Artigo

Português – Câmara de BH TEC LEG II – Prova comentada COM RECURSOS!

Olá, pessoal. Tranquilo? Dever cumprido?

Foi liberado o gabarito preliminar da prova de Técnico Legislativo II, segue um breve comentário sobre as questões. Minha referência é a prova VERDE.

Há várias possibilidades de recurso, marquei em CAIXA ALTA no comentário das questões 2, 5, 12, 13 e 19.

1- Considerando suas características formais e semânticas…

Temos um crônica, um texto eminentemente narrativo. Gabarito letra B.

2- Analise o título do texto…

O título “Trapezista” se refere à comparação feita pelo protagonista: “o casamento é como um número de trapézio, um precisa confiar no outro até de olhos fechados”.

RECURSO:

Misteriosamente, a banca deu como gabarito a letra C, “analogia entre um afazer e a atitude do protagonista”. Entendo que essa opção seja errada, primeiro porque a B é evidente, há clara referência a uma comparação que o narrador fez. Segundo porque rigorosamente não estamos falando da atitude do “protagonista” em si, na verdade, a confiança seria dos dois, do protagonista e da esposa, ou, mais especificamente só dela, já que o narrador pede que ela acredite nele, confie nele, mesmo contra todas as evidências.  Terceiro, não é um vocabulário preciso chamar o casamento de “atitude” e chamar um número de trapézio de AFAZER.

ESCREVAM COM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS O RACIOCÍNIO ACIMA E TENTEM ANULAR ESSE GABARITO EQUIVOCADO.

Gabarito letra B.

3- No que diz respeito à perspectiva sob a qual é apresentado…

A narrativa é toda feita da perspectiva do narrador-protagonista, o homem que tenta justificar uma suposta foto sua no carnaval. Então, naturalmente a reposta deveria ser “unilateral”, pois a narração é feita sob sua perpectiva. Contudo, há trechos que “simulam” ou “sugerem” as possíveis respostas da mulher, o que daria margem para pensar em “dois lados”, “duas perspectivas”, ambilateralidade. De qualquer forma, como o enunciado fala de “recorte”, a resposta deve ser “unilateral”, um recorte feito pelo autor, segundo seu próprio ponto de vista.

4- Sobre a construção do texto…

I- O discurso do personagem não é todo coerente e coeso. Ele cai em contradição em alguns momentos e se compromete com suas afirmações.

II- Sim, em alguns momentos, o autor não observa rigorosamente a norma culta, deixa de usar pontuação padrão em alguns casos, usa contração coloquial “pra”, variação de grau superlativo em um substantivo (coisíssima), entre outras sutilezas. Essa linguagem mais “solta” tem como finalidade a adequação ao estilo dinâmico da narrativa, que reproduz uma conversa telefônica, informal, entrecortada.

III- Esse item é bastante perigoso. Pelo mesmo motivo da questão anterior. Existe um suposto diálogo, pois só temos acesso ao segundo interlocutor porque o narrador reproduz as respostas da esposa. Então, podemos sim dizer que há um diálogo e que uma das partes do diálogo não pode ser vista com exatidão.

5- A partir do final do primeiro parágrafo…

No final do texto, a narrativa nos permite inferir que a esposa começou a aceitar sua argumentação, como no trecho:

“Você quer que eu jure?”. Então, há sinais de que ele jurou e ela acreditou. Para confirmar essa ideia, temos o trecho: “Ha, ha, você é demais. Olha, querida: Alô? Sábado eu estou aí, beijo nas crianças. Socorro. Eu disse, um beijo.

Então, parece que ele teve sucesso na sua estratégia, teve “êxito”, então sua estratégia foi “exitosa”.

Gabarito letra B.

RECURSO:

A banca forneceu como gabarito preliminar a opção A, “caidiça”. Creio que seja um erro de digitação, porque essa palavra não tem qualquer relação com o texto. Segundo o Houaiss, “caidiça” é sinônimo de “caduco”, “caideiro”, “que ameaça ruína”.  O enunciado diz claramente “Considerando o desenrolar da história a partir dessa mudança… Então, a banca se refere à segunda parte da narrativa, a parte final, quando o narrador consegue de certa forma convencer a mulher, tanto que o texto indica que eles vão se encontrar… Então, podemos inferir que o narrador estava se complicando a princípio, mas depois consegue acertar sua estratégia de convencimento da esposa. Não vejo qual foi ótica da banca para entender “caidiça” como resposta.

