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Prova de Português ISS-Teresina comentada!

Prova de Português ISS-Teresina comentada!

Olá, pessoal!! Tudo bem? Vamos comentar agora a prova de Português do concurso do ISS-Teresina, que aconteceu no último domingo (28). Preparados? Prova complexa…

A FCC trouxe um primeiro texto de nível alto e questões de interpretação bem elaboradas para alunos muito atentos. Se você sentiu grande dificuldade para resolver as 10 questões da prova, não se apavore! Saiba que não foi só você.

Muitos alunos têm me procurado pedindo auxílio pra entender algumas questões. Pensando nisso, vou deixar aqui algumas colocações sobre cada uma das 10 questões.

Respire fundo! Vamos começar!

Prova base para os comentários: Caderno de Prova ’F28’, Tipo 002

1ª texto foi base para responder às questões de números 1 a 6. (Leia no caderno de provas pela internet).

Questão 1. O texto legitima o seguinte comentário: Francis Wolff, nas linhas iniciais,
(A) ao correlacionar se não e ao menos, relativiza a amplitude segundo a qual o ato mencionado pode ser interpretado, mas não se abstém de iluminar a interdependência entre a ação das personagens e a etimologia da palavra em pauta.
(B) ao usar a expressão Todos lembram, reconhece o saber comum a ele e aos seus interlocutores, o que o exime de detalhamento da ideia expressa na frase e justifica a ausência de alguma particularização.
(C) ao mencionar Dreyfus, toma o oficial judeu acusado de traição como testemunho legítimo de que há consenso sobre o ato de nascimento da palavra “intelectual”.
(D) ao citar as listas de apoio (…) assinadas por escritores e outros, demonstra o impacto do artigo de Émile Zola na sociedade da época, ainda que a menção não seja relevante para o tema central do excerto, o nascimento da palavra “intelectual”.
(E) ao elencar os signatários das listas de apoio à iniciativa de Émile Zola, manifesta sua própria avaliação sobre as personagens ou categorias profissionais citadas, pois as apresenta em sequência decrescente de valor.

Comentário:
Analisando cada alternativa, temos:
Analisando a alternativa A, uma vez que “relativizar” significa negar o caráter absoluto de algo, podemos perceber que o termo “intelectuais” foi limitado aos dois entendimentos, como sendo a criação do grupo de pessoas que pode ser assim classificado, que é melhor demonstrado no decorrer do texto, e a origem da própria palavra. Esta opção é a correta para essa questão.
Em B, “Todos sabem” expressa a mesma ideia de nós sabemos, em que o autor se inclui na declaração, mas isso não o exime e não o eximiu de pormenorizar a ideia, como pode ser observado nas linhas subsequentes do começo do primeiro parágrafo. Mesmo sendo do conhecimento de todos, ele pormenorizou a ideia
A letra C está errada porque o autor não toma o oficial judeu como testemunho, mas um caso em que esse oficial está inserido.
A citação das listas de apoio demonstra realmente o impacto do artigo de Zola na sociedade da época, mas há erro na afirmação de que essa citação não é relevante para o restante do texto, já que ela é a causa ou a base para a criação da palavra. Assim, está errada a alternativa D.
A afirmação da letra E também não é verdadeira, já que o autor não apresenta declaração avaliativa própria a respeito das profissões e ocupações apresentadas.
Gabarito: A

Questão 2. É Maurice Barrès, antidreyfusista, que qualifica essa iniciativa, por derrisão, de “protesto dos intelectuais”, palavra nova e que se quer pejorativa, mas que é imediatamente retomada pelos interessados. Considerada a frase acima, em seu contexto, afirma-se com correção:
(A) A formulação e que se quer, em sua abrangência, sinaliza que se deve entender o desejo como inerente a todos os indivíduos envolvidos no contexto do processo Dreyfus.
(B) O que se exprime por meio de antidreyfusista, por derrisão e que se quer pejorativa remete a posicionamentos de Maurice Barrès.
(C) Por retomar “protesto dos intelectuais”, a expressão palavra nova assume traço peculiar: indica que foi considerado unidade o conjunto apresentado entre aspas.
(D) O sentido e a correção originais do trecho destacado estão mantidos com a formulação “É o antidreyfusista Maurice Barrès, que qualifica essa iniciativa por derrisão, de “protesto dos intelectuais”.
(E) Dado que tem, nessa específica frase, mera função aditiva, o nexo oracional mas pode ser substituído por “e”, sem prejuízo do sentido original.

