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Bolsonaro Presidente: Quais Estatais serão privatizadas?

Aviso: As opiniões contidas neste artigo são estritamente pessoais e não guardam nenhuma relação com a Comissão de Valores Mobiliários, instituição em que trabalho.

Todos já sabemos: nosso próximo Presidente da República será Jair Messias Bolsonaro! Bolsonaro promete uma profunda mudança na orientação econômica do nosso país, focada em 3 pilares, conforme anunciado: redução da participação do estado na economia, redução do déficit fiscal e abertura econômica gradual.

Nesse artigo nos concentraremos em ponto focal ligado aos dois primeiros pilares citados: privatizações de empresas públicas.

Segundo declarações do próprio Bolsonaro e do seu provável Ministro da Fazenda, o Sr. Paulo Guedes (acho que, a essa altura,  todos já conhecem o “Posto Ipiranga”…rs!), as privatizações serão realizadas para reduzir a participação do estado na atividade empresarial e também para reduzir o tamanho da dívida pública e, consequentemente, reduzir o pagamento de juros a ela relacionado.

Para facilitar nossa leitura, vamos seguir em tópicos.

Quem é Paulo Guedes?

O economista de orientação liberal e quase-Super-Ministro-da-Fazenda de Bolsonaro é esse sujeito da foto.

Paulo Guedes, economista.

Com carreira muito bem-sucedida como empresário e operador no mercado financeiro, Paulo Guedes se aproximou de Bolsonaro recentemente, justamente por conta do perfil liberal.

Como concordo com ele posso resumir o pensamento econômico do Paulo Guedes em poucas palavras: para nosso país se desenvolver é preciso (i) resolver a situação fiscal (reduzir o déficit e dívida pública) (ii) adotar um ambiente propicio a negócios, (iii) elevar a poupança e a produtividade, e (iv) realizar uma abertura comercial e econômica que promova mais transações com os demais países do mundo.

Paulo Guedes não é nada bobo: todos os países que se desenvolveram no mundo adotaram essas medidas. Qual o motivo de fazermos diferente?!

O que é e para que privatizar as empresas públicas

Antes de mais nada, vamos desfazer um mito: privatizar não significa “entregar o patrimônio nacional”.

As empresas, públicas e privadas, possuem acionistas controladores e não controladores. Segundo a legislação brasileira (parágrafo único do art. 116 da Lei 6.404/76), o acionista controlador deve usar o poder que possui com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.

E, no Brasil, temos muitos acionistas controladores que não respeitam esse seu dever fundamental. Adivinhem qual é o principal deles: os entes governamentais.

É, caro leitor, temos inúmeros casos de abuso de poder de controle praticados pelos entes da federação, quando os acionistas controladores buscam satisfazer interesses próprios em detrimento do interesse da empresa. É só dar uma passada no Google e procurar por casos envolvendo Petrobras, Eletrobrás e tantas outras “Bras”, assim como outros entes da federação.

E é aqui que iremos desfazer o mito citado acima: ao privatizar, o acionista controlador (o ente estatal) vende uma parcela de ações que garante o controle da companhia (por exemplo, 50% + 1 das ações com direito a voto). Isso nem sempre significa a venda da empresa como um todo.

Portanto, atenção: privatizar nem sempre significa vender a empresa, pois corresponde à venda do poder de controle da empresa. Muitas empresas que podem ser privatizadas, inclusive, são sociedades de economia mista, ou seja, já possuem capital privado.

Bem, e qual o motivo em vender o controle?

Simples: o setor privado, em geral, administra melhor essas empresas do que o público. Ao administrar melhor, a empresa tem condições de se desenvolver melhor, fazer mais negócios, empregar mais pessoas, expandir, pagar mais impostos e assim por diante. É, quase sempre, um “ganha-ganha” para a sociedade em geral.

Acho que nem preciso me aprofundar muito nessa questão, ainda mais quando consideramos os casos recentes relacionados à administração de empresas públicas no Brasil. A realidade está na nossa frente se mostrando de uma forma não muito agradável…

Sabe quantas empresas são administradas pelo Governo Federal? 138! Isso mesmo: 138! 18 delas são dependentes, ou seja, dependem do Tesouro Nacional para se manterem. É dinheiro público que mantém empresas! Sabe quanto?

Em 2017, algo em torno de R$ 18 bilhões. A previsão para 2018 é de quase R$ 21 bilhões. É dinheiro que poderia estar indo para saneamento, educação, saúde segurança. Mas, está indo para empresas que, muitas vezes, não possuem lá grande importância. Alguém aqui conhece a CEITEC, a EPL, a VALEC?! E a NUCLEP?

