Artigo

MPOG: Prova Comentada de Língua Portuguesa

Olá, pessoal!

Hoje comentarei a prova de Analista em Tecnologia da Informação, do MPOG, exame aplicado no último domingo.

As questões de Língua Portuguesa apresentaram certo grau de facilidade, sendo os tópicos trabalhados no decorrer de nosso curso preparatório no Estratégia Concursos.

Vale mencionar que não visualizei possibilidade de interpor recurso contra o gabarito preliminar e que a mesma banca (FUNRIO) organizará o próximo concurso para Analista do INSS. Portanto, fiquem atentos!


FUNRIO – 2013 – MPOG

 

 

As questões 01 a 04 tomarão por base o
seguinte texto:

 

            Uma negociação bem-sucedida se
concretiza quando duas partes com interesses distintos cedem um pouco em favor  da conquista de um objetivo comum maior. Sob
essa ótica, democratas e republicanos não têm muito a comemorar no acordo da
semana passada que tentou pôr em ordem as contas do governo. É verdade que o
presidente eleito Barack Obama conseguiu afastar o risco imediato do “abismo
fiscal” cavado por anos a fio de gastos acima das receitas. Os dois lados
conseguiram evitar que aumentos abrangentes de impostos entrassem em vigor
imediatamente, o que poria em perigo a retomada ainda titubeante da economia
americana. Obama e a oposição concordaram em não punir mais a classe média, por
enquanto. O imposto de renda será reajustado apenas para o 1% mais rico da
população.

 

(Revista Veja, edição
2.303, ano 46, nº 4, 09 de janeiro de 2013.)

 

 

Questão 01

Sobre a identificação de encontros
consonantais, encontros vocálicos e dígrafos é CORRETO afirmar que:

 

 

A)
há dígrafo nas seguintes palavras: distintos, presidente e imposto.

B)
há ditongo nas seguintes palavras: quando, duas e oposição.

C)
há hiato nas seguintes palavras: negociação, muito e imediato.

D)
há encontro consonantal nas seguintes palavras: conquista, objetivo e aumentos.

E)
há tritongo nas seguintes palavras: imediatamente, titubeante e população.

 

 

Comentário:
A assertiva (A), resposta da questão, pegou muitos candidatos. Nessa opção,
todas as palavras contêm dígrafos vocálicos nas sílabas destacadas: distintos – encontros – imposto.

            Nas demais opções:

 

b)
apenas a palavra oposição contém
ditongo. Em quando, há dígrafo, e em duas, ocorre hiato.

c)
a palavra muito apresenta ditongo.

d)
o vocábulo aumentos não contém encontro
consonantal, mas sim um ditongo e um dígrafo vocálico, respectivamente: aumentos.

e)
não há tritongo em qualquer dos vocábulos.

 

Gabarito: A.

 

 

Questão 02

Observando-se os morfemas que
estruturam as formas verbais CONSEGUIU e CONSEGUIRAM, pode-se afirmar que:

 

 

A)
ambas estão no pretérito mais-que-perfeito e têm vogal temática I.

B)
ambas estão no pretérito perfeito e têm o radical CONSEG.

C)
ambas estão no pretérito perfeito e têm vogal temática I.

D)
apenas a primeira está no pretérito perfeito, mas ambas têm o radical CONSEG.

E)
apenas a segunda está no pretérito mais-que-perfeito, mas ambas têm o radical
CONSEG.

 

 

Comentário:
Inicialmente, cabe mencionar que o radical do verbo regular é obtido ao extrair
as terminações -AR (1ª conjugação), -ER (2ª conjugação) e -IR (3ª conjugação).
É nesta última conjugação em que se encaixa o verbo conseguir. Então, extraindo a terminação -IR, temos o radical consegu- . Opa! Então, já eliminamos as opções (B), (D) e (E). Restam-nos (A) e (C).

            Outro ponto importante é o tema
verbal, obtido a partir da junção entre radical e vogal temática. Para o verbo
em apreço, a vogal temática é -i,
designando a terceira conjugação verbal. Assim, podemos afirmar que,
considerando o contexto, as formas conseguiu
e conseguiram estão conjugadas no
pretérito perfeito do indicativo e têm a vogal temática -i, validando a assertiva (C) como resposta da questão.

 

Gabarito: C.