Comentário:
Analisando cada alternativa:
A – errada – a expressão “protesto dos intelectuais” parte de “Maurice Barrès”, era dele o desejo de que tal expressão fosse tida como pejorativa, não dos indivíduos envolvidos. A generalização é que marca o erro da alternativa.
B – correta – Maurice utilizou de zombaria (significado de “derrisão” – zombeteiro) ao chamar o movimento de “protesto dos intelectuais”. O tom pejorativo marcou a sua posição “antidreyfusista”, ou seja, contrária a Dreyfus.
C – errada – a expressão “palavra nova” não considera toda o conjunto “protesto dos intelectuais”, mas apenas “intelectuais”.
D – errada – Em “É o antidreyfusista Maurice Barrès, que qualifica essa iniciativa por derrisão, de “protesto dos intelectuais””, o sentido e a correção não foram mantidos, já que, no período original, a oração “que qualifica essa iniciativa” é adjetiva restritiva, que está entre vírgulas devido à vírgula final que isola um aposto anterior a ela e à vírgula inicial que isola um adjunto adverbial posterior a ela, e, na reescrita, tal oração aparece incorretamente como explicativa.
E – errada – o termo “mas”, na referida frase, tem sentido adversativo e não aditivo, embora poderia ser substituído por “e” sem alteração de sentido, já que o “e” também pode também expressar adversidade. O erro consiste em afirmar que o “mas” é aditivo no trecho em apreço.
Gabarito: B

Questão 3. A assertiva correta sobre componentes do excerto é:
(A) (linha 10) O emprego de Assim indica que a frase final do parágrafo é de natureza conclusiva, conclusão que, por ter sido obtida por raciocínio rigoroso, o autor não admite ser atribuída a um entendimento pessoal seu.
(B) (linhas 9 e 10) A expressão em outras palavras introduz enunciado que parafraseia a acepção da palavra “intelectual” no século XX; a distinta caracterização do mesmo núcleo verbal favorece a concisão da fórmula.
(C) (linhas 9 e 11) A palavra particular está em relação de antonímia com a palavra universal, determinada pelo entendimento do autor de que os valores justiça e verdade não são aplicáveis à maioria das situações.
(D) (linha 8) A forma exercendo expressa prática finda realizada anteriormente à ação expressa por usam; no contexto, não há possibilidade de as ações serem tomadas como concomitantes.
(E) (linha 10) Na sequência transforma uma autoridade intelectual em autoridade política em nome de uma autoridade moral, os dois segmentos introduzidos pelo vocábulo em subordinam-se ao trecho destacado com idêntica função.

Comentário:
Analisando o afirmado na alternativa A, no trecho: “Assim, deve haver três condições, parece, para que haja intelectuais:”, o termo “Assim” realmente inicia ideia de conclusão, mas o termo “parece” refuta a ideia anunciada na alternativa de que “o autor não admite (a conclusão) ser atribuída a um entendimento pessoal seu.”, já que esse termo indica que ele acredita que seja conforme declarou.
Na letra B, encontramos o gabarito para essa questão, pois há realmente uma paráfrase do que é afirmado anteriormente, ou seja, o trecho anterior foi escrito com outras palavras de maneira mais concisa.
A afirmação da letra C não é verdadeira porque “universal” e “particular”, apesar de serem palavras que podem ser consideradas antônimas, nesse contexto não são, já que o termo “particular”, no trecho “usam seu prestígio adquirido nessas atividades para intervir no debate público e defender valores universais (justiça e verdade, em particular)”, refere-se apenas às palavras “justiça e verdade”. A leitura do trecho levanta para nós o entendimento de que dentre os valores universais são defendidos principalmente a justiça e a verdade.
Há inverdade na alternativa D, pois os verbos “exercendo” e “usam” expressam, no trecho: “exercendo uma atividade intelectual, usam seu prestígio adquirido”, ações realizadas de maneira concomitante, ao mesmo tempo. Além disso, “exercendo”, no gerúndio, indica ação contínua, não finda.
A afirmação da alternativa E também está incorreta porque a função dos termos introduzidos pelo “em” é diferente. Os trechos “em autoridade política” e “uma autoridade intelectual” são termos que complementam o verbo bitransitivo “transforma”. Já “em nome de uma autoridade moral” expressa a causa da transformação citada.
Gabarito: B

