Fiscal - Municipal (ISS)

Concurso ISS RJ: confira os recursos para Fiscal de Rendas

Quer interpor recursos contra o gabarito do concurso ISS RJ para Fiscal de Rendas? Confira as possibilidades neste artigo!

O concurso ISS RJ teve suas provas aplicadas no último domingo, 3 de setembro, para o cargo de Fiscal de Rendas. Com isso, já foram divulgados os gabaritos preliminares da etapa. 

Pretende interpor recurso para o concurso da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento do Rio de Janeiro? Todo o processo deve ser realizado nos dias 6 a 8 de setembro, no site da FGV.

E para te ajudar, nossos professores analisaram os gabaritos provisórios e identificaram algumas possibilidades de recursos. Confira abaixo e não perca o prazo:

Concurso ISS RJ: webinário de recursos

Concurso ISS RJ: recursos de Auditoria Fiscal Eletrônica

Prof. Guilherme Sant’Anna (@profguilhermesantanna | t.me/profguilhermesantanna)

(P2 – Tipo 2 – Verde)

Questão 78:

A lista abaixo apresenta pessoas naturais ou jurídicas a quem a emissão da NFS-e – NOTA CARIOCA é atualmente vedada, sendo exceção a tal proibição:

  • (A) os prestadores imunes ao ISS;
  • (B) os profissionais autônomos;
  • (C) os leiloeiros;
  • (D) os prestadores dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais;
  • (E) as corretoras de seguros, quanto aos serviços de corretagem prestados a seguradoras estabelecidas no Município.

Gabarito preliminar: A

Modelo de Recurso

Douto examinador, a questão pede que seja assinalada, dentre as assertivas, a opção que NÃO representa pessoa natural ou jurídica a quem à emissão da NFSe – NOTA CARIOCA é vedada.

Claramente, toma-se por base o conteúdo presente na Resolução SMF nº 2.617/2010. O texto atualmente em vigor da referida Resolução, com redação dada pela Resolução SMF nº 3.185 de 30.09.2020, publicada no D.O.RIO em 01.10.2020, assim nos ensina:

Art. 5º A emissão da NFS-e – NOTA CARIOCA será vedada:

I – aos profissionais autônomos;

II – revogado;

III – revogado;

IV – revogado;

V – revogado;

VI – aos leiloeiros;

VII – às corretoras de seguros, quanto aos serviços de corretagem prestados a seguradoras estabelecidas no Município.

Frise-se que o texto anterior da Resolução SMF nº 2.617/2010, com redação dada pela Resolução SMF nº 2.781 de 31.07.2013, publicada no D.O.RIO em 01.08.2013, previa – em seu inciso V – a vedação quanto à emissão da NFS-e – NOTA CARIOCA aos prestadores dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais. Tal vedação, reitero, desde 01.01.2020, NÃO mais se encontra presente no ordenamento legal relativo à Nota Carioca presente no Edital.

Com efeito, douto examinador, além da assertiva A (os prestadores imunes ao ISS), claramente correta e apontada como gabarito preliminar, temos na assertiva D (os prestadores dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais) outra assertiva que responde de forma correta o comando da questão.

Pelo exposto, peço anulação da questão por apresentar mais de uma assertiva correta.

Concurso ISS RJ: recursos de Direito Civil

(P2 – Tipo 2 – Verde)

Questão 59:

A empresa P, situada em Mônaco, contrata a empresa R, com sede no Rio de Janeiro, para representá-la no território nacional, oferecendo seus serviços de engenharia civil para clientes brasileiros.

A empresa C, domiciliada em Recife, contratou, com a intermediação de R, os serviços de P. O negócio foi fechado em Niterói, para a montagem, pela empresa P, de uma complexa estrutura na cidade de Ospedaletti – Itália, e posterior remessa a Niterói, onde seria instalada.

A cláusula 18 do contrato prevê o seguinte: “o preço dos serviços será calculado pela conversão do valor de referência para a moeda do país do contratante, observada a soma com a carga tributária do local onde se constituir a obrigação”.

Nesse caso, à luz da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é correto afirmar que a carga tributária a ser considerada é a de:

  • (A) Mônaco;
  • (B) Rio de Janeiro;
  • (C) Recife;
  • (D) Niterói;
  • (E) Ospedaletti.

