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ENTREVISTA: Danylo Tajra – Aprovado em 9° lugar no concurso da Polícia Federal para o cargo de Agente

“Seis meses após ter sido eliminado na discursiva da Abin, obtive uma das maiores notas na discursiva da PF. Às vezes, simplesmente não é o dia certo. O pensamento de que você não está preparado ou que está longe do ideal é normal e o auxilia a querer sempre melhorar”.

Confira nossa entrevista com Danylo Tajra, aprovado em 9° lugar no concurso da Polícia Federal, para o cargo de Agente:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Danylo Tajra: Me formei em Ciências Econômicas, após  ter estudado Engenharia Química por um ano e Contabilidade por um semestre. Tenho 26 anos e sou natural de Goiânia, mas resido em fortaleza há mais de 17 anos.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Porque a área Policial?

Danylo: Na verdade, a minha trajetória em concursos públicos foi meio ao acaso. Procurava o primeiro emprego enquanto estudava. Minha primeira grande paixão, quando comecei a cursar economia, foi a área de finanças.

Decidi fazer o concurso da Caixa em 2012, mas sem muito direcionamento, comprei uma daquelas apostilas que são vendidas em bancas de revistas (quem nunca?! Haha). Resultado: passei, mas bem longe das vagas.

Depois disso, dediquei-me ao curso e só fui fazer um concurso dois anos depois, quando estava me formando.

Perto da formatura, decidi retornar aos estudos para concursos. Um mês após me formar, passei no concurso da Conab, para economista. Após dois anos na empresa, decidi que eu precisava procurar algo com mais afinidade. Então, em meados de 2017, decidi me preparar para o concurso da PF, pois sempre tive vontade de trabalhar na área investigativa.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Danylo: Em todos os concursos que fiz, sempre tive que conciliar com outras atividades. Nos dois primeiros (Caixa e Conab), eu ainda estava na faculdade.

Os seguintes eu tive que dividir o tempo com o trabalho de 40h semanais. Quando se está trabalhando, qualquer hora disponível deve ser aproveitada: intervalo para o almoço, algum tempo livre no trabalho e à noite. No entanto, concursos que exigem TAF são um pouco mais complicados de se planejar pois, além dos estudos, devemos manter uma rotina de preparo físico mínimo, para não sermos pegos desprevenidos.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Danylo: Não fiz muitos concursos. Foram cinco ao todo, mas estudei mesmo em apenas dois (Abin e PF).

Caixa (2012) – TBN . 292º lugar;

Conab (2014) – Economista. 3º lugar;

Abin (2018) – Oficial de Inteligência Área 1. Dentro das vagas na objetiva;

PF (2018) – Agente. 9º lugar

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?

Danylo: Confesso que esperava ter a redação corrigida, mas não esperava ter ficado entre os 10 primeiros. Foi uma surpresa muito grande.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Danylo: Restringi bastante minhas saídas com a publicação do edital. Como trabalhava, não sobrava muito tempo livre. No entanto, é imprescindível ter algumas horas de lazer para relaxar a mente.

Continuei frequentando a academia, até para me manter em forma para caso passasse, e excluindo as saídas para comer. Devo ter saído para me divertir umas três vezes nesse período.

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Danylo: Ainda moro com os meus pais, apesar de ser independente financeiramente desde os 22 anos. Como passei no primeiro concurso para nível superior que fiz, praticamente utilizando o que havia aprendido na faculdade, minha rotina de estudos para concursos só se intensificou em meados de 2017.

Meus pais sempre me apoiaram em todas minhas decisões, seja quando larguei a engenharia para cursar economia, seja quando decidi que deveria estudar para outros concursos.

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? 

Danylo: Essa é a área que eu gosto e quero permanecer. No entanto, existem outros cargos semelhantes que também me atraem, como Perito Criminal, da própria PF, e Oficial de Inteligência da Abin.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?

Danylo: Direcionado ao concurso, foram 5 meses em 2017 e 4 meses em 2018. Não foram meses consecutivos, pois nesse intervalo eu decidi estudar para a Abin, pouco antes do edital ser publicado.

Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?

Danylo: Sim. Comecei no meio de 2017 comprando um curso do Estratégia. A antecedência foi mais questão de necessidade, pois meu contato com o direito, na época, era praticamente nulo.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Danylo: Eu praticamente só utilizei PDFs, videoaulas e site de questões.