Questão 4. No último parágrafo do texto, a partir de uma acepção ampla, constrói-se uma acepção restrita da palavra “intelectual”. Esse estreitamento de limites é
(A) demonstrado pelo prestígio que o profissional angaria pelo cumprimento das mais variadas tarefas, sucedidas de práticas de mediação.
(B) demonstrado pelo fato de que altos funcionários são amplamente considerados intelectuais.
(C) determinado pelos profissionais intelectuais nas sociedades que requerem alto grau de especialização.
(D) decorrente do reconhecimento de que há categorias socioprofissionais que não se dedicam a atividades manuais.
(E) decorrente do entendimento de que a atividade intelectual pressupõe um talento pessoal e um distanciamento do processo utilitário.

Comentário:
A – errada – não há informação sobre mediação no texto, consta informação sobre a “distância em relação ao processo utilitário”, como se o intelectual assumisse uma posição em outro extremo diverso do de produção ou distribuição.
B – errada – esse exemplo demonstra o significado do termo de maneira ampla e não estreita.
C – errada – não consta no texto que a sociedade requeira alto grau de especialização nem é possível inferir tal afirmação.
D – errada – ATENÇÃO! A afirmação da alternativa é verdadeira, porque tal informação consta no texto, mas ela não aponta o estreitamento de limites solicitado no enunciado da questão, então, alternativa errada.
E – correta – releia o trecho: “Mas, quando se fala de intelectual (…) designam-se categorias, ou melhor, atividades distanciadas em relação ao processo utilitário (produção ou distribuição), e no qual o papel pessoal do indivíduo (seu talento, seu gênio, sua invenção) é essencial − e é dessa distância, de um lado, e dessa personalidade, de outro, que ele obtém seu prestígio.” Comprovamos a partir do trecho ser correta a afirmação da alternativa E.
Gabarito: E

Questão 5. É correto afirmar acerca do que se tem no texto:
(A) (linhas 18 e 19) A substituição de os intelectuais a que nos referimos por “os intelectuais a que nós mencionamos” mantém o sentido e a correção originais.
(B) (linha 1) Entre o segundo e o primeiro período do texto não se evidencia algum elemento que os encadeie, o que torna necessário que o leitor estabeleça a relação de sentido entre eles meramente pelo contexto.
(C) (linha 13) Na frase em que se lê Certamente em toda sociedade há profissões que, no sentido amplo, são intelectuais, um signo verbal registra a posição do autor sobre o que enuncia: considera alta a possibilidade de sua assertiva ser verdadeira.
(D) (linha 8) O sinal indicativo da crase em àqueles é o que determina que o pronome remeta a pessoas genericamente mencionadas.
(E) (linha 3) O pronome essa remete à iniciativa dos escritores, músicos, cientistas, professores e outros em assinar as listas de apoio.

Comentário:
A partir da análise de uma a uma, temos:
A – errada – a reescrita proposta está incorreta porque o verbo mencionar é transitivo direto, portanto, a preposição “a” que foi empregada antes do “que” está errada. O correto seria: os intelectuais que nós mencionamos.
B – errada – o verbo de ligação “ser” faz a ligação entre os dois períodos, uma vez que o seu sujeito é o objeto direto do verbo “lembram”, que consta no período anterior.
C – correta – o termo “Certamente” e o signo verbal que indica a posição do autor.
D – errada – a crase, nesse caso, decorre da junção da preposição a e do a inicial de um pronome demonstrativo que está determinado, ou melhor, especificado pela oração “que usam seu prestígio”, sendo assim, a afirmação de que o pronome remete a pessoas genericamente mencionadas é incorreta.
E – errada – o pronome “essa” refere-se à iniciativa de Émile Zola, que foi apoiada pelos vários profissionais citados.
Gabarito: C