 

 

Questão 03

O texto da revista Veja é predominantemente informativo, mas os dois primeiros
períodos são:

 

 

A)
narrativo-expositivos.

B)
narrativo-dissertativos.

C)
descritivo-argumentativos.

D)
dissertativo-argumentativos.

E)
descritivo-expositivos.

 

 

Comentário: Dificilmente encontraremos um texto que apresente
características exclusivamente narrativas, descritivas, injuntivas ou
dissertativas (expositivas ou argumentativas). Em provas, é frequente a
combinação de características inerentes a esses tipos de textos em uma só
superfície textual, mas, normalmente, há a predominância de uma dessas formas.
Assim, devemos dizer que O texto é predominantemente
narrativo, descritivo, injuntivo ou dissertativo (expositivo ou argumentativo).
Como exemplo, posso citar para vocês um trecho de A cartomante, de Machado de Assis:

 

 

            Veio uma mulher
(narração); era a cartomante (descrição). Camilo disse que ia consultá-la,
ela fê-lo entrar. Dali subiram ao sótão, por uma escada
(narração) ainda
pior que a primeira e mais escura. Em cima, havia uma salinha, mal alumiada por
uma janela, que dava para os telhados do fundo. Velhos trastes, paredes
sombrias, um ar de pobreza, que antes aumentava do que destruía o prestígio
(descrição).

            A
cartomante fê-lo sentar diante da mesa, e sentou-se do lado oposto
,
(narração) com as costas para a janela, de maneira que a pouca luz de fora
batia em cheio no rosto de Camilo (descrição). Abriu uma gaveta e tirou um baralho
de cartas
(narração) compridas e enxovalhadas (descrição). Enquanto as
baralhava, rapidamente, olhava para ele, não de rosto, mas por baixo dos olhos

(narração). Era uma mulher de quarenta anos, italiana, morena e magra, com
grandes olhos sonsos e agudos (descrição). Voltou três cartas sobre a mesa,
e disse-lhe
(narração):

 

(…)

 

(A cartomante. Machado
de Assis)

 

 

            Embora contenha excertos descritivos, o texto acima é predominantemente
narrativo
, pois apresenta sequência de fatos, uma ordem cronológica dos
acontecimentos.

 

 

            Feita a explanação inicial, voltemos à questão da prova.
Para a FUNRIO, texto informativo é equivalente à tipologia textual
dissertativo-expositiva. Nessa modalidade de texto, o autor apenas explica as
ideias, sem preocupar-se em convencer os leitores, tendo por objetivo apenas
informar, apresentar, definir ou explicar o fato aos interlocutores. Dito de
outra forma, o autor apenas explana ou explica uma temática de maneira
denotativa, procurando esclarecer o leitor acerca de determinado assunto.

            Tal como ocorre com outras tipologias textuais, esse tipo
de texto apresenta a estrutura canônica (introdução, desenvolvimento e
conclusão), sendo utilizado na imprensa, em livros didáticos, em enciclopédias,
em biografias e em revistas de divulgação técnica e científica.

            Com relação ao texto da revista Veja, os primeiros períodos apresentam características descritivas,
porque descrevem características acerca da negociação (bem-sucedida e distintos),
e expositivas, tendo em vista a apresentação de informações acerca do objeto do
texto, qual seja, o acordo entre democratas e republicanos. Portanto, o
gabarito da questão é a assertiva (E).

 

 

Gabarito: E.

 

 

Questão 04

Qual o papel textual da expressão por enquanto no trecho que informa que Obama e a oposição concordaram em não punir
mais a classe média, por enquanto
?

 

 

A)
Evitar que o advérbio MAIS fosse entendido como um intensificador do verbo
PUNIR.

B)
Evitar que o advérbio MAIS fosse entendido como um indicador temporal do verbo
PUNIR.

C)
Enfatizar a ideia de intensificação do advérbio MAIS em relação ao verbo
CONCORDAR.

D)
Enfatizar a ideia de identificação temporal do advérbio MAIS em relação ao
verbo CONCORDAR.

E)
Reforçar a ideia de intensificação temporal do advérbio MAIS em relação aos
verbos PUNIR e CONCORDAR.