Recurso:

A questão não indica qual dos contratantes fez a proposta, de modo a impossibilitar a aplicação do art. 9º, §2º, da LINDB. Tanto poderia ser o domicílio da empresa P, de Mônaco, quanto da empresa C, do Recife.

Assim, inexistindo tal elemento, aplica-se a regra do caput do art 9º da LINDB: “Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem”, qual seja, Niterói.

Concurso ISS RJ: recursos de Matemática, Raciocínio Lógico-Matemático, Estatística e Matemática Financeira

PROVA TIPO 02:

Questão 25:

Seja B o conjunto dos números racionais da forma q=m/n, onde m e n são inteiros positivos com n<15, e tais que 0 < q 10. O número de elementos do conjunto B é igual a:

  • (A) 500;
  • (B) 510;
  • (C) 520;
  • (D) 530;
  • (E) 540.

GABARITO PRELIMINAR: B

PEDIDO: ANULAÇÃO

O número de elementos do conjunto B é 640. Para a confirmação dessa afirmativa listamos abaixo e em ordem crescente esses 640 números racionais da forma q=m/n, onde m e n são inteiros positivos com n<15, e tais que 0 < q 10.

B = {1/14; 1/13; 1/12; 1/11; 1/10; 1/9; 1/8; 1/7; 2/13; 1/6; 2/11; 1/5; 3/14; 2/9; 3/13; 1/4; 3/11; 2/7; 3/10; 4/13; 1/3; 5/14; 4/11; 3/8; 5/13; 2/5; 5/12; 3/7; 4/9; 5/11; 6/13; 1/2; 7/13; 6/11; 5/9; 4/7; 7/12; 3/5; 8/13; 5/8; 7/11; 9/14; 2/3; 9/13; 7/10; 5/7; 8/11; 3/4; 10/13; 7/9; 11/14; 4/5; 9/11; 5/6; 11/13; 6/7; 7/8; 8/9; 9/10; 10/11; 11/12; 12/13; 13/14; 1/1; 15/14; 14/13; 13/12; 12/11; 11/10; 10/9; 9/8; 8/7; 15/13; 7/6; 13/11; 6/5; 17/14; 11/9; 16/13; 5/4; 14/11; 9/7; 13/10; 17/13; 4/3; 19/14; 15/11; 11/8; 18/13; 7/5; 17/12; 10/7; 13/9; 16/11; 19/13; 3/2; 20/13; 17/11; 14/9; 11/7; 19/12; 8/5; 21/13; 13/8; 18/11; 23/14; 5/3; 22/13; 17/10; 12/7; 19/11; 7/4; 23/13; 16/9; 25/14; 9/5; 20/11; 11/6; 24/13; 13/7; 15/8; 17/9; 19/10; 21/11; 23/12; 25/13; 27/14; 2/1; 29/14; 27/13; 25/12; 23/11; 21/10; 19/9; 17/8; 15/7; 28/13; 13/6; 24/11; 11/5; 31/14; 20/9; 29/13; 9/4; 25/11; 16/7; 23/10; 30/13; 7/3; 33/14; 26/11; 19/8; 31/13; 12/5; 29/12; 17/7; 22/9; 27/11; 32/13; 5/2; 33/13; 28/11; 23/9; 18/7; 31/12; 13/5; 34/13; 21/8; 29/11; 37/14; 8/3; 35/13; 27/10; 19/7; 30/11; 11/4; 36/13; 25/9; 39/14; 14/5; 31/11; 17/6; 37/13; 20/7; 23/8; 26/9; 29/10; 32/11; 35/12; 38/13; 41/14; 3/1; 43/14; 40/13; 37/12; 34/11; 31/10; 28/9; 25/8; 22/7; 41/13; 19/6; 35/11; 16/5; 45/14; 29/9; 42/13; 13/4; 36/11; 23/7; 33/10; 43/13; 10/3; 47/14; 37/11; 27/8; 44/13; 17/5; 41/12; 24/7; 31/9; 38/11; 45/13; 7/2; 46/13; 39/11; 32/9; 25/7; 43/12; 18/5; 47/13; 29/8; 40/11; 51/14; 11/3; 48/13; 37/10; 26/7; 41/11; 15/4; 49/13; 34/9; 53/14; 19/5; 42/11; 23/6; 50/13; 27/7; 31/8; 35/9; 39/10; 43/11; 