Descubra o que é bom você saber antes de iniciar disciplinas novas e “difíceis”, aprendendo com a experiência de estudantes experientes e aprovados.
Olá, como vão os estudos?
Você tem relutância em iniciar o estudo de uma disciplina por achar que ela é difícil? Ou até começou a estudá-la e confirmou que, sim, é difícil mesmo e desistiu? Sim? Vamos conversar sobre o que é bom você saber antes de iniciar disciplinas novas e “difíceis”.
De fato, há certo desafio ao iniciar o estudo de disciplinas novas. No entanto, há lições aprendidas por quem já passou por este desafio que podem nos ajudar. Saber quais desafios você irá enfrentar e como aprovados superaram estes obstáculos vai te preparar para vencê-los.
Ao iniciar os estudos para concursos públicos é comum que estudantes encontrem dificuldades em compreender disciplinas que jamais estudaram. Para alguns, é tudo muito confuso, abstrato demais, o texto parece não fazer sentido.
Além do mais, novas expressões e formas de linguagem nos fazem ter a percepção de que não conseguiremos aprender a matéria. Mesmo consultando dicionários, substituindo palavras desconhecidas por sinônimos, a compreensão ainda permanece difícil, o que faz muitos desistirem. Mas não precisa ser assim.
É fato que os concursos públicos exigem o conhecimento de matérias que são consideradas totalmente novas para quem inicia o estudo de seus certames.
Disciplinas que em geral não são ensinadas no ensino fundamental e médio apavoram alguns estudantes pelo simples fato de serem novas, desconhecidas.
Muitos têm julgamentos negativos sem mesmo ler o capítulo introdutório, pois o nome da disciplina, por si só, indicaria que é algo muito difícil de entender, talvez impossível.
Por exemplo, Administração Financeira e Orçamentária é uma das matérias que causa aversão em alguns concurseiros simplesmente pelo título. Subentendem, erroneamente, que a expressão “Financeira e Orçamentária” anuncia um assunto complicado com muitos cálculos e fórmulas.
Outros até se encorajam a primeira leitura, mas como não entendem de imediato, confirmam, equivocadamente, sua cisma com a disciplina.
Mas, o que estudantes experientes aprenderam e podem nos ensinar?
Aprenderam que a consistência nos estudos torna a compreensão pouco a pouco melhor, até que a disciplina não seja mais difícil para eles.
Estudantes experientes tendem a ter menos resistência a novas disciplinas, pois já entenderam que a dificuldade inicial é parte do processo. Assim, eles têm menos pré-julgamentos negativos, estando mais encorajados ao desafio.
Além disso, muitos passaram pela experiência de pensar que uma disciplina seria muito difícil, mas quando iniciaram seu estudo tiveram a boa surpresa de se tratar de algo fácil.
Lição: disponha-se de forma positiva a estudar novas disciplinas, evite preconcebê-las negativamente.
Assim, não dê tanta importância caso não compreenda o assunto de imediato. Não se desespere ou se angustie. As primeiras sessões são realmente mais difíceis. Contudo, gradualmente, o conteúdo lhe parecerá mais fácil.
Saiba que é necessária habitualidade para que nosso cérebro assimile informações novas, por isso é preciso insistir no estudo, motivar-se com o fato de que você compreenderá o assunto.
De fato, capítulos introdutórios de novas disciplinas exigem pausas constantes na leitura, seja para pesquisar significados de termos, seja para compreender melhor o sentido de uma frase.
Muitos se sentem frustrados com estas pausas e releituras. E mesmo que saibam o significado de cada palavra, parecem não compreender o sentido do enunciado.
Estudantes mais experientes aprendem que isso tudo é normal, que está tudo bem não entender algo nas primeiras leituras. Estão cientes que serão necessárias algumas sessões de estudo para que possam se acostumar com os novos termos e a linguagem.
Estar ciente disso dá tranquilidade e confiança no processo de aprendizagem, o que nos motiva a se engajar mais no estudo.
Uma boa técnica para aprender conteúdos novos e difíceis é dividi-los em partes pequenas, realizando intervalos para descanso, em vez de estudar de uma só vez capítulos inteiros.
Isso evita a sensação de mente sobrecarregada, facilitando a compreensão e permitindo que nosso cérebro processe e memorize melhor a informação.
Mas, se ainda assim você ter a percepção de que não está entendendo nada?
