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ENTREVISTA: Daniel Serra Mascarenhas – Aprovado no concurso da Polícia Federal para o cargo de Agente

“É possível sim, acredite em si mesmo. Não vá naquela conversa: “passar em concurso é questão de sorte” ou até “ninguém passa em concurso com menos de X anos de estudo”. A lei do esforço nunca te trai, pode ter certeza disso”

Confira nossa entrevista com Daniel Serra Mascarenhas, aprovado no concurso da Polícia Federal para o cargo de Agente:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Daniel Serra Mascarenhas: Tenho 24 anos, sou engenheiro eletricista pela Universidade de Brasília e fui aprovado no concurso da Polícia Federal, para o cargo de agente.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Porque a área Policial?

Daniel: Eu sempre tive um interesse muito grande pela área policial. Acredito que devemos contribuir da forma a melhorar a vida das outras pessoas. Eu escolhi que a minha forma seria me tornando policial.

A primeira vez que essa ideia surgiu, foi no meu segundo semestre de faculdade. Mas, inicialmente, minha ideia era entrar como perito. Porém esse pensamento ficou guardado, esporadicamente me alfinetando.

Com o passar do tempo, a vida acontecendo, esse plano ficou adormecido. Estagiei, terminei a faculdade e comecei a busca por um emprego na minha área.

Fiz várias entrevistas, projetos, viajei algumas vezes, tudo para conseguir uma vaga. Até que um dia, logo após uma das entrevistas, a velha alfinetada ressurgiu e eu logo pensei: “é isso, vou fazer o que for preciso para chegar lá”. Rapidamente comecei a estudar, direcionado para a PF.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Daniel: Comecei fazendo uma pesquisa na internet. Vi que o edital da PF ainda não tinha saído, mas estava próximo. Constava também que havia o concurso para soldado da PMDF prestes a acontecer.

Pelo meu histórico de estudos na faculdade, eu já sabia que a melhor estratégia seria eu assinar um cursinho na internet e me dedicar sozinho aos estudos.

Assim, fiz uma pesquisa bem simples no Google sobre melhores cursinhos e nas listas encontrei o Estratégia. Fiz o dever de casa assistindo as aulas e estudando pelos PDF’s. Decidi então que iria dar meu voto de confiança à eles.

Depois de tudo isso, comecei a me planejar. E pelo fato de ter um horário extremamente flexível, tive outra ideia: o sonho de ser fisiculturista e de participar de campeonatos.

Realizar meus dois grandes sonhos ao mesmo tempo, que maravilha. Conversei com meus familiares e eles aceitaram me sustentar nesse meio tempo. Pronto, era isso. Comecei os trabalhos.

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?

Daniel: Finalmente saiu o resultado. Depois de 8 meses dando o máximo de mim, estava lá, meu nome na lista. Sensação de alívio! Mas, quem faz concurso policial sabe, a luta ainda não acabou. Ainda tinham muitas etapas.

Como eu já tinha uma rotina de atleta, pude me dar ao luxo de só começar a me dedicar ao TAF após o resultado (crianças, não façam isso em casa). Depois foram os exames médicos. Passei. A ficha só caiu mesmo quando saiu o resultado do psicotécnico, que eu quase fiquei sem voz de tanto que eu comemorei (hahaha).

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Daniel: Quanto a vida social, ela é superimportante para se desligar e relaxar um pouco a cabeça. Uma vez por semana eu me encontrava com meus amigos.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?

Daniel: Estudei durante 8 meses, dando meu máximo.

Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?

Daniel: Como eu vi que seria um período muito longo, deveria ter uma abordagem que fosse sustentável por muito tempo. Nada adiantaria me matar de estudar por várias horas sem rendimento e me estressando sem necessidade.