47/12; 51/13; 55/14; 4/1; 57/14; 53/13; 49/12; 45/11; 41/10; 37/9; 33/8; 29/7; 54/13; 25/6; 46/11; 21/5; 59/14; 38/9; 55/13; 17/4; 47/11; 30/7; 43/10; 56/13; 13/3; 61/14; 48/11; 35/8; 57/13; 22/5; 53/12; 31/7; 40/9; 49/11; 58/13; 9/2; 59/13; 50/11; 41/9; 32/7; 55/12; 23/5; 60/13; 37/8; 51/11; 65/14; 14/3; 61/13; 47/10; 33/7; 52/11; 19/4; 62/13; 43/9; 67/14; 24/5; 53/11; 29/6; 63/13; 34/7; 39/8; 44/9; 49/10; 54/11; 59/12; 64/13; 69/14; 5/1; 71/14; 66/13; 61/12; 56/11; 51/10; 46/9; 41/8; 36/7; 67/13; 31/6; 57/11; 26/5; 73/14; 47/9; 68/13; 21/4; 58/11; 37/7; 53/10; 69/13; 16/3; 75/14; 59/11; 43/8; 70/13; 27/5; 65/12; 38/7; 49/9; 60/11; 71/13; 11/2; 72/13; 61/11; 50/9; 39/7; 67/12; 28/5; 73/13; 45/8; 62/11; 79/14; 17/3; 74/13; 57/10; 40/7; 63/11; 23/4; 75/13; 52/9; 81/14; 29/5; 64/11; 35/6; 76/13; 41/7; 47/8; 53/9; 59/10; 65/11; 71/12; 77/13; 83/14; 6/1; 85/14; 79/13; 73/12; 67/11; 61/10; 55/9; 49/8; 43/7; 80/13; 37/6; 68/11; 31/5; 87/14; 56/9; 81/13; 25/4; 69/11; 44/7; 63/10; 82/13; 19/3; 89/14; 70/11; 51/8; 83/13; 32/5; 77/12; 45/7; 58/9; 71/11; 84/13; 13/2; 85/13; 72/11; 59/9; 46/7; 79/12; 33/5; 86/13; 53/8; 73/11; 93/14; 20/3; 87/13; 67/10; 47/7; 74/11; 27/4; 88/13; 61/9; 95/14; 34/5; 75/11; 41/6; 89/13; 48/7; 55/8; 62/9; 69/10; 76/11; 83/12; 90/13; 97/14; 7/1; 99/14; 92/13; 85/12; 78/11; 71/10; 64/9; 57/8; 50/7; 93/13; 43/6; 79/11; 36/5; 101/14; 65/9; 94/13; 29/4; 80/11; 51/7; 73/10; 95/13; 22/3; 103/14; 81/11; 59/8; 96/13; 37/5; 89/12; 52/7; 67/9; 82/11; 97/13; 15/2; 98/13; 83/11; 68/9; 53/7; 91/12; 38/5; 99/13; 61/8; 84/11; 107/14; 23/3; 100/13; 77/10; 54/7; 85/11; 31/4; 101/13; 70/9; 109/14; 39/5; 86/11; 47/6; 102/13; 55/7; 63/8; 71/9; 79/10; 87/11; 95/12; 103/13; 111/14; 8/1; 113/14; 105/13; 97/12; 89/11; 81/10; 73/9; 65/8; 57/7; 106/13; 49/6; 90/11; 41/5; 115/14; 74/9; 107/13; 33/4; 91/11; 58/7; 83/10; 108/13; 25/3; 117/14; 92/11; 67/8; 109/13; 42/5; 101/12; 59/7; 76/9; 93/11; 110/13; 17/2; 111/13; 94/11; 77/9; 60/7; 103/12; 43/5; 112/13; 69/8; 95/11; 121/14; 26/3; 113/13; 87/10; 61/7; 96/11; 35/4; 114/13; 79/9; 123/14; 44/5; 97/11; 53/6; 115/13; 62/7; 71/8; 80/9; 89/10; 98/11; 107/12; 116/13; 125/14; 9/1; 127/14; 118/13; 109/12; 100/11; 91/10; 82/9; 73/8; 64/7; 119/13; 55/6; 101/11; 46/5; 129/14; 83/9; 120/13; 37/4; 102/11; 65/7; 93/10; 121/13; 28/3; 131/14; 103/11; 75/8; 122/13; 47/5; 113/12; 66/7; 85/9; 104/11; 123/13; 19/2; 124/13; 105/11; 86/9; 67/7; 115/12; 48/5; 125/13; 77/8; 106/11; 135/14; 29/3; 126/13; 97/10; 68/7; 107/11; 39/4; 127/13; 88/9; 137/14; 49/5; 108/11; 59/6; 128/13; 69/7; 79/8; 89/9; 99/10; 109/11; 119/12; 129/13; 139/14; 10/1}.