Ademais, há que se considerar  o prejuízo que parte destas empresas representam à sociedade, pois, além de não gerarem lucro, não apresentam resultados sociais. Destaco que a EMBRAPA é uma das exceções à regra, pois, em que pese ser dependente, apresenta resultados inegáveis em suas atividades. Abaixo segue o ônus desses empresas nos anos de 2016 e 2017, segundo publicação do Tesouro Nacional:

O plano de privatização de Bolsonaro

Bem, chegamos ao nosso ponto principal: se as empresas forem privatizadas, elas não terão mais concursos, pois serão administradas pela iniciativa privada.

Em pronunciamentos de campanha, Bolsonaro e Guedes trataram, em grandes linhas, sobre o programa de privatização que pretendem colocar em prática.

Segundo Bolsonaro, “algumas estatais serão extintas, outras privatizadas e, em sua minoria, pelo caráter estratégico, serão preservadas”[2].

E Bolsonaro continua:

O PT criou aproximadamente 50 estatais. Quase todas elas serão privatizadas ou extintas. Mas temos que ter responsabilidade nas demais privatizações. Tem lá servidores e tem lá a função social das estatais.

Na mesma entrevista, afirmou que não vê “com bons olhos” privatizar a geração de energia no Brasil, ao contrário do governo do presidente Michel Temer, que propôs a privatização da Eletrobrás. Paulo Guedes se disse favorável à privatização somente das distribuidoras da Eletrobrás.

E, por fim, disse:

As questões de Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, entre outros, a mesma coisa [que a Eletrobras]. Agora, temos muitas estatais que se pode realmente privatizar, são até lucrativas, mas temos que ter um modelo adequado, como por exemplo, o que foi feito com a Embraer no passado, a “golden share” [ação que garante poder de veto ao governo]

Traduzindo para a prática: a intenção é extinguir ou privatizar empresas ineficientes (parte das empresas “dependentes” acima citadas, bem como as criadas nos governos do PT) e privatizar outros ativos não considerados como “estratégicos”.

Quais podem ser esses não “estratégicos”: a área de refino da Petrobras, a Transpetro, distribuidoras da Eletrobrás, a Infraero, Telebras, Correios, algumas subsidiárias do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

É inegável que a intenção é reduzir o número de empresas controladas pelo governo. Mas, te faço um questionamento muito sincero e honesto: quantos concursos essas entidades realizam periodicamente?

Poucos, se quase nenhum.

Qual o último concurso da VALEC? E da EBC? Alguém sabe me dizer qual a periodicidade dos concursos realizados pela EPL, AMAZUL, CODEVASF?

E o motivo é simples: elas são dependentes, ou desinteressantes do ponto de vista das carreiras públicas, e o Governo Federal possui um déficit primário (despesas mais elevadas que receitas, sem contar as com juros) superior a R$ 100 bilhões.

E qual instituição, seja pública ou privada, consegue realizar um plano de contratações de colaboradores/servidores em uma situação financeiramente grave essa?

Soma-se a isso o fato do quadro de pessoal de parte delas ser preenchido por “correligionários” não concursados.

Adicionalmente, é preciso citar que o Governo Federal possui participações minoritárias em empresas públicas controladas por Estados ou Municípios. Essas participações também podem ser vendidas.

Segundo publicação do Tesouro Nacional, são as seguintes: 

Conclusão

Concluindo, é provável que as privatizações ocorram em parte das empresas dependentes, subsidiárias de grandes empresas controladas pelo Governo Federal, além das empresas públicas em que o Governo Federal possui participação minoritária.

A Caixa Econômica Federal não será privatizada, mas isso pode ocorrer com a Caixa Seguridade, por exemplo. O Banco do Brasil também não será, mas isso pode ocorrer com alguns ativos relacionados ao BB, como o BB Seguridade, entre outros ativos que possui. A Petrobras não será, mas a área de refino da Petro pode ser. A Eletrobrás não será, mas suas distribuidoras podem ser (será mantida a área de geração de energia da Eletro).

E os concursos? Diminuem, mas penso que “marginalmente”.

Como explicado, a privatização/extinção de estatais está mais relacionada com aquelas menos atrativas do ponto de vista dos concursos públicos, tendo em vista a não realização de seleções públicas periódicas nessas entidades, em função da dependência financeira que possuem, além de parte do quadro de pessoal composto por “correligionários”.

