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SURTOS DE SARAMPO

SARAMPO

Olá queridos alunos(as) Estratégia

De repente temos surtos em diversas cidades do país, de uma doença viral que julgávamos praticamente erradicada: o sarampo. Então, fiquem atentos, pois, há grande chance de aparecer na sua prova….

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus envelopado de RNA, que infecta células do sistema respiratório humano, chamado Morbilivirus. Pode haver a contaminação de até umas 15 pessoas por um único indivíduo contaminado.

Veja um depoimento, para ter ideia da gravidade:

Se em um voo de quatro horas alguém estiver doente, 90% dos passageiros serão infectados. Mesmo depois do pouso, o vírus ficará no avião por mais duas horas. Quem voltar na mesma aeronave também pode se infectar Rosana Richtmann, infectologista

A epidemia de sarampo é um fenômeno global. Nos Estados Unidos temos, atualmente muitos casos registrados.

Este ano, de acordo com órgãos internacionais, os casos notificados no mundo em 2019 cresceram 300% nos primeiros três meses em comparação com o mesmo período de 2018.

O sarampo triplicou na Europa, com 82.596 casos, 53.218 apenas na Ucrânia, o país que mais sofre com a doença no mundo. São mais de 100 mil infectados no país desde 2017.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 2017 a doença levou a 110 mil mortes. É gente pra dedéu.

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil havia um histórico de não registrar casos autóctones (adquiridos dentro do país) desde o ano 2000.

Porém, entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos, um no Ceará e outro em Pernambuco, a partir de casos importados.

Acomete mais as crianças por terem um sistema imunológico menos fortalecido e desnutridas, no Brasil devido as campanhas e programas de vigilância epidemiológica a doença está bem controlada. Mas, recentemente, devido a diferentes motivos, tivemos surtos da doença em áreas mais específicas.

Em 2018, a doença regressou de forma preocupante. Na região Norte, nos Estados do Amazonas, Roraima e Pará, foi trazida pelos venezuelanos que fugiam da crise.

A doença voltou a preocupar os órgãos de Saúde Pública de cidades do estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Pará.

Para se ter uma ideia, em 24 de julho de 2019, foram verificados 484 casos em 25 municípios de SP. A maioria, 75% deles (363 casos), na capital paulista. Os vírus que atingiram São Paulo, em 2019, foram veiculados por pessoas que vieram infectadas da Noruega, Malta e Israel.

Professor, qual o motivo que levou ao reaparecimento da doença?

Na verdade, meu caro aluno estratégico, devemos usar o plural: foram vários os motivos. Entre eles podemos citar:

– baixa adesão vacinal (é importante manter índices aima de 95% de vacinação da população). A cobertura vacinal da doença está abaixo do patamar ideal, que é acima de 95%. Segundo o Ministério da Saúde em 2018 este índice (relacionado à vacina tríplice viral em crianças de um ano de idade) estava por volta de 90,80%. Só para ter uma comparação, em 2015 estava com 96,7%.

As informações preliminares de 2018 e 2019 indicam uma cobertura de 90,92% e 75,57,% respectivamente.

Já a cobertura vacinal da segunda dose da tríplice viral, em 2017, foi de 76,45%. A tetra viral, aplicada em alguns estados como segunda dose da tríplice, teve cobertura de 36,86% naquele ano.

– Receio de ter reação à imunização;

-Desconhecimento da existência do calendário de vacinação específico para adultos e idosos;

– Falsa sensação de segurança, já que se considerava a doença quase que extinta.

– Surgimento de grupos antivacina. Pessoas que julgam que as vacinas trazem muitos efeitos colaterais, ou que não é necessária a vacinação. Por curiosidade, esta conduta trouxe um grande explosão do número de casos em comunidades ortodoxas dos judeus americanos.

Transmissão

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, altamente contagiosa e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. Sua transmissão se dá de forma direta, de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, espirrar, respirar e falar. Pode se dar através do compartilhamento de objetos como copos, talheres e outros.

Sintomas

Os primeiros sintomas são:

– febre alta, acima de 38,5°, com duração de quatro a sete dias

– manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular). Estas se instam inicialmente no rosto e atrás das orelhas, e depois, se espalham pelo corpo.

Geralmente, aparecem entre 10 e 12 dias após o contato com o vírus e podem vir acompanhados de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal.

Elas são mais frequentes em crianças de até dois anos de idade, sobretudo nas desnutridas, adultos jovens e indivíduos com imunodepressão ou em condições de vulnerabilidade, e podem deixar sequelas, tais como diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. O agravamento da doença ainda pode levar à morte.

Profilaxia

A prevenção se dá pela vacina contra o vírus, que é aplicada nas crianças em duas doses durante os cinco primeiros anos de vida e fornece imunidade para o resto da vida. E isto levou a um problema bem preocupante: pessoas de todas as faixas etárias precisam ter as duas doses da vacina. No entanto, os jovens entre 15 a 29 anos nasceram em uma época em que a segunda dose não fazia parte do Calendário Nacional de Vacinação, assim, muitos não a tomaram e, por isso, não estão totalmente protegidos.

A vacina é feita de vírus vivo atenuado (enfraquecido) e atua de forma a estimular o sistema imunológico a desenvolver anticorpos para combater os vírus. Ela é administrada por injeção subcutânea.

Em caso de contaminação:

O indivíduo infectado deve permanecer isolado no período de contágio (entre 4-9 dias).

É importante manter o indivíduo com boa hidratação, alimentação e diminuir a hipertermia.

Quem não deve se vacinar?

Gestante, paciente que fizer quimioterapia, radioterapia ou criança  menor de seis meses.

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