Dessa forma, solicitamos respeitosamente à banca examinadora a anulação dessa questão.

Questão 29:

Em uma turma de estudantes de música, verificaram-se as seguintes características:

  • Todo aluno de flauta tem mais de 18 anos.
  • Quem estuda violão tem menos de 18 anos
  • Os alunos de piano também estudam percussão.
  • Há alunos que estudam percussão e violão.
  • Nenhum aluno de percussão tem mais de 18 anos.
  • Nenhum aluno de percussão estuda violão.

É correto afirmar que:

  • (A) há alunos de piano com mais de 18 anos;
  • (B) há alunos que estudam flauta e violão;
  • (C) na classe de piano ninguém estuda flauta;
  • (D) na classe de percussão todos aprendem flauta;
  • (E) na classe de piano todos aprendem violão.

GABARITO PRELIMINAR: C

PEDIDO: ANULAÇÃO

Para testarmos a validade um argumento partimos do princípio que todas as premissas são verdadeiras.

 No argumento em análise, no entanto, ao supormos que a premissa “Nenhum aluno de percussão estuda violão” é verdadeira, deveríamos assumir que a premissa “Há alunos que estudam percussão e violão” é falsa, já que esta corresponde à negação daquela. Essa situação é, portanto, contraditória no teste de validade.

Dessa forma, por entendermos que o enunciado apresentou falhas em sua construção solicitamos respeitosamente à banca examinadora a anulação dessa questão.

Concurso ISS RJ: recursos de Contabilidade

Prova Verde

Questão 72:

Atualmente, temos um sistema de “atributos mistos” no qual é utilizada uma das duas formas de mensuração mais comumente usadas, baseadas em custo histórico e valor justo. Nesse sentido, segundo os preceitos da Norma Brasileira de Contabilidade TG Estrutura Conceitual vigente:

  • (A) o custo histórico é o atributo que torna as demonstrações contábeis úteis para os investidores;
  • (B) o valor justo possui menor subjetividade quanto maior a hierarquia do valor justo (nível 3);
  • (C) o custo histórico pode ser mais útil do que o valor justo em setores como o financeiro;
  • (D) o custo histórico representa menor relevância e maior confiabilidade em comparação ao valor justo;
  • (E) o valor justo é o que apresenta maior representação fidedigna em comparação ao custo histórico.

Diante do gabarito exposto pela banca, solicitamos a ANULAÇÃO da questão, visto que possui elementos que prejudicaram o seu julgamento.

A banca considerou correta a assertiva que o custo histórico representa menor relevância e maior confiabilidade em comparação ao valor justo.

Contudo, como demonstraremos, há outra alternativa que pode ser considerada como correta, a saber: “o valor justo é o que apresenta maior representação fidedigna em comparação ao custo histórico”

Ademais, o Item 2.13 do CPC 00 (R2), Estrutura Conceitual Básica, afirma que, para ser representação perfeitamente fidedigna, a representação tem três características. Ela é completa, neutra e isenta de erros. Obviamente, a perfeição nunca ou raramente é atingida. O objetivo é maximizar essas qualidades tanto quanto possível.

