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Orações Coordenadas – Português para Concursos

Aprenda tudo sobre orações coordenadas, domine a disciplina de Português e, assim, conquiste sua sonhada aprovação!

Professores de português Estratégia Concursos
Orações Coordenadas – Português para Concursos

No mês de agosto, ocorreu um evento incrível no Estratégia Concursos: a Semana Especial de Português, transmitida diretamente do canal do Estratégia no Youtube.

Durante o evento, que aconteceu de 17/08 a 25/08, os professores Adriana Figueiredo, Felipe Luccas, Janaína Arruda e Suellen Borges transmitiram diversas aulas da disciplina de Português, a fim de levar os alunos “do zero ao topo”, na preparação para concursos públicos.

Traremos neste artigo um resumo da transmissão realizada no dia 18/08, em que a professora Janaína Arruda abordou, de forma clara e didática, o tema “Orações Coordenadas”. Trata-se de um assunto muito cobrado em provas de concurso. Por isso, exige dos alunos uma boa compreensão.

Leia o artigo até o final para entender tudo o que você precisa para arrasar nos exercícios de orações coordenadas, com muitos exemplos práticos para facilitar o seu entendimento do tema.

Deixaremos abaixo o vídeo, para você que quer assistir integralmente à aula:

Orações Coordenadas – Português para Concursos

Nesta transmissão, a professora Janaína aprofundou o estudo sobre o período composto e, a partir disso, explicou de forma detalhada sobre as orações coordenadas que o compõem.

Nesse sentido, a professora esclareceu que, para a correta compreensão sobre a sintaxe do período composto, é essencial que se estude o valor semântico das estruturas e as construções que podem ser feitas, na Língua Portuguesa, a partir dos diferentes conectivos existentes.

Período composto: o que faz parte?

Inicialmente, cabe dizer que o estudo do período composto não envolve apenas a relação entre os termos de uma oração, mas sim a relação entre as diversas estruturas presentes nos textos.

Dessa forma, é necessária a correta compreensão do valor semântico de cada conectivo, no contexto de cada oração, para você interpretar corretamente o seu sentido.

Nesse sentido, cabe esclarecer que o período composto divide-se em 2 categorias: orações coordenadas e orações subordinadas.

As orações coordenadas formam um único grupo, ao passo que as orações subordinadas se dividem em três subgrupos: substantivas, adverbiais e adjetivas.

A partir de então, explicaremos a diferença entre as orações coordenadas e as orações subordinadas, já que ambas podem integrar o período composto.

Orações coordenadas x orações subordinadas

Primeiramente, cabe dizer que o período composto pode ser composto por coordenação ou por subordinação. O primeiro caso refere-se àquele período formado apenas por orações coordenadas. Assim sendo, não há oração principal, neste período, já que as orações são independentes entre si.

Por outro lado, no período composto por subordinação, há uma dependência sintática da oração subordinada em relação à oração principal.

Por fim, existe, ainda, a possibilidade de um período composto simultaneamente por coordenação e por subordinação: é o chamado “período misto”.

A partir de então, focaremos a explicação no período composto por coordenação, isto é, aquele formado por orações coordenadas, de estrutura sintática completa. Nesse sentido, perceba o seguinte exemplo: “Ligo o computador, escrevo algumas páginas; lembro-me do passado e abro uma garrafa de vinho”.

Nessa estrutura, formada por várias orações coordenadas, há uma independência entre as orações, em relação à sintaxe, já que seria possível, inclusive, colocar um ponto final entre elas.

Assim, resta evidente que a única relação entre as orações coordenadas é a relação semântica (não há uma dependência sintática).

Orações coordenadas: classificação

As orações coordenadas podem ser classificadas em assindéticas (aquelas que não possuem conjunção) e sindéticas (as que possuem conjunção).

Vale dizer que a conjunção sempre começa uma nova oração.

Além disso, as orações coordenadas sindéticas podem ser divididas em diferentes categorias, cada uma com um valor semântico diverso:

  1. Explicativas;
  2. Conclusivas;
  3. Aditivas;
  4. Adversativas;
  5. Alternativas;

Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas

Expressam uma ideia de adição em relação à oração anterior, com auxílio das conjunções (e, nem, como também, mas também, também, bem como, que…).

Exemplos:

– João chegou e foi jantar. → A oração que carrega a conjunção é a chamada oração aditiva.

Não só é verdade, como também faz parte dos planos. → Estrutura muito cobrada em provas.

Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas

Expressam ideias que contradizem a oração principal. Apresentam conjunções como: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante…

Exemplos:

– Falei, todavia não fui convincente.

– A comida era boa, porém o lugar era ruim.

Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas

Exprimem uma ideia de escolha ou alternância em relação à oração anterior. Assim, as ideias podem se excluir ou se alterar.

Conjunções que costumam integrar essas orações: ou, ou…ou, nem…nem, quer…quer, ora…ora, seja…seja.

Exemplo: “Corra ou não alcançará o ônibus”.

Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas

Expressam uma ideia de conclusão acerca da oração anterior. Apresentam conjunções / locuções conjuntivas como: logo, portanto, por conseguinte, por isso, assim, então.