Bem, essa é minha expectativa, pessoal. É uma previsão, mas com respaldo em alguns fatos, plano de governo de Bolsonaro e declarações recentes feitas por ele e seu “Posto Ipiranga”.

Bons estudos!

PS: a parte 2 deste artigo está disponível em https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/bolsonaro-presidente-quais-estatais-serao-privatizadas-parte-2/

[2] https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/noticia/2018/10/19/saiba-mais-sobre-as-propostas-de-bolsonaro-e-haddad-sobre-estatais-e-privatizacoes.ghtml

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Veja os comentários
  • Concurso acabou graças a Bolsonaro e Guedes!
    Andressa em 19/06/19 às 13:32
  • O que tem que acontecer: O Governo deve se preocupar somente com a Saúde, a Educação e a Defesa. Todas as outras empresas tem que ser privatizadas, Rodovias, Ferrovias, Portos, Aeroportos e todas as empresas públicas que não a Saúde, Educação e Defesa. Só assim vai ser possível melhor qualidade, condições de fiscalização e o número de empregos vai crescer absurdamente. Também a cobrança de impostos tem que ser como nos EUA, um só imposto e todos tem que pagar.
    Gilberto Alves Macedo em 31/03/19 às 06:58
  • Professor Vicente, Sou funcionário da Casa da Moeda e provavelmente ela também vai pro saco. Me sinto mega preparado para passar em concursos, mas está brabo. Não está saindo nada. Você sabe se tem alguma coisa no ar pairando sobre concurso para o BACEN, CVM ou SUSEP? Obrigado! Alfredo
    Alfredo Nunes em 28/02/19 às 18:40
  • Será que privatizam a Cobra Tecnologia (nome fantasia BB Tecnologia e Serviços)? Trata-se de uma empresa que pertence ao conglomerado do Banco do Brasil, mais 90% do caital dela é do BB, controlada pelo banco. Teve poucos concursos pra ela até hoje.
    Raul em 20/12/18 às 14:54
  • Prestei serviço na núcleo e via o quanto funcionando ganhavam absurdamente bem para não fazer nada , transportes de primeira qualidade mais de 20 linhas de ônibus fora as vans era uma mordomia só e ainda tinha um número absurdo de diretores e gerentes tudo cargo comissionado lá é uma Disney word para os funcionários !
    Felipe Arão em 07/12/18 às 10:21
  • concurso ja era,tribunais abrem pouca vagas ,concurso militares são exceções pois abrem mais vagas.acho que deveríamos fortalecer nossas empresas e ter penas mas duras contra a corrupção das mesmas e não sermos escravos de multinacionais.
    guga em 24/11/18 às 17:23
  • Veja bem o lucro estimado da Petrobras em 2018 será de 27 bi, BB 13 bi e caixa 8 bi so desas 3 dá 50 bi/ano. E isso tudo com todo aparelhamento do estado e corrupção, imagina agora sem isso, talvez o governo ira vender sua galinha de ovos de ouro kkkk e fique mais ferrado ainda sem essas receitas!!
    Andre Nascimento em 14/11/18 às 09:25
  • Somos capitalistas, o socialismo por squi acabou, estado mínimo, porque a maioria da população que gera renda cansou de mamara! Parou o mimimi.
    Cristiano em 11/11/18 às 00:02
  • Por favor, gostaria de saber se existe alguma possibilidade do INSS ser privatizado?
    Debora em 09/11/18 às 20:21
  • Sou concurseiro e concursado há mais de dez anos. É impressionante a falta de bom senso e lucidez de muitos "críticos". "Aiin, vou perder meu emprego"; "Ainn, porque passei anos estudando e agora 'bolsominion, nazistas, fascistas, elitistas, taxistas, apoiam o fim do concurso público'". Ou falta inteligência técnica ou sobra burrice emocional. O texto é técnico, são verdades baseadas em, no mínimo, estudo técnico e experiência sobre o assunto. O Professor deixa claro suas inércia em não pender pra x ou y, politicamente falando. Parem de mimimi e tentem enxergar o mínimo de lucidez no artigo. O egoísmo em olhar pro próprio umbigo é tamanha que os contra-argumentos dos que não aceitam os fatos é somente atacar o artigo. Cresça! O brasileiro está mal acostumado a ouvir somente o que lhe convém. Se não convém, que se f... O artigo é, sim, ótimo e bom para avaliar os momentos e os novos cenários que estão por vir. Privatizar não significa extinguir de vez com concursos!!! COmo acham que o Governo irá contratar para os seus demais setores? Legalmente, e somente, por meio de concurso público. Concursado também um dia se aposenta, também falecem e também, de alguma forma, se desligam de onde estão. Querendo ou não, inevitavelmente, haverá rotatividade e necessidade de pessoas no setor público. E para com essa de "Ah! Porque foi no governo x que eu consegui minha estabilidade e virei servidor". Não sabia que o governo passou milhares de horas de estudo e sentou na cadeira pra fazer prova por você.