Ainda que você considere o fato de que a mulher não ouviu grande parte da argumentação do narrador, “caidiça” também não seria uma boa palavra para indicar sua estratégia. Se ela nem sequer foi ouvida, como podemos dizer que fez efeito ou não? Além do mais, ‘caidiça’ não é sinônimo de “fracassada”. Algo caidiço é algo que está por acabar ou já acabou, não tem relação a estratégia ser convincente ou não. Então, entendo que o fim do texto corrobora que o narrador teve sucesso em convencer a mulher, mas não corrobora qualquer valoração da eficácia do argumento que nem sequer foi ouvido. A verdade é que nenhuma resposta atende bem o enunciado.

ESCREVAM COM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS O RACIOCÍNIO ACIMA E TENTEM ANULAR ESSE GABARITO EQUIVOCADO.

6- O título da coletânea de onde o texto…

O argumento falacioso é o argumento inconsistente, mentiroso, contraditório em relação às evidências. O narrador, quanto mais fala, mais fala, mais se compromete. Há diversos indícios de que sua argumentação é inconsistente, falaciosa, mentirosa. O texto sugere que ele não tinha como saber sobre a foto, sobre detalhes como a cor da saia (Letra C). Além disso, ele diz que estava no escritório e não sabe explicar porque então a mulher ligou para lá e ninguém atendeu (B). Por fim, há claro conflito entre duas partes da fala do autor (letra a): “Não vou nem gritar por socorro” (segundo parágrafo) e “Socorro” (último parágrafo).

Então, apenas o “pedido insistente para que a antagonista não desligasse o telefone” não é um indício de sua defesa mentirosa. Ele pede que ela fique no telefone justamente para poder ter chance de argumentar, o que não é em si um comportamento contraditório, mas coerente.

Gabarito letra D.

7- Analise a frase a seguir: “Querida, eu juro que não era eu”…

Essa questão foi idêntica à que usamos para falar do vocativo em nossa revisão de véspera. Como aprendemos na aula de pontuação, o vocativo é um chamamento, uma invocação do interlocutor. Esse termo é marcado por vírgula. “Querida” chama a esposa do personagem, do outro lado da linha, temos um vocativo. Gabarito letra C.

8- Assinale a alternativa que classifica corretamente a função da palavra…

Isso – Pronome demonstrativo.

Como – Advérbio interrogativo.

Você – Pronome de tratamento.

Se – Conjunção Condicional.

Gabarito letra A.

9- Analise a frase a seguir: “[…] Olha, se você estivesse aqui…”

A banca pede a afirmativa que NÃO podemos fazer. Não podemos dizer que “olha” é um pedido literal para que a esposa realize a ação suscitada pelo verbo olhar, não é para olhar, até porque não é possível olhar para o telefone. Este é um marcador discursivo que pede “atenção” ao ouvinte, que solicita que analise o que vai ser dito.

Gabarito letra C.

10- No decorrer do texto, tendo em vista propósitos discursivos, o autor utiliza palavras…

A variação linguística situacional se refere ao contexto, à situação concreta, à adequação da linguagem ao momento, nível de formalidade, familiaridade entre os locutores e outros aspectos da situação comunicativa específica. No caso, temos uma ligação telefônica, informal, dinâmica, registrada numa crônica.

Gabarito letra D.

11. Considerando suas características formais e semânticas, o texto se apresenta como um texto;

O texto é predominantemente expositivo, pois tem como finalidade principal mostrar por que Marte perdeu sua água e ficou diferente da terra. Os textos que partem diretamente de uma pergunta, como é o caso dessa questão, são tipicamente classificados como expositivos-explicativos.

Gabarito letra C (expositivo).

12- Considerando as informações levadas ao texto, é correto afirmar…

Questão bastante capciosa. Logo no começo, o texto usa expressões como “inóspita” e “recurso crucial para o desenvolvimento da vida”. Então, existe uma relação direta entre haver água no planeta e este planeta ser habitável. As diferenças entre a Terra e Marte não devem ser consideradas o tema central do texto, apenas fazem parte da explicação de não haver água lá e haver água aqui e, portanto, a Terra ser habitável e Marte não ser habitável. Há uma relação semântica direta entre água e “hospitalidade” do planeta, possibilidade de receber vida. Então, o gabarito deve ser a letra B.