Se após algumas semanas de estudo consistente você não conseguir compreender nem mesmo o capítulo de introdução ou a aula inaugural, aconselhamos tentar outro material da disciplina escrito por outro (a) professor (a).
Algumas vezes achamos algo difícil de entender pois a didática do (a) professor (a) ou do material de estudo não é adequado para nós. A forma como um (a) professor (a) leciona pode fazer muita diferença para você.
Aprender algo novo também passa pelo desafio de entender muitos conceitos, a princípio, abstratos demais.
Conceitos que não podem ser percebidos por meio dos sentidos nem facilmente visualizados na mente são realmente mais complicados de se compreender.
Alguns conceitos parecem tão abstratos que se assemelham a fórmulas matemáticas que decoramos no ensino básico para fazer provas, mas não fazemos ideia de como se aplicam fora do mundo escolar.
Então, como podemos melhorar a compreensão de conceitos mais abstratos? Tente aplicá-los no mundo concreto, imagine situações hipotéticas, realize comparações com coisas comuns ou busque similaridades com o que já conhece bem.
Aprendemos melhor um conceito quando observamos sua aplicação no mundo concreto. A fórmula de juros compostos faz mais sentido para nós quando a utilizamos para saber quanto vamos pagar por um empréstimo.
Também compreendemos melhor quando conseguimos perceber similaridades e realizamos comparações com coisas que já conhecemos. Por exemplo, em AFO se compararmos receitas e despesas do Estado com recebimentos e gastos de nossa casa, a compreensão fica bem mais fácil.
Há professores (as) que fazem uma apresentação da matéria antes de introduzi-las em suas aulas e materiais didáticos. É uma abordagem que aproxima os conhecimentos da disciplina ao conhecimento prévio que os estudantes já têm. Consiste em mostrar similaridades e realizar comparações do novo conhecimento ao já conhecido, tonando o conteúdo mais tangível para os alunos.
Disciplinas como Língua Portuguesa e Matemática são ensinadas para nós ainda crianças. Seus conhecimentos se mostram de utilidade prática desde cedo, seja quando escrevemos cartinhas para os pais, seja quando contamos os dedos das mãos.
Portanto, não só aprendemos estas disciplinas desde pequenos, como aplicamos seus conhecimentos como ferramentas diariamente.
Por outro lado, algumas disciplinas de concursos públicos, como AFO, Contabilidade e Economia, além de não fazerem parte de nosso currículo nas escolas, não têm, a princípio, nenhuma utilidade prática para maior parte de nós.
Você escuta diariamente notícias sobre contas de governo e economia, porém você provavelmente não analisa de forma habitual as demonstrações contábeis do setor público ou a balança comercial. No entanto, escreve mensagens de texto e realiza pequenas contas corriqueiramente.
Sem dúvida, aprendemos melhor quando utilizamos o conhecimento de forma prática e sabemos sua razão de ser. Parte da dificuldade em aprender se deve a não fazermos uso prático do conhecimento e de não compreendermos sua utilidade.
Quer aprender melhor? Tente aplicar o conhecimento de forma prática em seu dia a dia. Se isso não for possível, imagine como aquele conhecimento será aplicado por você quando ocupar o cargo público que deseja. Descubra qual é a finalidade daquela ciência ou disciplina.
Sim, estudar algo para ser aprovado em um concurso público é algo motivador, porém compreendendo a utilidade da disciplina em si, o aprendizado fará mais sentido.
Outra questão que surge quando vamos estudar algo novo, refere se a autopercepção que temos sobre nossa capacidade de aprender.
É comum acharmos que não temos a capacidade de aprender isso ou aquilo. Contudo, a ciência e a experiência de muitos estudantes, pedagogos e professores mostram que pessoas comuns são capazes de aprender conceitos novos e complexos, inclusive matérias que consideravam impossíveis de aprender.
De fato, idade, história de vida, capacidade cognitiva e de memorização fazem diferença, mas não são impeditivos determinantes. Já que são inúmeros os casos de pessoas, que mesmo em condições adversas, superaram suas próprias expectativas.
Ainda não está convencido? Assista este vídeo do Professor Clóvis de Barros, ele pode te convencer melhor sobre o potencial que você tem de aprender.
O estudo de novas disciplinas pode ser desafiador, mas predisposição positiva, dedicação, consistência e tempo tornarão tudo mais fácil.
Vamos recapitular técnicas, estratégias, atitudes e comportamentos que te ajudarão a superar este desafio?
É isso! Bons estudos!
Roberto S. Patrício
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