Controladorias/Gestão (CGU, CGE, STN, EPPGG)

Resumo da Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01 para a CGU

Confira neste artigo uma análise sobre a Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01, a qual dispõe sobre controles internos, gestão de riscos e governança no âmbito do Poder Executivo federal, para o concurso da CGU.

Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01 para a CGU

Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?

O concurso da CGU (Controladoria-Geral da União) está cada dia mais perto. Como está a sua preparação?

Este certame está oferecendo 375 vagas, sendo 300 para Analista Federal de Finanças e Controle e 75 para Técnico Federal de Finanças e Controle, com remunerações iniciais que podem chegar a R$ 19.197,06, dependendo do cargo desejado.

Assim, com o intuito de auxiliar os concurseiros que irão prestar o certame da CGU, preparamos uma análise sobre um dos tópicos da disciplina de Auditoria Governamental, a Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01, a qual dispõe sobre controles internos, gestão de riscos e governança no âmbito do Poder Executivo federal.

Vamos lá?

A Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01

A Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01, norma emitida, de maneira conjunta, pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e pela Controladoria-Geral Da União, dispõe sobre medidas de sistematização de práticas relacionadas à gestão de riscos, aos controles internos, e à governança, a serem adotadas pelos órgãos e entidades do Poder Executivo federal.

Para o seu pleno entendimento, a própria norma trouxe alguns conceitos importantes. Desse modo, separamos os que consideramos ser mais relevantes para a sua prova.

Auditoria Interna

O primeiro conceito é o de auditoria interna, a qual é uma atividade independente e objetiva de avaliação e de consultoria, desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização.

Ela possui uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controles internos, de integridade e de governança, contribuindo para que as organizações alcancem os seus objetivos.

Em outras palavras, compete às auditorias internas oferecer avaliações e assessoramento às organizações públicas, destinadas ao aprimoramento dos controles internos, de forma que controles mais eficientes e eficazes mitiguem os principais riscos de que os órgãos e entidades não alcancem seus objetivos.

Riscos

O risco é a possibilidade de ocorrência de um evento que venha a ter impacto no cumprimento dos objetivos. Ele é medido em termos de impacto e de probabilidade.

Já o risco inerente é o risco a que uma organização está exposta sem considerar quaisquer ações gerenciais que possam reduzir a probabilidade de sua ocorrência ou seu impacto.

Por fim, o risco residual é o risco a que uma organização está exposta após a implementação de ações gerenciais para o tratamento do risco.

Outras definições na Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01

Outro importante conceito é o de accountability, o qual é um conjunto de procedimentos adotados pelas organizações públicas e pelos indivíduos que as integram que evidenciam sua responsabilidade por decisões tomadas e ações implementadas.

Já o apetite a risco é o nível de risco que uma organização está disposta a aceitar.

Por fim, a incerteza é a incapacidade de saber com antecedência a real probabilidade ou impacto de eventos futuros.

Controles Internos da Gestão na Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01

Primeiramente, é importante entendermos o que é controle interno da gestão.

Controles internos da gestão é:

  • o conjunto de regras, procedimentos, diretrizes, protocolos, rotinas de sistemas informatizados, conferências e trâmites de documentos e informações, entre outros,
  • operacionalizados de forma integrada pela direção e pelo corpo de servidores das organizações,
  • destinados a enfrentar os riscos e fornecer segurança razoável de que, na consecução da missão da entidade, os seguintes objetivos gerais serão alcançados:
    • execução ordenada, ética, econômica, eficiente e eficaz das operações;
    • cumprimento das obrigações de accountability;
    • cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis; e
    • salvaguarda dos recursos para evitar perdas, mau uso e danos.

Em outros termos, o estabelecimento de controles internos no âmbito da gestão pública visa essencialmente aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidos sejam alcançados, de forma eficaz, eficiente, efetiva e econômica.

Dito isto, a Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01 dispõe que todos os órgãos e entidades do Poder Executivo federal deverão implementar, manter, monitorar e revisar os controles internos da gestão.

Mas quem serão os responsáveis pela operação dos controles internos?

Bom, eles são operados por todos os agentes públicos responsáveis pela condução de atividades e tarefas, no âmbito dos macroprocessos finalísticos e de apoio dos órgãos e entidades do Poder Executivo federal.

Porém, são os dirigentes máximos desses órgãos e entidades que possuem a responsabilidade de assegurar que procedimentos efetivos de implementação de controles internos da gestão façam parte de suas práticas de gerenciamento de riscos.

Por fim, é a alta administração da organização a responsável por estabelecer, manter, monitorar e aperfeiçoar os controles internos da gestão.

É importante salientar que os controles internos da gestão não devem ser implementados de forma circunstancial, ou seja, de maneira pontual, mas como uma série de ações que permeiam as atividades da organização.

FIQUE ATENTO: Não confunda controle interno, de responsabilidade de cada órgão e entidade, com o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal.

