Aprovada em 1° lugar no concurso IDCAP para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia
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“[…] o que funciona para uns, pode não funcionar para você. Ressalta-se que isso não significa ignorar as orientações dos especialistas, mas sim entender, com consciência, o que realmente potencializa o seu aprendizado e te torna mais produtivo nos estudos […]”
Confira nossa entrevista com Amanda de Oliveira Barros, aprovada em 1° lugar no concurso IDCAP para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Amanda de Oliveira Barros: Olá, pessoal! Eu me chamo Amanda Barros, tenho 43 anos, sou carioca, casada, mãe de um menino lindo de 7 anos. Minha primeira formação foi em Fisioterapia, em 2005. Mais tarde, em 2014, decidi migrar para a Graduação em Administração e, em seguida, realizei dois MBAs: um em Gestão Estratégica de Pessoas e o outro em Administração Pública. Em 2023, concluí o mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Amanda: Eu sempre gostei de estudar, mas meu ponto de partida foi mais distante e desafiador, porque comecei a trabalhar cedo, aos 14 anos, em uma lojinha de artesanato. Depois trabalhei por 4 anos em uma lanchonete conhecida e, na sequência, quase três anos em shopping para terminar de pagar a primeira faculdade.
Em 2007, já trabalhando em clínica como fisioterapeuta, senti o peso da instabilidade, pois minha renda dependia exclusivamente dos atendimentos, pois era autônoma. Era gratificante cuidar das pessoas, das trocas e do cuidado com o próximo, mas financeiramente era inseguro eu não ter o salário certo no final do mês.
Foi então que decidi mudar completamente de caminho e mergulhei no mundo dos concursos, em busca de estabilidade e de uma carreira com possibilidade de crescimento. Dois anos depois veio minha primeira aprovação, em 2009. E, enquanto avançava na preparação para concursos, adiei esse objetivo por diversas vezes, pois, paralelamente, fui me especializando e consolidando minha trajetória na área de Administração.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Amanda: Sempre trabalhei e estudei. Muitas vezes já tirei férias para estudar. Além disso, aproveitava cada brecha no dia: no ônibus ao me deslocar ao trabalho, resolvia questões pelo celular enquanto colocava meu filho para dormir, em média umas duas horas por dia. À noite, especificamente, é o período que sou mais produtiva.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Amanda: Minha primeira aprovação foi em 2009, no concurso da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência, em 1º lugar, para Assistente de TI (perfil de Pessoas). Depois vieram outras aprovações: Banco do Brasil, 129º (escriturário); Fiscal de Transportes Urbanos, 117 º; Fiscal de Fisioterapia, 64º (cargo administrativo); Empresa de Pesquisa Energética, 71º; e Amazul, estes dois últimos para Analista, na área de Administração. Comecei a perceber que estava realmente perto de conquistar uma vaga, quando passei a figurar entre os 100 primeiros. Antes, isso era muito difícil de acontecer, já que acumulei muitas reprovações e, mesmo quando era classificada, ficava bem distante das vagas.
A maior surpresa veio este ano de 2025, com minha aprovação novamente em 1º lugar, desta vez para Analista em Ciência e Tecnologia, no perfil de Gestão, no Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ).
Pretendo seguir me desenvolvendo, o JBRJ incentiva o aprimoramento contínuo, e quero aproveitar todas as oportunidades que órgão oferece. Além disso, pretendo contribuir também com meu conhecimento. Hoje estou como chefe responsável pela Seção de Desenvolvimento de Pessoas.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Amanda: Era mais restrita. Evitava muitos compromissos para manter o ritmo de estudo, porém a constância perfeita que todo concurseiro deseja, nem sempre foi possível, mas priorizava o essencial para estar sempre estudando. Ainda assim, sempre que dava, aproveitava os momentos importantes com a família e amigos para recarregar as energias.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Amanda: Com certeza! Sem o apoio da minha família, eu não teria conseguido. Meu marido é o meu grande parceiro, sempre dando todo o apoio incondicional, mesmo nas reprovações, ele sempre acreditou em mim e me incentivou em tudo.