    Fábio em 09/11/18 às 09:58
  • Caro professor, acredito que a grande maioria das empresas públicas e S.E.M devem de fato ser privatizadas. Mas se você acha que a Transpetro não é estratégica tanto para o governo quanto para a própria Petrobras, mostra a sua completa falta de conhecimento sobre a empresa. Bolsonaro e seu governo já afirmaram que a Transpetro não está na rota das privatizações por questões militares e estratégicas. Estude um pouco sobre a importância da estrutura logística e de ter o controle operacional de toda a sua cadeia e a evolução desses conceitos durante as últimas décadas que você vai enxergar como é mais fácil o governo privatizar a própria Petrobras antes de fazer isso com a Transpetro.
    Pablo Penaforte em 08/11/18 às 12:30
    • Pablo, entendo suas consideração. Mas, respeitosamente, discordo. Escrevi mais sobre isso aqui: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/bolsonaro-presidente-quais-estatais-serao-privatizadas-parte-2/
      Vicente Camillo em 09/11/18 às 08:14
  • Boa tarde á todos,concordo com a opinião de alguns sobre a privatização.no estado onde moro algumas empresas do governo foram vendidas, mas o serviço de atendimento não melhorou ,nem a prestação de serviço,como é o caso da antiga Saelpa hoje energisa.pelo contrário as tarifas ou contas aumentaram bastante,levando a classe mais humilde a ficar sem energia que deveria ser algo social de baixo custo para a população. existem empresas que são indispensáveis para a população de baixa renda e tem um fim social como a CBTU.
    LUCAS em 07/11/18 às 15:46
  • Valec, EPL, EBC essas empresas têm que ser sim privatizadas, são empresas criadas nos governos anteriores e só servem para lavar dinheiro, serve para cabides de emprego e quem só trabalha é parente, amigo ou alguém próximo de algum político. Correios, é outra empresa que tem que ir na rota da privatização por causa dos esquemas de corrupção que levaram a falência dela, e o bom que tendo outras empresas concorrentes talvez o serviço (não digo que as empresas privadas concorrentes prestarão um bom serviço) melhore. Acredito que a Nuclep não entrará na rota das privatizações. Sou muito leigo quanto a isso, mas acho que Nuclep, a INB são essenciais para o governo. Valec é a antiga RFFSA reencarnada kkkkkkkk
    José Victor em 07/11/18 às 13:28
  • Comente a respeito da EBSERH, existe um receio muito grande de que como sendo criada pelo PT, esteja na mira.
    Gilberto Cavalheiro em 07/11/18 às 12:00
    • Gilberto, não conheço esse caso em específico e não foi divulgado nada, até o momento, sobre ele. Vamos aguardar. Abs!
      Vicente Camillo em 07/11/18 às 13:08
  • Existe nas estatais uma função social que muitas vezes não é levado em conta. Os números puros são frios. Veja o programa Luz para Todos que é realizado pela Eletrobras. Qual privado iria realizar esse programa? Tem o PROCEL também. Nos EUA todas as hidroelétricas são estatais. Energia é muito estratégico para qualquer pais do mundo. Os custos de produção das industrias estão diretamente atrelados aos custos de energia, seja elétrica ou fóssil. Imagine se tivéssemos empresas de energia 100% estatais vendendo sua energia basicamente a preço de custo e com um lucro mínimo para reinvestimento. Quantas empresas e industrias conseguiríamos atrair para o Brasil com isso? Mas concordo que melhorar a gestão, acabar com a corrupção e realizar indicações técnicas ajudará a melhorar a eficiência dessas empresas.
    Ebenezer em 07/11/18 às 10:26
    • Esse caso pode ser resolvido via subsídios. O Estado subsidia quem não pode pagar. É um ganha-ganha, considerando que a gestão privada é mais eficiente, ou seja, o Estado gastaria menos com subsídios e as pessoas que precisam teriam um serviço melhor.
