Aprovado no concurso TRF 1
“Depois que começar é bom não persistir nos erros, conforme o estudo for avançando, é bom ir se conhecendo, descobrindo o modo que funciona pra você e mudar o que não funciona, fazendo os ajustes necessários no caminho, sendo sempre objetivo, vendo o que te gera maior rendimento, enfim, ir trocando as rodas com o carro em movimento. Ir dizendo e provando a si mesmo que é capaz”
Confira nossa entrevista com Marco Antônio Silva da Costa Júnior, aprovado em 2º lugar no concurso TRF 1 no cargo de Analista Judiciário Área Judiciária (Oiapoque):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que as pessoas que nos assistem possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Marco Antônio Silva da Costa Júnior: Eu sou nascido e criado na capital do Estado do Amapá, Macapá, tenho 24 anos, tenho dois filhos e me formei em Direito ano passado, e fui aprovado em 2º lugar para o cargo de analista judiciário em Oiapoque-AP.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos?
Marco: Enquanto estive na faculdade, conciliei os Estudos do curso, com os pra concurso e ainda com o trabalho(estágios), tentava aprender onde quer que fosse de modo que o conhecimento servisse as 3 atividades (graduação, concurso e pratica profissional). Após a faculdade terminar, em meados do ano passado, eu advoguei ocasionalmente, mas, sem conseguir o sustento, passei a encarar o estudo pra concursos como minha jornada de trabalho.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último?
Marco: Foram 7. Fui apenas aprovado nos concursos da SESA-AP,TJ-AP,TJ-PA,TJ-RJ, e aprovado e classificado nos concurso da PM-AP,PC-AP e TRF1, sendo este ultimo o único em que fui nomeado.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Marco: Eu fiquei muito animado, grato e esperançoso quando soube da minha colocação.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?
Marco: Nunca fui de sair habitualmente, apenas uma pizza com as crianças ou um cineminha quando havia grana sobrando, ou um passeio romântico com a esposa e uma ida a pracinha com os filhos, quando não havia. Mas após concluir a faculdade, até essas ocasiões rarearam, me isolei radicalmente para os concursos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Marco: Sim sou casado e tenho filhos. Recebi muito apoio, em especial da minha mãe. E os meus filhos são a maior razão pela qual me esforcei e continuarei me esforçando.
Estratégia: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho?
Marco: O meu foco era a estabilidade de qualquer cargo efetivo, visto que estava sustentando uma família apenas com estágios remunerados. A minha estratégia (após apanhar muito de provas para carreiras administrativas) era fazer provas com razoável quantidade de matérias jurídicas (que já conhecia da faculdade), independente de nível ou carreira, apesar de desejar intimamente um cargo privativo de bacharel.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Marco: Se você tiver condições de manter o foco no concurso dos sonhos, mantenha o foco, enquanto faz outros concursos para manter-se praticante, sem desviar do estudo focado.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo, contando toda a sua preparação? Durante este tempo de estudo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos mesmo naqueles períodos em que não havia edital na mão?
Marco: Eu passei a estudar para o TRF-1 a partir da publicação edital (setembro), antes disso havia estudado para o concurso da PM e da PC do Amapá, também a partir das publicações dos respectivos editais (ambos em julho), antes desses estava estudando para o MPU, usando o edital de 2013, antes para OAB… Basta não parar, sempre há editais em vista.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Marco: Li o regimento e leis secas, a vantagem é agilidade e objetividade, a desvantagem vem quando você se perde em pormenores e minúcias do texto normativo que podem ser enriquecedores, mas para a prova, são irrelevantes.
Usei os pdf’s do curso do Estratégia, a vantagem é obvia, um material conciso, confiável e bem explicado, com questões atualizadas e igualmente explicadas, a única desvantagem pode vir se você se perder no numero de questões especificas de um assunto, por exemplo as apostilas de constitucional tem centenas de questões,as vezes continuar a faze-las quando você praticamente já dominou o assunto é contraproducente.
Também assisti vídeo-aula quando tinha que lavar louças ou arrumar alguma coisa, ou quando estava cansado de leituras, assim aumentava o tempo de contato com as disciplinar, então não vi desvantagens.
Fiz simulados, são excelentes, te apontam o que você precisa reforçar.
Assisti algumas aulas presenciais em cursinho, o tempo e o dinheiro do deslocamento a logística do lanche são contratempos, a qualidade de alguns professores foi a vantagem, bem como exemplo e o estimulo que vem de colegas e da troca de experiências pessoais.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Marco: Através de um amigo concurseiro que sempre estuda pelo Estratégia, vi a apostila impressa, dei uma olhada e percebi a qualidade, passei a adotar.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e re-leitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?