Nesse sentido, o CPC 00, item 6.6 afirma que 6.6 Quando o ativo é adquirido ou criado, ou o passivo é incorrido ou assumido, como resultado de um evento que não seja uma transação em termos de mercado (ver item 6.80), PODE NÃO SER POSSÍVEL IDENTIFICAR O CUSTO (grifo nosso), ou O CUSTO PODE NÃO FORNECER INFORMAÇÕES RELEVANTES SOBRE O ATIVO OU PASSIVO (grifo nosso).

Em alguns desses casos, o valor atual do ativo ou passivo é utilizado como custo atribuído no reconhecimento inicial, e esse custo atribuído é então utilizado como ponto de partida para mensuração subsequente ao custo histórico.

Nessa toada, o pronunciamento CPC 46 – Valor Justo define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

Por seu turno, o Manual de Contabilidade Societária (2018) afirma que “ a definição apresentada e as orientações gerais dadas deixam claro que “valor justo” é uma mensuração baseada no mercado (uso de premissas e inputs que seriam utilizados pelos participantes do mercado).

Portanto, não se trata de uma mensuração específica da entidade (premissas e inputs intrínsecos à entidade), assim como a intenção da entidade acerca do objeto da mensuração (ativo ou passivo) não é relevante para a mensuração do valor justo.

Uma mensuração a valor justo, de forma geral, exige que se determine: (i) o objeto da mensuração (se um ativo, grupo de ativos, negócio ou um passivo); (ii) qual o melhor uso possível (highest and best use) do ativo, quando tratar-se de ativos não financeiros, e ainda se a mensuração será feita considerando que o ativo é usado em combinação com outros ativos ou em bases isoladas; (iii) o mercado no qual se baseia a transação hipotética; (iv) a técnica de avaliação adequada para a mensuração, buscando maximizar o uso de inputs observáveis (muitas vezes mais de uma técnica é empregada).

Concluímos que, é perfeitamente possível inferir das normas apresentadas que o valor justo pode ter, em alguns casos, representação fidedigna SUPERIOR ao custo histórico. Ao considerar elementos como preços no mercado atual, melhor uso, fluxos de caixas esperados, o valor justo pode ter mais completa, neutra e livre de erros do que o custo histórico.

E essa subjetividade prejudica o julgamento do item, inclusive, podemos considerar que a questão possui duas respostas corretas.

Assim, diante do exposto, solicitamos respeitosamente que a questão seja ANULADA.

Questão 78:

Uma empresa de estacionamento aluga vagas específicas no seu terreno. Todas as vagas do estacionamento são alugadas por meio de um contrato padrão. Pelo contrato, o cliente obtém o direito exclusivo de estacionar em uma vaga específica durante todo o período do contrato. A empresa não pode alterar o espaço designado ao cliente. A vaga no estacionamento atribuída é identificada por um número pintado no chão e os custos de manutenção não são significativos. Nesse caso, considerando-se as informações apresentadas, o estacionamento deve ser contabilizado como:

  • (A) imobilizado;
  • (B) propriedade para investimento;
  • (C) estoque;
  • (D) ativo circulante mantido para venda;
  • (E) intangível.

O gabarito preliminar foi a letra B – propriedade para investimento. Mas não pode prosperar, como veremos a seguir.

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado:

“Ativo imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera utilizar por mais de um período.”

No caso de uma empresa de estacionamento, o terreno usado para alugar vagas se encaixa na primeira definição: é mantido para o fornecimento de serviços. Deve ser classificado como “Imobilizado”.

Mas vamos aprofundar um pouco mais.

Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade Para Investimento:

“Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário como ativo de direito de uso) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas e, não, para: (Alterado pela Revisão CPC 13) (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do negócio.” 

A definição de Imobilizado menciona “Aluguel a outros”, a definição de Propriedade para Investimento menciona “para auferir aluguel”.

A INTERPRETAÇÃO TÉCNICA ICPC 10 – Interpretação Sobre A Aplicação Inicial Ao Ativo Imobilizado E À Propriedade Para Investimento” esclarece o assunto:

“46. A menção da palavra “aluguel” no item 44(a) e a menção da expressão “para obter rendas” no item 45 se diferenciam basicamente no seguinte: no ativo imobilizado, a figura do aluguel só pode existir quando estiver vinculado a ativo complementar na produção ou no fornecimento de bens ou serviços. Por exemplo, uma fazenda pode ter residências alugadas a seus funcionários, uma extratora de minerais pode construir residências no meio da floresta também para alugar a seus funcionários, etc. Nesse caso, os ativos alugados são, na verdade, parte do imobilizado necessário ao atingimento da atividade-fim da entidade.