      Vicente Camillo em 07/11/18 às 10:30
  • Bom dia, vou falar uma coisa e por isso que o povo não vai pra frente,acorda pessoal ,para com essa hipocrisia, se vcs fossem servidor público federal igual eu sou,não estariam falando merda ,é muito fácil falar, deveriam estudar e torcer pra manter os concursos, do que ficarem por aí maquinando a derrota alheia ..
    021 em 07/11/18 às 10:07
  • Excelente análise. Realista. Avante Brasil.
    Marcela em 07/11/18 às 09:04
  • É cada dia mais desconfortável ser aluna do Estratégia! Assim que meu curso, que já está pago, terminar, farei de questão de sair para não voltar. Esse proselitismo ideológico de alguns professores, considerado tudo o que está em jogo no cenário nacional, tem me causado náuseas!
    Fernanda Almeida dos Santos em 07/11/18 às 08:27
    • Fernanda, o texto está baseado em opinião técnica e pessoal. Não é opinião do Estratégia. Abs!
      Vicente Camillo em 07/11/18 às 08:43
  • Podem mudar o nome do site para: Estratégia Empregos. E os cursos serão relacionados a como se dar bem em entrevistas. rsrs Faz-me rir. O Brasil é o único país o boi "bate palma" pro açougueiro. Perguntem se os professores daqui, que ocupam cargos com remunerações altas, estão dispostos a abrir mão disso ou se eles acham injustos os salários deles e consideram uma despesa para o país.
    Antônio em 06/11/18 às 18:15
  • Quais foram os maiores benefícios das grandes privatizações já feitas no Brasil até hoje, tais como CSN, Valle, Telefonia e etc? O dinheiro realmente foi pra saúde, segurança e educação? Duvido muito, tanto como duvido que dessa vez irão!
    Samuel em 06/11/18 às 17:41
  • Concordo com os argumentos apresentados pelo senhor, professor Vicente. Como exemplo da falta de periodicidade, em que se pese até de planejamento estratégico, estas companhias públicas e de economia mista não contratam como deveriam. Eu mesmo prestei um concurso para a área técnica superior da Codevasf em 2008, consegui ficar em 6º lugar e nunca fui chamado, assim como nem o 1º colocado ao mesmo cargo e em muitos outros cargos, também não conseguiram. Concordo plenamente com a política do presidente eleito em realizar privatizações em áreas não estratégicas e em empresas que no fim das contas, mais oneram do que lucram na esfera da União, a exemplo da maioria que foi criada no governo quase bidecadal do PT. Lembro ainda que o governo Bolsonaro se comprometeu veementemente no estrito cumprimento da CF de 1988, o que significa que com base nela, o ingresso no serviço público, salvo algumas exceções, se dará exclusivamente por concurso público. Com isso, pode-se dizer que, ao contrário do que pensam, haverá até mais concursos públicos, principalmente na administração pública direta, tendo em vista o comprometimento firmado pelo presidente eleito no estrito cumprimento da Carta Magna. Parabéns pelo posicionamento maduro e consciente do panorama político no Brasil. Vamos aos estudos e bons tempos a todos nós.
    Márcio Sampaio Lima em 06/11/18 às 16:30
    • Legal, Márcio. Meu ponto está de acordo com o que escreveu. É isso.
      Vicente Camillo em 06/11/18 às 20:43
  • Sou concursada no Banco do Brasil e ralei muito para conseguir essa vaga, horas a fio estudando em condições de muito stress familiar. Temo pelo meu emprego com essa possível privatização. E acho que quem é concurseiro deveria avaliar suas posições bolsominicas porque hoje poderá ser eu e amanhã vocês.
    Beatriz em 06/11/18 às 11:14
  • Professor, apenas gostaria de informar que a BB seguridade já é uma empresa à parte do Banco do Brasil, inclusive com capital aberto na bolsa de valores. A parte de seguridade é a mais lucrativa para os bancos, dificilmente irão vender a da CEF por completo, deve seguir o que aconteceu com o BB.
    Thiago em 05/11/18 às 23:30
    • Thiago, conheço esses casos. Mas, eles possuem capital misto (público e privado) e a parcela pública pode ser vendida.
      Vicente Camillo em 06/11/18 às 20:44