Marco: Escolhi priorizar o estudo das disciplinas que não conhecia, Regimento, Ética, parte do Raciocínio Lógico, Direito das pessoas com deficiência. As matérias de direito só estudei via lei seca, questões, inclusive da apostila do Estratégia, e simulados, pois já as estudava para outros concursos e pra faculdade. Não estudei o Português, pois é a matéria em que tenho melhor rendimento quando não me preparo, pode parecer bizarro, mas quando tento aprender português antes de uma prova o meu rendimento na prova cai. (por exemplo, estudei português pra prova da PC-AP e errei quatro questões, não estudei pra prova do TRF1 e fechei português.)
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Marco: Sempre tive dificuldade com Administração (e suas semelhantes) e não superei, apenas passei a evitar carreiras administrativas. Nas demais disciplinas quando tenho dificuldade com um conteúdo novo, procuro ler outro autor, uma lei comentada, se for o caso, indago o professor do Estratégia, do cursinho, vou ver questões resolvidas e a forma como a matéria é cobrada para saber se não estou perdendo tempo com um pormenor que sequer é cobrado e as vezes dou um tempo e vou estudar outra coisa, para voltar depois com a cabeça mais relaxada.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos neste período? Você se concentrava nas matérias de maior peso ou distribuía seus estudos de maneira mais homogênea? Focava mais na re-leitura, em resumos, em exercícios, etc ?
Marco: Foram só dois meses de muita pressão. Na semana final, fiz só simulados, parando pra estudar apenas as questões que errava.
Estratégia: Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando intensamente dia e noite). Por outro lado, também vemos concurseiros que preferem desacelerar um pouco, para chegar no dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha?
Marco: Se a pessoa não se desesperar ou se esgotar acho tranquilo estudar na véspera, se já tiver esgotado ou estressado é bom que descanse, ou faça um estudo suave, assista uma videoaula.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Marco: No mesmo semestre já havia feito outras duas provas com redação (PM—AP e PC-AP), ao longo desses tempos fiz simulados, observei as correções dos simulados e das provas dos concursos mesmo, tentei melhorar e não repetir os erros e sempre estar informado sobre atualidades em geral, assistindo jornal, lendo noticias.Deu muito certo, em cada subjetiva a nota era maior que na anterior.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Marco: Não fazer uma preparação de longo prazo, mais focada, e não ter feito concursos de outros tribunais em outros estados, não tive condições de faze-lo. O meu maior acerto foi ter sido objetivo e disciplinado, foi ter estudado aos fins de semana de manha até a noite, foi ter aberto mão de lazer e descanso e “enfiar a cara na matéria”.
Estratégia: Pela sua experiência e contato com outros concurseiros, diga-nos quais são os maiores erros que as pessoas cometem quando decidem se preparar para concursos?
Marco: Desequilíbrio, tem gente que estuda muito e depois para, tem gente que é excessivamente restrito com seus objetivos, sem aceitar fazer outros concursos até parecidos, ainda que só para pegar ritmo, e tem gente que fica estudando pra qualquer coisa, mudando por completo as matérias (concurso bancário, jurídico, administrativo, técnico cientifico, etc.)
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? E qual foi sua principal motivação?
Marco: Falta de recursos (consegui comprar o pacote do Estratégia com um empréstimo), de material, de local de estudo.
Minha motivação, foi determinação mesmo, apostar no meu potencial, vontade de não desperdiçar essa batalha de longo prazo, alem da ajuda que eu via vindo de Deus, e da consciência de que o melhor futuro que podia dar a minha família era através do concurso publico,que a minha família merecia isso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Marco: É fundamental começar de imediato, estudar no lugar que dá, com o tempo que você tem, com a grana que você (não) tem, com vade mecum emprestado, indo para uma biblioteca pública, pedindo bolsa em cursinho, pedindo pra alguém da família que compre um curso do Estratégia, sem vergonha de quem você é, de onde você está, do que você (não) tem e do que você quer, lutar com as armas que estão a mão e ter fé que se a luta é justa, a vitória vem.
Depois que começar é bom não persistir nos erros, conforme o estudo for avançando, é bom ir se conhecendo, descobrindo o modo que funciona pra você e mudar o que não funciona, fazendo os ajustes necessários no caminho, sendo sempre objetivo, vendo o que te gera maior rendimento, enfim, ir trocando as rodas com o carro em movimento. Ir dizendo e provando a si mesmo que é capaz.
E por fim se você tiver alguma crença religiosa, se conectar a ela, se fortalecer diariamente. Eu procurava antes de começar o estudo, ler a bíblia, alem de orar, etc. E graças a Deus, deu tudo certo.
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