Fui experimentando. Cheguei a um número: 5 horas líquidas de estudo por dia. Esse número eu conseguia render bem e não saía exausto. Ótimo. Para o meu campeonato eu precisava em torno de 3 a 4 horas por dia de treino, considerando a academia e as outras atividades. Então minha rotina começou desta forma.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Daniel: Agora, sobre estratégia de estudos, antes de tudo, tenho de ressaltar uma coisa: ela é algo totalmente pessoal, cada um deve experimentar e experimentar até encontrar a que melhor funciona para si!

Para mim, ela foi da seguinte forma: Eu usava videoaula na introdução, PDF como aprofundamento e exercícios como revisão. Estudava 1 ou 2 matérias por dia (só mudava de assunto quando já estava saturado).

Eu não costumava fazer anotações no caderno (se eu tiver rabiscado 10 páginas nesse tempo todo, foi muito). Planejei para terminar todo o conteúdo mais ou menos um mês antes da prova, para poder ficar fazendo só exercícios nesse meio tempo.

Se eu achasse que eu estava tendo um rendimento baixo nas questões, parava, relia a teoria antes de continuar mais questões. Fiz por volta de 10.000 questões nesse período.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Daniel: Assim, fiz uma pesquisa bem simples: ”melhores cursinhos para concurso”. Nas listas que eu encontrei, o Estratégia estava sempre como um dos primeiros.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?

Daniel: Mais tempo se passou, saiu o edital da PF. Agora eu tinha 2 meses para a prova. Neste momento a estratégia deveria mudar, eu não precisaria mais manter um ritmo sustentável a longo prazo, mas sim, um que eu chegasse ao meu auge no dia da prova.

Radicalizei. Eu saia uma vez a cada 15/20 dias, quando realmente estivesse exausto e sem conseguir estudar. O tempo de estudo subiu e ficou por volta das 8 horas líquidas (quando tentei passar disso, vi que o meu rendimento simplesmente acabava).

Como eu ficava muito tempo na academia, nesse meio tempo eu estudava do jeito que podia também. Durante o treino de musculação eu não conseguia. Mas como ficava 2 horas por dia na esteira, usava esse tempo para rever videoaula de alguma matéria que não tinha me saído tão bem.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Daniel: Finalmente, para a última semana, eu usei o tempo que tinha para enfatizar nas matérias em que eu não estava tão bem (principalmente português). E, dois dias antes da prova, eu parei de estudar.

Não acredito que se você tiver meses para aprender alguma matéria e não consegue entendê-la, na véspera você conseguirá. Melhor descansar e chegar em sua melhor forma no dia da prova.

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Daniel: Contando assim, a minha história parece ter sido fácil, mas eu garanto, futuros colegas, não foi. Ninguém de fora entende a dificuldade que é você parar a vida para estudar. Os amigos e colegas trabalhando e você, “de férias”.

Crises existenciais, questionamentos se está no caminho certo, um sentimento ruim de “não estar fazendo nada”. Tudo isso é muito comum. Muitas vezes eu pensei em desistir, mais do que eu possa contar.

Nessas horas eu repetia pra mim mesmo: esse é o meu sonho e vou fazer o que for preciso, independente do preço. Me imaginava com meu uniforme, meu distintivo e tirava forças de onde eu não sabia que tinha para continuar.

Estratégia: Qual foi sua principal motivação?

Daniel: Acreditar que temos que contribuir da nossa melhor forma para ajudar as pessoas.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Daniel: Então, essa foi minha história. Espero que ela possa ajudar alguém que está para seguir esse caminho. Meu último conselho: é possível sim, acredite em si mesmo. Não vá naquela conversa: “passar em concurso é questão de sorte” ou até “ninguém passa em concurso com menos de X anos de estudo”.

Isso tudo é balela de quem não sabe o que está falando. Chegue na prova com a sensação de ter feito o seu melhor, o seu momento está para chegar. A lei do esforço nunca te trai, pode ter certeza disso. Abraços!

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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]

Abraços,

Thaís Mendes

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