  • Super a favor das privatizações!! Sou concurseira mas não penso só em mim e sim na sociedade! Sou concurseira mas não penso em ter um cargo público pra ganhar bem e trabalhar a hora que eu quiser e bem como quiser e sim por vocação e paixão nunca por interesses pessoais e ego como muitos que são contra privatizações! Consciência!!!!
    Helen Luise em 05/11/18 às 19:49
    • Isso. Escrevi mais sobre isso em https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/bolsonaro-presidente-quais-estatais-serao-privatizadas-parte-2/
      Vicente Camillo em 06/11/18 às 20:45
  • Com todo respeito as opiniões aqui elencadas, não consigo vislumbrar que para salvar (curar) o boi do carrapato a melhor saída é vende-lo.
    moises gomes de oliveira em 05/11/18 às 19:11
  • A base da corrupção no Brasil é essa simbiose descarada entre os políticos e essas grandes empresas lobistas financiadora de campanhas eleitorais. As privatizações são apenas umas das moedas de trocas que o governo utiliza pra negociar o patrimônio público de acordo com os seu interesses pessoais. Por que ao invés de praticamente dar algo que contribuir para o erário, não se investe em boa gestão? Porque o interesse é exatamente fazer negociata com a coisa pública. Tem muita gente capaz prestando concurso porque quer ser bem remunerado e não explorado nessas empresas privadas que querem a sua alma e te pagam o mínimo possível e de preferência sem qualquer direito trabalhista. E boa parte da população apoia isso porque espera uma prestação de serviços de qualidade (o que não acontece nem antes e nem depois - é só ver o quanto temos que recorrer aos órgãos de defesa do consumidor e agências reguladoras pra ter os nossos direitos assegurados). A nós, futuros (ou atuais) servidores cabe fazer a nossa parte para contribuir com essa mudança de imagem. Quanto as privatizações, que o Congresso consiga barrar!!!
    Simone de Andrade Araujo em 05/11/18 às 15:34
  • Lembrando que a Ebserh realiza atendimento 100% pelo SUS, e ai, ela vai passar a ter fins lucrativos?
    Fabricio em 05/11/18 às 15:34
  • A preocupação de todos é válida sim... muitos optam por diferentes situações por concursos mesmo que eles no momento já possuírem carreiras e formações completamente diferentes daquelas que vão prestar, mesmo que no passado nem imaginavam trabalhar com direito, impostos.. etc simplesmente optam pela estabilidade e tb em alguns casos por "trabalhar menos" e ter "poucas responsabilidades"... agora temos (mesmo que seja contra a natureza humana) para de pensar APENAS no nosso umbigo e pensam no país.... é notório q muitas empresas precisam ser privatizadas e outras extintas(q só dão prejuízos e ninguém tem interesse)..... de que adianta ter os mesmos números de vagas de concursos ou então aumentá-las (como poderia acontecer se o PT ganhasse as eleições) se o país decair ainda mais sua economia e possivelmente que ficaria com uma dívida enorme a ponto de falir como nação (vide Grécia proporcionalmente) que ainda tinham países fortes no bloco econômico para ajudá-los... e no caso o Brasil... de imediato algum país do mercosul poderiam nos ajudar? então precisamos pensar no futuro dos nossos filhos, netos, etc...O Brasil precisa muito de novos rumos e torcemos (e no meu caso rezo muito tb) que se inicia com o governo que assumirá em 2019 mesmo que diminuam as vagas ou então que a concorrência aumente devido a diminuição (indiretamente os concurseiros estão se preocupando nisso tb)
    Luciano Lopes em 05/11/18 às 12:24
  • Considero o ESTADO MÍNIMO o máximo. Que venham as privatizações e terceirizações amplas, gerais e irrestritas. Eu vou morrer de rir. Eu vou morrer de dó.
    6332157844 em 05/11/18 às 10:38
  • Tenho uma dúvida, acho que é uma boa temática para futuras redações, Todas as privatizações que ocorreram até agora gerou diminuição de salário dos empregados, que normalmente é substituido, e aumento do produto ou serviço, por exemplo, quando foi vendido a telesp houve um reajuste de 5000% no valor das taxas, isso não refletiu na qualidade de seus trabalhadores que foi terceirizados e hoje não um técnico da vivo não ganha que um técnico da telesp ganhava a 20 anos atrás, ou seja, mesmo que diminuiu a corrupção por que a empresa é privada, mas o custo para cada um de nós aumentou extremamente e o pior temos um dos piores serviço do mundo. Tenho duas dúvida, qual país do mundo sendo uma democracia desenvolveu e a outra como o governo diminuiria a taxa de juros, na marra já que vendendo suas empresas não teria como gerar competividade com as empresas do mercado.