Questão 6. Palavras ou locuções do texto motivaram a escrita das frases abaixo, que devem, entretanto, ser consideradas independentes dele. A redação que está clara e correta, segundo a norma-padrão da língua, é:
(A) O incentivo aos jogadores foi deste teor: independentemente se o time participar ou não da final, já terá feito uma grande campanha, dado, como amplamente noticiado, sua situação financeira precária.
(B) No momento mais crucial do debate, todos os representantes setoriais, se não o senhor, propugnaram pelo adiamento da votação, por isso venho agradecê-lo a coragem de não endossar opiniões duvidosas.
(C) Aqueles que intervém de modo imprudente em processos cujos resultados poderão prejudicar a cidadania devem merecer repúdio, mesmo que não venha a ocorrer situações similares em que possam estar envolvidos.
(D) As observações do assessor jurídico, feitas ontem, torna eminente a decisão do coordenador por receber ou não, os projetos extemporâneos, pois somente a ele cabe ter a última palavra em litígio de natureza acadêmica.
(E) As análises da derradeira escritura contrapuseram de tal forma as partes envolvidas, que não havia quem mediasse o conflito, ainda que os funcionários do cartório dissessem que questões como essa soem acontecer.

Comentário:
Copiando cada alternativa e destacando o(s) erro(s) em cada uma, temos:
A – O incentivo aos jogadores foi deste teor: independentemente se o time participar ou não da final, já terá feito uma grande campanha, dado, como amplamente noticiado, sua situação financeira precária. – O correto seria: independentemente de.
B – No momento mais crucial do debate, todos os representantes setoriais, se não o senhor, propugnaram pelo adiamento da votação, por isso venho agradecê-lo a coragem de não endossar opiniões duvidosas. – O correto seria: senão o senhor, que significa exceto o senhor.
(C) Aqueles que intervém de modo imprudente em processos cujos resultados poderão prejudicar a cidadania devem merecer repúdio, mesmo que não venha a ocorrer situações similares em que possam estar envolvidos. – O correto seria: intervêm e venham, concordando com os respectivos sujeitos “Aqueles” e “situações”.
(D) As observações do assessor jurídico, feitas ontem, torna eminente a decisão do coordenador por receber ou não, os projetos extemporâneos, pois somente a ele cabe ter a última palavra em litígio de natureza acadêmica. – O correto seria (As observações) tornam eminentes.
(E) As análises da derradeira escritura contrapuseram de tal forma as partes envolvidas, que não havia quem mediasse o conflito, ainda que os funcionários do cartório dissessem que questões como essa soem acontecer. – Correta.
Gabarito: E

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões de números 7 a 9.

Era lugar relativamente ermo, o que não impedia sonhos e esperança sempre vivos. Os que iam e vinham, principalmente da cidade a um espichar de olhos, eram mensageiros do que alimentava a alma. Deles chegou a notícia: um empresário, com ganância por ali, vinha contratar quem quisesse fazer parte do futuro negócio. Fazer parte é um modo de dizer. Ninguém tinha nada a barganhar além da força de trabalho. E ele sabia, porque procurava gente nova. O anúncio colado na farmácia, no posto de saúde, no poste:
Você, jovem, que quer fazer o progresso de sua região e também ter um trabalho rendoso, venha participar do encontro em que essa oportunidade será oferecida a você.
Dia 10 de junho, às treze horas, no coreto da praça.
O dia chegou. O agrupamento não era grande, tudo ali era pequeno. Mas eles se apresentaram, com rosto ansioso. Mesmo jovens, enfrentaram aquela gente de fora com a bravura que o desconhecido exige. E atentos acompanhavam o desfiar de promessas tão tentadoras, que não dava nem pra acreditar. A fala do empresário ecoava: “Reconheço em vocês os mesmos anseios que já tive um dia. Prometo pessoalmente me empenhar para que cada um de seus desejos se torne realidade”.
(CATANZARO, Maria Betina, inédito)

Questão 7. Afirma-se com correção sobre o que se tem no fragmento acima:
(A) Em um empresário, com ganância por ali, vinha selecionar quem quisesse fazer parte do futuro negócio, associam-se um fato consumado e um fato incerto, a ser possivelmente realizado no futuro.
(B) As formas verbais pretéritas, como Era, impedia, alimentava, chegou, constroem o painel do lugar relativamente ermo identificado por situações habituais, sem que acontecimento algum quebre o costumeiro.
(C) Infere-se do excerto que os jovens que atenderam ao anúncio não se renderiam às promessas feitas na praça, visto que diziam que não dava nem pra acreditar no que ali se ouvia.
(D) Em Mesmo jovens, enfrentaram aquela gente de fora com a bravura que o desconhecido exige, a palavra destacada indica a presença de um pressuposto.
(E) Transpondo a primeira frase do discurso direto para o indireto, em redação iniciada por “O empresário proclamava”, obtém-se “que reconhecia nos jovens os mesmos anseios que já tinha um dia”.