Meu filho, minha motivação diária, que mesmo ainda tão novo, já entendeu que nem sempre eu pude dar toda a atenção que ele precisou.
Meus sogros também me apoiaram muito ficando com o neto em vários finais de semana para que eu pudesse estudar, inclusive para conseguir cumprir as agendas de apresentações durante o mestrado.
Meu irmão também que sempre me apoiou, assim como minha cunhada e meus sobrinhos e afilhados que sempre torceram, entenderam minha ausência e vibraram muito com a minha aprovação. Assim como os meus outros três irmãos que mesmo distantes, também sempre torceram.
Não posso esquecer também que tive uma mãe muito heroína, na qual me inspiro todos os dias para continuar estudando e trabalhando, mesmo diante das adversidades da vida. Mesmo não estando mais neste plano, ela cuidou de mim e do meu irmão com muita luta e coragem. Seu exemplo permanecerá vivo em mim.
Uma amiga muito especial também foi fundamental nessa jornada. Esteve ao meu lado nos momentos difíceis, ouvindo minhas dores e comemorando cada pequena vitória comigo. Além de outros amigos que também sempre me incentivaram.
Acreditar em Deus também foi essencial para manter minha fé e seguir em frente. Esse apoio coletivo fez toda a diferença.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Amanda: Estudei cerca de um ano e meio com foco total. Mantive disciplina ao estruturar uma rotina clara, com horários definidos e metas semanais, ajustando conforme eu ia evoluindo nas matérias.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Amanda: Utilizei principalmente PDFs. Para assuntos mais densos, recorria a videoaulas. E sempre fixava o conteúdo fazendo muitas questões, que para mim foram essenciais.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Amanda: O Estratégia Concursos já é tradicional entre os concurseiros, amplamente reconhecido pela qualidade do material. Sempre ouvi excelentes recomendações e já participei de muitos aulões, como Revisões de Véspera que ajudam bastante a relembrar a matéria e pegar novas dicas, como os “bizus”.
Estratégia: Depois que você se tornou aluna do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Amanda: Sim, uma diferença significativa. O direcionamento do material do Estratégia em focar no que realmente cai nas provas fez muita diferença. A organização dos PDFs, as videoaulas complementares e o Passo Estratégico, que destaca assuntos mais prováveis, ajudaram muito a otimizar o estudo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Amanda: Estudava duas matérias por dia, alternando disciplinas mais densas com outras que eu já dominava, aproveitando o conhecimento acumulado. O Estratégia também calcula a estatística, conforme o percentual de cobrança em cada disciplina da banca, isso ajuda a direcionar o esforço em determinadas matérias, de acordo com o peso de cada uma.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Amanda: Nos finais de semana, revisava pelo meu caderno de melhorias, relendo questões que eu havia errado e anotando os comentários dos professores para entender a lógica da banca e fixar o conteúdo. Quando o assunto já estava internalizado, eu retirava do caderno.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Amanda: É absolutamente fundamental. Fiz quase 12 mil questões nesse período. Isso me permitiu entender o estilo de cobrança de cada banca, identificar minhas fraquezas e acompanhar minha evolução.
Para matérias em que eu já tinha domínio, utilizava o estudo reverso: começava pelas questões e só recorria à teoria se eu percebesse lacunas. O professor Ricieri Pereira do Estratégia foi imprescindível, pois me orientou na montagem do meu ciclo de estudos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Amanda: No início, Administração Financeira e Orçamentária era o meu maior desafio. Para superar, fiz ciclos mais curtos, estudava com mais frequência e ajustava o planejamento de acordo com meu desempenho nas questões e revisões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Amanda: Na última semana, foquei em revisões rápidas, como mapas mentais e resolução de questões, porque é difícil revisar todo o conteúdo. E eu estava em um período de grande carga de trabalho em janeiro, então priorizei mais objetividade.
No dia da prova, busquei me acalmar. Aprendi técnicas de estudo, de respiração e de meditação, com a Luana Vicente do Estratégia, que me ajudaram muito a manter clareza e tranquilidade.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve discursiva. Como foi sua preparação para esta parte?