47. Se houver investimento para obter renda por meio de aluguel, em que este é o objetivo final, no qual o imóvel é um investimento em si mesmo, e não o complemento de outro investimento, aí se tem a caracterização não do ativo imobilizado, mas sim de propriedade para investimento. A propriedade para investimento, ao contrário do ativo alugado classificado no imobilizado, tem um fluxo de caixa específico e independente, ou seja, ele é o ativo principal gerador de benefícios econômicos, e não um acessório a outros ativos geradores desses benefícios.”

Dessa forma, temos:

1) Imóvel usado para prestar serviço (como o terreno de uma empresa de estacionamento) = IMOBILIZADO.

2) Imóvel usado para aluguel em uma empresa que não seja de estacionamento (fabricante de sabonete, montadora de veículos, fazenda, etc):

2.1 – o aluguel está vinculado a ativo complementar na produção ou no fornecimento de bens ou serviços (como residências alugadas a seus funcionários, no caso de uma fazenda) ? Se estiver, é IMOBILIZADO.

2.2 – se o aluguel não estiver vinculado a ativo complementar na produção, se o objetivo final é obter renda por meio de aluguel (lembrando que estamos no referindo a empresa que não seja de estacionamento, empresa fabricante de sabonete ou de outro produto qualquer): Classificado como PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO.

O tópico 47 da Interpretação, citado acima, deve ser entendido como aplicável no caso em que o aluguel não é a atividade operacional da empresa. É uma atividade suplementar.

Em todo caso, fomos verificar como é feito na prática. Examinando as Demonstrações Contábeis Intermediárias da empresa Allpark Empreendimentos, Participações e Serviços SA (“Estapar”), que atua no ramo de estacionamentos com o nome de fantasia “Estapar”, verificamos a seguinte composição para o Ativo Não Circulante, em 31 de março de 2023:

ATIVO NÃO CIRCULANTE

(…)

Investimentos……….432.498

Imobilizado        …………159.427

Direito de uso…………43.963

Intangível…………….509.837

(informações capturadas na internet, no endereço https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/7b596c0f-b173-4777-8aab-9e6cc0a43c97/5c08dbc7-e30d-1d0c-0595-07b864df2ac0?origin=1 ) OU digitando no GOOGLE “estapar demonstrações contábeis).

Como se verifica, a empresa de estacionamento Estapar, que tem imóveis próprios para usar como estacionamento, classifica tais imóveis como Imobilizado, e não como Propriedade para Investimento.

Assim, solicitamos a ALTERAÇÃO do gabarito, para considerar correta a Letra A – Imobilizado.

Questão 76:

Uma empresa comercial fabrica placas de circuito como componentes de automóveis. Durante a pandemia, a empresa experimentou um forte crescimento e apresentou as seguintes informações para o ano atual:

• Estoque no início do ano: R$ 1.026.000
• Estoque no final do ano, antes de quaisquer ajustes: R$ 1.007.000
• Custo total dos produtos vendidos, antes de quaisquer ajustes: R$ 11.776.000

1. Durante o ano, a empresa registrou custos de produtos vendidos em consignação no valor de R$ 22.000. No final do ano, nenhuma dessas unidades havia sido vendida.

2. No último mês do ano, os contratos de remessa foram alterados de FOB (free on board) para CIF (Cost, Insurance and Freight), ou seja, R$ 25.000 em valores de estoques estão em trânsito e não chegarão até que as demonstrações financeiras sejam divulgadas.

3. A empresa verificou que um produto no estoque 1 contabilizado com um custo de R$ 112.000, mas possuía um valor realizável líquido de R$ 100.800. 