Comentário:
A – errada – as ideias expressas pelos verbos “vinha” e “quisesse” são, respectivamente, de ação continuada no passado (pretérito imperfeito do indicativo) e de ação hipotética (pretérito imperfeito do subjuntivo).
B – errada – as ações que podemos identificar no texto são provenientes de sujeitos motivados, sonhadores e bravos diante do novo. O que torna incorreta a afirmação de que o local descrito no texto é rotineiro, sem nada novo.
C – errada – o trecho: “Mas eles se apresentaram, com rosto ansioso. Mesmo jovens, enfrentaram aquela gente de fora com a bravura que o desconhecido exige. E atentos acompanhavam o desfiar de promessas tão tentadoras, que não dava nem pra acreditar.” demonstra-nos que essa afirmação está incorreta.
D – correta – o termo “Mesmo” indica que se pressupunha que por serem jovens, iriam ter medo do desconhecido.
E – errada – a construção “O empresário proclamava que reconhecia nos jovens os mesmos anseios que já tinha um dia.” não configura discurso direto e sim indireto.
Gabarito: D

Questão 8. O agrupamento não era grande, tudo ali era pequeno. Mas eles se apresentaram, com rosto ansioso. A alternativa em que a redação, transformando os dois períodos acima num só, mantém o sentido, a clareza e a correção originais é:
(A) Tudo ali era pequeno, portanto o agrupamento não era grande, quando eles se apresentaram, com rosto ansioso.
(B) Todavia eles se apresentaram, com rosto ansioso, sendo o agrupamento não grande e tudo ali pequeno.
(C) Nem que o agrupamento não fosse grande e então tudo ali era pequeno, eles se apresentaram, com rosto ansioso.
(D) Como o agrupamento não fosse grande e tudo ali fosse pequeno, eles se apresentaram, todavia com rosto ansioso.
(E) Ainda que o agrupamento não fosse grande, pois tudo ali era pequeno, eles se apresentaram, com rosto ansioso.

Comentário:
Trecho original: “O agrupamento não era grande, tudo ali era pequeno. Mas eles se apresentaram, com rosto ansioso.”
Copiando as reescritas e destacando o erro em cada uma delas, temos:
A – errada – Tudo ali era pequeno, portanto o agrupamento não era grande, quando eles se apresentaram, com rosto ansioso. – a conjunção “portanto” expressa ideia de conclusão, diferentemente da ideia de ideia de oposição expressa pela conjunção “Mas”. A conjunção “quando” introduz ideia de tempo que não está presente no original.
B – errada – Todavia eles se apresentaram, com rosto ansioso, sendo o agrupamento não grande e tudo ali pequeno. – iniciar o período com a conjunção “todavia” fez o significado original ficar perdido.
C – errada – Nem que o agrupamento não fosse grande e então tudo ali era pequeno, eles se apresentaram, com rosto ansioso. – essa reescrita está bastante incoerente.
D – errada – Como o agrupamento não fosse grande e tudo ali fosse pequeno, eles se apresentaram, todavia com rosto ansioso. – percebemos uma ideia de causa em relação à oração “eles se apresentaram” por conta do uso do “como”, no início do período; há também uma conjunção indicando adversidade na última oração. O emprego das conjunções nessa reescrita modifica o sentido original do período.
E – correta – Ainda que o agrupamento não fosse grande, pois tudo ali era pequeno, eles se apresentaram, com rosto ansioso. – a conjunção “Ainda que” expressa uma concessão reforçando a ideia original de que a apresentação aconteceu ainda que com público pequeno.
Gabarito: E

Questão 9. Fazer parte constitui um específico uso de “fazer”, verbo que, em outros contextos, pode assumir distintas funções e acepções. Empregado como “verbo vicário”, faz as vezes de outro, como se exemplifica em:
(A) Tentarei hoje mesmo fazê-lo ver a questão sob ponto de vista menos rígido.
(B) Foi ele quem fez uma bela mesa de madeira maciça.
(C) O mediador poderia ter evitado a discussão, mas não o fez.
(D) Fizeram frente à situação adversa com coragem e elegância, o que nos comoveu.
(E) O discurso foi bastante positivo, pois o orador o fez de modo acalorado e consistente.

