Classificação por fonte/destinação de recursos para o CNU 2025
Olá, pessoal, tudo bem? Neste artigo para o Concurso Público Nacional Unificado (CNU) 2025, com foco no conteúdo programático do bloco temático 4 – eixo temático 5, estudaremos sobre a classificação da receita e da despesa pública por fonte/destinação de recursos.

Bons estudos!
Introdução
Pessoal, a doutrina atinente ao orçamento público classifica as receitas e as despesas públicas segundo diversos aspectos.
Dentre as diversas classificações existentes, neste artigo, abordaremos aquela que trata acerca da fonte/destinação dos recursos públicos.
Nesse contexto, o primeiro ponto digno de nota para o CNU 2025, refere-se ao fato de que, conforme detalharemos a seguir, esta classificação se aplica tanto no âmbito da receita quanto da despesa pública.
Além disso, há obrigatoriedade de utilização da classificação por fonte/destinação de recursos para todos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Classificação por fonte/destinação de recursos para o CNU 2025
Conforme estabelece o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), a classificação por fonte/destinação de recursos (FR) objetiva agrupar receitas que possuem as mesmas normas de aplicação na despesa.
Dessa forma, a referida classificação visa estabelecer uma relação entre receitas e despesas, mediante o relacionamento das despesas aos recursos utilizados para o seu custeio.
Assim, resta evidente o duplo papel desta classificação:
- Para as receitas: a classificação FR indica a destinação dos recursos arrecadados;
- Para as despesas: indica a origem dos recursos utilizados.
Pessoal, uma das principais utilidades da classificação por fonte/destinação de recursos refere-se ao registro de recursos vinculados, pois, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a utilização desses recursos deve atender exclusivamente ao objeto de sua vinculação, mesmo que em exercício financeiro diverso daquele em que ocorreu o ingresso.
Noutro giro, vale pontuar que, em que pese a classificação FR aproveite tanto para a receita quanto para despesa, o Manual Técnico do Orçamento (MTO) considera o código de fonte/destinação como um marcador de receita.
Classificação por fonte/destinação de recursos para o CNU 2025: detalhamento
Conforme o MTO, a classificação por fonte/destinação de recursos consiste em um código com 4 (quatro) dígitos, sendo:
- 1º dígito: grupo da fonte de recursos;
- 2º ao 4º dígitos: especificações da fonte de recursos.
Porém, para fins de concursos públicos, apenas o 1º dígito costuma ser exigido pelas bancas examinadoras. Por isso, sugerimos decorar os códigos atinentes aos grupos das fontes de recursos, a saber:
- 1 – Recursos arrecadados no exercício corrente;
- 2 – Recursos arrecadados em exercícios anteriores;
- 7 – Recursos de operações de créditos, ressalvadas pela lei de créditos adicionais da regra de ouro;
- 9 – Recursos condicionados.
Pessoal, em regra, as informações acima descritas já são suficientes para acertar a maioria das questões de prova. Porém, por segurança, cabe detalhar um pouco melhor os grupos de fontes de recursos, conforme apresentado abaixo:
1 – Recursos arrecadados no exercício corrente
Conforme o MTO, referem-se aos recursos cujo ingresso no caixa do tesouro ocorre no exercício financeiro atual, ou seja, no ano de execução da LOA.
2 – Recursos arrecadados em exercícios anteriores
Por outro lado, os recursos arrecadados em exercícios anteriores consistem nos ingressos ocorridos anteriormente ao período abrangido pela LOA.
Dessa forma, devido à sua não utilização anterior, tais recursos continuam à disposição do ente público para atendimento das devidas despesas.
7 – Recursos de operações de créditos, ressalvadas pela lei de créditos adicionais da regra de ouro
Pessoal, no contexto da classificação por fonte/destinação de recursos para o CNU 2025, vale chamar atenção para este grupo, pois decorre de recente reformulação da estrutura desta classificação.
Conforme o MTO, trata-se dos recursos decorrentes de operações de crédito que, excepcionalmente, superam o valor das despesas de capital.
Ou seja, refere-se à exceção contida no art. 167, III, da Constituição Federal, a qual autoriza, em casos excepcionais, mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade precisa, aprovados por maioria absoluta do Poder Legislativo, a inobservância da regra de ouro. Vide, ipsis litteris:
Art. 167. São vedados:
(…)
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
9 – Recursos condicionados
Por fim, para o CNU 2025, no que tange à classificação por fonte/destinação de recursos, também merecem atenção os recursos condicionados, que consistem naqueles pendentes de autorização do Poder Legislativo.
Conforme o MTO, refere-se aos recursos advindos de propostas de créditos adicionais ou de alterações legislativas em tramitação no Congresso Nacional.
Assim, apenas após a aprovação legislativa haverá a alteração deste dígito do código FR para o código 1.
Classificação por fonte/destinação de recursos para o CNU 2025: outras informações
Conforme o MCASP, o controle por fonte/destinação de recursos deve ocorrer desde a elaboração do orçamento até a sua execução.
Ademais, na contabilização do orçamento aprovado, deve-se registrar, em contas das classes 5 e 6 do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), os totais de receitas e despesas, previstas e fixadas, por FR.
Assim, caso haja necessidade de alteração da fonte/destinação durante a execução orçamentária, deve-se alterar primeiramente a classificação FR indicada na dotação.
Conclusão
Amigos, finalizamos aqui este resumo sobre a classificação por fonte/destinação de recursos para o CNU 2025.
Espero que tenham gostado.
Até o próximo artigo.
Grande abraço.
Rafael Chaves
Saiba mais: CNU 2025