Exemplos:

– Estudo muito, logo devo passar no concurso.

– O menino está doente, por isso faltou ao curso.

Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas

Exprimem uma ideia explicativa em relação à oração anterior.

Conjunções que costumam estar presentes: pois, porque, que, porquanto…

Exemplos:

– Não jogue papel no chão, que é proibido.

– Diga a verdade, porque vamos ajudá-lo.

OBS: cuidado com a conjunção “porquanto”, muito cobrada em provas, pois seu valor semântico é completamente diferente de outras, como “entretanto” e “portanto”.

Conjunções com mais de um valor

Algumas conjunções podem apresentar diferentes valores semânticos, a depender da oração em que estejam inseridas.

Nesse sentido, traremos aqui alguns exemplos dessas conjunções e os sentidos que elas podem indicar.

Como

  • Adição. Ex.: Não só é bonito, como é inteligente. → Oração coordenada.
  • Causa. Ex.: Como não sabia português, estudou. → Oração subordinada.
  • Comparação. Ex.: Estudou como um gênio. → Oração subordinada.
  • Conformidade. Ex.: Estudou como o manual mandava. → Oração subordinada.

E

  • Adição. Ex.: Ele é bonito e pratica esportes. → Oração coordenada.
  • Adversativo. Ex.: Ele não sabe português e não estuda. → Valor de “mas”. Oração coordenada adversativa.
  • Conclusivo. Ele estudou português e passou de ano. → Oração coordenada conclusiva.
  • Final. Ele ia estudar e passar na prova. → Oração subordinada. A finalidade de estuar é passar na prova.

Pois

  • Adversativo. Ex.: Está estudando? Pois eu não estou.
  • Conclusão. Ex.: Está estudando, pode, pois, passar de ano.
  • Explicação. Ex.: Preciso estudar, pois não sei a matéria.

Todas são orações coordenadas, embora com valores semânticos diferentes.

Porque

  • Causa. Ex.: Estudei, porque não sabia a matéria. → Oração subordinada.
  • Explicação: Venha assistir a esse filme, porque é ótimo. → Oração coordenada.

Dicas: em geral, quando “porque” tiver valor semântico de “causa”, estará na oração subordinada; quando indicar ideia de explicação, estará na oração coordenada. Além disso, em geral, quando o verbo da oração anterior estiver no imperativo, o “porque” será explicativo; quando estiver no indicativo, trará ideia de causa.

Mas

  • Adição. Ex.: Não só é bonito, mas tem bom caráter. → Oração coordenada.
  • Adversativo. Ex.: Estudou muito, mas não passou de ano. → Oração coordenada.
  • Atenuação. Ex.: Ia mal na escola, mas disfarçava. → Oração coordenada.
  • Compensação: Não saiu como os amigos, mas foi bem na prova. → Oração coordenada.
  • Restrição. Ex.: Estudou, mas apenas para passar de ano. → Trata-se de uma oração subordinada adverbial. Ela está reduzida e indica finalidade.
  • Retificação. Ex.: Matemática é difícil, mas poucos se dedicam ao português. → Ideia de retificação, correção da fala. Oração coordenada.

Que

  • Adição. Ex.: Estuda que estuda, mas não passa de ano. → Oração coordenada.
  • Adversativo. Ex.: Preciso estudar, que não essas poucas horas. → Oração coordenada.
  • Causa. Ex.: Prevenido que era, estudou. → Porque era prevenido, estudou. → Oração subordinada.
  • Comparação. Ex.: Ele estuda mais que os amigos. → Oração subordinada.
  • Concessão. Ex.: Estude uma hora que seja. → Há uma quebra na expectativa. Oração subordinada.
  • Conjunção Integrante. Ex.: O importante é que você estude. → Oração subordinada. “Que” como conjunção integrante.
  • Consecutiva. Ex.: Tanto estudou que passou de ano. → Oração subordinada.
  • Explicação. Ex.: Estude, que a prova é amanhã. → Oração coordenada.
  • Final. Ex.: Estudou para que passasse de ano. → Oração subordinada.
  • Modo. Ex.: Sem que percebas, terás aprendido a matéria. → Oração subordinada.
  • Tempo. Ex.: Sempre que estuda, vai bem na prova. → Oração subordinada.

Se

  • Causa. Ex.: Se você tinha dificuldades, por que não estudou?
  • Condição. Ex.: Se você estudar, irá entender a matéria.
  • Concessão. Ex.: Se não aprendeu tudo, ainda assim passou de ano.
  • Conjunção Integrante. Ex.: Não sei se estudou o suficiente. (se funciona como complemento de estudou: não sei isso.)
  • Tempo. Ex.: Se estuda, supera todos os outros.

Todos esses períodos foram formados por oração principal + oração subordinada.

Dessa forma, finalizamos esse resumo da transmissão da aula sobre Orações Coordenadas. Lembre-se de revisar essas dicas e de fazer muitos exercícios, para, enfim, alcançar a sua tão sonhada aprovação!

Você também pode acompanhar esse artigo completo sobre como estudar português para concursos.

Bons estudos!

Nathália Reyes @nathsr

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