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Concurso Banco do Brasil – Resolução das questões de Português

Olá, caros alunos!

É uma satisfação estar aqui e compartilhar com vocês minhas considerações sobre os itens de Língua Portuguesa aplicados aos candidatos ao Concurso Banco do Brasil – cargo de Escriturário.

Analisando as questões, concordo com o gabarito preliminarmente divulgado pela Fundação Cesgranrio. Os tópicos foram abordados de forma clara, não apresentando elevado grau de dificuldade para os que estudaram por meio de nosso preparatório no Estratégia Concursos.

Vamos às considerações (Gabarito 3).

  1. C

Comentário: O título destaca parcialmente a cartilha de orientação ao consumidor, pois, de acordo com a ideia global do texto, a publicação (cartilha) é um guia prático de direitos e deveres não apenas dos consumidores, mas também dos lojistas.

  1. D

Comentário: Analisando o trecho original, a correlação “não só … mas também” exprime ideia de adição. Para manter esse sentido e a correção gramatical, deve-se empregar a correlação “tanto … quanto”, caracterizando a letra (D) como resposta.

Nas demais opções, os termos “nem tanto” (A), “inclusive” (B), “não tanto” (C) e “em especial” (E) modificaram o sentido do trecho inicial.

  1. C

Comentário: Em conformidade com o contexto, a palavra “deveres” pertence à classe dos substantivos, ao passo que a estrutura “destaca” pertence à classe verbal. Logo, a letra (C) é nossa resposta.

Nas demais opções, as palavras em epígrafe são:

  1. a) substantivos;
  2. b) substantivos;
  3. d) substantivos;
  4. e) adjetivos.
  1. A

Comentário: A superfície textual nos mostra que “a publicação” pôs em destaque “os principais pontos do Código de Defesa do Consumidor (CDC)”. De acordo com o contexto, essa seleção foi feita “a partir das dúvidas e reclamações mais comuns recebidas, tanto pelo SindilojasRio e CDL-Rio, como pelo Procon-RJ”. Dito de outra forma, os dados objetivos são as queixas e as dificuldades declaradas tanto por compradores como por vendedores, validando a letra (A) como resposta da questão.

  1. B

Comentário: Empregando o verbo “informar” seguido da forma pronominal “lhe”, teremos a construção “informar-lhe os seus direitos”. Embora a construção “informou-lhe que…” seja tachada por alguns gramáticos como incorreta, Domingos Paschoal Cegalla, na obra Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, editora Companhia Nacional, pág. 501, cita que o verbo “informar” admite a seguinte regência:

“(…)

  1. f) Apenas lhe informaram que os bens de Domingos Leite haviam sido confiscados”.

Não lhe posso informar se este imóvel está à venda.

‘Seu emissário lhe informara que a busca da bomba…’ (Érico Veríssimo)”

Portanto, está correta a sentença “É importante informar-lhe (OI) os seus direitos (OD)”, validando a letra (B) como resposta da questão.

  1. A

Comentário: A letra (A) é a resposta da questão. Ao retirar a vírgula antes da conjunção e, perdeu-se a ênfase dada (inapropriadamente) ao sintagma “a boa prestação de serviços ao consumidor”.

Acerca do emprego da vírgula antes da conjunção ‘e’, a gramática tradicional prescreve que costuma-se separar por vírgula (Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha & Lindley Cintra, págs. 658 e 661):

  1. os elementos coordenados quando a conjunção e vem repetida numa enumeração:

“Abrem-se lírios, e jasmins, e rosas.”

  1. orações coordenadas unidas pela conjunção e, quanto têm sujeito diferente:

“O sol já ia fraco, e a tarde era amena.”

“A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu destino.”

iii. as orações introduzidas pela conjunção e quando ela vem reiterada (nesse caso, constitui-se uma figura de linguagem denominada polissíndeto):

“Comigo, o mundo canta, e cisma, e chora, e reza (…).”

“E eles riem, e eles cantam, e eles dançam.”

  1. D

Comentário: Acrescentando um complemento ao verbo “dizer”, o fenômeno da crase ocorreria ao incluir o sintagma “a imprensa especializada”: disse o empresário à imprensa especializada (= O empresário disse [algo] à imprensa especializada).

Nas demais opções, o fenômeno da crase não é abonado pelas gramáticas tradicionais.

  1. D

Comentário: Na assertiva (D), a forma verbal “quisemos” está flexionada no Pretérito Perfeito do Indicativo, indicando uma ação iniciada no passado, estendendo-se, de acordo com o contexto, no futuro.

  1. E

Comentário: O verbo “manter” foi flexionado no plural para concordar com o sujeito “Várias entidades”, cujo núcleo é “entidades”. Assim, empregou-se corretamente o acento diferencial de número em “mantêm”.

Nas demais opções, as respectivas correções são:

  1. a) consciente (paroxítona finalizada em ‘e’ não recebe acento gráfico)
  2. b) substantivo (paroxítona finalizada em ‘o’ não recebe acento gráfico)
  3. c) ritmo (paroxítona finalizada em ‘o’ não recebe acento gráfico)
  4. d) aspecto (paroxítona finalizada em ‘o’ não recebe acento gráfico)
  1. E

Comentário: O verbo ‘seguir’ deve concordar com o sujeito posposto “os dois arquivos”, cujo núcleo é o nome “arquivos”. Nas demais opções, manteve-se a obediência aos cânones gramaticais.

Abraços e sucesso a todos!

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Veja os comentários
  • Professor, eu entrei com recurso na questão da vírgula. Isso porque, como o senhor colocou, a ênfase é inapropriada. Mas a alternativa coloca a ênfase como desnecessária. Algo desnecessário gramaticalmente não é o mesmo que erro, mas entendo por facultativo.
    Vitor Hugo em 17/03/15 às 12:49