 

 

Comentário:
Inicialmente, vamos transcrever o trecho a que a banca aludiu:

 

 

(…). Os dois lados conseguiram evitar
que aumentos abrangentes de impostos entrassem em vigor imediatamente, o que
poria em perigo a retomada ainda titubeante da economia americana. Obama e a oposição concordaram em não punir
mais a classe média, por enquanto
. O imposto de renda será reajustado
apenas para o 1% mais rico da população.

 

 

            Caso a expressão por enquanto não constasse do excerto
destacado acima, o advérbio mais
modificaria o sentido do verbo punir,
exprimindo valor temporal:

 

(…). Os dois lados conseguiram evitar
que aumentos abrangentes de impostos entrassem em vigor imediatamente, o que
poria em perigo a retomada ainda titubeante da economia americana. Obama e a oposição concordaram em não punir
mais a classe média
. O imposto de renda será reajustado apenas para o 1%
mais rico da população.

 

 

            Com a inserção da expressão por enquanto, contudo, o matiz semântico
de tempo passa a ser indicado por esse termo, validando a opção (B) como resposta da questão.

 

 

Gabarito: B.

 

 

 

 

As questões 05 a 08 tomarão por base o
seguinte parágrafo, extraído da crônica “Percebes?”, de Caetano Veloso:

 

            Diante da TV, assistindo a um filme
português no Canal Brasil, me deparei com uma experiência que já conhecia de
antes mas que pensei que tivesse esquecido. O filme era falado em português
europeu e estava legendado em português brasileiro. Foi vendo uma obra de
Manuel de Oliveira no cinema que eu tinha passado pela mesma situação.
Revivendo-a ao assistir televisão, pensei com mais convencimento que, dado o
fato de os brasileiros em geral terem dificuldade de entender a fala lusitana,
deve ser aceitável que filmes portugueses passem com legendas no Brasil.

 

(O Globo, 05 de maio
de 2013.)

 

 

Questão 05

O autor empregou o verbo ASSISTIR duas
vezes. Na primeira vez, com a preposição A; na segunda vez, sem preposição.
Essa mudança de regência tem como motivo:

 

 

A)
a diferença de significado desse verbo nos dois trechos.

B)
a influência da língua oral, que costuma omitir a preposição pedida por esse
verbo.

C)
a expressividade que o escritor pretendeu atribuir a esse verbo.

D)
a intenção de não repetir uma preposição que já havia sido empregada anteriormente.

E)
a necessidade de utilizar uma linguagem simples e direta para o leitor.

 

Comentário:
A questão exigiu dos candidatos o conhecimento da regência verbal. E adivinhem
qual foi o verbo apresentado pela banca? Ganha um chocolate quem acertar (rs…)!
Foi o clássico verbo assistir, sempre
presente em provas de concursos.

            Primeiramente, é preciso ter a noção
de que o verbo assistir, no contexto
em que está inserido, foi empregado na acepção de ver, observar, presenciar.
Com essa significação, a transitividade é indireta, regendo o emprego da
preposição a, tal como ocorreu no
trecho assistindo a um filme português…
.

            Em segundo plano, vale mencionar que, na linguagem
coloquial (falada)
brasileira, o
verbo assistir constrói-se, em tal
acepção [ver, observar, presenciar], de preferência com objeto direto (assistir
o jogo, um filme), e escritores modernos têm dado acolhida à regência
gramaticalmente condenada
. (Celso Cunha & Lindley Cintra, Nova
Gramática do Português Contemporâneo
, pág. 534)

 

 

Exemplo: Trata-se de um filme que eu assistia.
(Clarice Lispector)

 

 

            Logo, percebe-se que há influência da língua oral no
trecho Revivendo-a ao assistir televisão, omitindo a
preposição a.

 

 

Gabarito: B.

 

 

 

Questão 06

O trecho O filme era falado em português europeu e estava legendado em português
brasileiro
está redigido:

 

 

A)
em ordem direta nas duas orações.

B)
em ordem direta apenas na primeira oração.

C)
em ordem direta apenas na segunda oração.

D)
em ordem inversa nas duas orações.

E)
em ordem mista nas duas orações.

 

Comentário:
Ao ler o enunciado, alguém pode ter perguntado: Professor, o que é ordem
direta? Pessoal, a sentença estará na ordem direta quando estiver disposta na progressão
sujeito
– verbo – complemento(s)
. Essa estruturação ocorre nas orações O filme era falado em português europeu
e (O filme) estava legendado em português
brasileiro
. Logo, a letra (A) é a resposta da questão.