Comentário:
O verbo empregado como “verbo vicário” tem a função de substituir outro para que ele não seja repetido. Essa substituição ocorre na letra C, em que o verbo “fez” substitui o verbo “evitou”.
Nas demais alternativas, temos:
A – “fazê-lo ver” é uma locução verbal em que o verbo fazer é o auxiliar, estando, portanto, em seu sentido original.
B – “fez” está em seu sentido original também.
D – “Fizeram frente” é uma expressão da língua portuguesa que significa encarar, enfrentar, afrontar.
E – “fez” também está em seu sentido original.
Gabarito: C

Questão10. A frase que está clara e correta, segundo a norma-padrão da língua, é:
(A) Encaminhou a ambas as secretárias os documentos a serem expedidos; uma delas tratou de envelopá-los, a outra, de revisar os destinados a entidades beneficentes e garantir que o prazo de envio não expirasse.
(B) É previsível que, na discussão de problema de tal complexidade, deve haver opiniões frontalmente antagônicas, mas nada impede que exista, como todos desejamos, pontos de vista que se harmonizam.
(C) Dirigindo-se à ela, à mulher que o criara, agradeceu tudo que dela havia recebido, inclusive a possibilidade de reconhecer-lhe a generosidade e o apoio quando dos revés do destino.
(D) Qualquer que, na excitação dos debates, tenham sido os mal-entendidos, não se pode dizer que houve quem pecassem no sentido de ofender pessoalmente quem quer que seja, o que já é um grande avanço.
(E) Era seu intúito articular ações de erradicação da mendigância, para o quê contava com a idoneidade dos colaboradores e sobretudo, com a discrição que elas deveriam merecer.

Comentário:
Novamente copiando o texto das alternativas e destacando o que há de erro nelas, temos:
A – Correta – Encaminhou a ambas as secretárias os documentos a serem expedidos; uma delas tratou de envelopá-los, a outra, de revisar os destinados a entidades beneficentes e garantir que o prazo de envio não expirasse.
B – errada – É previsível que, na discussão de problema de tal complexidade, deve haver opiniões frontalmente antagônicas, mas nada impede que exista, como todos desejamos, pontos de vista que se harmonizam. – a conjunção ‘que’ exige concordância do verbo. No caso, o correto seria: É previsível que (…) deva.
C – errada – Dirigindo-se à ela, à mulher que o criara, agradeceu tudo que dela havia recebido, inclusive a possibilidade de reconhecer-lhe a generosidade e o apoio quando dos revés do destino. – não ocorre crase diante de pronome pessoal; o correto seria reveses devido ao determinante “dos”.
D – errada – Qualquer que, na excitação dos debates, tenham sido os mal-entendidos, não se pode dizer que houve quem pecassem no sentido de ofender pessoalmente quem quer que seja, o que já é um grande avanço. – o termo correto é quaisquer para concordar com “mal-entendidos”, o verbo “pecar” deve permanecer no singular para concordar com o seu sujeito “quem”.
E – errada – Era seu intúito articular ações de erradicação da mendigância, para o quê contava com a idoneidade dos colaboradores e sobretudo, com a discrição que elas deveriam merecer. – as palavras em destaque estão grafadas de maneira incorreta, sendo, respectivamente, intuito e mendicância suas formas corretas. Além disso, há uma vírgula depois de “sobretudo” que foi empregada incorretamente, ela deve ser retirada ou pode-se, em lugar disso, colocar outra vírgula antes da palavra, ficando: dos colaboradores e, sobretudo, com a discrição…
Gabarito: A

Vou ficando por aqui!

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Rafaela Freitas.

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Veja os comentários
  • Na questão 6, na alternativa "a", não deveria ser dada ao invés de dado? E na "d", não deveria ser iminentes, ao invés de eminentes?
    Claudio em 05/09/16 às 14:52
  • Professora , comente a prova da FUNAI realizada no ultimo domingo,recursos até hoje
    Sheldon em 31/08/16 às 14:23