Aprovado nos Concursos Policiais
“Nos momentos de falta de motivação, falta de auto confiança, procure sempre ficar consigo em silêncio e lembre-se dos motivos e pelo o que você já passou, pois além disso, os professores já estão dando conta, elaborando materiais maravilhosos, com conteúdos focados naquilo que realmente cai nos certames, respondendo as perguntas no fórum de dúvidas, e a única coisa que falta agora é apenas você com você mesmo”
Confira nossa entrevista com William Simmer Valverde, aprovado nos concursos da Polícia Militar do Espírito Santo em 50º lugar para o cargo de Oficial, do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo em 2º lugar para o cargo de Soldado e da Polícia Civil do Espírito Santo em 25º no cargo de Perícia Médica (concurso ainda em andamento):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
William Simmer Valverde: Olá, equipe Estratégia! Meu nome é William Simmer Valverde, ainda não sou formado, tenho 22 anos e sou de Vila-Velha – ES.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
William: Bom, eu sempre tive em mente estudar para concursos, desde o início do meu ensino médio, pois tinha alguns conhecidos com a vida estabilizada, que conseguiam planejar a vida no que tange às viagens, às compras, aos investimentos, sendo assim um subsídio seguro para uma vida e para uma boa organização familiar.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
William: Nesse aspecto reconheço que tive a oportunidade de não conciliar trabalho e estudos – o que vou ter que aprender a partir da nomeação, rsrs -, visto que eu me dediquei integralmente ao mundo dos concursos desde o término do meu Ensino médio (final de 2015)
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
William: Já prestei alguns concursos estaduais e fui aprovado, mas com pouquíssimas vagas para nomeação, como o CRM-ES, que fiquei em 11º lugar no cargo de Auxiliar Administrativo, no CREFITO-ES, em 10º lugar no cargo de Auxiliar Administrativo, sempre no Cadastro de reserva, pois ambos tiveram, se não me engano, 3 vagas imediatas e lista de Cadastro de Reserva.
Fui aprovado também na PM-ES (que fiquei em 50º lugar para o cargo de Oficial), CBM-ES (em 2º lugar para o cargo de Soldado) e PC-ES (em 25º para o cargo de Perícia Médica). Esse último concurso ainda está em andamento.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
William: Essa parte é legal, principalmente porque converge aos vários depoimentos que já li e vi aqui no Estratégia Concursos. Foi de alívio. Essa é a palavra que descreve a exata sensação. Ver que todo o sacrifício até o momento está valendo apena e que realmente não existe fórmula mágica para passar em concurso, ou as chamadas “apenas cartas marcadas passam”, que as pessoas geralmente pintam no quadro quando abordado a temática Concursos Públicos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
William: Sempre adotei a postura radical. Saindo muito pouco com os amigos, familiares, o que às vezes fez e faz muita falta, mas ainda sim é uma abdicação racional, que está e estará resultando em grandes conquistas.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
William: Sou solteiro, moro com meus pais, minha família me apoia demais a estudar para concursos. Meus pais me possibilitam a estudar com o que eu preciso para ser aprovado, me subsidiando nos meus gastos com materiais, com tudo. Fico muito feliz em tê-los ao meu lado nessa jornada tão árdua e saber que ainda continuarão me acompanhando nos próximos concursos.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
William: Fazer concurso é sempre bom para o Concurseiro, a fim de manter o treino emocional na hora da prova em dia – isso conta muito como experiências em provas futuras -, mas desde que as matérias sejam correlatas, ou numa margem bem pequena de divergência com o edital do seu foco. Isso aprendi na dor, porque inicialmente meu foco foi no cargo de Agente Administrativo da Polícia Federal, depois nas carreiras de Tribunal Eleitoral, posteriormente na área bancária e aí começaram a surgir os boatos de sair o MPU (que foi quando comecei a repensar esse pula num galho e pula noutro), mas demorou demais a sair e no meio do caminho apareceu o concurso da PM-ES e CBM-ES, que consegui lograr êxito. Após essas duas provas fiz o concurso do MPU – que ainda estou esperando o resultado final do concurso – e aí eu decidi comigo mesmo a estudar com foco apenas para a área administrativa, com ênfase na área dos tribunais do trabalho – especificamente o TRT-17 (ES) -, migrando no máximo para algum concurso muito parecido quanto às matérias estudadas nesse tribunal.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
William: Estudei por volta de 2 meses e meio, mas já tinha uma boa bagagem de português e informática de outros concursos, o que me poupou muito tempo de estudo, mas as demais foram todas no pós-edital.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
William: Meu tempo de estudo praticamente foi sem edital na praça. Esse foi um dos motivos de eu ter migrado para tantos outros concursos, pois o que eu queria nunca saia e batia aquele sentimento de que talvez eu tivesse seguido a área errada de estudo (visto tanta demora), o que sugiro aos leitores desse depoimento, inclusive, a estudar muito bem as tendências dos concursos naquele ano em que estiver estudando (ainda não conhecia a “Semana dos Concursos Públicos” que o Estratégia faz todo início de ano – recomendo) para não cometer o mesmo erro que cometi nas diversas migrações de uma área para a outra.