 

 

Gabarito: A.

 

 

Questão 07

A partir dos dados oferecidos pelo
texto, é possível concluir que Caetano admite que filmes portugueses sejam
legendados no Brasil, já que na opinião dele os brasileiros:

 

 

A)
não temos o hábito de ver filmes portugueses no cinema ou na televisão.

B)
desconhecemos o significado de muitas palavras da linguagem lusitana.

C)
estranhamos a sintaxe e a ortografia praticadas em Portugal.

D)
não estamos acostumados com a pronúncia dos portugueses.

E)
precisamos assumir nossa língua como diferente da portuguesa.

 

 

Comentário:
A língua portuguesa falada no Brasil apresenta algumas diferenças em relação à
língua falada em
Portugal. Como
exemplo, podemos citar, entre outras
distinções:

 


o vocabulário: sorvete (no Brasil) e gelado (em Portugal); celular (no Brasil) e telemóvel (em Portugal); banheiro (no Brasil) e casa de banho (em Portugal).

 


a sintaxe:

 

            i. colocação do pronome oblíquo em
início de frase – Me dá aquele livro
(na linguagem coloquial do Brasil) e Dá-me
aquele livro
(em Portugal);

 

            ii. uso frequente de gerúndio, em
lugar de infinitivo precedido de preposição – Estou preparando o almoço
(no Brasil) e Estou a preparar o almoço
(em Portugal).

 

           

            De acordo com as ideias do texto, para que os brasileiros assistam
a filmes falados em português europeu, é necessário que haja legenda. Segundo o
autor, essa necessidade advém da falta de costume com a pronúncia do idioma
falado em Portugal. Na
superfície textual, esse argumento é ratificado por meio do trecho dificuldade de entender a fala lusitana.

            Portanto, a letra (D) é a resposta
da questão.

 

 

Gabarito: D.

 

 

Questão 08

No trecho “Revivendo-a ao assistir
televisão”, observa-se o uso de um pronome pessoal que tem um papel referencial
no texto, pois para entendê-lo é preciso retomar a ideia do substantivo:

 

 

A)
situação.

B)
televisão.

C)
obra.

D)
cinema.

E)
experiência.

 

 

Comentário:
Questão simples sobre referenciação textual. Sabemos que os pronomes podem
retomar palavras/expressões citadas no decorrer do texto, exercendo um
importante papel coesivo entre períodos e parágrafos. Na teia textual em
análise, a forma pronominal a, presente
no trecho Revivendo-a ao assistir
televisão
, nos remete ao vocábulo situação,
expresso no período imediatamente anterior: (…).
Foi vendo uma obra de Manuel de Oliveira no cinema que eu tinha passado pela
mesma situação. Revivendo-a (=a situação) ao assistir televisão,
pensei com mais convencimento (…).

 

 

Gabarito: A.

 

 

 

As questões 09 a 12 tomarão por base o
poema “Tema e Variações”, de Manuel Bandeira:

 

 

 

 

 

 

Sonhei ter sonhado

Que havia sonhado.

 

 

Em sonho lembrei-me

De um sonho passado:

O de ter sonhado

Que estava sonhando.

 

 

Sonhei ter sonhado…

Ter sonhado o quê?

Que havia sonhado

Estar com você. Estar?

Ter estado,

Que é tempo passado.

 

 

Um sonho presente

Um dia sonhei.

Chorei de repente,

Pois vi, despertado,

Que tinha sonhado.

 

(Poesia Completa, Rio de Janeiro: Aguilar, 1968.)

 

 

Questão 09

Na superposição das camadas de sonhos
de que fala a primeira estrofe do texto, pode-se identificar:

 

 

A)
um sonho principal e dois sonhos subordinados simultaneamente ao principal.

B)
um sonho principal, um sonho secundário e um sonho terciário.

C)
três sonhos interdependentes desprovidos de hierarquia.

D)
dois sonhos secundários e um sonho imaginário.

E)
dois sonhos principais e um sonho secundário.

 

 

Comentário:
Para fins didáticos, vamos transcrever a primeira estrofe.

 

Sonhei
ter sonhado

Que
havia sonhado.

 

            A partir deste componente textual,
identificamos que o poema tematiza a falta de sintonia do eu-lírico com o mundo
exterior.