Este último compreende as atividades de avaliação do cumprimento das metas previstas no plano plurianual, da execução dos programas de governo e dos orçamentos da União e de avaliação da gestão dos administradores públicos federais, utilizando como instrumentos a auditoria e a fiscalização, e tendo como órgão central a CGU.

Objetivos do Controle Interno na Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01

Para a eficácia do funcionamento dos controles internos da gestão, é importante que haja objetivos claros, de modo que eles possam oferecer segurança razoável de que os objetivos da organização serão alcançados.

Assim, são objetivos dos controles internos da gestão:

  • dar suporte à missão, à continuidade e à sustentabilidade institucional, pela garantia razoável de atingimento dos objetivos estratégicos do órgão ou entidade;
  • proporcionar a eficiência, a eficácia e a efetividade operacional, mediante execução ordenada, ética e econômica das operações;
  • assegurar que as informações produzidas sejam íntegras e confiáveis à tomada de decisões, ao cumprimento de obrigações de transparência e à prestação de contas;
  • assegurar a conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis, incluindo normas, políticas, programas, planos e procedimentos de governo e da própria organização; e
  • salvaguardar e proteger bens, ativos e recursos públicos contra desperdício, perda, mau uso, dano, utilização não autorizada ou apropriação indevida.

Componentes do controle interno

O controle interno será estruturado com base em 5 componentes:

  • ambiente de controle: é conjunto de regras e estrutura que determinam a qualidade dos controles internos da gestão, que influencia a forma pela qual se estabelecem as estratégias e os objetivos e na maneira como os procedimentos de controle interno são estruturados. Alguns dos elementos do ambiente de controle são a integridade pessoal e profissional; os valores éticos; o estilo gerencial; a estrutura organizacional; as políticas e práticas de recursos humanos, entre outros.
  • avaliação de risco: é o processo responsável pela identificação e análise dos riscos relevantes, os quais possuem capacidade de impactar o alcance dos objetivos da organização e determinar a resposta apropriada ao risco. Entre seus elementos, está a identificação, avaliação e resposta aos riscos, devendo ser um processo permanente.
  • atividades de controles internos: são atividades materiais e formais em si, como políticas, procedimentos, técnicas e ferramentas, implementadas pela gestão para diminuir os riscos e assegurar o alcance de objetivos organizacionais e de políticas públicas. Alguns exemplos são as verificações, avaliações das operações, supervisões, entre outros.
  • informação e comunicação: corresponde às informações produzidas, as quais devem ser comunicadas de forma que, em determinado prazo, permitam que os funcionários e servidores cumpram suas responsabilidades, inclusive a de execução dos procedimentos de controle interno.
  • monitoramento: pode ser realizada por meio de revisões específicas ou monitoramento contínuo, realizados sobre todos os demais componentes de controles internos, com o fim de aferir sua eficácia, eficiência, efetividade, economicidade, excelência ou execução na implementação dos seus componentes e corrigir tempestivamente as suas deficiências.

A Gestão de Risco na Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01

A gestão de riscos deverá ser implementada e mantida pelos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal.

A gestão de riscos possui como um de seus objetivos agregar valor à organização, por meio da melhoria dos processos de tomada de decisão e do tratamento adequado dos riscos e dos impactos negativos decorrentes de sua materialização, além de aumentar a probabilidade de alcance dos objetivos da organização, reduzindo os riscos a níveis aceitáveis.

Ademais, ela procura assegurar que os responsáveis pela tomada de decisão tenham acesso tempestivo a informações suficientes quanto aos riscos aos quais está exposta a organização.

A SABER: O dirigente máximo da organização é o principal responsável pelo estabelecimento da estrutura de gerenciamento de riscos, sendo que cada risco mapeado e avaliado deve estar associado a um agente responsável formalmente identificado.

Componentes do modelo de Gestão de Riscos

De modo similar aos controles internos, a gestão de riscos também será estruturada em alguns componentes.

Você irá perceber que eles são bastantes similares aos presentes no controle interno, porém, com a adição de outros três:

Ambiente interno: o qual inclui integridade, valores éticos e competência das pessoas, delegação de responsabilidades, estrutura de governança organizacional, recursos humanos, entre outros. Ele é a base para todos os outros componentes.

Fixação de objetivos: todos os níveis da organização devem ter objetivos fixados e comunicados, de modo a permitir a identificação de eventos que potencialmente impeçam sua consecução.

Identificação de eventos: devem ser identificados e relacionados os riscos inerentes à própria atividade da organização, em seus diversos níveis.

Avaliação de riscos: os eventos identificados devem ser avaliados, de modo a encontrar a probabilidade e impacto de sua ocorrência, por meio de análises qualitativas e quantitativas.

Resposta a riscos: os riscos mapeados e avaliados devem ser respondidos pela organização, uma vez que eles podem ser evitados, transferidos, aceitos ou tratados.