Quanto à motivação eu sempre via vídeos de aprovados, escutava músicas que me imaginava escutando na hora da posse – pois é, Concurseiro tem esse tipo de coisa – e sempre com pensamento positivo de que dará certo, pois eu estava me dedicando e agora era questão de tempo e maturidade no mundo dos concursos.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
William: Inicialmente eu tinha estudado com um outro curso preparatório aqui do estado, mas um amigo meu me indicou o Estratégia Concursos, o que foi/está sendo e será crucial nas minhas aprovações. Sempre preferi os materiais escritos, em PDF, pois o meu nível de atenção fica bem mais alto – o chamado estudo ativo – e o material do Estratégia consegue ir no ponto exato em que as bancas tendem a cobrar nas questões, o que, num certo nível de profundidade, presumo eu ser apenas possível transmitir via PDF.
Já as vídeo aulas, para mim, serviram mais como um apoio em algum déficit num ponto específico que tive em alguma matéria. A única matéria que eu estudei integralmente via os dois meios (vídeos e PDF) foi Raciocínio Lógico e matemática, pois nessa parte – como posto anteriormente – eu tinha uma dificuldade de entender, mas que foi suprida com essas duas plataformas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
William: Um amigo meu me indicou o curso, pois proporcionou a ele a aprovação. Ele me mostrou seu material, o que, consequentemente, me fez resolver a investir nos materiais do Estratégia.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
William: Nesse concurso, em especial, eu testei algumas formas que eu sabia que dava certo, mas que ainda não havia testado. Anteriormente eu utilizava aquele método de resumos escritos, com o ciclo de estudos incluindo várias matérias ao mesmo tempo, 3 por dia, e revisões periódicas. Dessa vez eu utilizei apenas grifos (nos materiais de leitura), retirando os diversos resumos escritos, que me demandavam muito tempo e raramente eu voltava para lê-los; mantive os ciclos de estudo com três matérias por dia, pois me sentia menos fadigado mentalmente ao circular por três, quatro matérias por dia; também fiz a resolução de diversas questões, pois me indicava o que a banca mais gostava de cobrar, quais eram as tendências dessa; e um caderno de erro, para ter anotado os pontos que estava tendo dificuldade e, assim, melhorar nesses. Também utilizei auto explicações via áudio para escutar e memorizar mais rapidamente alguns pontos chaves da matéria de legislação interna, por exemplo, prazos, sanções, etc. Eu conseguia me dedicar por volta de 9 horas diárias, sendo líquidas umas 7 horas e 30 minutos em média, tendo que conciliar com o treino para o TAF, que me demandava mais 2 horas por dia além dos estudos teóricos e resolução de exercícios.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
William: Raciocínio Lógico e Matemática, sem dúvida. Eu superei essa dificuldade com um livro, pelo incrível que pareça, chamado: “Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso”, pois ele ataca justamente o entrave que várias pessoas possuem nas suas vidas, seja no âmbito acadêmico, relacional, esportivo e, no meu caso e nos que estão no mundo dos concursos, nas disciplinas em geral.
Comecei a colocar a matéria de RLM e Matemática como a primeira matéria para eu não ter desculpa de não a praticar, bem como encher o fórum de dúvidas de questões dos meus eventuais questionamentos e dúvidas acerca de um assunto, o que foi crucial no meu entendimento da matéria – e parabenizo os professores pela velocidade e qualidade das respostas, (eles devem dormir na frente do computador).