Nesse caso, considerando-se as informações apresentadas, o estoque ajustado no fim do ano é de:

  • (A) R$ 995.800;
  • (B) R$ 1.007.000;
  • (C) R$ 1.017 .800;
  • (D) R$ 1.020.800;
  • (E) R$ 1.042.80

Gabarito preliminar da banca: Letra E

Para chegar no gabarito preliminar, a douta Banca efetuou o seguinte cálculo:

Estoque no final do ano, antes de qualquer ajuste: $ 1.007.000

+ Custo dos produtos vendidos em consignação: $ 22.000

+ Alteração dos contratos de remessa de FOB para CIF: $ 25.000

(-) perda provável com realização de estoque:  – $ 11200

= Estoque ajustado = R$ 1.042.800

Vamos examinar o ajuste referente à alteração de FOB para CIF.

FOB é a sigla para Free on Board, ou em português: livre a bordo. Neste caso, o comprador tem a responsabilidade pela entrega (incluindo os custos).

CIF é a sigla para Cost, Insurance and Freight, ou em português: custo, seguro e frete. Nesta modalidade, é o vendedor que assume a responsabilidade pela entrega, arcando com os custo.

As questão menciona “os contratos de remessa”, assim devemos entender que se trata de venda (remessa) dos produtos da empresa.

Os contratos de remessa eram FOB (por conta do comprador, ou seja, dos clientes da empresa) e passaram para CIF (por conta do vendedor, ou seja, a empresa comercial cujo estoque estamos calculando.)

Houve o aumento de $25.000 em função de tal alteração. Ocorre que os gastos com frete e seguros de transporte para produtos acabados devem ser contabilizados com despesas, e não no estoque ou no custo dos produtos vendidos.

Conforme o pronunciamento Técnico CPC (R1) – Estoques:

“Custos do estoque

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. Custos de aquisição

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (Alterado pela Revisão CPC 01)”

Desta forma, o valor de R$ 25.000, referente à alteração de FOB para CIF, não deve ser incluído no estoque. O cálculo fica assim:

$ 1.007.000 + $ 22.000 – $ 11.200 = $ 1.017.800

Solicitamos a ALTERAÇÃO do gabarito para a letra C, no valor de  R$ 1.017.800.

Concurso ISS RJ: recursos de Tecnologia da Informação

Prova Verde

Questão 64:

Numa definição simplificada, números primos são os números inteiros a partir de 2 que só são divisíveis por eles mesmos e o número 1.

Assinale o comando SQL que produz a lista de todos, e somente, os números primos presentes na tabela N, descrita anteriormente.

Gabarito Oficial: A

Gabarito Proposto: E

Fundamentos:

Conforme imagem abaixo da execução da questão em um BD relacional, verifica-se que a letra indicada pela banca não retorna apenas os números primos como solicitado pela questão.

Recursos de TI do concurso ISS RJ Fiscal

Questão 68:

O fiscal de rendas Renan está explorando a base de dados sobre a situação fiscal de empresas que atuam no Rio de Janeiro, e encontrou os seguintes padrões:

• TIPO_EMPRESA=”MEI”, RENDA_ANO=”NIVEL A” -> QUANTIDADE_SOCIOS=1, SITUACAO_FISCAL=”INADIMPLENTE” (suporte = 50%, confiança = 70%)
• TIPO_EMPRESA=”Simples”, RENDA_ANO=”NIVEL B” -> QUANTIDADE_SOCIOS=2, SITUACAO_FISCAL=”REGULAR” (suporte = 30%, confiança = 80%)

A técnica de Mineração de dados que Renan aplicou para descobrir elementos que ocorrem em comum dentro de um determinado conjunto de dados foi:

  • (A) análise de cluster;
  • (B) modelos preditivos;
  • (C) árvores de decisão;
  • (D) regras de associação;
  • (E) técnicas de amostragem

Gabarito Oficial: D

Gabarito Proposto: B

Fundamentos:

CONCEITO DE REGRA DE ASSOCIAÇÃO:

“Dentro do contexto de Mineração de Dados e Machine Learning, são regras que buscam a relação entre itens ou elementos. Para isso são utilizados algoritmos como o Apriori, Eclat, FP-Grow, dentre outros.”

CONCEITO DE MODELOS PREDITIVOS

“Os modelos preditivos são aqueles que se utilizam de dados do passado para prever comportamentos de um cliente. Eles também detectam padrões, ainda que sutis, no conjunto de dados analisados.”