Como eu antecipei no gabarito extraoficial, sabia que a banca poderia considerar como correta a letra D, mas há um problema sério nesta alternativa. Vejamos:

RECURSO:

A letra D é perigosa e foi considerada correta pela banca.  (As causas de não haver recursos hídricos relevantes em Marte). Parece verdadeira, mas o texto não diz que não há “recursos hídricos relevantes”, diz que Marte é seco e árido, não há água NENHUMA. Veja no texto:

Uma das teorias vigentes é de que a água sumiu do planeta vermelho”. Então, o texto sugere que não há água alguma, não é apenas “água em quantidade relevante”.

…não permite explicar o desaparecimento de TODA A ÁGUA DO PLANETA…

Veja que é clara a diferença:

Não tenho uma quantidade relevante de dinheiro. 

Não tenho dinheiro nenhum, todo o dinheiro desapareceu. 

Essa é a mesma diferença que temos no texto, então não há como sustentar esse gabarito preliminar da banca.

ESCREVAM COM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS O RACIOCÍNIO ACIMA E PEÇAM MUDANÇA DE GABARITO PARA A LETRA B, OU ANULAÇÃO.

13- De acordo com o texto, só NÃO constitui um fator que provocou o desaparecimento da água em Marte…

Veja:

“No entanto, um estudo recente feito por cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostrou que a perda do campo Magnético não permite explicar o desaparecimento de toda a água que existia no planeta.”

“O cálculo incluiu fatores como a temperatura das pedras e a pressão atmosférica. Os resultados mostram que as rochas levaram grande parte da água da superfície para o interior do planeta.

Veja que não há “manutenção das rochas na superfície”, as rochas não ficam na superfície, elas afundam:

“Essas rochas então se afundaram no manto…”

Gabarito letra D.

Obs: essa questão também é bastante problemática, pois não se falou no texto de “pressão atmosférica DAS PEDRAS”, isso macula a alternativa. A pressão atmosférica e as pedras são fatores diferentes! Recorram também (C e D não são fundamentadas no texto)!

14- De acordo com o texto, a Terra não passou por um processo…

Veja:

Diferenças sutis, mas importantes:

Por que a terra não passou por um processo parecido?

Segundo os pesquisadores […] “Marte é um planeta muito menor do que a terra (dimensão da terra), com um perfil de temperatura diferente (temperatura da terra) e uma quantidade muito maior de ferro em seu manto (as propriedades químicas do manto da terra).

Observem que não há “incapacidade reativa em Marte”:

Esses fatores permitiram que a superfície de Marte fosse MAIS REATIVA Á ÁGUA que a nossa…

Gabarito letra D.

15-Analise o trecho a seguir: “Embora a superfície…

Questão direta. “Embora” é conjunção adverbial concessiva, indica uma concessão.

Gabarito letra A.

16- Das alternativas apresentadas, em apenas uma o uso do acento gráfico é aplicado…

Questão idêntica à mostrada na nossa revisão de véspera, até com as mesmas palavras. Vejamos:

Há e É (monossílabo tônicos)

Á-gua (regra da paroxítona terminada em ditongo) e Possível (paroxítona terminada em L, regra geral)

A-pós e Tam-bém (Regra geral das oxítonas – terminadas em A(s), E(s), O(s), Em, Ens (s))

Á-ri-da e i-nós-pi-ta (Todas as proparoxítonas são acentuadas)

Gabarito letra B.

17- “[…] Um estudo recente feito por cientistas…

I- Certo.

Um estudo mostrou [algo]

Um estudo mostrou [que a perda…no planeta]

Um estudo mostrou [ISTO]

II e III- Certos. Aqui, a lógica é parecida, mas a oração subordinada substantiva objetiva direta está em forma reduzida de infinitivo, sem a conjunção QUE:

A perda do campo magnético não permite [Algo]

A perda do campo magnético não permite [explicar o desaparecimento de toda água que existia no planeta]

A perda do campo magnético não permite [ISTO]

A primeira oração é a principal e a segunda é o complemento do verbo “permitir”, uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

Gabarito letra A.

18- “ O resto, segundo a pesquisa, foi absorvido pelas rochas de basalto”…

Outra questão IDÊNTICA à que trabalhamos na revisão de véspera.

I – Certo. A oração está sim na voz passiva analítica, pois é formada de SER+particípio. O sujeito paciente é “O resto” e o agente da passiva é “pelas rochas de basalto”.

II- Certo. O sujeito “o resto” sofreu a ação de ser absorvido. Temos sujeito passivo/paciente.

