Aprovado no concurso da PRF em 1º lugar no estado de Minas Gerais
“Acreditar é o primeiro passo. Todo mundo que chegou até a aprovação algum dia foi iniciante nos estudos e acreditou, seja no próprio potencial ou que o edital viria. Depois, executaram, ou melhor, estudaram. Quando o edital vier, independentemente do número de vagas, aquele que for melhor no dia da prova ficará com a vaga. Esteja pronto. ‘O final é quando você desiste’.”
Confira nossa entrevista com Heittor Moreira, aprovado no concurso da PRF em 1º lugar no estado de Minas Gerais:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Qual sua idade? De onde você é? Qual sua formação?
Heittor Moreira: Meu nome é Heittor Simões Moreira, tenho 27 anos. Sou de Ipatinga, Minas Gerais. Tenho formação em Engenharia Química pela UFVJM – Diamantina MG.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que escolheu a Polícia Rodoviária Federal?
Heittor: Eu me formei em abril de 2017 e estagiava em uma grande cervejaria. Sempre foi o que eu queria durante a faculdade. Depois que entrei nessa empresa, percebi que a iniciativa privada é um ambiente bastante competitivo e que estava me sugando bastante em todos os aspectos da minha vida. Decidi optar por um cargo público com a ideia de que seria mais tranquilo e estável para mim e minha família. A opção pela PRF foi construída com o tempo. Quando saí da iniciativa privada, o objetivo era passar em um concurso qualquer e ter uma renda. O primeiro que passei foi para a Polícia Militar de Minas Gerais, sendo que ingressei no final de 2017. Depois disso percebi que a carreira policial retornava grandes recompensas e sempre foi um trabalho bastante gratificante. Então, a opção pela PRF foi um conjunto de fatores: o gosto pela carreira policial, a importância da PRF para o Brasil, a especulação por um concurso próximo, o número de vagas, a boa remuneração.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Heittor: Antes de passar na PMMG, eu só estudava. Depois dessa primeira conquista, precisei conciliar os estudos com o trabalho. A ideia era sempre ter contato com as matérias nessa etapa da preparação. Então, nos meus dias de folga tentava o estudar o máximo que conseguia, o que não passava muito de 4 ou 5 horas por dia. Nos dias de trabalho, era realmente o que eu conseguia. Muitas vezes 1 hora de estudo, no máximo, para poder descansar do turno anterior e estar em condições para o próximo. Outras vezes, conseguia um pouco mais de contato com as matérias, 2 ou 3 horas. De toda forma, o objetivo era ver alguma coisa de alguma matéria durante alguma parte do dia, seja através dos resumos, exercícios, simulados.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Na PRF ficou em qual colocação?
Heittor: Fui aprovado na Polícia Militar de Minas Gerais e na PRF. Nesse da PRF, fui o 01 de MG.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Heittor: Foi durante um turno de serviço. Com os gabaritos extraoficiais imaginava que teria a redação corrigida. Então, nesse momento, foi uma sensação de alívio, de dever cumprido. Mas quando percebi que tinha a maior pontuação, foi uma sensação de bastante surpresa, na verdade conferi algumas vezes e mandei para o meu irmão conferir. Achei que estava olhando errado.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Heittor: Tinha uma vida normal. Abdicava de alguns momentos para conseguir atingir os objetivos diários. O objetivo sempre era esse: executar o planejamento feito no dia anterior. Com o objetivo alcançado, não deixava de assistir a um filme ou sair, até porque quando ultrapassava o meu limite de 4 ou 5 horas por dia geralmente o próximo dia era muito ruim.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Heittor: Sou noivo e ainda moro com minha família. Todos entenderam e apoiaram. Todos chegaram à conclusão de que o benefício seria grande, dando tudo certo. Enquanto não trabalhava, o apoio foi em tudo, inclusive financeiro. Depois que passei na PMMG, o apoio continuou, muitas vezes pela reclusão natural dos estudos e abdicação de algum momento com eles quando precisava.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Heittor: Com absoluta certeza vale a pena fazer outros concursos. O caminho não precisa ser só um. Pode-se chegar até um objetivo por diversas maneiras. “Pagar a etapa” em outro concurso até chegar ao objetivo final é válido. Pra mim, até ajuda muito. Ter alguma renda ajuda a diminuir a própria pressão e da família, por exemplo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Heittor: Tinha uma base grande e boa desde a época que estudei para outros concursos, antes de entrar na PMMG, que me ajudaram bastante. Mas de maneira exclusiva para a PRF foram 7 meses, desde quando me formei na PMMG.
Estratégia: Durante a fase pré-edital, como fazia para manter a disciplina nos estudos?
Heittor: A disciplina do militarismo me ajudou bastante. Além disso, sabia que o concurso, cedo ou tarde viria. Então, no final das contas, era uma questão de acreditar que chegaria e eu precisava estar pronto e que todo dia era fundamental na preparação. Se eu não estudasse naquele dia, outras pessoas estariam estudando e ficariam com as vagas.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens de cada um?
