Aprovado no concurso do TRT-15
“Nunca pensei em desistir. Mas sempre pensava que não me sagraria vitorioso. Para seguir em frente, pensei: “Darei o meu melhor. Se não vencer esta, terá sido por pouco””
Confira nossa entrevista com Wellington Ferreira do Carmo. Aprovado no concurso do Tribunal Regional do Trabalho da 15º Região (concurso de 2009):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você. Assim, nossos leitores poderão conhecê-lo melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade?
Wellington Ferreira do Carmo: Sou formado em Administração de Empresas pela UnB (Universidade Federal de Brasília) e tenho 39 anos.
Estratégia: O que levou você a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Wellington: O que me direcionou a voltar-me a concursos públicos foi a simpatia que nutro pelos órgãos públicos. E também pela estabilidade financeira.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava? Como conciliava trabalho e estudos? Ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Wellington: Antes de prestar meu primeiro concurso público (Escola Preparatória de Cadetes do Exército), eu apenas estudava. O mesmo ocorria quando prestei concurso para escriturário da CEF (Caixa Econômica Federal). Desisti da EsPCEx, porque sabia que não tinha tino para a vida militar. Fiquei apenas um ano na CEF. E prestei concurso para analista de correios, ficando em 28º lugar para 30 vagas.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Wellington:
-Inspetor de alunos da prefeitura de Roseira (SP): 3º lugar;
-Auxiliar administrativo da prefeitura de Porto Real (RJ): 1º lugar;
-Auxiliar administrativo da prefeitura de Itatiaia (RJ): 7º lugar;
– Escriturário do Banco do Brasil em 2003: 315º lugar, sendo convocado:
-Técnico bancário da CEF em 2005: 45º lugar;
-Técnico judiciário, área administrativa do TRT 15 em 2009: 52º lugar. Sendo convocado para assumir no TRF 3 por aproveitamento.
Fui convocado em todos os concursos elencados acima.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Wellington: A sensação inicial foi de descrença. Após a “ficha cair”, pairou uma sensação de dever cumprido e a autoestima se elevou.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Wellington: Durante o período de estudos, eu tinha o costume de almoçar fora aos sábados e domingos. E passeava cerca de uma hora após o almoço. Ao cabo dessa uma hora, retornava aos estudos. Mas para isso, acordava às 8h30, tomava um café caprichado e começava a estudar às 9h. Ia até o meio-dia, quando saía para almoçar.
Aos sábados e domingos, estudava cerca de 10 horas líquidas. Durante a semana, estudava das 18h às 22h.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Wellington: Não sou casado e não tenho filhos. Moro com um amigo. Minha família sempre me apoiou durante os estudos. E me deixavam a sós, em meu quarto, para dedicar-me aos estudos.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Wellington: Tenho a opinião de que o candidato deve focar em apenas uma área. E deve mudar de profissão, apenas se não for bem-sucedido na ocupação inicial. Mas isso, depende do aluno, do candidato.
Sou servidor público federal no momento. Mas miro ser analista do BACEN (Banco Central do Brasil); cujo concurso ainda se encontra em vias de ser disponibilizado.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Wellington: Estudei cerca de 6 meses, de domingo a domingo.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Wellington: Estudei para o concurso do TRT 15, 3 meses antes da liberação do edital. Baseei-me no concurso anterior. Mantinha a disciplina nos estudos, pensando em quão satisfeito eu estaria sendo servidor público federal. Como sou uma pessoa dedicada e gosto de estudar, no fundo, não me foi sofrível a dedicação.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Wellington: Para os estudos, utilizei materiais em PDF, livros e videoaulas. Cada tipo de material tem vantagens e desvantagens. Por exemplo, videoaulas têm a vantagem de serem mais viáveis, após o aluno ter uma base na disciplina, penso eu. Eu estudava, primeiramente, por livros e PDFs para então, assistir às videoaulas.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Wellington: Usualmente, eu estudava duas disciplinas por dia. E procurava estudar disciplinas que não tivessem conexão entre si. Por exemplo, em um dia, eu estudava matemática e Direito Administrativo. No dia seguinte, Direito Constitucional e Direito do Trabalho.
Eu estabelecia ciclos de estudos. Dessa forma, durante a semana, eu já teria estudado todas as disciplinas.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Wellington: Tinha um pouco de dificuldade nas disciplinas de Direito. Isso porque cursei Engenharia e fui formado em Administração de Empresas. Para superar tal dificuldade, comprei livros bem didáticos. E os estudos por meio deles, levaram-me a gabaritar as provas de Direitos Administrativo e Constitucional.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Wellington: Na semana que antecedeu a prova, busquei revisar todo o conteúdo estudado. Eu havia fechado o conteúdo programático do edital 3 semanas antes da prova.
Na véspera da prova, um sábado, fui a um shopping com uma amiga para passear e jantar.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Wellington: Meu maior erro foi estudar por um livro ineficiente de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Pois isso, levou-me a errar 2 questões de Direito do Trabalho e 1 de Processo do Trabalho.
Meu maior acerto foi dedicar-me intensamente, com foco e de domingo a domingo.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Wellington: Nunca pensei em desistir. Mas sempre pensava que não me sagraria vitorioso. Para seguir em frente, pensei: “Darei o meu melhor. Se não vencer esta, terá sido por pouco”.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Wellington: Minha principal motivação foi o fato de poder ter uma vida financeira estável. E um cargo que me deixasse feliz, satisfeito.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Wellington: Aconselho que quem é “marinheiro de primeira viagem”, comece os estudos pelo básico. E se aprofunde aos poucos, sem pressa. Com a continuidade dos estudos, o candidato adquirirá traquejo.
É importante que o candidato resolva dezenas de provas anteriores. Em especial, priorizando avaliações da banca organizadora que enfrentará (caso saiba qual será a banca de seu concurso). Caso a banca não seja conhecida, é adequado resolver provas das principais bancas. Tais como CESPE (minha banca preferida), FCC, ESAF, CESGRANRIO e FGV.
Estratégia: Obrigada, Wellington pela entrevista! E, mais uma vez, parabéns pela aprovação!
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Grande abraço!
Thaís Mendes