As vantagens do PDF englobam o estudo mais rápido, resumos e questões por assunto. Desvantagens: para mim, que tenho imensa dificuldade com barulho, é mais difícil concentrar enquanto leio.

Vídeo: maior facilidade para absorver o assunto. No entanto, geralmente, mais demorado.

Questões: ajudam a entender o comportamento da banca. 

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Danylo: Pelo google, em 2014, quando comprei o curso de auditor da CGM – PI (mas desisti por ter apenas três meses para a prova). Ter sido aprovado no da Conab e nunca ter tido contato com as disciplinas de direito, me deu mais um gás.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?

Danylo: Quando o edital foi publicado, eu já tinha estudado boa parte das disciplinas de direito, raciocínio lógico e português. Foquei basicamente em contabilidade e TI, enquanto apenas revisava as demais, seja com resumos prontos que eu havia feito, seja por questões.

Como eu já tinha estudado estatística na faculdade, apenas precisei relembrar algumas coisas e memorizar as fórmulas. Estudei em média 3h por dia.

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Danylo: Tive dificuldade em aprender direito, pois sempre preferi disciplinas numéricas. Resumos, mnemônicos e questões foi a tríade que me ajudou a entender o funcionamento.

O direito está muito interligado. Se você entende os seus princípios, basta memorizar as exceções que fogem da dedução.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Danylo: Com a prorrogação do concurso, tive mais tempo para revisar as disciplinas. Nas últimas duas semanas, apenas revi o conteúdo que considerava mais importante para a prova.

No dia anterior à prova, foi mais intenso: acompanhei simultaneamente duas revisões de véspera e revi as duas leis que achava mais importante para a discursiva (lei de migração e lei de repressão a crimes uniformes).

Estratégia: No seu concurso tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Danylo: Após minha reprovação nas discursivas da Abin, reforcei meus estudos para essa modalidade a fim de abranger os temas que achava provável cair.

Percebi que o Cespe tem preferência por assuntos recentes. Então foquei na nova lei de migração e na lei 10.446/2002, que teve inclusão em 2018 sobre a competência da PF em investigar crimes de misoginia na internet.

Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais fases do concurso?

Danylo: Eu sempre tive o costume de me exercitar. Isso é muito importante, pois o período entre a aprovação e o TAF é muito pequeno e o risco de lesão é grande.

Eu mesmo, ao começar o treino de corrida, tive uma inflamação na canela e treinei com dor. Uma conhecida minha teve dores no joelho. A minha sorte é que o meu preparo físico é bom.

Aconselho aos colegas que não posterguem sua preparação para o TAF, para não passarem pelo sofrimento de dores nas vésperas e, caso se lesionem, já tenham a memória muscular suficiente para recuperar mais rápido os índices.

Infelizmente, no local onde realizei o TAF, as condições não estavam adequadas para o teste de impulsão horizontal, ocasionando muitas reprovações e demandas na justiça, incluindo ação civil pública do MPF para anular a prova para os reprovados (meu caso).

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Danylo: Meu maior erro foi ter preterido parte da legislação que considerava muito extensa. Por sorte, caíram apenas três questões.

Meu maior acerto foi, sem dúvida, ter priorizado contabilidade e a parte de TI.

Como exemplo, estudei praticamente do zero e consegui fazer 20 pontos dos 24 em contabilidade. Além disso, consegui 7 pontos em estatística, o que, sem dúvida, foi o diferencial para a minha colocação.

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Danylo: Acho que todos que estudam para concursos pensam em desistir em algum momento. A frustração que tive no concurso da Abin abalou minha confiança na discursiva.

O bom resultado que obtive na objetiva, com pouco tempo de estudo, e o edital da PF saindo logo depois, foram os fatores que me auxiliaram a reverter os pensamentos negativos.

Estratégia: Qual foi sua principal motivação?

Danylo: A vontade de trabalhar na área de inteligência e investigação.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Danylo: Gostaria de dizer para não desistirem ao terem resultados negativos. Não é clichê, as reprovações nos ensinam bastante.

Seis meses após ter sido eliminado na discursiva da Abin, obtive uma das maiores notas na discursiva da PF.

Às vezes, simplesmente não é o dia certo. O pensamento de que você não está preparado ou que está longe do ideal é normal e o auxilia a querer sempre melhorar.

Confira outras entrevistas em:

Depoimentos de Aprovados

Cursos Online para Concursos

Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: comunicacao@estrategiaconcursos.com.br

Abraços,

Thaís Mendes

 

Coordenação

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