Atividades de controles internos: são as políticas e os procedimentos estabelecidos e executados para mitigar os riscos que a organização tenha optado por tratar.

Informação e comunicação: informações relevantes devem ser identificadas, coletadas e comunicadas, a tempo de permitir que as pessoas cumpram suas responsabilidades.

Monitoramento: tem como objetivo avaliar a qualidade da gestão de riscos e dos controles internos da gestão, por meio de atividades gerenciais contínuas e/ou avaliações independentes.

Os tipos de riscos na Gestão de Riscos

Os riscos devem ser mapeados e avaliados pelos órgãos e entidades. Desse modo, durante este processo, devem ser considerados os seguintes tipos de riscos:

a) riscos operacionais: correspondem aos eventos que podem comprometer as atividades do órgão ou entidade, geralmente associados a falhas, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas, infraestrutura e sistemas.

b) riscos de imagem/reputação do órgão: são eventos que podem comprometer a confiança da sociedade, bem como de clientes, fornecedores e parceiros, em relação à capacidade do órgão em cumprir sua missão institucional.

c) riscos legais: por sua vez, os riscos legais são eventos derivados de alterações legislativas ou normativas que podem comprometer as atividades do órgão ou entidade.

d) riscos financeiros/orçamentários: por fim, são os eventos que podem comprometer a execução orçamentária, como atrasos no cronograma de licitações, bem como o comprometimento da capacidade do órgão de contar com os recursos orçamentários e financeiros necessários à realização de suas atividades.

A Governança na Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01

Uma boa governança de órgãos e entidades do Poder Executivo federal é caracterizada pela:

Liderança, a ser desenvolvida em todos os níveis da administração;

Integridade, a qual tem como base a honestidade e objetividade, elevando os padrões de decência e probidade na gestão dos recursos públicos;

Responsabilidade, que diz respeito ao zelo que se espera dos agentes de governança, com vistas ao melhor atendimento dos interesses da sociedade;

Compromisso, que é o dever de todo o agente público de se vincular, assumir, agir ou decidir pautado em valores éticos;

Transparência, a qual é caracterizada pela possibilidade de acesso a todas as informações relativas à organização pública, sendo um dos requisitos de controle do Estado pela sociedade civil.

Accountability, como sendo a obrigação dos agentes públicos em assumir responsabilidades por suas decisões e pela prestação de contas de sua atuação de forma voluntária.

Finalizando

Bom, pessoal! Essa foi a nossa análise sobre a Instrução Normativa Conjunta MP/CGU Nº 01, a qual dispõe sobre controles internos, gestão de riscos e governança no âmbito do Poder Executivo federal, para o concurso da CGU. Esperamos que tenham gostado.

Para a sua aprovação, é extremamente importante a leitura do normativo citado aqui. Esse artigo é apenas uma análise mais simplificada dessa norma.

Caso queira se preparar para chegar competitivo nesta prova, invista nos cursos para a CGU do Estratégia Concursos

Lá você encontrará aulas completas e detalhadas, com os melhores professores do mercado, de todos os tópicos exigidos no edital deste concurso.

Conheça também o Sistema de Questões do Estratégia. Afinal, a única maneira de consolidar o conteúdo de maneira satisfatória é através da resolução de questões.

Bons estudos a todos e até a próxima!

Cursos e Assinaturas

Prepare-se com o melhor material e com quem mais aprova em Concursos Públicos em todo o país!

Assinatura de Concursos

Assinatura de 1 ano ou 2 anos

Sistema de Questões

Assinatura de 1 ano ou 2 anos

Concursos abertos

Concursos 2022

Assinatura de Concursos

Assinatura de 1 ano ou 2 anos

Kassio Henrique Sobral Rocha

Posts recentes

Concurso Sefaz PI ficará para o início de 2025!

O tão aguardado concurso da Secretaria da Fazenda do Piauí (SEFAZ PI) vai finalmente sair…

12 minutos atrás

“Concurso Sefaz PI em 2025”, confirma secretário!

O novo concurso da Secretaria da Fazenda do Piauí (SEFAZ PI) está confirmado para o…

18 minutos atrás

Concurso Guarda Artur Nogueira: gabarito divulgado

Foi divulgado o gabarito preliminar das provas do concurso Guarda Artur Nogueira, prefeitura localizada no…

24 minutos atrás

Concurso Artur Nogueira Saúde: gabaritos divulgados

Estão disponíveis os gabaritos das provas do concurso Artur Nogueira Saúde, prefeitura localizada no estado…

28 minutos atrás

Concurso Cisdeste: provas realizadas e gabaritos divulgados

Com suas provas aplicadas em 19 de maio, foram divulgados os gabaritos do concurso Cisdeste…

31 minutos atrás

Concurso GCM Barra Mansa: saiu o gabarito preliminar

Está disponível o gabarito preliminar das provas do concurso GCM Barra Mansa, município localizado no…

33 minutos atrás