da semana, o que foi importante para me acostumar à dinamicidade da prova. No total, resolvi cerca de 20 mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Sávio: Direito Administrativo e Constitucional foram as mais desafiadoras. Eu nunca havia estudado essas disciplinas. Eu mantive cada uma no cronograma duas vezes por semana, intercaladas com disciplinas mais leves e respondi o máximo possível de questões da banca organizadora.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Sávio: A semana pré-prova foi marcada por aulas de Reta Final e foco nos pontos-chave, especialmente os cobrados em provas recentes da banca. Curiosamente, uma questão da discursiva sobre erros de comissão no sensoriamento remoto, foi muito semelhante a uma da prova objetiva do MCTI, aplicada semanas antes, o que foi crucial para que eu conseguisse garantir a nota máxima em um dos tópicos abordados.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Sávio: A prova discursiva do concurso do IBAMA é conhecida pelo caráter altamente técnico, abordando aspectos específicos e pouco usuais do conteúdo programático. Como tenho facilidade com produção textual, priorizei o aprofundamento dos assuntos em vez de treinar exaustivamente. Com o tempo reduzido e muito conteúdo a estudar, escrevi poucas discursivas, basicamente as dos simulados das rodadas avançadas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Sávio: Um ponto que poderia ter otimizado, foi a confecção de flashcards, pois consumia muito tempo. Recomendo adquirir baralhos prontos ou selecionar apenas conteúdos realmente relevantes. O meu maior acerto, foi a resolução massiva de questões e, em alguns momentos, o estudo coletivo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Sávio: Sim. Algumas vezes me senti sobrecarregado com as demandas e percebi a queda no rendimento. Entendo que os períodos de estagnação são normais, mas é importante não se deixar levar pelos pontos negativos. Acredito que o estudo para concursos não se limita ao domínio extensivo de um arcabouço intelectual, mas compreende também o autoconhecimento, a compreensão de suas restrições e as estratégias para superá-las.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Sávio: A simples vontade de melhorar de vida, já demonstra empenho e pode servir como combustível para seguir. No início, é difícil, principalmente para quem estuda sozinho, mas é totalmente possível alcançar a aprovação. Pensar na contribuição positiva que se pode gerar como servidor é, para mim, o maior fator de motivação.