Uma observação aos leitores que também possuem dificuldade em alguma matéria específica: pessoal, não se deixem abater por “ah, a minha pergunta deve ser boba”, pois eu sei bem como é isso e tive que ir de encontro a esse pensamento para obter, finalmente, um bom índice de acerto em matemática. Lembrem-se de que a sua “pergunta boba” pode ser justamente a que vai cair na sua prova, condenando assim a possibilidade de você não conseguir a tão sonhada aprovação por causa de uma crença limitadora de que ou você “nunca vai aprender aquela matéria” ou “tem vergonha de expor suas dúvidas”. Lembrem-se de que não existem perguntas bobas.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
William: Minha rotina final de estudos foi bem intensa, batendo mais nas decorebas, como fórmulas matemáticas, prazos da legislação, algumas regrinhas específicas que a banca sempre cobrava em português, ou seja, as questões que davam para “prever” que iriam cair, a fim de não ter a chance de errar elas na hora da prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
William: Para as provas discursivas eu tive que fazer um treinamento intensivo, pois minha escrita nunca foi muito boa, sequer a letra. Portanto, tive que adotar uma postura de treino, fazendo em média 2 redações por dia, lendo várias notícias nos tempos de almoço, jantar, café e escutando também na hora dos treinos para o TAF.
Para as provas discursivas é muito importante ter alguém para corrigir suas provas, pois quando um segundo ou terceiro verifica seu texto ele consegue identificar erros nas pontuações, nas concordâncias verbais, nominais, regenciais, bem como na coesão e coerência do texto que você não consegue observar. Logo, aconselho ler as notícias diárias e pesquisar assuntos chaves que sempre estão em voga – Fake News, Meio Ambiente, dentre outras por exemplo -, para ter argumentos um pouco mais criativos do que aqueles que são disponibilizados pelas mídias em geral.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
William: Os erros foram tantos que não iriam caber nessa postagem, mas o principal foi o de pular de edital em edital sem correlação alguma quanto as matérias e perder tanto tempo escrevendo resumos de todas as matérias, sendo que o grifo já bastava e otimizaria muito o meu tempo.
O principal acerto foi a persistência. Ainda que as vezes viessem os pensamentos de “o que estou fazendo da minha vida”, “todos estão se divertindo e eu não”, no final das contas sempre me mantive calmo e consciente de que valeria muito apena. A persistência e a disciplina são fundamentais nessa trajetória. Como diria Charles Chaplin: “A persistência é o caminho do êxito”.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
William: O mais difícil foi aplicar o que eu aprendi com alguns especialistas em concursos públicos na internet quanto à otimização dos estudos, grifos, revisões, etc. Hoje em dia temos muita informação e acabamos não nos dando conta de que apenas as absorvemos e, na maioria das vezes, não as executamos.
Geralmente o Concurseiro demonstra falta de motivação, mas esse aspecto de dificuldade na aplicação de uma meta diária, sempre de pouquinho a pouquinho, acaba minando a motivação, o que me leva ao entender que sempre temos que estar atento a essas várias informações processadas e de fato observar se estamos as executando em vez de apenas “saber” ou “entende-las”.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
William: Minha principal motivação foi a possibilidade de mostrar para mim mesmo de que eu sou capaz de atingir o objetivo o qual me propus a enfrentar. Continuo nele, inclusive. Ver meus pais felizes, orgulhosos de mim, também contribuiu muito com a motivação diária.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
William: As mensagens que geralmente vejo aqui no Blog são muito válidas, inclusive pratiquei várias delas, mas dessa vez vou mostrar um lado um pouco diferente. Tenha calma na hora de escolher sua área de estudo – carreira tribunal, policial, magistratura, etc – e sempre tente cultivar em você mesmo, no seu interior, o motivo que está te fazendo ter que passar por essa vida de Concurseiro (que não é fácil).
Nos momentos de falta de motivação, falta de auto confiança, procure sempre ficar consigo em silêncio e lembre-se dos motivos e pelo o que você já passou, pois além disso, os professores já estão dando conta, elaborando materiais maravilhosos, com conteúdos focados naquilo que realmente cai nos certames, respondendo as perguntas no fórum de dúvidas, e a única coisa que falta agora é apenas você com você mesmo. Visualize o seu objetivo e vá até a ele o mais correto e linear possível dentro da sua rotina diária, pois não adianta pular ou ignorar etapas, você sempre vai ter que voltar nela, uma hora vai! Tenham calma e perseverança, pois a aprovação uma hora chega, não desistam!
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