III- Errado. “pelas rochas de basalto” é agente da passiva.

Gabarito letra C.

19- Em “Este processo foi tão inteso que é estimado que a crosta terrestre tenha consumido um oceano de mais de 3 Km de profundidade…

A banca deu como resposta a letra D, “presente do subjuntivo”. No entanto, Tenha consumido é locução do Pretérito perfeito composto do subjuntivo, tempo formado pelo verbo auxiliar TER/HAVER no presente do subjuntivo + PARTICÍPIO

Vejam o trecho na gramática do Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, 37ª edição, editora Fronteira, 2009, página 231):

“Várias são as aplicações dos verbos auxiliares da língua portuguesa:
1 – ter, haver (raramente) e ser (mais raramente) se combinam com o particípio do verbo
principal para constituírem novos tempos, chamados compostos, que, unidos aos simples,
formam o quadro completo da conjugação da voz ativa. Estas combinações exprimem que a
ação verbal está concluída.
Temos nove formas compostas:
Indicativo
a) pretérito perfeito composto: tenho ou hei cantado, vendido, partido;
b) pretérito mais-que-perfeito: tinha ou havia cantado, vendido, partido;
c) futuro do presente composto: terei ou haverei cantado, vendido, partido;
d) futuro do pretérito composto: teria ou haveria cantado, vendido, partido;
Observação: A língua moderna pôs de lado a forma tive cantado, corrente no Português antigo.

Subjuntivo
a) pretérito perfeito: tenha ou haja cantado, vendido, partido;
b) pretérito mais-que-perfeito: tivesse ou houvesse cantado, vendido, partido;
c) futuro composto: tiver ou houver cantado, vendido, partido;”

Observe que não há essa classificação entre as alternativas. A banca se equivocou e quis se referir apenas ao “tenha”, verbo no presente do subjuntivo. No entanto, disse claramente no enunciado “a locução destacada”, então não há resposta correta para esta questão.

O gabarito (letra D na prova verde) é patentemente equivocado. PEÇAM ANULAÇÃO

20- Assinale a alternativa cujo conteúdo apresente a correlação correta entre a palavra e o processo que lhe tenha formado.

Essa questão foi “dada” na nossa revisão de véspera, “dada” literalmente, pois foi cobrada exatamente a mesma palavra que usamos como exemplo de composição por aglutinação:

Embora (em+boa+hora). As palavras se aglutinam com perda de elementos estruturais, trata-se de exemplo clássico de composição por aglutinação.

Gabarito letra B.

“Intenso” não pode ser formada por derivação regressiva, porque esse processo forma substantivos abstratos derivados de ação, não forma adjetivo.

Atmosférica – deriva de “atmosfera” e apenas recebeu sufixo formador de adjetivo.

Desaparecimento– temos derivação sufixal, formando substantivo a partir do verbo ‘desaparecer’.

Então é isso, pessoal. Recebi fotos pouco nítidas, tive até dificuldade de ler algumas partes. Vou alimentar esse artigo quando puder colar os textos, esse é um comentário breve mesmo só para aliviar que está já querendo saber com foi na prova.

Espero que tenham ido muito bem e aproveitado nossa revisão de véspera, que previu muitas questões desta prova!

Grande abraço!

