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Elasticidade-preço da Demanda: Resumo Ilustrado para Concursos

A Elasticidade-preço da Demanda – com menor frequência chamada elasticidade-preço da procura – compara a variação percentual na quantidade demandada com a variação percentual do preço. Isso fica mais fácil de ver na curva da demanda, então vamos direto a ela.

Repare que nossa curva tem dois momentos: M1 e M2.

Em M1, o bem está custando R$6,00 (como mostra a linha pontilhada horizontal mais baixa), e a quantidade demandada é de 10 milhões de unidades.

Em M2, o bem passou a custar R$10,00, e a quantidade demandada caiu para 9 milhões de unidades. Isso era esperado; afinal, quando o preço sobe, a quantidade demandada cai. Analisando mais a fundo, vemos que o preço aumentou 67% (de R$6 para R$10) e isso causou uma queda de 10% na quantidade demandada (de 10 para 9 milhões).

Você percebeu que mesmo o preço subindo muito, a quantidade demandada não caiu tanto assim?

Agora faço um desafio: você acha que esse bem se parece mais com: um remédio para tratamento de uma doença grave ou com um lanche fora de casa?

Preciso que você faça esse exercício. Imagine que você come x-bacon, uma vez por dia, enquanto estuda (ok, não estou aqui para julgar), e paga R$5,00. De repente o tio da barraquinha decide aumentar o preço para R$8,35.

É bem provável que você reduza muito mais do que apenas 10% do seu consumo. Você possivelmente trocaria por hot-dogs ou até decidisse mudar seus hábitos alimentares para desfrutar de uma vida mais saudável quando vier a aprovação.

Essa curva de demanda pertence a algum outro tipo de bem. Provavelmente um bem que não dá muitas alternativas para os consumidores e, quando seu preço aumenta, eles continuam consumindo.

O remédio se encaixa melhor nessa descrição. Deve ser de um bem com demanda inelástica em relação ao preço.

Mas para podermos afirmar se uma demanda é elástica ou inelástica em relação ao preço, precisamos aprender, finalmente, a calcular a elasticidade-preço da demanda.

No nosso exemplo, a variação do preço foi de 67% e a variação da quantidade demanda foi de -10%. Vamos calcular nossa elasticidade.

Elasticidade-preço da demanda = -10/67 = -0,1492

A elasticidade-preço da demanda do nosso bem é de -0,1492. Aqui cabe uma observação. A elasticidade-preço da demanda, exceto para os bens de Giffen, sempre será negativa, pois preço e quantidade demanda andam em direções opostas (um aumenta, o outro diminui).

Por esse motivo, os economistas (e as bancas de concurso) costumam omitir esse sinal de negativo, para não ter de repeti-lo o tempo todo.

Podemos dizer simplesmente que a elasticidade-preço da demanda é desse bem é 0,1492. “Mas professor, e se a questão tiver uma alternativa -0,1492 e outra 0,1492?” Aí pode marcar o negativo mesmo.

A elasticidade-preço da demanda pode ser classificada em cinco graus:

  • Demanda Perfeitamente Inelástica: Elasticidade igual a 0 (zero)
  • Demanda Inelástica: Elasticidade maior que 0 e menor que 1.
  • Demanda de Elasticidade Unitária: Elasticidade igual a 1.
  • Demanda Elástica: Elasticidade maior do que 1 e menor do que ∞ (infinito)
  • Demanda Infinitamente Elástica: Elasticidade igual a ∞

Perceba que o menor grau é quando não tem elasticidade nenhuma, e o maior grau é quando a elasticidade é infinita.

Com isso, chegamos ao fim deste pequeno resumo!

Espero que tenha gostado.

Se quiser conversar sobre o assunto, deixe seu comentário.

Um abraço.

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Veja os comentários
  • Amei ????.Muito objetivo e construtivo!
    Núbia Oliveira em 14/03/20 às 06:29
  • Como economista e concurseiro, fico cheio de orgulho. Excelente resumo!
    Álvaro Alberto em 09/07/19 às 17:44
  • Muito bom! Adoraria ver mais postagens como essa no Blog, ajudam a revisar.
    Rafael Ezio em 09/07/19 às 08:56