    Marcelo Vieira Arjona em 05/11/18 às 09:09
  • Antes dos governos petistas éramos todos adolescentes e, por isso, a empresa não existia.
    Vicente Camillo em 05/11/18 às 07:24
  • GHC e HCPA são hospitais que atendem SUS
    Fernando Leiria em 04/11/18 às 14:05
  • Será que a função do Estratégia é realmente curso para concursos? Há muito venho percebendo posicionamento partidário de vocês no que se refere ao governo de Bolsonaro. Matéria completamente tendenciosa. Não enxergo lado positivo algum em privatizar as estatais. Peço mais reponsabilidade deste curso ao escrever matérias como estas. Vocês estão lidando com sonhos... Não tentem amenizar uma situação que é extremamente preocupante. Vocês caíram no meu conceito!
    Priscilla em 04/11/18 às 12:17
    • Priscilla, não culpe o mensageiro pelo teor da mensagem. Estou apenas analisando e opinando sobre um fato da realidade.
      Vicente Camillo em 05/11/18 às 07:23
  • REALMENTE ESTOU COMEÇANDO A ME PREOCUPAR , PORQUE CONCURSO É BARRA, A LUTA E GRANDE E MINHA FILHA É CONCURSADA, ENFERMEIRA CHEFE DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS. EMPRESA TERCEIRIZADA.PONDO EM PAUTA QUE É CONCURSO FEDERAL HONESTO, EU ACHO QUE SE ISSO ACONTECER, SERÁ MUITO INJUSTO PRIVATIZAÇÃO DA ÁREA DE SAÚDE DOS CONCURSADOS. ELES ESTUDARAM, PASSARAM COM HONESTIDADE, NINGUÉM TEM CULPA DISSO. SOU BOLSONARO DESDE O INICIO. PEÇO SER BEM ANALIZADO ESTE CASO. DESDE JÁ AGRADEÇO.
    Maria Cristina Pereira Vasconcelos em 04/11/18 às 01:39
  • Desculpe,mas não concordo com este modelo de neoliberalismo,vimos no passado grandes Empresas Públicas,que foram privatizadas e seus serviços ficaram de péssima qualidade. Será que a única coisa para controlar a CRISE NO PAÍS É VENDER o que é do povo;porque não se começa esta reforma diminuindo os GASTOS PÚBLICOS, cortando tantos privilégios dos pessoal dos PODER EXECUTIVO,LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO;assim, teríamos mais benefícios para a EDUCAÇÃO,SAÚDE,MORADIA E OUTROS princípios fundamentais à sobrevivência de qualquer cidadão.
    Maria das Dores Braga de Oliveira em 03/11/18 às 23:08
  • É melhor JAIR se acostumando a fazer entrevista em empresa privada ...porque concurso...hahahaaaaha
    Joana em 03/11/18 às 22:34
  • Olá professor, muito interessante a matéria. Gostaria de saber a opinião do senhor sobre a Lei Nº 13.429/2017, conhecida como lei da terceirização e o Decreto nº 9.507. É possível que o número de concursos diminua em função da adoção dessa lei pela administração pública?
    Miguel em 03/11/18 às 21:48
    • Miguel, é provável que reduza os concursos de uma forma geral. Mas, é difícil "precificar" essa redução ou apontar quais áreas serão reduzidas. Abs!
      Vicente Camillo em 05/11/18 às 07:25
  • Análise tendenciosa e favorável ao governo do Bolsonaro. Um candidato que já se posicionou contra os servidores tendo como proposta a retirada dos adicionais, ficando apenas o vencimento básico. Ou seja, visa acabar com o plano de carreira. E aí eu leio a sua análise como professor de cursos preparatórios para concursos e achei no mínimo contraditório. Sabemos também que nem todas as privatizações são as melhores opções para o país, apesar do discurso ser completamente diferente.
    SELMA em 03/11/18 às 18:35
  • Matéria perfeita, impecável e esclarecedora. Parabéns prof
    Katy Lima em 03/11/18 às 18:20
    • Obrigado, Katy. Tentei ser conciso e deixar o recado: as privatizações irão ocorrer nos casos citados. Abs!
      Vicente Camillo em 05/11/18 às 14:48
  • O que vai acontecer com os empregados públicos dessas empresas? Serão todos demitidos mesmo?
    Bárbara em 03/11/18 às 18:10
    • Bárbara, não. Eles se tornam funcionários de empresa privada.
      Vicente Camillo em 05/11/18 às 14:48
    • Não! Se privatizadas, os colaboradores tornam-se funcionários de empresas privadas.