Heittor: Utilizava videoaulas, PDF e simulados. As videoaulas entregam um conteúdo mais mastigado. Eu vim da área de exatas, não entendia nada de direito. Não sabia o que era jurisprudência, por exemplo. Foi muito importante para me ensinar o básico das matérias. Quando percebi que tinha o mínimo de conhecimento e precisava de mais detalhes para passar nas provas, acabei lidando mais com o PDF que geralmente tem conteúdos mais densos, mais detalhados. Além disso, sempre fazia exercícios e simulados. No final do dia, provas de concursos são vários exercícios de todas as matérias juntos. Então, sempre fazia exercícios e simulados para treinar isso.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Heittor: Conheci pesquisando por materiais de concurso. O pessoal sempre citava o Estratégia Concursos entre os melhores, com conteúdo mais detalhado. Então, conheci o material mais pelas aulas gratuitas no YouTube, algumas revisões de véspera e pelas aulas demo disponibilizadas no site.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concurseiro é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Heittor: O meu plano de estudos sempre partia do simulado que fazia no final de semana. A partir do resultado, eu sabia quais eram minhas principais dificuldades e alocava mais tempo de estudo em uma matéria ou outra. Percebia qual conteúdo estava na hora de revisar, por exemplo.
De maneira geral, eu estudava 2 ou 3 matérias por dia, no máximo 4 ou 5 horas por dia, passando por todas as matérias do edital ao mesmo tempo. Gostava de fazer resumos para poder estudá-los em qualquer oportunidade.
Dividia o conteúdo em parte teórica e exercícios. O conteúdo teórico era por meio de conteúdo novo ou através dos meus resumos. Depois do conteúdo teórico, tentava fazer entre 20 e 30 questões dessas matérias. Sempre foquei bastante em exercícios, raros foram os conteúdos que fiz alguma releitura da teoria.
Para me auxiliar no controle dos estudos, tinha uma planilha anotada as datas dos estudos, data da última revisão, última série de exercícios. O meu plano sempre era adaptado, de acordo com a minha necessidade e os meus resultados nos simulados.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Heittor: Português e Informática. Nunca superei as dificuldades. Eu estudava mais e fazia bastante exercício dessas matérias. No mais, torcia para ser uma prova que eu soubesse alguma coisa.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana anterior à prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Heittor: Na semana anterior pensei que poderia ter estudado mais durante os 7 meses anteriores. Imagino que seja um pensamento comum entre vários candidatos. Mas continuei estudando a minha meta diária. No dia da prova, fui com a minha família à Lagoa da Pampulha e ao Mineirão. O que tinha para ser feito, estava feito (ou não).
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Heittor: Treinar, como todas as outras etapas. Sempre fazer ou ler redações de possíveis temas. Acho importante ler ou assistir algo sobre temas que não estão relacionados com a prova, porque me ajudam a aprender, organizar ideias e argumentar.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF? E como foi essa prova?
Heittor: Não me preparei tanto antes de sair o resultado da redação. Não sabia se estaria no TAF ou não. Então, eu não me preparei tão intensamente. Depois da redação, tive que correr atrás do prejuízo.
Foi uma prova segura. Eu sabia dos índices que precisava. Fui até BH pronto para fazer o que treinava. Nada menos e nada além.
Estratégia: Como foi participar do curso de formação? Teve dificuldade em algo? Alterou sua classificação?
Heittor: Foi sensacional. Estrutura impressionante, instrutores absolutamente diferenciados. As dificuldades foram ficar longe de casa e, depois de um tempo, segurar a ansiedade para começar a trabalhar logo. Minha classificação não foi alterada.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Heittor: Estudar para mais de um concurso ao mesmo tempo. A partir do momento em que foquei em um concurso, consegui ser mais eficiente. Outro erro que tive foi tentar estudar com muitos materiais ao mesmo tempo, de diferentes fontes. Acabava não evoluindo nos conteúdos e tinha a impressão de que sempre via a mesma coisa. Acredito que o maior acerto foi aceitar que nunca fecharia uma prova ou que eu não precisava acertar todos os exercícios e saber tudo. Precisava estar nas vagas, apenas.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Heittor: Algumas vezes o pensamento de que não vai dar certo aparece. Por mais que estudasse, conseguisse boas notas nos simulados, esse pensamento vez ou outra incomoda. O importante é acreditar que vai dar certo, acreditar no plano que você traçou, na sua metodologia de estudos, no material que você comprou e seguir. Uma batalha de cada vez, um dia após o outro.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Heittor: Certamente as pessoas que me apoiaram: família, noiva, amigos. Entregar o resultado e uma vida melhor para eles sempre será a motivação.
Estratégia: Como se sente hoje empossado no cargo para o qual se esforçou bastante para alcançá-lo?
Heittor: Dever cumprido. Bastante feliz pelo plano ter sido executado e o objetivo alcançado.
Estratégia: O que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Acreditar é o primeiro passo. Todo mundo que chegou até a aprovação algum dia foi iniciante nos estudos e acreditou, seja no próprio potencial ou que o edital viria. Depois, executaram, ou melhor, estudaram. Quando o edital vier, independentemente do número de vagas, aquele que for melhor no dia da prova ficará com a vaga. Esteja pronto. “O final é quando você desiste.”
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]