            No decorrer da composição, notadamente
nos versos

 

Em
sonho lembrei-me

De
um sonho passado:

O
de ter sonhado

Que
estava sonhando.

 

 

Sonhei
ter sonhado…

Ter
sonhado o quê?

Que
havia sonhado

Estar
com você. Estar?

Ter
estado,

Que
é tempo passado.
     ,

 

 

            constata-se um trabalho de metalinguagem
sobre o sonho, associando-o ao passado e ao presente, bem como à lembrança de
uma pessoa amada. Assim, chegamos à conclusão de que a composição Tema e Variações
apresenta três sonhos superpostos: um principal, um secundário e um terciário. Logo,
a letra (B) é a resposta da questão.

 

 

Gabarito: B.

 

 

Questão 10

Sobre a estrutura sintática dos dois
períodos da última estrofe, é correto afirmar:

 

 

A)
O primeiro período é iniciado pelo objeto direto.

B)
O segundo período tem duas orações.

C)
A última oração é iniciada por um pronome relativo.

D)
O adjetivo que está entre vírgulas é um adjunto adverbial de modo.

E)
Todos os verbos dessa estrofe são impessoais.

 

 

Comentário:
Para que analisemos a estrutura da última estrofe, transcreveremos o segmento a
seguir:

 

 

Um sonho presente

Um dia sonhei.

Chorei de repente,

Pois vi, despertado,

Que tinha sonhado.

 

 

            No período Um sonho presente / Um dia sonhei , a forma verbal sonhei é transitiva direta, tendo como
complemento direto a expressão um sonho
presente
. Na ordem direta (sujeito – verbo – complemento), teríamos a
seguinte sequência:

 

 

Sonhei (VTD, com sujeito desinencial eu)
um sonho presente (objeto direto) um dia (adjunto adverbial)
.

 

 

            Portanto, a letra (A) é a resposta
da questão.   

 

 Nas demais opções:

 

b) temos três orações: (1) Chorei de repente / (2)
Pois vi, despertado, / (3) Que tinha
sonhado.

c)  a oração Que tinha sonhado é iniciada pela conjunção integrante que.

d) o adjetivo que está entre vírgulas exerce a
função de predicativo do sujeito.

e) não há qualquer verbo impessoal na última
estrofe.


Gabarito: A.

 

 

 

Questão 11

No terceiro verso, o poeta empregou
corretamente um pronome oblíquo em posição enclítica. Identifique nas frases
abaixo a única alternativa que caracteriza um desvio na colocação do pronome
oblíquo segundo as normas da língua padrão.

 

 

A)
De modo algum me deixarei enganar por suas palavras.

B)
Você sabe que sempre me dediquei ao estudo das figuras de linguagem.

C)
Pensei que eles convidariam-me para a festa de formatura.

D)
A funcionária saiu do posto de atendimento deixando-me sem saber a resposta.

E)
Só depois de muito tempo entendi o que as pessoas me queriam dizer.

 

 

Comentário:
A alternativa que apresenta erro é a letra (C). Segundo os cânones gramaticais,
a forma pronominal oblíqua me deveria
estar antes do verbo, ou seja, a colocação deveria ser proclítica em razão da
conjunção integrante que: Pensei que
eles me convidariam para a festa de formatura.

            Nas demais opções, não houve
qualquer transgressão ao padrão culto do idioma.

 

 

Gabarito: C.

 

 

Questão 12

Assinale a única substituição feita com
a expressão “estar com você” que contém erro no emprego do acento de crase.

 

 

A)
Estar à sua volta.

B)
Estar às vezes com você.

C)
Estar à disposição de você.

D)
Estar à pé com você.

E)
Estar às boas com você

 

 

Comentário:
O único desvio é encontrado na assertiva (D). No trecho Estar à pé com você, o acento grave foi empregado inadequadamente
antes do vocábulo . Palavras de gênero
masculino não admitem a anteposição do artigo definido a , o que impede a fusão com a preposição a. Logo, não ocorre o fenômeno da crase.

 

 

Gabarito: D.

 

 Sucesso a todos!

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Veja os comentários
  • muito obrigada!! ajudou demais mesmo
    sss em 19/06/20 às 09:59
  • queria saber se vcs vão comentar a prova de lingua portuguesa do mpog 2015? →os recursos só são até hj, e parece q tem algumas passiveis de recursos;
    obede em 03/09/15 às 16:16