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja os comentários
  • Bom a verdade é que foram anuladas apenas 4 questões que não fizeram diferença para mim. Mas para quem errou foi ótimo. Deu um salto na nota!
    Camila em 03/05/18 às 21:22
  • Sim!
    Felipe Luccas em 21/03/18 às 09:03
  • Cabe sim!
    Felipe Luccas em 21/03/18 às 09:03
  • Ei, Frances. Realmente o texto não fala de pressão atmosférica das pedras, somente em pressão atmosférica. É pq pressão atmosférica é a pressão feita pela atmosfera sobre a superfície terrestre. Não existe pressão atmosférica das pedras. A pressão exercida pelas rochas nas camadas subjacentes é chamada pressão litostática. Na hora da prova eu imaginei que foi algum erro de digitação e que a banca quis dizer apenas pressão atmosférica, que estava citada no texto. Mas imagino que caiba recurso.
    Fernanda em 20/03/18 às 17:38
  • Professor. Então a frase " Paulo e Pedro são DUAS ótimas personagens" está correta ?
    Alex em 20/03/18 às 14:07
  • A fala da mulher não pode ser vista com exatidão, pois é reproduzida indiretamente pelo narrador.
    Felipe Luccas em 20/03/18 às 13:35
  • Entendi seu ponto de vista. Contudo, se a mulher não escutou nada, a estratégia não surtiu efeito algum, certo? Nem funcionou nem deixou de funcionar. Então também não poderíamos dizer que foi "caidiça", essa palavra nem sequer faz algum sentido no contexto. Caduco é algo que estar por acabar ou que já acabou, não vejo a relação com sua estratégias de convencimento.
    Felipe Luccas em 20/03/18 às 13:34
  • Olá, bom dia. Comentei isso no recurso. Essa alternativa também deve ser considerada errada.
    Felipe Luccas em 20/03/18 às 13:31
  • A palavra 'personagem', sendo homem ou mulher, aceita determinante masculino ou feminino: João é um/uma personagem carismática. Entendido? Abraço e bons estudos!
    Felipe Luccas em 20/03/18 às 13:30
  • "Como o diabo" é uma expressão oral clássica de intensidade/quantidade". A ideia era dizer "muito inocente". Porém, nesse contexto, a expressão acabou dando sentido contrário, porque o diabo não é inocente. Entendido? Abraço e bons estudos!
    Felipe Luccas em 20/03/18 às 13:29
  • Olá professor, Gostaria que o senhor me explicasse a alternativa B (dada como correta) na questão número 09 desta mesma prova (verde, tipo 02): "As explicações acerca do uso da expressão "como o Diabo" possuem natureza semântica oposta à sua constituição composicional". Obrigada!
    Maria Carolina em 20/03/18 às 13:26
  • Professor Na questão " sobre a construção do texto, analise as afirmativas a seguir", o terceiro tópico diz : Embora não seja possível visualizar com exatidão uma de suas partes, o texto desenrola-se a partir de um dialogo entre DUAS personagens. Creio que houve um erro de digitação, o correto teria que ser "DOIS" personagens, pois é nítido no texto que é um homem falando com uma mulher. No Português, falar DOIS personagens ou DUAS personagens faz diferença na interpretação. O primeiro pode ser referir a dois homens ou um homens e uma mulher, mas o segundo só se refere a duas mulheres. Acha que ela pode ser anulada ou ter a troca do gabarito por esse motivo?
    Alex em 20/03/18 às 13:25
  • Gente, alguém poderia me dar uma luz na questão da Pressão Atmosférica das PEDRAS! Realmente, não entendi. A consulplan se não anular esta, é impossível imaginar como eles irão justificar tal fato. Isso não está no texto de nenhuma forma, o autor não quer dizer isso nem de forma subliminar. Estou sem saber ou entender, sério! Alguém achou esta também estranha e irá recorrer? Parece que o gabarito ficou com duas possíveis de serem corretas. Essa e a manutenção das rochas na superfície. Felipe, obrigado!
    Frances em 20/03/18 às 13:04
  • Olá! Eu concordo com a resposta da banca na questão 5 (CAIDIÇA) e discordo do recurso, uma vez que a antagonista não escutou o discurso do protagonista a partir do momento em que ele alterou sua estratégia. Isso fica claro no terceiro parágrafo: "Alô? Eu disse que o próximo som... que... O quê? Você não estava ouvindo nada? Qual foi a última coisa que você ouviu, coração?" e eles retomam a conversa sobre o "pareô vermelho", isto é, a última coisa que a esposa dele escutou. A tentativa, portanto, não foi exitosa.
    Laís em 20/03/18 às 12:02