Dessa forma, observa-se que na questão ele está categorizando dados quando define o quanto de suporte e confiança aquela empresa oferece e não associando empresas a grupos como: inadimplentes ou adimplentes.

Ao categorizar, ele nos leva ao aprendizado supervisionado, e por se tratarem de dados quantitativos (suporte e confiança) a técnica mais indicada dentre as listadas seria a letra B – modelos preditivos.

Questão 70:

Walter, fiscal de rendas, está analisando os tributos municipais pagos por estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço ao longo dos últimos cinco anos, utilizando a ferramenta Power BI. Para refinar a sua análise, Walter precisa gerar um relatório que permita realizar operações como drill-down. A visualização que Walter deve usar é:

  • (A) P&R;
  • (B) Matriz;
  • (C) Script R;
  • (D) Treemaps;
  • (E) Narrativa Inteligente.

Gabarito Oficial: B

Gabarito Proposto: ANULAÇÃO

Fundamentos:

Segundo o site: https://zebrabi.com/advanced-guide/how-to-customize-treemap-in-power-bi/

“Introduction to Treemaps in Power BI
Treemaps in Power BI are a type of hierarchical chart that allows users to view large amounts of data in a compact space. The treemap chart consists of rectangles, which are sized and colored based on the data values. Each rectangle represents a category or subcategory of the data hierarchy. Treemaps can be used to visualize hierarchical data such as detailed account of financial data, market segmentation data, website traffic data, etc. Power BI comes equipped with several features that allow you to customize your treemaps and make them more compelling and easy-to-understand.

One of the key advantages of using treemaps in Power BI is that they allow you to quickly identify patterns and trends in your data. By using color coding and size variations, you can easily spot areas of your data that require further analysis or attention. Additionally, treemaps can be used to drill down into specific areas of your data, allowing you to gain deeper insights into your business operations.

Another benefit of using treemaps in Power BI is that they are highly interactive. Users can hover over individual rectangles to view detailed information about the data values, or click on a rectangle to drill down into a specific category or subcategory. This level of interactivity makes it easy for users to explore and analyze their data in a way that is intuitive and user-friendly.”

Ou seja, o TreeMaps e uma ferramenta natural e interativa do Power BI para a realização de drill down com facilidade pelo usuário, porém a matriz e o P&R também permitem aumentar ou diminuir o nível de abstração desejada. Dessa forma, por ter mais de uma alternativa atendendo ao solicitado no enunciado, pede-se a anulação da questão.

Concurso ISS RJ: recursos de Português

Prova Verde

Questão 14:

Observe a seguinte frase, de autor anônimo: “A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar”. Sobre os componentes estruturais dessa frase, é correto afirmar que

Nessa questão, o gabarito preliminar da banca foi letra E, que sugere que a troca de posição das orações conectadas pela conjunção adversativa “mas” não geraria alteração de sentido.

Entretanto, o que ocorre é que, ao se trocarem as posições dos segmentos, ocorreria uma mudança de direção argumentativa do texto, o que obrigatoriamente implicaria alteração semântica.

Na frase original, “a vontade que nos faz caminhar” indica uma restrição em relação à oração  “a inteligência é o farol que nos guia”. Na troca de posição das orações, a segunda oração é que passaria a ser uma restrição em relação à primeira.

Inúmeros autores embasam essa linha de raciocínio, entre eles, Fiorin e Savioli (2001, p. 149),  que dizem que,  entre os conectores que assinalam uma relação de contrajunção, estão as conjunções adversativas.

Segundo os autores, “nas adversativas, prevalece a orientação do segmento introduzido pela conjunção”. Dessa forma, fica evidente a alteração das ideias originais na reescrita proposta pela alternativa E da referida questão, o que justifica que se requeira a anulação da questão.

Referência Bibliográfica:

SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Manual do candidato: português. 2. ed. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2001.

Saiba mais: Concurso Secretaria Municipal de Fazenda RJ


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Bruna de Andrade França

Publicitária e pós-graduada em Marketing e Growth, atuando na área de concursos públicos há cinco anos. Especialista em redação e criação de conteúdo, com práticas de SEO e Copywriting.

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