      Vicente Camillo em 05/11/18 às 07:21
  • ...melhor mudar de ramo, porque a industria dos cursos preparatórios para concursos se estabeleceu e cresceu nos governos do PT, quando as carreiras publicas foram valorizadas. A terceirização j'a esta dando lugar a maioria dos concursos e os militares, segundo o teu presidente, vao ocupar metade dos cargos comissionados, o que empurra os concursados para o cargo efetivo. A previsão 'e a de que apenas o judiciário mantera seus quadros, por razoes obvias...
    Maria Carvalho em 03/11/18 às 16:53
  • Artigo interessante e esclarecedor. Todos os desesperados após a Vitória do Bolsonaro que estavam falando besteiras sobre o fim dos concursos públicos deveriam ler.
    Fabiana em 03/11/18 às 14:39
  • Obrigado prof. Vicente Camillo e a todos da equipe Estratégia Concursos, pelas informações e esclarecimentos.
    Ellen Alves de Oliveira em 03/11/18 às 07:31
  • Professor, me espanta ser a favor de estado mínimo fazendo parte do quadro da CVM.Por que não está no mercado?
    Marcelo em 02/11/18 às 17:47
    • Marcelo, acho que não compreendeu o que escrevi no texto. Estou defendendo "estado mínimo" em qual trecho?
      Vicente Camillo em 05/11/18 às 07:20
  • Qual a chance de extinção da conab?
    Nilton em 02/11/18 às 17:31
  • Roger, a gente tem que pensar com o cérebro. Quem pensa com o fígado faz escolhas precipitadas. É fato que os que perderam a eleição estão fazendo terror psicológico. Calma. :) Não é questão de ser bolsominion. É questão de ser lógico e analisar o cenário usando a razão.
    Rosana Oliveira em 02/11/18 às 15:46
  • Boa tarde! Não é entregar é simplesmente dar não concordo com esse pensamento neoliberal
    Albuquerque em 02/11/18 às 15:08
  • Quanto preconceito por parte do Roger, olha só, o que o Vicente está falando é sobre modelos econômicos, nesse sentido, existem os que deram certo e os que não deram certo. Bom concordo com a análise, penso que alguns setores estratégicos não devem ser privatizados, o que necessita é: o compliance, a auditoria e controles eficazes no combate à corrupção. Penso, também que a administração pública tem que se esforçar para lidar melhor com os recursos que têm, sem onerar mais ainda os cofres públicos. Agora, quanto a ser professor de concursos e ter em mente um modelo econômico mais adequado, não tem relação nenhuma com o fato de ser a favor ou contra Bolsonaro, estabelecer essa relação é um discurso maniqueísta e pobre, lamento. Segue meu blog com uma opniao um pouco divergente, mas que segue a mesma linha analítica do Vicente: rict.wordpress.com.br
    leonardo em 02/11/18 às 14:08
    • Boas observações, Leonardo. Infelizmente nem todos conseguem compreender que o texto tem objetivo analítico e não político. Falta inteligência (cerebral e emocional) pra muitos....
      Vicente Camillo em 05/11/18 às 14:38
  • Ótima matéria. Muito bem detalhada e explicada.
    Aline em 02/11/18 às 13:23
    • Obrigado, Aline. A intenção é debater sobre o tema, pois será um fato daqui em diante
      Vicente Camillo em 05/11/18 às 14:39
  • Discordo do seu comentário: As Privatizações diminuem bastante os concursos Público, talvez futuramente até acabem, quando as empresa passa para a iniciativa privada com as terceirizações dos serviços. Neste caso o critério de classificação das empresas privadas é totalmente diferente da pública, na empresa privada o critério é dá aparência, da cor do candidato, da Idade, experiência e uma séria de requisitos que se o candidato não se enquadrar, não tem a menor condição de conseguir um emprego, a não ser que ele tenha um amigo muito influente que lhe encaminhe. Já a pública o critério é a competência, o candidato passou no concurso ou que seja, Branco, Preto, Velho. Não importa passou com nota boa ou seja, o feio fez mais ponto que o bonito o feio bota o bonito para trás é ou não é um critério mais justo. Nas empresas privadas existe muita discriminação o Brasil perdeu deu um salto no escuro, agora mesmo é que as desigualdades sociais vão aumentar até por uma questão de lógica as coisas vão piorar.
    Gonçalo em 02/11/18 às 13:20