  • Sobre a questão 5- A partir do final do primeiro parágrafo… Em sua análise, o senhor considera a estratégia do protagonista exitosa como um todo. Porém, o comando diz que a partir do final do primeiro parágrafo, o protagonista ALTERA a sua estratégia argumentativa. Bem, ele começa seu discurso “jurando” que não era ele na foto, e vai se enrolando em suas próprias mentiras. Ainda no primeiro parágrafo, ele MUDA DE ESTRATÉGIA, conforme o ENUNCIADO DA QUESTÃO. “Perdi a paciência. Afinal, se você não confia em mim não adianta nada a gente continuar.” Ele muda o tom da conversa, e diz: “EU NÃO PRECISAVA FICAR NA CIDADE DURANTE O CARNAVAL. FOI TUDO MENTIRA. EU NÃO TINHA TRABALHO ACUMULADO NO ESCRITÓRIO COISÍSSIMA NENHUMA. Eu fiquei sabe para quê? Para testar você. E você falhou. Você me decepcionou.” Em seguida, ESSA ESTRATÉGIA cai por terra (CAIDIÇA): "Você não estava ouvindo nada? Qual foi a última coisa que você ouviu, coração?" E volta para o tom anterior: “Você precisa acreditar em mim, querida. O casamento é como um número de... Sim. Não. Claro. Como? Não. Certo. Quando você voltar pode perguntar para o... Você quer que eu jure? De novo? Pois eu juro.” E desmente o que disse na ESTRATÉGIA QUE CADUCOU: “PASSEI SÁBADO, DOMINGO, SEGUNDA E TERÇA NO ESCRITÓRIO.” Acredito que isso comprova que o gabarito está correto. O que não invalida a análise de que de forma geral ele tenha sido exitoso em seu intento. O senhor concorda?
    João Francisco Diniz Parreiras em 20/03/18 às 11:52
  • Caro Professor, permita-me discordar em relação à questão da estratégia argumentativa do protagonista: ela é, de fato, caidiça. No momento em que percebe que a antagonista nada escutava, sua estratégia anterior simplesmente caduca, é deixada de lado e o protagonista parte para uma abordagem nova.
    Joao em 20/03/18 às 11:47
  • Professor, quando o gabarito está errado, a questão é anulada ou é feita nova correção da prova com o gabarito correto?
    Eugênio de Alvarenga em 20/03/18 às 11:39
  • Então, mas acredito que na questão 2 sobre o título da crônica há uma analogia sim, porque se pararmos para analisar, veremos que a todo momento o protagonista se contorce feito uma trapezistas para poder convencer a antagonista, no caso, sua mulher. Ele se faz um verdadeiro acrobata para tentar ludibria-lá. Eu logo pé sei nisso. Acho que não tem a ver com a comparação que o protagonista faz no texto.
    Etiara em 20/03/18 às 11:04
  • Caríssimo Professor, data máxima vênia, não há nada de misterioso na interpretação “analogia entre um afazer e a atitude do protagonista”. É justamente essa a razão do título. O protagonista se equilibra entre mentiras, tal qual um trapezista. O título não está ali pela referência sobre trapézio explícita no meio do texto, essa seria uma interpretação superficial ao meu ver. Abraços!
    Pedro Rezende em 20/03/18 às 10:54
  • O aulão de véspera realmente ajudou muito na resolução da prova...Pena ela não ter sido tão bem elaborada...O negócio é perder o medo e encarar as bancas mais sérias, como FCC!! Retomando estudos: TRT15!!
    Carolina Ventura da Silva em 20/03/18 às 10:50
  • Olá professor, tudo bem? Uma dúvida sobre a avaliação feita sobre o item III da questão 4- Sobre a construção do texto… III- Esse item é bastante perigoso. Pelo mesmo motivo da questão anterior. Existe um suposto diálogo, pois só temos acesso ao segundo interlocutor porque o narrador reproduz as respostas da esposa. Então, podemos sim dizer que há um diálogo e que uma das partes do diálogo não pode ser vista com exatidão. Minha dúvida é a seguinte: Como não pode ser visualizada uma das partes com exatidão? Perceba que o senhor disse quem era a outra parte. Como pôde afirmar que era a esposa? Com base na leitura, pode-se ver o marido mentindo para a esposa. Não há a menor dúvida sobre qual é a outra parte. Não pode ser outra pessoa senão a esposa. Ele a trata como querida, em determinado momento fala pra ela não voltar da praia e ficar com as crianças, que se ela não confia nele, não adianta nada eles continuarem, que o CASAMENTO deve se alicerçar na confiança mútua... Não há um equívoco na interpretação desse item? Valeu!
    João Francisco Diniz Parreiras em 20/03/18 às 10:40
  • Obrigado, Juliana!
    Felipe Luccas em 20/03/18 às 10:23
  • Obrigada professor, pelas dicas dos recursos, estou surpreendida com atenção da equipe do Estrategia. Vocês são fantásticos!
    Juliana Freire em 20/03/18 às 09:27
  • Felipe, Quanto à acentuação, entendo que nem todo encontro vocálico será ditongo porque obedece às fórmulas v+sv ou sv+v. Por isso não poderia incluir em regra geral também uma vez que ditongo é ditongo e paroxítona terminada em ditongo leva acento.
    Flavia em 19/03/18 às 18:09
  • Felipe, Você irá disponibilizar os argumentos para interposição de recurso? Abs!
    Marcelo em 19/03/18 às 11:09