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Pronomes: dicas para ir do zero ao topo no tema colocação pronominal!

Os pronomes são uma classe de palavras ampla. Por conta dessa amplitude, há uma cobrança massiva dessa classe em provas de concursos públicos, seja quanto à morfologia – estudo do emprego das classes de palavras – ou quanto à sintaxe – sentido do termo na oração.  

Os pronomes vão se dividir em algumas categorias, e alguns tipos de pronome vão aparecer mais e ter mais peso nas provas do que outros. No webinário Pronomes, professora Janaína Arruda selecionou pontos específicos que tem maior relevância para provas de concurso, para ajudar o aluno a ir do zero ao topo em relação aos conhecimentos sobre Pronomes. 

Categoria de pronomes 

Pronomes
categoria de pronomes

Na regra geral, pronome é uma classe de palavras que substitui ou que acompanha os nomes. Hoje, não entraremos na categoria de pronomes que acompanha os nomes, porque eles são mais simples. Vamos entender os pronomes que substituem nomes, por apresentarem maior relevância nas provas e por serem objeto de maior dificuldade por parte dos alunos. 

Vamos trabalhar, portanto, com os pronomes pessoais.

Pronomes pessoais 

Pronomes pessoais
pronomes pessoais

Os pronomes pessoais podem ser retos ou oblíquos, e os oblíquos se dividem em átonos e tônicos. Existe uma razão de ser e uma lógica para a utilização de cada um desses pronomes.

Pronomes pessoais do caso reto

Os pronomes pessoais do caso reto não demandam explicações, já que se apresentam na forma intuitiva da formação das pessoas do discurso (EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES).

Pronomes pessoais oblíquos

Os pronomes pessoais oblíquos são utilizados para retomar nomes já utilizados no discurso, evitando repetições. Esses serão o foco de estudo nessa aula.

Pronomes oblíquos tônicos 

Têm acento tônico (não quer dizer que é acentuado, mas que tem uma sílaba forte) e estão precedidos de preposição:  

Ore por mim 

João ficou fora de si.  

Leve-o para ele.  

Deixou o bebê comigo 

Pronomes oblíquos átonos 

Não têm acento tônico e não são precedidos de preposição (mas podem carregar a preposição no seu interior):  

Não nos perturbe.  

Passe-me a faca.  

Vejo-te em casa.  

As formas “O”, “A”, “OS”, “AS”  

  • Verbos terminados em R, S, Z = cai a consoante no final do verbo e o pronome vira LO, LA, LOS, LAS: 

Maria veio vê-LO.  

Fiz o bolo. Fi-LO sozinha!  

  • Verbos terminados em M ou nasais (som sai pelo nariz: M, N, ~)= os pronomes viram NO, NA, NOS, NAS

Encontraram-NOS perto do lago.  

Põe-NA sobre a mesa.  

Colocação Pronominal 

Colocação pronominal é a posição do pronome oblíquo átono em relação ao verbo.

Existem 3 posições: 

  • Próclise: pronome antes do verbo. 
  • Mesóclise: pronome no meio do verbo. 
  • Ênclise: pronome após o verbo. 

Pronomes oblíquos átonos 

Pronomes oblíquos átonos
pronomes oblíquos átonos

Casos proibidos em colocação pronominal:  

1. Colocação do pronome oblíquo no início de frase:  

Me disse a verdade (errado)/ Disse-me a verdade (correto).  

2. Depois do uso de ponto e vírgula:  

Esqueceu-se do remédio; se preocupou com o sintoma (errado)/ preocupou-se com o sintoma (correto). 

3. Colocação do pronome oblíquo depois de verbo no particípio:  

Tinha preocupado-se com a mãe (errado)/Tinha se preocupado com a mãe (correto). 

4. Colocação do pronome oblíquo depois de verbo no futuro (do pretérito ou do presente) do indicativo:  

Falaria-me o caso completo (errado)/Falar-me-ia o caso completo (correto). 

Casos Especiais de colocação pronominal:  

1. A próclise é evitada depois da vírgula, mas pode ocorrer quando houver a sobreposição de regra proibitiva:  

Tinha, na situação, se perguntado (particípio) sobre o menino.  

2. Apossínclise (pronome oblíquo antes de palavra atrativa):  

Os meninos me não contaram a verdade.  

3. Com o infinitivo, a colocação do pronome sempre será facultativa, mesmo com palavra atrativa: 

Meu pai pediu para me ajudar na compra.  

Meu pai pediu para ajudar-me na compra. 

CASOS DE PRÓCLISE  

Pronome oblíquo átono que atrai o pronome para antes do verbo. 

A) Atração forte: 

Obrigatória, independentemente do tamanho da oração. Mesmo que haja grande distanciamento entre o verbo e o pronome, ainda há a atração. 

1. Palavras com sentido negativo (não, nunca, jamais, nem):  

Não me ajudou com o remédio nem me levou ao hospital.  

2. Advérbio curto até 3 elementos (já, agora, também, sempre, mais):  

Agora se acha com a razão.  

3. Conjunção Subordinativa (se, caso, embora, quando etc.): 

Caso se preocupe comigo, venha me visitar. 

4. EM + gerúndio:  

Em se tratando de decisão, ele é competente.  

5. Pronome Relativo (que, o qual, onde, cujo): 

A menina que me procurou era minha parente.  

Obs.: “QUE“, independentemente da classificação morfológica, sempre é atrativo para a próclise. 

B) Atração fraca: 

Facultativa em orações muito longas, quando há grande distanciamento entre o verbo e o pronome. 

6. Pronome Indefinido (tudo, nada, ninguém etc.): 

Ninguém se preocupou comigo.  

7. Pronome Demonstrativo (isto, aquele, este etc.): 

Isto me diz respeito. 

8. Frase Optativa (desejo, vontade):  

Que Deus te oriente os passos.  

9. Frase Interrogativa:  

O homem se considerou culpado?  

10. Frase Exclamativa:  

João te admira!!! 

CASOS DE MESÓCLISE  

Pronome oblíquo átono em que o pronome fica no meio do verbo. A mesóclise só acontece quando não há regra de atratividade de próclise. 

1. Ocorre apena com o futuro do presente ou do pretérito do indicativo:  

A criança me contaria a verdade (próclise possível, mas não obrigatória).  

A criança contar-me-ia a verdade (mesóclise). 

Como o sujeito é expresso, a colocação do pronome oblíquo pode ser em mesóclise ou em próclise. Caso o verbo inicie a oração, é obrigatória a mesóclise, porque não se inicia frase com pronome. Ademais, é proibida mesóclise em verbo do particípio:  

Contar-me-ia a verdade, quando me solicitasse. 

CASOS DE ÊNCLISE  

Pronome oblíquo átono em que o pronome fica depois do verbo. A ênclise só acontece quando não há regra de atratividade de próclise. 

1. Nunca deve ocorrer com particípio ou futuro do indicativo:  

Tinha contado-me isso (errado)/Me ajudaria com o isso (correto).  

2. Só é obrigatória se a próclise for proibida:  

Preocupou-se comigo.  

3. Depois de gerúndio:  

Maria chorou, contando-me o segredo. 

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