Amanda: A parte escrita sempre foi a que eu tive mais facilidade e que fui aperfeiçoando ao longo da jornada. Nesse concurso, foram duas discursivas. Os cursos de discursivas do Estratégia ajudaram bastante, principalmente nas sugestões de temas.
Treinar é indispensável, é preciso fazer provas anteriores, controlar o tempo e decidir, no dia da prova, se dá para fazer rascunho ou se é melhor escrever direto na folha definitiva, dependendo do nível de cobrança da parte objetiva… tudo isso só se ajusta praticando, ou seja, fazendo provas para ir adquirindo experiência.
E deixo o alerta: não subestimem a discursiva. Ela pode decidir a sua vaga, como aconteceu comigo.
Estratégia: Quais foram seus principais erros e acertos nesta trajetória?
Amanda: Meu principal erro foi não focar, no início, em uma área específica e estudar só quando saía o edital. Outro equívoco foi querer esgotar uma matéria inteira antes de passar para outra.
Meu maior acerto foi ter tido a coragem de mudar de profissão, ter tido a clareza de que eu precisava ajustar a forma de estudar e continuar acreditando, mesmo quando parecia distante. Persistência foi primordial.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir?
Amanda: Desistir, não! Eu sempre tive fé de que eu ia conseguir, mas às vezes batia um desânimo, quando eu não tinha um bom desempenho em uma prova. O que me mantinha firme era pensar no futuro que eu queria oferecer ao meu filho, no apoio que eu recebia da minha família e amigos e no exemplo de determinação da minha mãe.
Além disso, eu me inspirava em histórias de outros concurseiros, assim como de professores que obtiveram resultados… Uma frase que me marcou foi dita pela Núbia Oliveira, do Estratégia, num depoimento dela: “Eu mereço mais da vida!” Quando ouvi esta frase pela primeira vez, ela me tocou de um jeito diferente, porque eu estava em um momento de muita insatisfação profissional. Eu sabia que não queria mais permanecer ali, porque a carreira já não me oferecia horizontes compatíveis com o que eu investia e desejava para o meu futuro. Era um ato de respeito comigo mesma. Eu entendi que merecia estar em um lugar onde o meu empenho e a minha dedicação pudessem ser reconhecidos de fato. Mudar não era apenas uma possibilidade, era uma necessidade para que eu pudesse evoluir.
Nesse sentido, foi quando parei de apenas “tentar” e comecei a realmente me posicionar, ajustando minha rotina e buscando mais disciplina para consolidar meu foco, tendo a clareza dos reais motivos que me faziam estudar. Cada vez que o desânimo aparecia, eu lembrava do quanto eu queria sair daquele ciclo que já não me fazia crescer.
“Merecer mais da vida” virou quase um mantra que me impulsionou na direção de uma trajetória que reflete quem eu sou e o que eu posso conquistar.
Estratégia: O que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso?
Amanda: Entenda que cada trajetória é única. Não se compare. Evite o “efeito de viés de grupo”, ou seja, o que funciona para uns, pode não funcionar para você. Ressalta-se que isso não significa ignorar as orientações dos especialistas, mas sim entender, com consciência, o que realmente potencializa o seu aprendizado e te torna mais produtivo nos estudos.
Aprendizado é pessoal e você precisa de autoconhecimento, conheça sua forma de estudar, de se motivar, teste métodos, e mantenha aquilo que realmente lhe traz resultado.
Cercar-se de pessoas que acreditam no seu potencial também faz toda a diferença. Acredito que ninguém alcança algo sozinho.
Faça sua parte com disciplina e fé em Deus, ou no que você acreditar. Quando você menos esperar, sua aprovação chega.
Compartilho aqui uma estratégia pessoal que me fortaleceu ao longo da jornada: mentalizar cenários positivos me ajudaram muito. Eu assistia a entrevistas de primeiros colocados no Estratégia e imaginava que um dia eu também daria uma entrevista. Para uma pisciana sonhadora como eu, parecia algo distante, mas viver essa realidade é simplesmente recompensador. Rsrs!
Acreditem que é possível!
Agradeço a cada pessoa que leu a minha entrevista e que a minha história possa, de alguma forma, encorajar você a seguir firme na sua caminhada.